quarta-feira, 31 de julho de 2013

Regras

MotoGP terá centralina padrão (Foto: Bridgestone)
A Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, anunciou na semana passada as últimas definições da Comissão de GP sobre o regulamento técnico da temporada 2014 da MotoGP. O grupo, formado por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, Ignacio Verneda, representante da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Hervé Poncharal, presidente da IRTA, Takanao Tsubouchi, da MSMA, e Mike Trimby, também da IRTA, se reuniu durante a etapa de Sachsenring, e decidiu por algumas modificações válidas para o próximo ano.

A atualização no regulamento confirmou alguns detalhes anunciados anteriormente em relação a ECU padrão, que será introduzida em 2014. A Comissão de GP modificou o ‘status de fábrica’ e agora cada montadora (incluindo fabricantes de motos e de chassis) poderá inscrever até quatro competidores como pilotos de fábrica por temporada.

O uso da centralina padrão será compulsório, entretanto, os fabricantes podem usar seu próprio software. As equipes de fábrica poderão utilizar cinco motores por piloto a cada ano – contra os 12 dos times privados. No caso de um novo fabricante, o limite será de nove propulsores.

O desenvolvimento dos motores também será congelando, ficando proibida a evolução no design e em componentes internos. Novas fábricas, no entanto, não serão sujeitas a este regulamento em seu primeiro ano no Mundial.

A partir de 2014, os times de fábrica que utilizarem seu próprio software terão um limite de 20 litros de combustível por corrida, contra os 24 litros das equipes privadas que utilizarem a centralina e o software fornecido pela Magneti Marelli.

terça-feira, 30 de julho de 2013

A minha moto

Desde que Davide Brivio assumiu o posto de chefe de equipe da nova estrutura que a Suzuki está montando para retornar ao Mundial de MotoGP em 2015, surgiram rumores de que Valentino Rossi poderia se aventurar em um quarto time de fábrica.

Brivio foi o grande responsável pela contratação de Rossi pela Yamaha no fim de 2003 e seguiu com o italiano para a Ducati para integrar seu staff pessoal. Ex-chefe de equipe da Yamaha, Davide foi convidado pela Suzuki para comandar o programa de testes com o novo protótipo 1000cc e assumiu a posição nesta temporada.

Rossi voltou a afirmar que Yamaha estava certa em contratar Lorenzo (Foto: Yamaha)
O novo cargo de Brivio gerou rumores de que Rossi poderia correr pela Suzuki no futuro, mas, após a negativa de Jeremy Burgess, chegou a vez de Rossi descartar uma nova mudança.

Em uma entrevista à publicação germânica ‘Speedweek’, Rossi indicou que a Yamaha será sua última parada no Mundial. Além disso, Valentino voltou a reconhecer que errou ao forçar a casa de Iwata a escolher entre ele e Jorge Lorenzo.

A publicação germânica se lembrou de uma declaração dada por Rossi em 2005 ou 2006, quando o italiano declarou: “Nunca assinarei com a Ducati. Lá não escutam os desejos dos pilotos e fabricam as motos seguindo apenas os desejos dos engenheiros”.

A resposta de Valentino veio entre risos. “Cinco anos antes da minha mudança para a Ducati eu já sabia o que me esperava”, comentou. “E ainda assim eu decidi cometer este erro”, brincou.

O repórter lembrou, então, que seus erros começaram antes, quando disse para a Yamaha que se Lorenzo continuasse no time, ele sairia. “Sim, infelizmente foi assim”, reconheceu. “Talvez tenha sido positivo ter uma aventura com a Ducati. O que foi um erro foi o da Yamaha, quando disse que era Jorge ou eu”, admitiu.

“No início, eu não entendi porque a Yamaha tinha colocado Lorenzo na minha equipe. Com os anos, compreendi que a Yamaha tinha razão”, falou. “Eles tinham de pensar no futuro, sabe? Tiveram outros problemas, pois [Masao] Furusawa, que era meu amigo na Yamaha, se aposentou. Eu não sabia se a Yamaha, sem Furusawa, continuaria me tratando da mesma forma. Hoje eu sei que me preocupei sem razão. A Yamaha segue me tratando exatamente da mesma forma como me tratou nos meus melhores tempos”, destacou.

Questionado sobre os rumores de uma mudança para a Suzuki, Rossi foi categórico: “Para mim, esta é a minha equipe! E, mais importante, a M1 é a minha moto”, falou. “Enquanto for competitivo e estiver lutando pelo pódio, seguirei com a Yamaha”, encerrou.

Motor Ranch (2)

A Dainese divulgou nesta terça-feira (30) um segundo vídeo mostrando os bastidores da visita que fez ao ‘Motor Ranch’, a pista privada de Valentino Rossi perto de Tavullia, a cidade natal do multicampeão.

Rossi usa o ‘Motor Ranch’ para treinar e sempre tem a companhia de outros pilotos. O dia acompanhado pela Dainese contou com a presença de Guy Martin, especialista em provas de rua, e Thomas Chareyre, piloto de supermoto.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

8 Horas de Suzuka (2)

O circuito de Suzuka, no Japão, recebeu no último fim de semana as tradicionais 8 Horas de Suzuka. A famosa prova contou este ano com uma participação para lá de especial: Kevin Schwantz, campeão das 500cc em 1993.

Para a prova, válida pela segunda etapa do Mundial de Endurance da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), o norte-americano usou um capacete especial em homenagem ao antigo rival Wayne Rainey. O tricampeão da 500cc deixou as pistas em 1993 após um acidente em Misano.

