domingo, 26 de julho de 2015

8 Horas de Suzuka (3)

A determinação da Yamaha deu bons frutos neste domingo (26). Mesmo com um time composto em sua maioria por estreantes — Pol Espargaró e Bradley Smith —, a casa de Iwata mostrou que acertou em cheio ao convidar os titulares da Tech3 na MotoGP para formarem um trio com Katsuyuki Nakasuga na estreia da R1 nas 8 Horas de Suzuka.

Combinando a experiência de Nakagami ao frescor de Espargaró e Smith, a Yamaha encerrou um jejum que durava desde 1996 e voltou ao topo do pódio daquela que é a prova mais importante do calendário para as montadoras japonesas.

O ritmo superior da R1, no entanto, não tornou a prova um ‘passeio no parque’. Saindo na pole, Nakasuga não fez uma boa largada e precisou trabalhar duro para recuperar as posições perdidas.

A Yamaha voltou a vencer as 8 Horas de Suzuka após 19 anos (Foto: Yamaha)
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Apesar de ser uma prova de endurance, os primeiros 15 minutos em Suzuka foram intensos, com várias trocas de posição. O Team Kagayama, por exemplo, entrou primeiro na curva 1, mas logo perdeu a ponta para o Harc-Pro, que era seguido pela Yoshimura.

Antes do fim da primeira volta, Alex Lowes já tinha colocado a Suzuki na ponta, mas foi parar atrás de Takumi Takahashi pouco depois. O piloto do Mundial de Superbike, no entanto, conseguiu recuperar e abriu vantagem na liderança.

Rodando com ritmo superior, Nakasuga foi se aproximando da ponta ainda no primeiro oitavo da disputa.

Depois de 25 voltas, Yoshimura e Harc-Pro fizeram o primeiro pit-stop, com direito a troca de piloto, reabastecimento e novos pneus. Nesta parada, aliás, Casey Stoner entrou em cena para sua estreia em Suzuka.

Econômica com combustível e pneus, a Yamaha completou 28 voltas antes de sua parada, quando Nakasuga entregou a R1 aos cuidados de Smith.

Passada a primeira parada, a Harc-Pro liderava, com TSR, Yamaha, Yoshimura, Toho, Kagayama, Penz13, GMT94, Sert e Sakurai fechando o top-10.

Pouco depois de entrar na pista, Stoner perdeu a frente da CBR no hairpin após o acelerador ficar travado e sofreu uma queda violentíssima. O tombo encerrou a participação da moto #634 na prova e resultou em uma fratura na escápula direita e outra na tíbia esquerda do bicampeão da MotoGP.

 Com o acidente de Casey, o safety-car foi acionado e, com a saída do carro de segurança, Smith partiu para cima de Josh Hook para colocar a Yamaha na ponta pela primeira vez.

O britânico chegou a abrir vantagem, mas um novo safety-car facilitou para que Hook e Tsuda passassem Smith. Na 54ª volta da corrida, Bradley retomou a liderança na curva 1 e, aproveitando o melhor ritmo da R1, abriu vantagem.

Cinco giros mais tarde, Smith entregou a R1 à Pol Espargaró, que saiu na ponta, mas logo foi ultrapassado por Alex Lowes. Sem demora, o irmão de Aleix deixou o gêmeo de Sam para trás e voltou a abrir vantagem.

Depois de três horas de prova, a motor da moto #82 estourou e quase atrapalhou a prova de Espargaró, que vinha abrindo caminho em meio aos retardatários. O safety-car, então, foi novamente acionado.
Pouco depois, a Yamaha fez um novo pit-stop, com Nakagama assumindo a R1. A TSR pegou a liderança, mas parou pouco depois. Katsuyuki, então, passou a Tsuda e recuperou o comando da prova.

Mais tarde, Smith voltou à pista, mas a Yamaha recebeu um Stop & Go de 30s por ignorar uma bandeira amarela ainda no turno de Pol. Bradley cumpriu a pena e viu a TSR tomar a ponta e abrir vantagem.

