quinta-feira, 30 de abril de 2015

Essa doeu

Marc Márquez não estará 100% em forma na disputa do GP da Espanha. No último sábado, o piloto da Honda sofreu uma queda enquanto treinava em dirt-track e acabou fraturando o dedinho da mão esquerda.

O bicampeão da MotoGP passou por uma cirurgia no próprio sábado para estabilizar o osso, mas, apesar da cirurgia, foi liberado para correr em Jerez de la Frontera neste fim de semana.

Rossi sentiu a dor de Márquez só de ouvir a explicação (Foto: Divulgação/MotoGP)
Nesta quinta-feira (30), Márquez explicou que a fratura aconteceu em um golpe de azar após uma queda leve.

“Nós estávamos com amigos lá e foi como sempre: ‘Essa é a última, essa é a última’”, contou Marc. “Foi uma queda realmente pequena, mas um amigo estava atrás de mim e passou por cima da minha mão”, seguiu.

“Na operação, nós colocamos o dedo mais ou menos reto, porque estava... Quando eu tirei a luva, eu já vi que estava quebrado, porque o dedo estava todo torto”, contou. “O [Dr. Xavier] Mir fez um trabalho realmente bom, porque eu quebrei o dedo mais ou menos às 14h e às 18h já estava reparado, então isso foi realmente bom”, elogiou.

Mesmo feliz por poder estar na corrida de Jerez de la Frontera, Márquez afirmou que ainda é difícil avaliar como sua mão vai reagir, especialmente antes de ir para a pista com a RC213V.

“Já dei sorte de poder correr aqui e amanhã vou ver na moto como está a mão”, comentou. “É claro que será doloroso, porque a operação foi na noite de sábado. Dentro da luva já está me incomodando, mesmo nos boxes”, reconheceu.

“Mas até que eu tente na moto, eu não sei. Claro que vai me incomodar, mas tenho que sofrer isso”, concluiu.

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Menos beijos...

Valentino Rossi e Marc Márquez tiveram nesta quinta-feira (30) seu primeiro encontro após o GP da Argentina. Como não poderia deixar de ser, o toque que resultou na queda do espanhol na terceira etapa da temporada 2015 da MotoGP deu o tom da coletiva de imprensa, com todos os jornalistas querendo saber como o incidente afetaria o relacionamento dos dois pilotos.

Questionados se a relação havia mudado após o incidente de Termas de Río Hondo, Valentino optou pela brincadeira.

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Rossi e Márquez garantiram que a relação dos dois não vai mudar (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Acho que vou dar menos beijos no Marc a partir de agora, mas na cama fica a mesma coisa”, disse, arrancando risos da plateia. “Não vai mudar”, garantiu o italiano.

Márquez, por sua vez, foi um pouco mais monossilábico, mas também assegurou: “Não, não muda”.

Pouco depois, Rossi foi lembrado de que a disputa com Sete Gibernau acabou modificando a relação dos dois, mas voltou a dizer que sente que a situação com Márquez será diferente.

Em 2004, a amizade de Rossi e Gibernau azedou depois de uma polêmica no Catar, quando o italiano foi obrigado a largar da última colocação após a Yamaha ter limpado a posição do pole-position no grid. Valentino acredita que o protesto na direção de prova foi feito pelo espanhol.

“Cada história é diferente. Com [Max] Biaggi, sinceramente, nós nunca tivemos uma ótima relação, então mais ou menos continua a mesma coisa”, contou. “Com Sete, nós éramos bons amigos, mas a nossa relação ficou muito mais difícil depois do GP do Catar, pois eu acho que ele jogou sujo e eu tive de largar na última posição, caí, tive problemas também com o meu dedo e aí perdi muitos pontos, então, a partir daquele ponto, ficou um pouco mais difícil. Mas, antes de mais nada, Sete e eu agora somos amigos outra vez”, seguiu.