Schwantz correu usando uma réplica do capacete de Wayne Rainey (Foto: Suzuki)
Lutando por seu quarto título, o californiano sofreu uma queda na pista de San Marino e teve uma fratura na coluna que o deixou paralisado do peito para baixo. O acidente encerrou a carreira de Rainey e abriu caminho para a conquista de Schwantz.

“Estou usando o capacete de Wayne em sinal de respeito”, disse Kevin. “Eu o respeitava quando corríamos um contra o outro e tenho ainda mais respeito por ele hoje”, completou.

Aos 49 anos, aliás, Schwantz voltou a sentir o sabor de subir ao pódio. Correndo em parceria com Yuki Kagayama e Nori Haga no Team Kagayama Suzuki, o campeão de 1993 ficou com o terceiro posto na prova nipônica.

Leon Haslam, Michael van der Mark e Takumi Takahashi venceram as 8 Horas de Suzuka (Foto: Suzuki)
A equipe MuSASHI Harc-Pro Honda, com Leon Haslam, Michael van der Mark e Takumi Takahashi venceu a prova do último domingo (28). A segunda colocação ficou com a Yoshimura Suzuki, que alinhou com Josh Brookes, Takuya Tsuda e Nobuatsu Aoki.

Campeão do ano passado pela FCC TSR, Jonathan Rea competiu na prova deste ano, mas abandonou a disputa após uma feia queda de Ryuichi Kiyonari com duas horas para o fim da corrida. Com suspeita de fraturas nas costelas, o nipônico não pôde mais voltar para a prova.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Incompleta, né...

Quando Dani Pedrosa caiu em Sachsenring, os primeiros exames feitos na clavícula esquerda do espanhol indicavam uma fratura incompleta. Barrado pelos médicos para o GP da Alemanha, o piloto da Honda só foi para a pista no último domingo (21) e completou a prova em Laguna Seca na quinta colocação, 9s257 atrás de Marc Márquez, o vencedor do GP dos Estados Unidos.

De volta à Espanha, Pedrosa foi fazer novos exames com o Dr. Xavier Mir e descobriu que, na verdade, sua clavícula estava efetivamente quebrada.

“Depois de todo este esforço [da corrida], era importante saber como estava o osso, então na terça-feira eu fiz uma tomografia tridimensional que confirmou algo que não apareceu nos primeiros raios-x, por causa do inchaço e porque, às vezes, tem fraturas que te dão uma visão restrita no raio-x”, explicou o piloto em seu blog. “Com essa tomografia 3D uma semana depois, nós pudemos ver que a fratura é uma fratura completa”, continuou.

Pedrosa sofreu fratura completa na clavícula esquerda em acidente na Alemanha (Foto: Repsol)
O vice-líder do Mundial de MotoGP, entretanto, não vai precisar de uma cirurgia. “O importante é que a clavícula não se deslocou e ainda está bem alinhada depois de todo o esforço, então eu não preciso de uma operação”, falou. “Esta é uma boa notícia, considerando tudo, então daqui duas semanas eu vou fazer outro exame e vou combinar as férias com sessões de fisioterapia para me recuperar e chegar em Indianápolis em forma”.

Apesar da lesão e das dores que certamente sentiu em Laguna Seca, Dani não pôde recorrer a uma infiltração (procedimento no qual o medicamento é injetado direto no local da lesão) no domingo. Pedrosa explicou que não se sentiu bem com o procedimento na Alemanha, nem no sábado à noite, quando fez um teste para ver sua reação.

“Na noite de sábado, eu tentei uma infiltração na clavícula, mas não me fez nada bem, então nós decidimos contra a infiltração para o domingo”, contou. “Neste caso, a melhor ajuda que eu podia ter era uma injeção intramuscular de enantyum [um analgésico para dor de intensidade leve a moderada], que é uma injeção na nádega”, continuou.

“Quando você está na moto, a adrenalina reduz a dor, mas posso dizer que quando você termina, tudo vem ao mesmo tempo”, relatou. “Foi uma corrida atípica por conta da minha situação, mas, apesar de tudo, tive uma boa sensação e terminei em quinto, não muito atrás dos líderes.”

“O objetivo que eu tracei para mim era me aproximar o máximo possível das posições de liderança, e eu consegui isso”, destacou.

Além da sua condição, Dani também falou sobre Andrea Antonelli, que morreu após um grave acidente durante a etapa da Rússia do Mundial de Supersport.

“Gostaria de enviar minhas condolências e o máximo de força possível para a família de Antonelli”, disse. “Espero que nada assim aconteça novamente. Quando coisas assim acontecem, nós percebemos como este mundo é perigoso”, encerrou.

Pneus

Quando se trata de esporte a motor, os pneus são sempre muito populares. No caso da F1, por exemplo, a pobre Pirelli foi uma das grandes atrações da temporada 2013, apanhando de tudo que é lado.

Na MotoGP, por sua vez, a Bridgestone vive um momento bem mais tranquilo – especialmente na comparação com a fábrica italiana. Uma crítica aqui, outra ali, mas nada muito sério.

Com críticas ou não, os compostos são uma parte muito importante do esporte, tanto para a competitividade, como para a segurança.

Fornecedora única da MotoGP, a Bridgestone divulgou um vídeo mostrando o funcionamento de seus compostos nos protótipos da classe rainha do Mundial de Motovelocidade:

quarta-feira, 24 de julho de 2013

De cara com o futuro

O GP dos Estados Unidos foi mais uma demonstração do talento de Marc Márquez. Em seu primeiro ano na MotoGP, o jovem espanhol vem confirmando as melhores expectativas sobre sua atuação e fechou a primeira parte da temporada na liderança do Mundial.