Com ritmo forte, o britânico da Tech3 foi recortando a vantagem do rival até passar Dominique Aegerter com uma bela manobra na curva 1 de Suzuka.

Prova em Suzuka é a mais importante do calendário para as marcas japonesas (Foto: Suzuki)
Pol voltou à pista pouco depois e seguiu trabalhando para abrir uma boa margem antes de passar a R1 para Nakasuga. O experiente japonês também manteve um ritmo fortíssimo, tratando de aumentar a vantagem para neutralizar a ameaça do último pit-stop.

Com 27 minutos para o fim da prova, Smith, que não participou da Superpole de sábado, voltou à pista para ter a honra de completar o último stint e nem mesmo um novo safety-car foi capaz de atrapalhar a conquista da Yamaha.

Ao receber a bandeirada após 204 voltas com 1min17s411 de vantagem para o trio formado por Josh Hook, Dominique Aegerter e Kyle Smith, o time de Iwata encerra um jejum de 19 anos e conquista sua quinta vitória nas 8 Horas de Suzuka.

8 Horas de Suzuka:

sábado, 25 de julho de 2015

8 Horas de Suzuka (2)

A Yamaha está em festa. Celebrando 60 anos da divisão esportiva da marca dos três diapasões, a casa de Iwata acertou em cheio na escolha de seus pilotos para a lendária 8 Horas de Suzuka e conquistou neste sábado (25) a pole-position provisória para a 38ª edição da prova, uma das mais importantes do calendário para as montadoras japonesas.

Estreando na prova — e no circuito de Suzuka —, Pol Espargaró deixou para trás uma temporada de resultados irregulares na MotoGP e colocou a R1 na pole com direito a uma volta recorde. Durante a Superpole, uma sessão específica para a prova de oito horas, onde competem dois pilotos de cada um dos dez times melhores colocados nos treinos anteriores, o piloto da Tech3 anotou 2min06s000, superando em 0s703 o recorde da pista, estabelecido em 2min06s703 no ano passado.

Pol Espargaró garantiu a pole para a Yamaha em Suzuki (Foto: Yamaha)
Para comparação, a última pole da MotoGP em Suzuka, que deixou o calendário do Mundial de Motovelocidade após a morte de Daijiro Kato, em 2003, foi registrada por Valentino Rossi em 2min06s838.

O piloto catalão, que sofreu uma forte queda nos treinos de sexta-feira, superou Kazuki Watanabe, que registrou a marca do Team Green, da Kawasaki, por 0s287. Também estreando na prova de Suzuka, Casey Stoner anotou 2min06s335 e colocou a MuSashi Honda na terceira colocação do grid. A Yoshimura Suzuki aparece na sequência, com 2min06s516, uma cortesia de Takuya Tsuda.

“Me sinto muito feliz, porque este era um desafio para mim e eu não esperava este resultado. Nós só fizemos um teste com Bradley [Smith] e Nakasuga na pré-temporada no seco e nós não rodamos muito nesta pista”, disse Pol. “Bradley também foi rápido neste fim de semana, o ritmo dele era muito similar, assim como o de Nakasuga, que também é muito rápido”, exaltou.

Smith, Espargaró e Nakasuga formam o time da Yamaha em Suzuka (Foto: Yamaha)
“Amanhã teremos o grande show e vai ser difícil, porque tudo pode acontecer, mas estamos confiantes. Quando vi meu tempo de volta, fiquei um pouco surpreso, pois nunca testei o pneu traseiro macio durante os testes e nem neste fim de semana, e nunca tinha rodado na Superpole com uma única volta”, comentou. “Aqui hoje nós só tínhamos uma chance e na sua cabeça você está sempre avaliando a volta e pensando onde você pode melhorar alguma coisa. Talvez eu pudesse ter melhorado no último setor, porque relaxei um pouco e estava preocupado de errar a última chicane”, contou.