“Quando você corre junto, claro, é difícil dizer que somos bons amigos, mas você pode dizer que tem uma boa relação. Agora é assim com mais ou menos todo mundo, porque na pista todos tentam o máximo, tentam chegar na frente, mas sempre tem respeito e uma boa relação fora. Então eu acho que vai continuar assim”, justificou.

O GP da Argentina, entretanto, seguiu dando o que falar, mas Márquez e Rossi negaram que tenham coversado a respeito do toque em Termas de Río Hondo.

“Nós não conversamos, mas nós já entendemos o que aconteceu. Isso ficou na Argentina e aqui já é outra corrida, mas não é necessário conversar a respeito”, resumiu Marc, que explicou que não esperava a mudança de direção de Rossi, mas não responsabilizou o rival pela queda.

Estrela italiana

Valentino Rossi recebeu nesta quinta-feira (30) sua estrela na Calçada da Fama de Jerez de la Frontera em um evento realizado no hospitality da Yamaha no circuito andaluz. O multicampeão foi o décimo homenageado do espaço, que integra o projeto de transformar a cidade espanhola na Capital Mundial do Motociclismo.

O italiano recebeu uma placa com sua estrela, que será instalada na calçada da Rua Álvaro Domeq, deixou suas mãos marcadas em uma placa de cimento e também autografou um barril de carvalho.

Rossi recebeu sua estrela nesta quinta (Foto: Circuito de Jerez)
Antes de Rossi, foram homenageados Ángel Nieto, Giacomo Agostini, Jorge Martínez Aspar, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo), a RFME (Real Federação de Motociclismo Espanhola), Francesco Pacheco, Carlos Checa, Antonio Sánchez Garrido ‘Peluqui’ e Jorge Lorenzo.

Prefeita de Jerez, María José García-Pelayo agradeceu o carinho de Valentino com a cidade e disse que a estrela também é para Graziano Rossi, pai do piloto da Yamaha, que foi o responsável por apresentar o mundo das corridas ao multicampeão.

“Em nome da cidade, gostaria de agradecer a generosidade e o carinho que teve em se juntar a Jerez Capital do Motociclismo e por aceitar uma estrela com seu nome na Calçada da Fama”, disse García-Pelayo. “É uma estrela que reconhece o quão grande você é agora e o que demonstrou ao longo de sua trajetória”, continuou.

“Você é um grande esportista, aprendeu isso com o seu pai, e esta homenagem também é para ele. Valentino nos ensinou o que é ser um grande esportista e uma grande pessoa, e é por isso que ele é tão querido”, comentou a prefeita. “Seus triunfos foram bons para o Mundial de Motovelocidade e também para Jerez. Nossa cidade é hoje um grande templo do motociclismo mundial graças a pilotos como você”, agradeceu.

Italiano é o dono da décima estrela de Jerez (Foto: Circuito de Jerez)
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Rossi, por sua vez, se disse honrado com a homenagem e contou que se sente como em casa em Jerez.

“Me sinto muito honrado, pois amo Jerez. A pista é fantástica. Tenho grandes memórias das corridas que fiz aqui e desta cidade fantástica”, comentou. “Aqui tem muitos fãs, uma grande atmosfera e é um GP belíssimo”, elogiou.

“Sou italiano, mas me sinto como em casa aqui. Me sinto honrado por esta placa e por estar na Calçada da Fama de Jerez”, concluiu.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Estrela espanhola

Jorge Lorenzo inaugurou nesta quarta-feira (29) sua estrela na Calçada da Fama de Jerez de la Frontera. O evento contou com a presença da prefeita da cidade, Maria José García-Pelayo, e com do coordenador do projeto ‘Capital Mundial do Motociclismo’, Antonio Saldaña.

A pista de Jerez tem um significado importante para o piloto de Palma de Mallorca, já que foi no autódromo andaluz que Jorge começou a competir, aos dez anos, e onde estreou no Mundial de Motovelocidade, aos 15. Além disso, o titular da Yamaha também dá nome a curva 13 do circuito.


“Jerez sempre foi muito especial para mim”, comentou. “Com dez anos descobri aqui um circuito de verdade e foi aqui que tudo começou quando eu tinha 15 anos”, recordou.