Primeiro novato a vencer no circuito de Laguna Seca em sua estreia, Márquez conseguiu o triunfo em grande estilo: ultrapassando Valentino Rossi no Saca-Rolhas, a mais famosa curva no traçado de Monterey.

A manobra, bastante similar àquela feita por Rossi sobre Casey Stoner no GP de 2008, foi interpretada por muitos como uma transferência do poder na MotoGP.

Márquez e Rossi têm fornecido um ótimo material para a imprensa Mundial (Foto: Repsol)
Na coletiva de imprensa em Laguna Seca, Rossi foi questionado se o GP dos Estados Unidos representava a entrega de sua coroa ao espanhol. Sem ganhar títulos desde 2009, Valentino destacou que ele não é mais o detentor da coroa da MotoGP e, por isso, quem terá de entregá-la é Jorge Lorenzo, o campeão vigente.

“É Lorenzo quem tem de entregar a coroa dele, porque a última vez que eu conquistei o título foi em 2009. Infelizmente, já faz algumas temporadas que eu não tenho a coroa”, respondeu. “Fora a piada, Marc fez algumas coisas incríveis. Eu esperava um pouco isso, mas, sinceramente, menos do que isso. Porque eu pensei que ele fosse cometer mais erros durante esta primeira temporada”, comentou.

“Eu era muito rápido nas 500cc em 2000, mas cometi muitos erros, caí nas duas primeiras corridas e talvez por isso eu tenha perdido o campeonato”, ponderou. “Então é como se Marc fosse eu, mas atualizado – um novo modelo”, elogiou.

Atrás apenas de Giacomo Agostini no número de títulos conquistados na classe rainha, Rossi avaliou que Márquez tem potencial para ser o maior de todos os tempos.

“Ele tem todo o potencial para se tornar o maior de todos os tempos, ou melhor do que eu, com mais vitórias do que eu”, afirmou. “Porque ele é um grande talento, com muita habilidade e também muito jovem. Mas agora é muito cedo para dizer, porque é um longo caminho. Mas ele tem 100% de possibilidade de fazer isso”, completou.

Sentado ao lado do eneacampeão, Márquez foi questionado sobre as declarações do italiano e antes de responder, pediu aos repórteres que eles parassem de pedir para que Valentino falasse dele, antes que ele ficasse vermelho de vergonha.

“Valentino é um dos meus heróis, um dos caras mais importantes da história da MotoGP – do motociclismo. Quando você ouve essas palavras, é bem impressionante, mas nós sabemos que na pista é completamente diferente. Você tem de tentar fazer o seu máximo. Mas é sempre impressionante ouvir algo assim”, respondeu o tímido espanhol.

Perguntado sobre como se sentia ao ser batido pelo novo ídolo do esporte, Rossi respondeu: “Estou numa boa com Marc, estou feliz por Marc, também porque não é como se eu fosse o campeão mundial do último ano e agora ele me vence e pega o número um”.

“Ao invés disso, eu, infelizmente, estou vindo de duas temporadas muito, muito difíceis, com resultados ruins e eu estou muito feliz por voltar”, comentou. “Estou em uma certa idade. Ganhei muitas corridas e campeonatos, mas para mim é ótimo lutar com ele e com os outros caras. Corrida por corrida, sinto cada vez mais que posso ficar na frente. Posso curtir alguns bons resultados nas corridas e no campeonato e por isso eu estou feliz”, completou.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Motor Ranch

A Dainese apresentou nesta terça-feira (23) o vídeo que produziu no ‘Motor Ranch’, a pista privada de Valentino Rossi perto de Tavullia, a terra natal do piloto da Yamaha. No vídeo, o italiano tem a companhia de Guy Martin, especialista em provas de rua, e Thomas Chareyre, piloto de supermoto.

Mangá

O GP do Japão de MotoGP, que acontece no circuito de Motegi no dia 27 de outubro, já conta com seu cartaz de divulgação. Assim como aconteceu no ano passado, os organizadores decidiram incorporar a cultura local na peça.

O pôster deste ano traz Jorge Lorenzo, Marc Márquez, Nicky Hayden, Valentino Rossi, Cal Crutchlow, Andrea Dovizioso e Dani Pedrosa em versão mangá.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

12 Questions

Como tradicionalmente acontece na etapa de Laguna Seca da MotoGP, a sede da Yamaha nos Estados Unidos recebeu os pilotos da marca com uma programação especial. Sem Jorge Lorenzo, que embarcou mais tarde para a América do Norte por conta de seu tratamento, e Cal Crutchlow, que também não pôde comparecer, a festa ficou por conta de Bradley Smith e Valentino Rossi.

O multicampeão, aliás, foi a principal estrela do evento e fez até pizza na sede da Yamaha. Além de mostrar suas habilidades na cozinha, Valentino também respondeu 12 perguntas que foram enviadas por seus fãs para a Yamaha pelas redes sociais.

Ao lado do amigo Uccio, Rossi fala de tudo um pouco. O registro está aqui:


Aliás, Valentino concedeu uma outra entrevista nesta semana, desta vez em seu próprio canal no YouTube. Ele está falando em italiano, mas o vídeo tem legendas em inglês:

sábado, 20 de julho de 2013

Sem chance

A chegada de Davide Brivio à Suzuki resultou em inúmeros rumores sobre uma mudança de Valentino Rossi para a fábrica de Hamamatsu na temporada 2015. Fora da MotoGP desde o fim de 2011, a montadora nipônica confirmou que voltará às pistas em 2015.