“Quando vi o tempo, disse ‘vamos lá!’, porque seria difícil que alguém batesse, mas quando vi o tempo de volta de Nakasuga-san fiquei um pouco assustado, ele também era muito rápido, mas tive sorte por ter sido mais rápido na curva 1 e isso me deu uma chance, mas Nakasuga foi muito forte na curva 4 e eu fiquei preocupado de novo”, explicou. “Estou feliz porque fiz um bom tempo de volta, mas Nakasuga também rodou abaixo do recorde e Bradley mostrou um bom potencial ao longo de todo o fim de semana. Nosso ritmo é realmente similar e isso é mais importante do que a pole”, completou.

Yukio Kagayama garantiu o quinto posto do grid para sua equipe com um 2min07s990. Titular da Moto2, Dominique Aegerter garantiu a posição seguinte para a TSR Honda.

Já 2s382 mais lento que o tempo da pole, a Toho Moriwaki ficou com a sétima colocação no grid, à frente da Trick Star. Com 2min09s409, a Sakurai Honda aparece logo atrás, com a Motomap completando a lista dos dez primeiros no grid.

8 Horas de Suzuka, Grid:


8 Horas de Suzuka, Tempos individuais:


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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Presença VIP

A 38ª edição da tradicional 8 Horas de Suzuka vai contar com uma presença para lá de VIP. Astro de filmes como Velocidade Máxima e Matrix, Keanu Reeves foi convidado pelos responsáveis pela pista nipônica e pela Eurosport Events, promotora do Mundial de Endurance da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), para participar de uma demonstração.

Keanu Reeves é um apaixonado por motos (Foto: Arch/Facebook)
No sábado e no domingo, Reeves vai guiar a Krgt-1, moto criada pela Arch, uma fabricante de motos fundada pelo ator e pelo designer Gard Hollinger, no traçado de Suzuka.

Além da exibição com a Krgt-1, Reeves também vai participar de uma sessão de autógrafos, visitar os pits e dar a largada da prova.

A Krgt é a moto produzida pela Arch (Foto: Arch/Facebook)
Keanu não é um estranho no mundo do motociclismo. Neste ano, o astro do cinema visitou as etapas de Austin e de Mugello da MotoGP.

 
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8 Horas de Suzuka

Com o Mundial de Motovelocidade em férias, alguns optaram por uma merecida pausa, outros dirigentes por um ‘descanso’ atrás das grades suíças e outros pilotos por mais tempo de pista. Titulares da Tech3 na MotoGP, Pol Espargaró e Bradley Smith se juntaram a Katsuyuki Nakasuga para dar forma ao time de fábrica da Yamaha que vai disputar as 8 Horas de Suzuka neste fim de semana.

Além de Pol e Bradley, o time da MotoGP no tradicional evento do Mundial de Endurance da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) conta ainda com Casey Stoner, que deu uma pausa em sua aposentadoria precoce para montar na CBR1000RR da Honda. A elite do motociclismo conta ainda com representantes do Mundial de Superbike, com Alex Lowes vestindo as cores da Suzuki e Michael van der Mark voltando à competição para defender seu título de campeão em Suzuka.

Kawasaki não fazia o melhor tempo em Suzuka há 20 anos (Foto: EWC/Facebook)
Embora estreantes na pista de Suzuka, que deixou o calendário do Mundial de Motovelocidade após a morte de Daijiro Kato, em 2003, Espargaró e Smith se adaptaram rapidamente e fecharam a quinta-feira, primeiro dia de treinos oficiais, com a melhor marca.

Nesta sexta-feira (24), Espargaró/Smith/Nakasuga ditou o ritmo em boa parte dos treinos classificatórios, mas foi o Team Green, da Kawasaki, formado por Akira Yanagawa, Kazuki Watanabe e Haji Admad Yudhistira, que ficou com a melhor marca do dia: 2min06s656.

Alex Lowes defende a Suzuki no Mundial de Superbike (Foto: Suzuki)
Esta, aliás, é a primeira vez em 20 anos que a Kawasaki registrou o melhor tempo em Suzuka. A marca nipônica voltou as 8 Horas no ano passado após uma longa ausência.

O trio da Yoshimura Suzuki, composto por Takuya Tsuda, Alex Lowes e Josh Waters, também conseguiu superar os pilotos da Yamaha, que agora tem o terceiro posto no grid provisório.