“Sempre disse que sem os fãs, nós não somos nada. Vamos ver se posso recompensá-los com uma vitória. Vou dar tudo na pista”, concluiu.

Amanhã será a vez de Valentino Rossi receber sua estrela na Calçada da Fama de Jerez.

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Recomeço

Eric Granado começou neste fim de semana uma nova fase em sua carreira. Depois de quase três anos no Mundial de Motovelocidade, o brasileiro deu um passo atrás e, além do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, vai disputar o Europeu de Moto2.

Neste fim de semana, o circuito de Portimão, em Portugal, recebeu a etapa de estreia do certame europeu e viu Granado subir ao pódio.

O piloto brasileiro, que corre pela PromoRacing, largou na quarta colocação e, na primeira prova da rodada dupla do Algarve, recebeu a bandeirada na quarta colocação, 13s567 atrás de Edgar Pons, que venceu a disputa.

Granado corre com uma Kalex no Europeu de Moto2 (Foto: Photoclick)
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Na segunda etapa do dia, a chuva deu as caras, o que forçou a Direção de Prova a encerrar a disputa após nove giros. Xavi Vierge ficou com a vitória, à frente de Edgar Pons e Granado.

“Estou bastante satisfeito com o que conseguimos aqui em Portugal neste final de semana”, comentou Eric. “Mais importante do que as boas colocações nas duas provas, foi conseguir colocar em prática tudo o que planejamos nestes últimos meses. Fizemos um trabalho cauteloso e consistente desde que voltei a pilotar motos depois do meu acidente no ano passado”, recordou o piloto, que sofreu um achatamento de vértebras após um tombo no treino classificatório para o GP da Austrália de Moto3 em outubro de 2014.

“Fizemos bons treinos físicos, muita fisioterapia e também muitas e muitas voltas de Supermotard no Brasil. Tivemos uma boa pré-temporada com a equipe PromoRacing testando a Moto2 e o fato de ter o Santo Feltrin, que pôde me acompanhar nos primeiros treinos a Europa, me ajudou muito a chegar aqui melhor preparado”, indicou Granado. “A empatia com o staff da equipe também foi importante. Planejamos uma estreia cautelosa, para não cometer erros e buscar resultados consistentes. Fizemos uma primeira prova mais conservadora e uma segunda um pouco mais solta, com uma pilotagem mais arrojada um pouco. Foi ótimo, pois pude perceber em que nível estamos e também quem são nossos principais adversários, e aprender muito ao longo de todo o final de semana”, seguiu.

“O circuito de Portimão é muito legal, mas bastante desafiador. Na maior parte do tempo estamos em voo cego, o que é emocionante, mas exige aprendizado. E foi isso o que conseguimos”, frisou. “Os resultados nas duas baterias foram importantes e coroaram o bom trabalho feito até aqui por toda uma equipe que se dedicou dia e noite sem pestanejar. Fico feliz por eles todos”, completou.

Granado foi ao pódio na primeira prova da temporada (Foto: Photoclick)
Com o resultado, Eric, que usa o #51 no certame — o #57 já era de Edgar Pons —, ocupa o terceiro posto na classificação do Europeu de Moto2, com 29 pontos. Xavi Vierge lidera com 45.

Além do bom início no campeonato, Eric também vai contar com uma boa estrutura no Europeu. A PromoRacing tem o ex-piloto Raúl Jara, que integra o time de Dani Pedrosa na MotoGP desde 2012, como diretor-esportivo.