Brivio foi o grande responsável pela contratação de Rossi pela Yamaha em 2003 e passou a integrar o staff pessoal do italiano quando ele deixou Iwata. Neste ano, entretanto, Davide foi convidado pela Suzuki para chefiar o time nipônico em seu regresso ao Mundial.

Burgess negou transferência de Rossi para Suzuki no futuro (Foto: Yamaha)
A participação de Brivio no projeto japonês levantou rumores sobre uma eventual transferência de Rossi, mas Jeremy Burgess, chefe do time de Valentino desde a estreia do multicampeão na classe rainha do Mundial, descartou essa possibilidade.

“Rossi na Suzuki é, provavelmente, a coisa mais estúpida que eu já ouvi”, declarou o australiano. “Ele seguirá com a Yamaha, mesmo depois do fim da carreira dele”, completou.

Limitando os danos


Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa estão driblando os limites do corpo mais uma vez. Depois de perderam o GP da Alemanha após fortes acidentes em Sachsenring, a dupla está de volta para encarar o circuito de Laguna Seca, palco do GP dos Estados Unidos.

Embora com lesões na mesma parte do corpo – a clavícula esquerda – a condição dos dois é bastante diferente.

Pedrosa foi diagnosticado com uma fratura incompleta na clavícula esquerda depois de um acidente no terceiro treino livre na Alemanha. Sua não liberação para a corrida, entretanto, teve muito mais a ver com a forte pancada que sofreu na cabeça, já que o piloto se sentiu um pouco zonzo no dia da prova e estava com a pressão baixa.

Pedrosa tem fratura incompleta na clavícula esquerda (Foto: Repsol)
Liberado para participar dos treinos de sexta-feira em Laguna Seca, Dani optou por não sair na primeira sessão livre e poupar suas forças para a segunda atividade do dia, que tinha condições climáticas muito melhores.

“Foi difícil pilotar na minha condição, mas eu esperava por isso. Agora tenho de tentar descansar o máximo possível para sábado e recuperar alguma energia, para que eu possa lidar com a dor mais uma vez”, explicou.

Apesar de estar na pista, Dani não se deixa levar e vê até mesmo o pódio fora de suas possibilidades. “Sendo realista, obviamente vencer a corrida neste fim de semana não é uma meta realista – talvez até um pódio esteja fora de questão –, mas vou tentar terminar a corrida o mais para frente possível”, comentou. “Vou tentar minimizar a vantagem que meus rivais terão em termos de pontos”, completou.

A situação de Lorenzo é um pouco mais complicada. No fim do mês passado, o piloto da Yamaha sofreu uma forte queda em Assen e precisou ser operado para a colocação de uma placa de titânio e oito parafusos em sua clavícula esquerda.

Pouco mais de 30 horas depois da cirurgia, Jorge disputou o GP da Holanda e terminou em quinto. Após quase dez dias de recuperação, Lorenzo voltou para a pista em Sachsenring, mas um novo tombo acabou danificando a placa, que precisou ser substituída.

Após a cirurgia da semana passada, Lorenzo chegou a dizer que só voltaria em Indianápolis, mas se vendo em melhores condições e entendendo que ganhou uma nova chance com a ausência de Pedrosa na etapa alemã, o bicampeão decidiu voltar.

Lorenzo passou por duas cirurgias na clavícula no último mês (Foto: Yamaha)
“Foi muito melhor nesta tarde. Tentei melhorar passo a passo, como fiz na minha primeira vez aqui com a MotoGP, para tentar minimizar os riscos e entender o limite da pista”, explicou. “Cada volta ficou melhor e melhor, mas obviamente a dor está lá. Me senti um pouco melhor do que de manhã, mas não tanto. Depois de sete voltas, começou a ser difícil frear”, continuou.

“Tive muita dificuldade na frenagem, mas, ainda assim, nós fomos capazes de treinar sem analgésicos. Isso é muito positivo, porque com o analgésico, teremos algum benefício”, avaliou. “A moto está funcionando realmente bem, estamos perdendo alguns décimos na frenagem, onde não podemos forçar muito. O balanço do dia é muito bom considerando a minha condição física”, encerrou.

Lorenzo terminou o primeiro dia de treinos com a sexta colocação, 0s427 atrás de Marc Márquez, o líder. Pedrosa fez o 11º tempo, 1s089 mais lento que seu companheiro de Honda.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Pushing the Limits

Entender Casey Stoner não é uma tarefa das mais fáceis. Sempre sincero ao extremo, o australiano não costuma medir palavras para falar do esporte que o tornou bicampeão mundial e de seus antigos companheiros.

Reconhecido por seu talento, Casey surpreendeu o mundo ainda no início de 2012 ao anunciar que iria encerrar sua carreira ao fim daquela temporada. A surpresa maior, aliás, vem do fato de o próprio piloto ter negado seus planos de deixar as pistas alguns dias antes, inclusive acusando jornalistas da revista espanhola ‘Solo Moto’ de mentir.

Agora, livre da MotoGP e correndo na Dunlop Series – categoria de acesso à V8 Supercars –, Stoner vai publicar sua autobiografia e, quem sabe, ajudar o mundo a atender o que de fato se passa na cabeça dele. No ‘Pushing the Limits’, Casey fala do início de sua carreira, explica as razões que levaram seus pais a venderem tudo que tinham para seguir com ele para a Europa, os motivos de sua aposentadoria, sua visão sobre o Mundial e os demais pilotos, e o que o levou a recusar o contrato milionário oferecido pela Honda para a temporada 2013 da MotoGP.

‘Pushing the Limits’ será lançado pela Orion Publishing em 17 de outubro deste ano, mas já está disponível em pré-venda em grandes livrarias.