A equipe da MuSashi RT Harc-Pro, que é composta por Takumi Takahashi, Michael van der Mark e Casey Stoner tem o quinto posto no grid provisório, com a melhor marca — 2min06s963 — sendo uma cortesia do bicampeão da MotoGP.

Bradley Smith apontou semelhanças entre a M1 e a R1 (Foto: Yamaha)
Neste sábado, será realizada a Superpole, uma sessão específica das 8 Horas de Suzuka, que reúne dois pilotos de cada um dos dez melhores times na busca pelo melhor tempo.

8 Horas de Suzuka, Top-10:


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terça-feira, 21 de julho de 2015

Atrás das grades

Giovanni Cuzari encontrou um jeito diferente de ‘curtir’ das férias da MotoGP. O dono da Forward foi detido na Suíça no último dia 14 por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

A prisão de Cuzari faz parte de investigação sobre a atuação da Forward e da empresa Media Action, uma agência publicitária que também é de propriedade do italiano de 48 anos. A polícia investiga se Cuzari teve vantagens tributárias em suas sociedades e se tentou chantagear Libero Galli, o secretário-chefe de inspeção fiscal, que também foi detido. Além disso, as autoridades também investigam delitos de patrocínios fictícios e fraude de IVA (Imposto sobre Valor Agregado).

Com Cuzari preso, Baz afirmou que não sabe qual será o futuro da Forward (Foto: Forward)
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A Forward não se manifestou desde a prisão de Cuzari e ninguém sabe o destino do time que é defendido por Stefan Bradl e Loris Baz na MotoGP e por Simone Corsi e Lorenzo Baldassarri na Moto2.

Falando ao site oficial da categoria, Baz, que faz sua primeira temporada no Mundial de Motovelocidade, afirmou que tudo que sabe sobre a prisão do dirigente vem da imprensa e contou que tenta não pensar muito no assunto.

“Eu tento não pensar nisso e continuar neutro. Estou focado em aproveitar a minha semana de folga”, disse Loris. “Vou continuar com as minhas semanas de treino, como faria se nada tivesse acontecido”, seguiu.

“Para ser bem honesto, não sei nada além do que foi dito na imprensa”, contou. “Não faço ideia do que pode acontecer. Conforme Indianápolis for se aproximando, vou pensar mais nisso. Estou convencido de que vamos encontrar uma solução que vai nos levar ao fim da temporada”, completou.

Bastidores

Antes de partir para as férias de verão da temporada 2015 da MotoGP, a Suzuki foi até o circuito de Misano entre os dias 15 e 16 de julho para uma bateria de dois dias de testes privados com a GSX-RR. Na pista italiana, Aleix Espargaró e Maverick Viñales verificaram as informações coletadas ao longo do ano e trabalharam em novos acertos para o protótipo nipônico, focando especificamente em chassi e eletrônica.

Durante a bateria, Viñales completou um total de 166 voltas, a melhor delas em 1min32s7, e avaliou que o exercício em Misano vai ser importante para identificar as áreas em que a GSX-RR pode ser melhorada.

Maverick Viñales se mostrou ansioso para a etapa da Indianápolis (Foto: Suzuki)
“Sinto que este teste foi muito útil para nós. Entendemos melhor onde podemos melhorar e trabalhamos para estarmos preparados para as próximas corridas”, comentou Maverick. “Fiz muitas voltas em um tipo de configuração de corrida, com tanque cheio e um acerto único, e me senti melhor e melhor a cada volta.”, seguiu.

“No começo, tive uma sensação ruim com a tração na saída, mas também tive problemas para ser rápido na entrada de curvas lentas. Nós aplicamos muitas melhoras ao chassi e elas deram resultados positivos”, relatou. “Agora temos muitas opções que já sabemos que podem ser úteis ou serem adaptadas a cada circuito. Com o feeling que tenho agora, gostaria que a corrida em Indy fosse na semana que vem, porque com essas melhorias, me sinto muito confortável com a minha máquina, mas nós também precisamos de um tempo para descansar e, ainda mais importante, para revisar todos os dados e consolidar nossas informações”, completou.