“A chegada de Raúl Jara como novo diretor-esportivo da equipe está sendo de grande ajuda. Ele é um ex-piloto, muito experiente, e por muitos anos foi o homem de pista de Dani Pedrosa”, avaliou Granado. “Ele fica o dia todo andando pelas ruas de acesso da pista com sua scooter para nos ver pilotar e aos nossos concorrentes. Depois volta para o box e discute referencias, traçados, fala sobre o posicionamento do corpo, onde começar a frear e onde dá para acelerar mais cedo. Acrescentou bastante”, concluiu.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Novas estrelas

O Mundial de Motovelocidade desembarca em Jerez de la Frontera na próxima semana para a disputa da quarta etapa da temporada 2015. Aproveitando a passagem da MotoGP pelo traçado andaluz, a Calçada da Fama de Jerez vai ganhar novas estrelas, homenageando Valentino Rossi e Jorge Lorenzo pela contribuição da dupla ao motociclismo.

No estilo da Calçada da Fama de Hollywood, a instalação em Jerez, que fica na Avenida Alvaro Domeqc, foi inaugurada em 23 de janeiro deste ano por Ángel Nieto como reflexo a nomeação da cidade como Capital Mundial do Motociclismo.

Rossi vai ter uma estrela na Calçada da Fama de Jerez (Foto: Yamaha)
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Desde então, outras seis placas já foram colocadas na calçada, homenageando os pilotos Giacomo Agostini, Jorge Martínez ‘Aspar’ e Carlos Checa, o precursor do Circuito de Jerez, Francisco Pacheco Romero, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo), e a RFME (Real Federação Motociclista Espanhola).

No próximo dia 28, será a vez de Antonio Sánchez Garrido ‘Peluqui’ ser reconhecido por sua contribuição ao motociclismo. O piloto, nativo de Jerez, receberá uma homenagem póstuma às 11h30 (6h30 de Brasília)

No dia seguinte, será a vez de Lorenzo receber sua estrela na Calçada da Fama. O evento com o espanhol será realizado às 17h (12h de Brasília). Completando o ciclo, Rossi será o homenageado do dia 30, às 14h30 (9h30 no Brasil).

Ao lado da prefeita de Jerez, María José García-Pelayo, os pilotos vão revelar as estrelas e depois gravar suas mãos em uma placa.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Precoce

Debutante com status de estrela no Mundial de Moto3, Fabio Quartararo fez jus a fama no último fim de semana, quando conquistou o segundo lugar no GP das Américas, atrás de Danny Kent.

Com o resultado em Austin, Quartararo entra para a história dos 67 anos de Mundial de Motovelocidade como o sexto piloto mais jovem a conquistar um pódio. Fabio tinha 15 anos e 357 dias no dia da corrida no Texas.

Quartararo é bicampeão do CEV (Foto: Repsol)
 Embora o campeonato regulado pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) hoje exija um mínimo de 16 anos para que o piloto possa competir, o titular da Estrella Galicia 0,0 foi beneficiado por uma mudança no regulamento, que entrou em vigor a partir deste ano.

Agora, o campeão do CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade) pode debutar no Mundial mesmo que não tenha atingido a idade mínima. Quartararo, que completa 16 anos na próxima segunda-feira (20), conquistou o título do CEV na categoria Moto3 em duas oportunidades.

O piloto mais jovem a conquistar um top-3 no Mundial foi Ivan Palazzese, que ficou com o terceiro lugar no GP da Venezuela de 1977. O venezuelano, que tinha 15 anos e 77 dias quando subiu ao pódio no circuito San Carlos — também abaixo da idade mínima da época —, venceu duas corridas nas 125cc antes de sofrer um acidente fatal no GP da Alemanha de 250cc, em Hockenheim, em 1989.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Salinas Grandes

Fim de semana na Argentina começou em Salinas Grandes (Foto: Suzuki)
Seguindo a tradição do Mundial de Motovelocidade, às vésperas do GP da Argentina alguns pilotos de MotoGP, Moto2 e Moto3 se reuniram para uma aventura em um dos pontos turísticos mais importantes da Argentina.

Vindos direto do Texas, onde disputaram o GP das Américas no último fim de semana, Jack Miller, Yonny Hernández, Maverick Viñales, Luis Salom e Danny Kent foram até Salinas Grandes na última quarta-feira (15), um enorme deserto de sal entre as províncias de Córdoba, Catamarca, La Rioja e Santiago Del Estero, no norte da Argentina.