Stoner não é exatamente uma figura carismática, mas certamente deve ser uma leitura bastante interessante.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Fim da linha

A passagem de Nicky Hayden pela Ducati chegará ao fim nesta temporada. Depois de cinco anos juntos, o norte-americano foi comunicado pela fábrica de Borgo Panigale que ele não faz mais parte dos planos do time e agora busca outras opções para seguir ativo.

A notícia do rompimento entre o campeão de 2006 e a escuderia italiana havia se espalhado no início da semana, mas a confirmação só veio nesta quinta-feira (18), quando Nicky admitiu que já recebeu o aviso da Ducati.

“Não é um momento fácil, mas eu não vou seguir com a Ducati na MotoGP”, confirmou. “Eles decidiram seguir um caminho diferente”, continuou o piloto, durante uma coletiva de imprensa em Laguna Seca.

Ao contrário de Dovizioso, Hayden não seguirá na Ducati em 2014 (Foto: Ducati)
Hayden, que já tinha admitido ter algumas propostas para seguir para o Mundial de Superbike, afirmou que ainda não sabe qual será futuro, mas reconheceu que as chances de conseguir um equipamento competitivo na MotoGP são remotas.

“Para honesto, realmente não sei qual será o meu futuro. Eu tenho algumas coisas na mesa e algumas coisas interessantes, mas na MotoGP não parece tão bom”, falou. “Eu tenho algumas opções que são interessantes, eu amo correr de moto e ainda acho que tenho muito para dar. Vou tentar encontrar uma nova casa e ver o que acontece.”

“Não é a situação perfeita, mas é o que é e eu tenho de me levantar e trabalhar. Meu coração está na MotoGP, mas não quero ficar aqui em uma moto para tentar somar pontos aqui e ali. Preciso olhar para todas as opções, ver qual me anima mais e qual parece mais divertida”, considerou. “Não estou certo de que a Repsol vai bater na minha porta hoje por um daqueles lugares. Não tem muitas vagas na MotoGP e isso é duro. Tem apenas 12 motos oficiais e a maioria delas já tem dono. Não é uma situação ideal, mas os resultados não foram o que nós esperávamos e ninguém gosta de ser sacado, mas foi isso que aconteceu”, resumiu.

Cal Crutchlow é apontado como favorito para assumir a vaga de Nicky. Atualmente na Tech3, o britânico quer estreitar seus laços com a Yamaha e mira, principalmente, ter equipamento de fábrica. A casa de Iwata, entretanto, já lhe avisou que não tem como garantir uma vaga para ele na equipe oficial em 2015. Valentino Rossi e Jorge Lorenzo têm contratos até 2014, mas o time nipônico já avisou que se os dois quiserem seguir, seus lugares estão garantidos.

Além de Crutchlow, alguns rumores dão conta de uma promoção de Andrea Iannone para o time principal, além das especulações em torno do nome de Scott Redding. A situação do piloto da Marc VDS, entretanto, parece pender para outros caminhos: subir com o próprio time belga ou assumir uma vaga na Gresini com uma versão de produção da RC213V.

Para Hayden a situação não parece muito boa. Pessoalmente, não acho muito justo que o norte-americano seja sacado do time. É claro que os resultados esperados não vieram, mas já está mais do que provado que a Ducati não tem um problema de pilotos. O problema em Borgo Panigale é outro.

Clima descontraído

Como tradicionalmente acontece nos fins de semana de MotoGP, a quinta-feira foi dedicada a coletiva de imprensa com alguns pilotos do Mundial. Nesta tarde, Alex de Angelis, Nicky Hayden, Cal Crutchlow, Marc Márquez, Valentino Rossi e Colin Edwards atenderam os jornalistas em Laguna Seca e o encontro foi marcado pela descontração.

Márquez foi intensamente questionado se havia feito um teste secreto no circuito californiano, mas respondeu com um sonoro “não”. Crutchlow aproveitou o momento e brincou dizendo que se o espanhol for rápido desde o primeiro treino, “saberemos que ele esteve aqui duas semanas atrás”.

Reunir Crutchlow, Márquez e Rossi em uma mesma sala sempre resulta em risos da plateia (Foto: Repsol)
Seguindo o que já havia feito em Sachsenring, Valentino Rossi voltou a aconselhar Márquez sobre a melhor estratégia para este fim de semana. “Meu conselho para Marc é que ele seja bem lento neste fim de semana, aprenda a pista, e aí volte mais rápido no ano que vem”, orientou.

Para completar o clima descontraído da coletiva, não passou despercebido pelos jornalistas o fato de o médico responsável pela clínica de Laguna Seca atender por Dr. Rossi. O médico, aliás, será o responsável por liberar Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa para a corrida. Os dois ficaram de fora do GP da Alemanha depois de sofrerem fortes acidentes em Sachsenring. O piloto da Yamaha teve de operar a clavícula esquerda pela segunda vez, enquanto Dani foi barrado por conta de pressão baixa.

Questionado sobre sua avaliação sobre a condição física de Dani e Jorge, ‘O Doutor’ Valentino Rossi foi direto: “Para mim, os dois estão claramente inaptos!”, brincou, explicando que não tem parentesco algum com o médico local.

Laguna Seca

A MotoGP desembarca neste fim de semana em Laguna Seca, palco da nona etapa da temporada 2013 do Mundial de MotoGP. O GP deste fim de semana será o 23º realizado em solo norte-americano e o 14º na pista de Monterey.

As primeiras duas corridas nos Estados Unidos aconteceram no circuito de Daytona, nas temporadas de 1964 e 1965. Indianápolis recebeu outras cinco provas, com a etapa de Austin deste ano completando a lista.