Companheiro de Viñales, Aleix completou 121 giros, o melhor deles em 1min32s8, e se mostrou confiante de que o teste tenha ajudado a melhorar a eletrônica da Suzuki.

Aleix Espargaró acredita que a Suzuki encontrou um caminho melhor para o acerto da GSX-RR (Foto: Suzuki)
“O calor extremo dificultou bastante este teste, mas estou feliz pelo que conseguimos. Depois de Sachsenring, era importante recuperar o feeling com a frente, especialmente nas curvas mais lentas, e nós finalmente pudemos testar várias configurações de set-up que, no fim, me deram um feeling muito positivo”, explicou. “Nós também melhoramos a eletrônica e trabalhamos na configuração de corrida, verificando a consistência da performance com os pneus duros, apesar de não termos feito nenhum long-run ou simulação de corrida”, seguiu.

“A moto está reagindo bem, o feeling é positivo e o mais importante é que encontramos várias maneiras de abordar as próximas corridas e soluções de set-up. Isto é importante para um time novo como o nosso”, frisou. “Agora nós desconectamos um pouco e aproveitamos pequenas férias, mas, para ser honesto, estou ansioso para voltar a correr, porque sinto que preciso me recuperar de uma performance ruim em Sachsenring”, concluiu.

Enquanto a MotoGP não volta para as pistas para a etapa de Indianápolis, marcada para o próximo dia 9 de agosto, a Suzuki disponibilizou um vídeo com os bastidores do exercício em Misano.

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domingo, 12 de julho de 2015

A mãe Dináh da MotoGP

O Mundial de Motovelocidade chega à metade da temporada 2015 neste domingo (12) com o GP da Alemanha, nona etapa do ano. Apesar de Valentino Rossi ter a liderança da MotoGP desde a primeira prova, no Catar, ainda falta muito para a definição do campeão, mas a história mostra que o circuito de Sachsenring é sempre um ótimo indicativo do futuro.

Um levantamento feito pelo diário espanhol ‘Marca’ mostra que desde que a pista de Oberlungwitz voltou ao calendário do Mundial, em 1998, — após a unificação da Alemanha —, todo piloto da classe rainha que saiu da Saxônia com a liderança da disputa, ficou com a plaquinha na Torre dos Campeões.

Rossi provou a teoria de Sachsenring em todos seus títulos na classe rainha (Foto: Yamaha)
Ao longo desses 17 anos, a prova alemã sempre aconteceu mais ou menos na metade da temporada, mas embora a data seja uma variável, a ‘previsão de Sachsenring’ nunca falhou.

O primeiro piloto a comprovar a teoria foi Mick Doohan, que saiu do território germânico em 1998 com 12 pontos de vantagem para Max Biaggi e ficou com o título ao fim da temporada. No ano seguinte, Álex Crivillé tinha a liderança na Alemanha e conquistou a taça em cima de Kenny Roberts Jr.. O norte-americano, aliás, viu a história se repetir, mas desta vez em seu favor, com a conquista do título de 2000.

Dono de sete títulos na divisão principal, Rossi colocou a teoria a prova em todas suas campanhas vencedoras e, depois de sair líder da Alemanha, confirmou o título no fim do ano. O mesmo aconteceu nas duas conquistas de Jorge Lorenzo e nas duas de Marc Márquez.

Além disso, ao longo desses 17 anos, só em duas ocasiões o piloto que saiu de Sachsenring no topo da tabela viu sua vantagem na classificação diminuir. Em 2006, Nicky Hayden tinha 26 pontos de diferença para Rossi quando deixou a região de Chemnitz, mas faturou o título com apenas cinco de diferença. Ano passado, Márquez tinha 77 de vantagem para Dani Pedrosa na Alemanha, mas fechou o ano com 67 de margem para Valentino.

Em 1999, Crivillé deixou Sachsenring com 47 pontos a mais que Roberts, mas fechou o ano exatamente com a mesma marca.