Miller teve a chance de pilotar no Salar (Foto: Divulgação/MotoGP)
No salar de Jujuy, que fica 4.170 metros acima do nível do mar, o titular da LCR viveu uma experiência ímpar. Miller guiou a RC213V-RS no deserto de 6 mil km². Embora desertos de sal sejam constantemente utilizados em tentativas de quebras de recordes, Jack foi o primeiro a guiar uma moto da MotoGP em tal cenário.

“Foi uma experiência única na vida subir àquela altitude nas montanhas e descobrir um deserto de sal como aquele”, comentou Miller. “Foi bem legal. Nós nos divertimos a bordo da LCR Honda, mas agora é hora de voltar ao trabalho neste fim de semana em Río Hondo”, completou.

Deserto de sal tem 6 mil km² (Foto: Divulgação/MotoGP)
A visita, claro, resultou em um vídeo divertido, que também conta com a participação de Lucio Cecchinello, chefe da LCR.

Miller está em seu primeiro ano na MotoGP (Foto: Divulgação/MotoGP)
Salar fica entre as províncias de Córdoba, Catamarca, La Rioja e Santiago Del Estero (Foto: Suzuki)
Salar de Jujuy está 4.170 metros acima do nível do mar (Foto: Divulgação/MotoGP)
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Menino dos recordes

A vitória de Marc Márquez no GP das Américas rendeu ao jovem bicampeão da MotoGP mais alguns recordes para sua já vasta coleção. O triunfo em Austin foi o sexto seguido do piloto da Honda em solo norte-americano.

Ao cruzar a linha de chegada do Texas na primeira colocação, Marc atingiu sua 20ª vitória na classe rainha, o mesmo número de triufos de Freddie Spencer. Além de empatar com o bicampeão das 500cc neste quesito, Márquez também repetiu o norte-americano no que diz respeito ao número de pódios na divisão principal: 31.

Márquez venceu 52,6% das corridas que disputou na MotoGP (Foto: Repsol)
O 31º pódio, aliás, também colocou Marc à frente de Max Biaggi, que foi ao top-3 uma vez a menos que o espanhol durante a carreira na MotoGP, classe que substituiu as 500cc em 2002.

Assim, Márquez é agora o quinto na lista de pilotos com mais vitórias na MotoGP, atrás apenas de Valentino Rossi, Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo e Casey Stoner.

A vitória em Austin foi também a 46ª de Márquez no Mundial de Motovelocidade, o que o coloca como o nono piloto da história com mais vitórias no certame, com um triunfo a mais do que o hexacampeão Jim Redman.

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Fonte de inspiração

Pentacampeão das 500cc, Mick Doohan acredita que Marc Márquez serviu de inspiração para Valentino Rossi. O ex-piloto da Honda se mostrou impressionado com a capacidade do #46 de seguir lutando, mesmo competindo com uma geração completamente diferente.

Depois de dois anos difíceis com a Ducati, o italiano voltou para a Yamaha em 2013 e, aos poucos, foi reencontrando o caminho de volta ao topo do pódio. Em 2015, Rossi venceu o GP do Catar, prova que abriu a temporada, e ficou com o terceiro posto no GP das Américas, e agora lidera o Mundial com um ponto de vantagem para Andrea Dovizioso, o segundo colocado.

Doohan afirmou que Márquez inspirou Rossi (Foto: Repsol)
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“Marc Márquez, eu acho, inspirou Valentino a se reinventar e se reerguer”, avaliou Doohan. “Não que Valentino esteja velho, mas ele tem 36 anos e está correndo contra alguém de 21 — então é uma geração completamente diferente e ele ainda está lutando”, continuou.

“É ótimo para os entusiastas, para os espectadores e para um piloto velho (como eu) assistir. E também é bom para o esporte”, avaliou.

Questionado se acredita na possibilidade de Rossi conquistar seu oitavo título na MotoGP, Doohan respondeu: “Ele certamente é capaz disso”.