O circuito californiano é um dos quatro do calendário do Mundial para onde a Bridgestone leva o pneu traseiro supermacio feito especialmente para as motos CRT, que contam com chassis artesanais e motores derivados de produção.

Ao contrário das demais etapas, Laguna Seca recebe apenas a MotoGP (Foto: Honda)
Além do composto supermacio, os pilotos poderão escolher entre os pneus dianteiros macios e médios, e os traseiros macios e médios (assimétricos). Os compostos de chuva também estarão disponíveis nas versões macia e dura.

As últimas seis corridas realizadas nos Estados Unidos foram vencidas por pilotos da Honda, mas a perspectiva para este fim de semana não é tão favorável. Dani Pedrosa está voltando de lesão e Marc Márquez nunca rodou no difícil traçado da Califórnia.

Em termos de pole-position, a Yamaha levou vantagem nos últimos quatro anos em Laguna Seca com Jorge Lorenzo, mas o bicampeão também se recupera de dois fortes acidentes e de duas fraturas na clavícula esquerda. Se conseguir a pole, entretanto, o espanhol será apenas o segundo piloto na era da MotoGP a conquistar a pole cinco anos seguidos em um mesmo traçado. Casey Stoner conquistou este feito na pista de Phillip Island.

As lesões de Lorenzo e Pedrosa, aliás, colocaram Aleix Espargaró e Andrea Dovizioso como os únicos dois pilotos a terem pontuado em todas as oito etapas de 2013.

Do lado de Marc Márquez, o menino prodígio do motociclismo espanhol pode conseguir mais um feito inédito neste fim de semana. Se vencer o GP dos Estados Unidos, o espanhol será o primeiro novato a vencer em Laguna Seca em seu ano de estreia no Mundial.

Para entrar no clima da corrida, aqui estão alguns detalhes no circuito:

Número de voltas: 32
Comprimento da pista: 3.610m
Largura da pista: 15m
Reta mais longa: 453m
Curvas: 11 – quatro para a direita e sete para a esquerda
Alocação dos pneus:
- Dianteiro: macio e médio
- Traseiro: supermacio (CRT – simétrico), macio e médio (assimétrico)
- Chuva: macio e duro

Recordes
- Pole-position: Jorge Lorenzo (Yamaha/2012) – 1min20s554 (161,332 km/h)
- Melhor volta da corrida: Dani Pedrosa (Honda/2012) – 1min21s229 (159,992 km/h)

Resultado de 2012
1º: Casey Stoner – 43min45s961
2º: Jorge Lorenzo – +3s429
3º: Dani Pedrosa – +7s633

Antes da etapa, Dani Pedrosa também deu sua avaliação sobre o circuito de Laguna Seca. Está tudo aqui:

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Destino Califórnia

Depois de algum suspense, Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa confirmaram que estarão em Laguna Seca para disputar o GP dos Estados Unidos. Os dois perderam a etapa do último fim de semana da MotoGP por conta de dois fortes acidentes no circuito de Sachsenring.

O drama do piloto da Yamaha começou ainda na Holanda, quando o espanhol se acidentou no primeiro dia de treinos livres em Assen. Com a força do acidente, Jorge fraturou a clavícula esquerda e precisou ser operado para a introdução de uma placa de titânio e oito parafusos.

Operado na madrugada de sexta-feira em Barcelona, Lorenzo tratou logo de voltar para a Holanda e conseguiu ser liberado pelos médicos para disputar a etapa holandesa no sábado. Largando em 12º, o piloto conquistou um heroico quinto lugar.

Pedrosa e Lorenzo vai para os Estados Unidos para correr em Laguna Seca (Foto: Repsol)
Na última semana, entretanto, o bicampeão voltou a sofrer uma forte queda, desta vez em Sachsenring. A violenta colisão com o asfalto alemão danificou a placa de titânio que tinha sido colocada em sua clavícula dias antes e ele teve de ser submetido a uma nova cirurgia. Pelo Twitter, Jorge chegou a dizer que só voltaria em Indianápolis, mas mudou de ideia e vai correr no próximo fim de semana.

“Finalmente nós decidimos ir para Laguna Seca”, anunciou o espanhol. “Depois de um último exame médico e depois de conversar com o doutor Rodríguez, nós vamos tentar”, contou.

“No início, eu seriamente pensei que seria conveniente pegar o tempo necessário para a minha recuperação e voltar em Indy, mas nos últimos dois dias eu me senti muito melhor, então agora eu quero estar lá, mas vou tentar não correr muitos riscos”, continuou.

Os médicos de Lorenzo afirmaram que sua recuperação está caminhando bem e ele pode correr sem problemas, mas alertaram que uma nova lesão poderia ser um problema muito maior.

“Quero estar lá também pelos fãs, pelo campeonato, mas especialmente pelo meu time, que está esperando por mim”, declarou. “Quero agradecer a todos pelo apoio que recebi até aqui e quero dizer obrigado aos médicos que cuidaram de mim depois do acidente em Sachsenring, tanto na Clínica Móvel como no Hospital Geral da Catalunha, especialmente aos doutores Rodríguez e Cots”, completou.

O caso de Pedrosa é diferente. O piloto da Honda escapou ileso do fim de semana em Assen, mas sofreu uma violenta queda no terceiro treino livre para o GP da Alemanha. Dani bateu a cabeça com força e foi diagnosticado com uma fratura incompleta da clavícula esquerda.

O forte impacto na cabeça deixou o piloto um pouco zonzo e o choque com o acidente derrubou a pressão do espanhol, que não foi liberado pelos médicos do circuito alemão para correr.