Passadas as primeiras oito etapas da temporada, Rossi soma 163 pontos, dez a mais que Lorenzo, o segundo colocado no Mundial.

sábado, 11 de julho de 2015

Flying Doctor

Eugene Laverty vai prestar uma homenagem ao Dr. John Hinds no GP da Alemanha deste fim de semana. Um dos ‘Flying Doctors’ do motociclismo irlandês, o médico morreu no último dia 4 após um acidente enquanto trabalhava na Skerries 100.

Os ‘flying doctors’ são profissionais médicos que acompanham as corridas de ruas em suas próprias motos, rodando atrás dos pilotos para poderem prestar atendimento em caso de acidente.

Eugene vai homenagear o médico John Hinds em Sachsenring (Foto: Aspar)
Norte-irlandês, Laverty decidiu homenagear o médico e vai usar uma réplica do capacete de Hinds na etapa de Sachsenring. Além de prestar um tributo ao amigo, Eugene quer chamar atenção para uma campanha criada em memória do médico, que era um incansável defensor da aquisição de uma ambulância aérea pela Irlanda do Norte.

Após o acidente de Hinds foi criada uma petição online para dar sequência a trabalho de John.

Piloto da Aspar vai usar réplica do capacete do médico (Foto: Aspar)
"A Shoei fez esse capacete especial para cá e eu vou usá-lo durante a corrida como um tributo ao John, porque ele era um grande herói para todos nós”, destacou Eugene. “Conheci o John em 2010 e ele estava sempre pronto para me ajudar se eu precisasse de algum exame ou conselho”, continuou.

“Vindo da Irlanda, tenho muitos amigos que correm nas ruas e ele salvou a vida de muitos deles por estar logo na cena”, exaltou. “Também é importante apoiar o HENS [Serviço de Saúde em Emergência Médica, na sigla em inglês] da Irlanda do Norte. Quero ajudar a atrair atenção para isso. A petição já tem mais de 45 mil assinaturas e isso era algo pelo qual ele trabalhou muito duro”, completou Eugene.
 
Hinds trabalhava como socorrista em provas de rua (Foto: Aspar)
Irmão mais velho do piloto da Aspar, Michael, que esteve fim de semana deixa o posto de reserva para ser titular da Aprilia, falou com carinho de Hinds e lamentou não ter tido a chance de dividir a pista com o médico.

“Já tinha ouvido falar bastante de John quando nos conhecemos. A reputação dele o precedia”, comentou Michael. “Ele era uma cara absolutamente extraordinário e salvou as vidas de vários amigos meus em seu trabalho como médico”, seguiu.

“A personalidade de John o tornava querido por todos que o conheciam, a paixão dele pelo motociclismo, combinada como seu reconhecido talento como médico, o tornaram um ícone do motociclismo”, exaltou. “O John brincava que ele iria vir me ajudar a acertar a minha moto, já que nós éramos colegas de BMW neste ano. Infelizmente, nós nunca tivemos esse dia juntos na pista. O mundo é um lugar mais triste sem John Hinds”, concluiu o piloto, que disputa o Campeonato Inglês de Superbike.

Hinds morreu após um acidente na Irlanda (Foto: Divulgação/Aspar)
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sexta-feira, 10 de julho de 2015

787 B

No fim do mês passado, logo após vencer o GP da Holanda, Valentino Rossi viajou direto para o Reino Unido para participar do Festival de Goodwood, um dos eventos mais tradicionais da indústria.

Além de guiar uma YZR-M1 com um layout especial em comemoração aos 60 anos da Yamaha Motors, Rossi também teve a chance de guiar dos carros históricos: o Mazda 787 B de 1991 e o Lancia Delta S4.

Rossi participou do Festival de Goodwood pela primeira vez (Foto: Yamaha)
Em 1991, a Mazda se tornou a primeira fábrica japonesa a vencer as 24 Horas de Le Mans. Desde então, o 787 B passa a maior parte do tempo em exposição no museu da marca em Hiroshima, mas foi restaurado em 2011 para celebrar os 20 anos de seu triunfo em Sarthe.

Em 1991, sob o comando de Bertrand Gachot, Johnny Herbert e Volker Weidler, o 787 B completou um total de 4923.200 km em Le Mans, em uma velocidade média de 205.133 km/h.