“A forma como ele estava pilotando no ano passado e a forma como ele iniciou esta temporada, acho que ele certamente não deveria ser descartado”, opinou. “Seria ótimo para a MotoGP ver Valentino conquistar seu oitavo título e igualar o recorde de [Giacomo] Agostini de oito campeonatos”, completou.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Garden of Champions

A sustentabilidade está em alta no Mundial de Motovelocidade. Na manhã desta quinta-feira (9), Marc Márquez inaugurou o ‘Jardim dos Campeões’, um espaço localizado a leste da arquibancada principal do Circuito das Américas, em um evento que contou com a presença de representantes da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), da ONG ambientalista Tree Folks, da Dorna e o autódromo.

Anualmente, o campeão vigente do Mundial vai plantar uma árvore nesse espaço, que será devidamente identificada com o nome do piloto. O jardim é parte das iniciativas de sustentabilidades que são realizadas no circuito ao longo do ano.

Márquez plantou uma árvore no Circuito das Américas nesta quinta (Foto: Repsol)
Na temporada passada, o COTA recebeu o Prêmio Ambiental da FIM, um reconhecimento pelas ações realizadas para minimizar o impacto da prova. Esta será a segunda vez que a pista texana participa do projeto ‘Ride Green’ da entidade.

Uma das iniciativas ambientais da FIM é o KiSS (Keep it Shiny and Sustainable), que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a necessidade de reduzir os danos ambientais causados por mega eventos, e envolve a participação de fãs, pilotos, equipes e imprensa.

Piloto da Honda inaugurou o Jardim dos Campeões (Foto: Repsol)
Além de plantar uma árvore, Márquez também provou o mel produzido pelas cinco milhões de abelhas que vivem no Circuito das Américas.

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200

Nicky Hayden vai disputar seu GP de número 200 na classe rainha do Mundial de Motovelocidade neste fim de semana. O ‘Kentucky Kid’ é o primeiro piloto norte-americano a atingir tal marca.

Correndo em casa neste fim de semana, Hayden foi homenageado pelos pais durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9), quando lembrou alguns momentos de sua carreira.

Os pais de Hayden participaram da coletiva em Austin (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Não sinto como se fosse o 200º, faz um longo tempo e eu não quero enfatizar muito isso, já que não venci tanto quanto gostaria”, comentou Nicky. “Dito isso, tive muito apoio e ainda estou aqui tentando marcar o passo”, seguiu.

Questionado sobre suas corridas mais especiais no Mundial, Hayden escolheu como melhores momentos a primeira vitória em solo norte-americano — em Laguna Seca em 2005 — e a conquista do título mundial em 2006.

“Algumas foram memoráveis pelas razões erradas. Provavelmente alguns momentos ruins se destacam de outros, mas vencer em casa pela primeira vez foi especial e também vencer o Mundial. Foram dois dias bem bons, então é difícil superar esses dois momentos. Dois dias bastante especiais”, sublinhou.

Nesses 13 anos na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, Hayden conquistou três vitórias e um total de 28 pódios. O #69 também acumulou cinco poles e registrou a melhor volta da corrida em cinco oportunidades.

Em seu 20º ano no Mundial, Valentino Rossi é o piloto com mais largadas na divisão principal. O italiano disputou 253 corridas até aqui, oito a mais que Alex Barros, o segundo com mais provas disputadas.

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Vivemos para isso

Pode parecer estranho, mas Casey Stoner está realmente triste por não disputar o GP das Américas deste fim de semana. Aposentado da MotoGP deste o fim da temporada 2012, o bicampeão sempre descartou um retorno ao Mundial, mas a ausência de Dani Pedrosa fez o australiano repensar sua decisão. 

Sofrendo com a síndrome compartimental, Dani precisou passar por uma cirurgia no antebraço direito e não vai correr nem em Austin e nem em Termas de Río Hondo.
Stoner queria mesmo substituir Pedrosa em Austin (Foto: Repsol)
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Pouco após acompanhar a etapa da Argentina do Mundial de Motocross, o #27 recorreu ao Twitter para anunciar que não correria em Austin, dando claros sinais de que a decisão tinha partido da Honda.