“Depois do fim de semana desapontador na Alemanha, estou feliz por me sentir bem outra vez e felizmente meu ombro não quebrou completamente, mesmo que uma fratura não seja a melhor das coisas”, comentou. “Agora eu preciso voltar para a pista e ver em que condição estou. Espero que possamos ter um bom fim de semana”, completou.

Para ter mais um dia de fisioterapia em Barcelona, Pedrosa apenas embarca rumo aos Estados Unidos na quinta-feira.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dica de quem conhece

Marc Márquez é uma das grandes sensações na MotoGP, inclusive entre os pilotos. No último domingo (14), depois de o jovem espanhol ter conquistado seu segundo triunfo na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, o piloto da Honda recebeu dicas valiosas de seus companheiros sobre o que esperar da etapa de Laguna Seca.

Em uma coletiva de imprensa realizada logo após o GP da Alemanha, em Sachsenring, Valentino Rossi foi questionado sobre o quão difícil será para Márquez se adaptar ao traçado californiano e foi sincero (ou quase).

Coletiva com Cal, Marc e Valentino em Sachsenring foi em tom de brincadeira (Foto: Repsol)
“Não, não, muito fácil”, respondeu rindo. “Em Laguna... Eu espero que este filho da puta seja rápido desde o início”, continuou, rindo junto com Marc.

“Brincadeiras a parte, Laguna é muito difícil. É uma pista estranha. Uma coisa bem particular. Mas eu tenho certeza que o Marc será rápido”, avaliou. “Para ele, um fim de semana é o bastante para ser competitivo”, completou.

Também presente na coletiva, Cal Crutchlow decidiu dar sua contribuição ao processo de aprendizado de Márquez e avisou: “A primeira curva é em sexta marcha!”

A primeira curva de Laguna Seca é um dos pontos mais técnicos do traçado, onde a velocidade dos pilotos varia entre 105 e 277 km/h. Além de ser um ponto cego.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Reconhecimento

O atual relacionamento de Jorge Lorenzo e Valentino Rossi não lembra em nada a relação dos dois nos primeiros anos de convívio na Yamaha. Na época, o italiano não viu com bons olhos a presença do espanhol e se sentiu menosprezado pela casa da Iwata.

Como resultado, a divisão dos dois foi inevitável e o clima na Yamaha ficou longe do ideal. No fim, Rossi colocou a fábrica nipônica em posição de escolher, mas os japoneses entenderam que não podiam se dar ao luxo de abrir mão de Lorenzo.

Rossi e Lorenzo voltaram a formar dupla da Yamaha após dois anos separados (Foto: Yamaha)
Assim, Rossi se sentiu ainda menos importante para o time e acabou optando por mudar de ares, assinando com a Ducati. O time de Bolonha havia abordado o piloto com as mesmas promessas que o levaram à Yamaha, mas ao contrário de Masao Furusawa, que prometeu e entregou uma boa moto, Filippo Preziosi nunca conseguiu colocar um bom protótipo nas mãos do piloto e os dois anos no time vermelho foram uma sequência de maus resultados.

Insatisfeito, Rossi recorreu a sua antiga casa e voltou para os braços de sua amada M1, de novo em dupla com Lorenzo. Na última quinta-feira (11), falando com a imprensa antes do início dos treinos para a etapa de Sachsenring, Valentino afirmou que levou tempo, mas entendeu que a Yamaha tinha razão.

“Agora a situação entre nós é muito diferente”, disse Rossi. “Acho que a nossa relação não foi muito fácil no início porque eu estava um pouco bravo com a Yamaha, mais do que com ele”, explicou.

“Sinceramente, depois de algum tempo, alguns anos... antes eu não entendia porque a Yamaha decidiu colocar um piloto forte como este no meu box, depois de todas as vitórias”, falou. “Mas, sinceramente, no fim das contas a Yamaha estava certa, porque eles também tinham de pensar no futuro”, reconheceu.

“Agora a situação é muito mais clara e nós temos um bom relacionamento. Acho que, certamente, nós somos grandes rivais, mas, ao mesmo tempo, nós somos um bom time. Um time de nível muito alto”, comentou. “Isso é bom para nós, para melhorar a moto, e para a Yamaha, para tentar conquistar o máximo de pontos possível”, concluiu.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Opções

O contrato de Nicky Hayden com a Ducati chega ao fim neste ano e o piloto norte-americano ainda não teve nenhum sinal da fábrica de Borgo Panigale de que seu vínculo será renovado. O campeão de 2006, entretanto, não está sem opções.

Falando ao programa online ‘Greg’s Garage’, Nicky confirmou que tem algumas propostas do Mundial de Superbike, mas deixou claro que quer seguir na MotoGP. Mesmo reconhecendo que a situação da Ducati não é fácil, Hayden se mostrou confiante no futuro e disposto a seguir trabalhando para encontrar o rumo certo para a Desmosedici.

Hayden afirmou que vitória de Rossi lhe dá esperança (Foto: Ducati)
Além de falar sobre seu futuro, Nicky também comentou a vitória de Valentino Rossi, com quem dividiu os boxes da fábrica de Bolonha por dois anos. De volta à Yamaha, o italiano conseguiu encerrar um jejum de mais de 2 anos e 8 meses com um triunfo em Assen.

“Para todos envolvidos nas corridas, é melhor quando Rossi está na frente. É melhor para o show e, no fim do dia, é melhor para todos nós”, ponderou. “Em certo ponto, me deixou feliz. Quer dizer, Rossi merece continuar vencendo”, declarou.

