Por conta da sequência vitoriosa, Jorge conseguiu recortar quase toda a vantagem de Valentino Rossi na liderança do Mundial e agora, após sete etapas, a dupla da Yamaha aparece separada por apenas um ponto, com o italiano liderando a disputa.
Lorenzo tem um ponto de atraso para Rossi na classificação do Mundial (Foto: Yamaha) |
Questionado se existe alguma razão para que ele seja tão rápido e centrado nesta temporada, Lorenzo respondeu: “Sim, se chama umidificador e serve para umidificar o quarto que eu durmo... Bom, é uma brincadeira que fazemos. Até mesmo em Le Mans, quando eu estava celebrando a vitória no pódio e a minha equipe embaixo, eles levaram esse famoso umidificador para celebrar a vitória. Como se fosse o nosso salvador, uma espécie de Deus”, explicou.
“Quem comprou foi o Joan Ferrando, que é quem guia o motorhome, e ele me disse: ‘Jorge, não sei se vamos ganhar, mas você vai respirar muito bem’” contou o piloto, que no início do ano sofreu uma crise de bronquite.
O piloto de Palma de Mallorca também explicou o que mudou em sua preparação para tentar colocar fim ao domínio de Márquez na MotoGP.
“Marc chegou em 2013 muito forte, fez pódio em sua primeira corrida e, no final da temporada ganhou o Mundial. Tanto Dani [Pedrosa] quanto eu nos lesionamos, perdemos muitos pontos, mas a verdade é que, por ser um novato, Márquez foi muito bem, não há dúvida disso”, elogiou. “Mas em 2014 ele nos deu um banho espetacular. Essa é a realidade. Foi muito superior a todos, também porque tinha tudo. Fisicamente estava melhor que todo mundo, tinha muita confiança, a moto estava muito bem e ganhou dez corridas seguidas. Ele nos esmagou”, reconheceu.
“Pouco a pouco nós fomos melhorando a moto, fiquei em dia com a preparação física, porque mudei de preparador e me custou muito mais do que eu esperava entrar em forma outra vez. Gradualmente, entre a moto e a minha preparação física, nós entramos na linha outra vez e voltamos a ser competitivos”, continuou.
O #99 também recordou o GP do Catalunha e contou que ficou impressionado com a persistência de Valentino em caçá-lo já na parte final da corrida.
“Quando piloto, eu fico muito concentrado. A única informação que tenho é quando passo pela reta principal, onde a equipe me mostra a placa com a vantagem que tenho para quem vem atrás e, neste caso, na última corrida, para Valentino”, disse. “Toda volta era a mesma coisa: 2s0, 2s0, 2s0, 2s0... Era igual todas as voltas. Eu forçava, forçava, mas sempre seguia igual. E eu pensava: ‘Deus do céu, esse cara não joga a toalha, continua aí’. E depois começou até a baixar... 1s8, 1s6, em uma volta ele tirou quatro ou cinco décimos, e aí eu pensei: ‘Jorge, sei que está no limite, mas precisa dar outra esticada, arriscar mais um pouquinho’. E foi isso que eu fiz e isso me salvou. Se não tivesse arriscado mais do que costumo fazer, Valentino teria me alcançado e me vencido”, garantiu.
Além disso, o bicampeão da classe rainha também contou que, às vezes, quando cai, pensa que está sonhando.
“Eu nunca sonhei que Valentino queimou a minha casa, mas já sonhei com algum rival, isso é verdade. Mas é muito estranho, porque às vezes, quando estou em cima da moto, caio e saio voando pelos ares, penso que estou sonhando e até tocar o chão realmente não me dou conta de que é verdade, porque às vezes, quando realmente estou dormindo, sonho que sou ejetado”, relatou. “Então, quando acontece de verdade, penso que estou sonhando. Às vezes, não sei onde estou, não sei se estou na cama ou na moto. Mas dói muito mais na realidade”, brincou.
A grande surpresa da noite, entretanto, não ficou por conta de nenhuma piada ou declaração surpreendente. Ao lado de Pablo Motos, Jorge mostrou um outro talento, cantando uma música de Eros Ramazzotti! É, certamente, um forte candidato ao ‘The Voice’. Ou não.
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