“Lamento, mas eu não vou correr no Circuito das Américas no próximo fim de semana. Teria sido uma honra pilotar por Dani Pedrosa. #NãoEraParaSer”, escreveu Stoner.
Falando ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, Livio Suppo, chefe da Honda, afirmou que Stoner foi descartado como substituto por não conhecer nenhuma das duas pistas em que Pedrosa não poderá correr.

“Nós conversamos a respeito. Tinham alguns prós, mas mais contras, então decidimos que seria melhor deixar para lá. As pessoas não percebem o quão alto é o nível, então ter vencido bastante não significa que alguém é imediatamente rápido quando volta”, ponderou. “Casey não conhece as próximas duas pistas e nos últimos dois anos ele só rodou quatro dias com essa moto”, lembrou.

“Imagino que um retorno pode disparar a imaginação das pessoas, todos teriam gostado disso, mas e se ele não fosse rápido?”, questionou. “Aí o que as pessoas teriam dito e escrito”, completou.

Na noite desta quinta-feira (9), Stoner voltou ao Twitter para lamentar o fato de não correr nos Estados Unidos.

“Chateado por não estar correndo neste fim de semana. Não era necessário preparo, já que eu não estava planejando vencer, apenas substituir um bom amigo e me divertir no Texas!”, declarou Casey.

Para substituir Pedrosa, a Honda escalou Hiroshi Aoyama, que foi contratado como piloto de testes da HRC no fim do ano passado.

Um dos melhores

Dani Pedrosa é a baixa da MotoGP para o GP das Américas deste fim de semana. O piloto da Honda precisou ser operado na última sexta-feira para tentar se livrar dos sintomas da síndrome compartimental.

Conhecida como ‘arm pump’, a síndrome é muito comum em pilotos de moto e é caracterizada pelo aumento da pressão no interior de músculos, nervos e vasos sanguíneos. Desta forma, o fluxo sanguíneo é interrompido, o que pode resultar até mesmo em invalidez permanente do local afetado.

Rossi lamentou ausência de Pedrosa em Austin (Foto: Divulgação/MotoGP)
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Inicialmente, Dani ouviu uma série de médicos que desaconselharam uma nova intervenção — o espanhol já tinha sido operado em meio do ano passado —, mas a volta do problema no antebraço direito durante o GP do Catar levou o piloto de volta à mesa de cirurgia.

Por conta da operação, Dani vai ficar fora da prova em Austin e também perder a etapa de Termas de Río Hondo, na próxima semana. Para substituir o espanhol, a Honda escalou Hiroshi Aoyama, piloto de testes da HRC.

Nesta quinta-feira (9), Nicky Hayden, Marc Márquez, Andrea Iannone, Valentino Rossi, Jorge Lorenzo e Bradley Smith participaram de uma coletiva de imprensa no Texas e não esqueceram o colega.

Questionado sobre a previsão de chuva para o fim de semana, Rossi começou falando da ausência do espanhol, a quem classificou como “um dos melhores pilotos da MotoGP”.

“Antes do clima, também Dani. Nós perdemos um dos melhores pilotos da MotoGP nos últimos anos e, sinceramente, espero que ele possa resolver o problema e, como muitas vezes no passado, que ele possa voltar logo e mais forte do que antes”, declarou Valentino. “A previsão do tempo é muito ruim para o fim de semana e nós nunca testamos nesta pista com o asfalto molhado. Espero, acho que como todo mundo, que a previsão do tempo esteja errada neste fim de semana — especialmente no domingo — e que seja uma corrida no seco”, continuou.

Companheiro de Pedrosa, Márquez foi indagado especificamente sobre o #26 e sublinhou a importância de Dani dentro da equipe.

“Sim, claro que eu lamento por Dani, porque ele é um piloto realmente importante dentro do time e da Honda”, frisou. “Mas espero que ele tenha uma boa recuperação e volte ainda mais forte”, completou.

Ah, poxa!