O 787 B venceu das 24 Horas de Le Mans em 1991 (Foto: Mazda)
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O braço britânico da Mazda disponibilizou um vídeo com Rossi no comando do carro. Mesmo de capacete, dá para notar a alegria do multicampeão da MotoGP!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Roupa de festa

A Suzuki apresentou nesta quinta-feira (9), em Sachsenring, um novo layout para o protótipo da MotoGP. A mudança faz parte da celebração pelos 30 anos da GSX-R.

Os novos gráficos foram inspirados na icônica combinação branca e azul usada nos anos 80 — quando Kevin Schwantz debutou a GSX-R nas pistas — e serão utilizados nas etapas da Alemanha e da Indianápolis.

Além da mudança temporária na ‘carinha’ da GSX-RR, a Suzuki também apresentou a GSX-R 1000, uma moto de produção que vai para as lojas com as cores de Schwantz.

Suzuki apresentou layout comemorativo para Sachsenring e Indianápolis (Foto: Suzuki)
Lançada em 1985, a linha GSX-R conquistou sucesso dentro e fora das pistas. Em 2005, a GSX-R 1000 dominou o Mundial de Superbike com Troy Corser, somando oito vitórias e um total de 18 pódios, culminando com o título.

A GSX-R também teve sucesso no Mundial de Endurance e no AMA, onde Matt Mladin, Wes Cooley, Jamie James e Ben Spies conquistaram 13 títulos nacionais com a moto da Yoshimura.

“Estive envolvido com a Suzuki e corri com motos Suzuki durante toda a minha carreira e vi a GSX-R evoluir”, disse Schwantz. “Gosto de pensar que as minhas corridas ajudaram no desenvolvimento da GSX-R. Talvez uma pouco da tecnologia que aprenderam nos GPs sejam coisas que evoluíram e foram para as GSX-R de produção”, seguiu.

“Com mais de um milhão de GSX-R produzidas, é certo dizer que existem milhões e milhões de pessoas que as compram, as guiaram e as amaram”, ressaltou Kevin. “Para mim, a Suzuki GSX-R é a definição de uma moto esportiva. Quando ela foi lançada, ela mudou completamente a definição de moto esportiva e continuou melhorando desde então”, completou.

GSX-R 1000 também vai levar o tradicional azul e branco (Foto: Suzuki)
Líder do projeto da Suzuki na MotoGP, Satoru Terada lembrou que o protótipo do Mundial recebeu o nome de GSX-RR em homenagem a moto que chega aos 30 anos.

“Quando começamos a desenvolver a máquina da MotoGP, nós claramente tínhamos em mente que ela seria chamada de GSX-RR, portanto, mantendo uma forte conexão com a GSX-R. Esse nome significa muito para a Suzuki, porque tem uma grande herança nas máquinas de rua e de corrida”, contou Terada. “Essa conexão direta entre as versões de corrida e de rua é algo em que a Suzuki sempre acreditou e nós, como equipe, queríamos muito respeitar este ponto de vista”, seguiu.

“GSX-R e RR são verdadeiras irmãs, não só por conta do design, mas também porque as inovações técnicas que desenvolvemos e testamos nas pistas têm uma aplicação direta nos modelos de produção em série. Esta é a nossa forma de permanecer em contato com os nossos fãs, estejam eles apoiando nossos pilotos na MotoGP ou guiando suas GSX-R pelas estradas do mundo”, completou.

Aleix Espargaró revelou que prefere o layout comemorativo (Foto: Suzuki)
Aleix Espargaró celebrou a chance de fazer parte do time da Suzuki neste retorno ao Mundial de Motovelocidade e disse que espera que o layout especial traga sorte.

“Correr com a Suzuki me deixa muito orgulhoso por ser parte de um projeto tão emocionante e ambicioso nesse retorno à MotoGP”, falou Aleix. “Agora eu tenho a chance de usar cores que tornaram a Suzuki famosa em todo o mundo. A pintura azul e branca me lembra de muitos sucessos do passado e espero que traga a mim e ao time mais chances de celebrar”, completou.