O anúncio da participação de Casey Stoner na edição 2015 das 8 Horas de Suzuka resultou em uma onda de rumores de que a Yamaha contra-atacaria colocando Valentino Rossi e Jorge Lorenzo para dividirem uma R1. Nesta quinta-feira (9), entretanto, a dupla tratou de afastar os rumores.

Apaixonado pela competição nipônica, Rossi, que venceu a prova em 2001 em dupla com Colin Edwards, voltou a afirmar que gostaria de retornar as 8 Horas, mas lembrou que o cronograma da competição dificulta a participação.

Lorenzo e Rossi avaliaram que é difícil disputar as 8 Horas de Suzuka durante a temporada da MotoGP (Foto: Yamaha)
“Eu ouvi falar disso. Antes de mais nada, eu gostaria bastante de correr junto com Jorge. Seria muito interessante e divertido. Também seria interessante levar a nova R1 para corrida” disse Rossi. “Mas, sinceramente, não sei exatamente a data das 8 Horas de Suzuka deste ano, mas eu fiz isso no passado, em 2000 e 2001, e foi um grande, grande esforço, porque você tem que voar para o Japão duas ou três vezes e a corrida é também bastante dura” continuou.

“Então acho que para este ano é difícil, mas talvez no futuro seja possível”, completou.

Lorenzo foi ainda mais longe e contou que ele e o companheiro de Yamaha já discutiram a ideia de formar um time para disputar uma prova de endurance, inclusive a bordo de um carro.

“Nós conversamos com Vale às vezes sobre disputar essa corrida no futuro ou até mesmo um corrida de carro, como as 24 Horas de Le Mans, já que também somos muito fãs de carros”, revelou. “Mas, neste momento, acho que é um pouco arriscado ir até lá no verão, no meio das férias, com o risco de uma lesão. Acho que neste momento das nossas carreiras, é um pouco arriscado, mas talvez no futuro”, ponderou.

“Até o momento, a Yamaha não falou com a gente a respeito, então não sei”, completou.

A edição 2015 das 8 Horas de Suzuka acontece no dia 26 de julho, no meio da pausa de verão do Mundial de Motovelocidade.

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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Mudanças

O Mundial de Endurance da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou nesta quinta-feira (2) que não contará mais com grid girls em suas corridas. De acordo com Gérard Neveu, diretor-executivo do WEC, a condição das mulheres é diferente hoje em dia.

“A partir de Silverstone na próxima semana, vocês verão que nenhuma das nossas corridas terão grid girls como no passado”, disse Neveu à agência de notícias ‘Reuters’ durante o evento de apresentação das 6 Horas de Silverstone. “Para mim, isso é passado. A condição das mulheres é um pouco diferente hoje”, continuou.

Modelos são presença constante nas mais variadas categorias do esporte a motor (Foto: Yamaha)
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A presença de modelos no grid é bastante comum no mundo do esporte a motor, mesmo nas categorias de ponta, como MotoGP e F1.

De acordo com o chefe do WEC, o show das corridas começa no grid, onde apenas pilotos e carros são as estrelas.

“O esporte é um esporte, mas em torno disso nós podemos fazer muitas coisas”, disse Neveu. “Nós vamos ter um DJ, entretenimento, muitas coisas no grid. O show vai começar no grid, mas, no fim, as estrelas são os carros e os pilotos”, concluiu.

Campeão do WEC pela Toyota, Anthony Davidson apoiou a decisão e avaliou que o mundo do esporte tem que seguir a tendência da igualdade de gêneros.

“Eu falo bastante sobre isso com a minha esposa e nós dois concordamos que isso é bem retrógrado”, comentou Davidson. “É da velha guarda ter um conceito como grid girls. O mundo mudou, não? E o esporte a motor deveria seguir bem de perto o que o resto do mundo está fazendo nesse sentido”, opinou.

“Acho que é uma coisa muito boa, moderna também, que o WEC tire esse aspecto das corridas”, defendeu. “É um pouco sexista”, completou.