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Maverick Viñales aproveitou para homenagear Kevin Schwantz (Foto: Suzuki)
Companheiro de Aleix, Maverick Viñales comemorou a chance de usar a pintura festiva e destacou a história da Suzuki no esporte.

“Correr com essas novas cores é inacreditável e sinto como se estivesse vestido como os grandes campeões do passado que tornaram a Suzuki tão famosa”, afirmou. “Nós somos parte de uma companhia com uma herança fascinante. O nome das nossas máquinas refletem motos que se tornaram verdadeiros ícones no mundo das corridas”, continuou.

“Esperamos que nossos fãs e consumidores da GSX-R de todo o mundo se identifiquem com isso e nos apoiem ainda mais”, concluiu.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Quase

Ao contrário de Valentino Rossi, que garantiu rapidamente sua permanência na Yamaha nas temporadas 2015 e 2016 da MotoGP, Jorge Lorenzo demorou um pouco mais para aceitar um novo contrato. Apesar da demora, o espanhol conseguiu um acordo com a marca pela qual conquistou seu bicampeonato na classe rainha e fica com o time até o fim do ano que vem.

Embora tenha permanecido com a equipe pela qual fez sua estreia na MotoGP, Lorenzo agora admite que chegou “bem perto” de trocar de uniforme. O piloto de Palma de Mallorca era alvo da Ducati e Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da HRC, também já havia admitido publicamente o interesse em contar com o bicampeão a partir de 2015.

Lorenzo só defendeu a Yamaha na MotoGP (Foto: Yamaha)
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Falando à emissora inglesa ‘Sky Sport’, Lorenzo admitiu que chegou perto de deixar a marca dos três diapasões, mas não revelou qual equipe poderia ter sido seu destino.

“Quando eu renovei com a Yamaha, eu tinha outras opções e cheguei bem perto de trocar de equipe”, revelou o piloto. “Esta é a verdade”, reforçou.

“Você sempre tem curiosidade sobre como se sairia em outra moto, mas, por enquanto, meu desejo de competir com a mesma moto e o mesmo time supera isso”, justificou.

Assim como já fez diversas vezes, Jorge reforçou que deseja pendurar o capacete no time dos diapasões.

“Meu sonho é terminar a minha carreira com a Yamaha”, completou.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Contrato renovado

A Dorna, promotora do Mundial de Superbike, anunciou nesta quarta-feira (2) a renovação do contrato com a ESPN para transmissão da série das motos de produção no Brasil. O novo acordo é válido por três anos e abrange as temporadas 2016, 2017 e 2018.

De acordo com a empresa espanhola “essa renovação consolida e fortalece uma já longa parceria entre a Dorna e a ESPN e ajuda a manter uma visibilidade chave da série em um mercado muito estratégico para a indústria do motociclismo”.

ESPN vai transmitir Mundial de Superbike no Brasil até 2018 (Foto: Divulgação/WSBK)
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Diretor das áreas de Mídia e TV da Dorna, Manel Arroyo celebrou o acordo e destacou o número de fãs do motociclismo no Brasil.

“Nós não poderíamos estar mais felizes em manter essa parceria forte com a ESPN Brasil e nós estamos ansiosos para conquistar um sucesso ainda maior nos próximos anos”, comentou Arroyo. “O Brasil é um país com um vasto número de entusiastas das corridas de moto, que vão ficar encantados em assistir o Mundial de Superbike. Nós vamos continuar colaborando para oferecer aos fãs brasileiros a melhor ação”, completou.

Diretor de Programação e Aquisições da ESPN, Carlos Maluf destacou que o Mundial de Superbike sempre foi alvo do interesse do canal por assinatura.

“Nós estamos constantemente atentos a bons direitos de transmissão disponíveis no mercado. Renovar com o Mundial de Superbike, uma categoria líder de motociclismo e bastante disputada por várias emissoras, mantém, como sempre, o nosso foco nos maiores eventos de cada esporte”, destacou Maluf. “É muito importante poder continuar oferecendo o Mundial de Superbike aos fãs brasileiros do esporte por mais três anos na ESPN”, concluiu.