Hayden destacou que muitas pessoas foram injustas com o multicampeão nos últimos anos. Nas duas temporadas em que ficou com a Ducati, Valentino foi acusado de não se esforçar o bastante para vencer.

“Ele recebeu um monte de críticas. Quando o resultado não vem, a primeira coisa que dizem é: ‘Ah, você não está tentando, não está se esforçando’. Sabe, muitas pessoas disseram isso nos últimos dois anos na Ducati, mas eu vi, em primeira mão, que aquele cara realmente aparecia motivado todo fim de semana e não acho que essas criticas foram justas”, opinou. “Ele tentou até o fim na Ducati e isso ficou claro com a quantidade de quedas que ele teve. Como um colega, não acho que ele mereceu isso.”

Além da felicidade pelo antigo companheiro, Hayden destacou que o triunfo de Rossi também é bom para sua própria confiança. “Por outro lado, isso é bom para mim. Quer dizer, por mais frustrante que seja, ver ele vencer me dá um pouco de esperança”, falou. “No ano passado em Assen eu fui mais rápido que ele todo o fim de semana na mesma moto”, recordou.

“Vê-lo vencer corridas e no pódio confirma o que eu sempre acreditei, que, com o pacote certo, ainda posso estar na frente”, concluiu.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Será?

Cal Crutchlow esteve no circuito de Silverstone no início do mês para acompanhar o GP da Inglaterra de F1. Em sua visita ao traçado britânico, o piloto da Tech3 aproveitou para encontrar Lewis Hamilton e teve a chance de entrar no W04, o carro da Mercedes para a temporada 2013.

Após a visita, Crutchlow falou sobre a experiência ao site oficial do circuito britânico e contou que gostaria de ter a chance de pilotar um dos carros da categoria no futuro. Cal, entretanto, acredita que a imagem que a F1 tem dos pilotos da MotoGP deve impedir a experiência.

Cal contou que gostaria de ter a chance de guiar carro da F1 (Foto: Circuito de Silverstone)
“O GP da Inglaterra foi a minha primeira experiência na F1 e eu fiquei encantado, eu amei”, comentou Crutchlow. “É muito impressionante. Tem um verdadeiro burburinho no paddock e no grid. Foi bom encontrar Lewis outra vez – nós conversamos antes da corrida – e foi ótimo entrar no carro na garagem da Mercedes”, continuou.

“Eu adoraria ter a chance de guiar um carro de F1 no futuro, mas não sei se eles confiam em nós, pilotos de MotoGP”, ponderou. “Eles acham que nós somos um pouco loucos”, concluiu.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Movimentando a bilheteria

A influência de Valentino Rossi na popularidade da MotoGP é gritante, mas a vitória do italiano em Assen deu mais uma amostra do força do multicampeão perante o público. Junto com o ótimo desempenho de Cal Crutchlow e a liderança de Scott Redding no Mundial de Moto2, o retorno do piloto da Yamaha ao degrau mais alto do pódio aumentou expressivamente a venda de ingressos para o GP da Inglaterra, agendado para o dia 1 de setembro.

Sucesso dos britânicos e vitória de Rossi aumentou venda de ingressos do GP da Inglaterra (Foto: Repsol)
“A venda de ingressos para o GP da Inglaterra de MotoGP está indo muito bem este ano, o que é resultado de muitos fatores”, comentou Richard Phillips, diretor da Silverstone Circuits Limited. “Foi um início fantástico de temporada, com vários vencedores, incluindo Rossi de volta à Yamaha, o novato sensação Marc Márquez se tornando o mais jovem a vencer na MotoGP, e Lorenzo e Pedrosa se revezando na liderança do campeonato”, listou.

“Cal também está tendo um ano fantástico, conquistando três pódios e se tornando o primeiro britânico a conquistar uma pole-position em mais de uma década”, comentou. “Bradley Smith também está indo muito bem em sua temporada de estreia na MotoGP, enquanto temos em Scott Redding um britânico liderando o Mundial de Moto2.”

“Tudo isso, combinado com a grande experiência que os fãs tiveram em Silverstone no ano passado, realmente aumentou a demanda por ingressos”, explicou.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A volta das 500cc

Scott Redding está se tornando um local no circuito de Spa-Francorchamps. Depois de guiar uma BMW M3 GT4 do DTM, o britânico voltou ao traçado belga no último domingo (7) para uma nova experiência. Desta vez em duas rodas.

O líder do Mundial de Moto2 teve a chance de guiar a Suzuki RGV500, a moto que Kevin Schwantz utilizou em 1994, quando a classe rainha do Mundial de Motovelocidade ainda utilizava as lendárias motos 500cc. A presença de Redding fazia parte da tradicional ‘Parada 500GP’, que integra um evento anual chamado ‘Bikers Classic’, e contou com a presença de outros mitos do esporte, como Giacomo Agostini, Phil Read, Wayne Gardner e Christian Sarron.

Redding tinha ao seu lado no grid grandes estrelas da motovelocidade (Foto: Marc VDS)
“Alinhando no grid com todos aqueles campeões ao meu redor, me senti como se estivesse realmente participando de um GP das 500cc”, declarou Redding. “Sentado na moto em frente a uma enorme multidão, cercado por tipos como Wayne Gardner, Christian Sarron e Didier De Radigues, senti a real sensação de como deve ter sido para Kevin Schwantz quando ele alinhou para correr com esta moto em 94. Foi uma experiência incrível”, destacou.

O que era para ser uma parada de dez voltas, logo se transformou em uma corrida, que foi vencida por Steve Plater, que estava pilotando a Suzuki RGV500 XR88 na qual Kenny Roberts foi vice-campeão em 1999. Redding ficou com o segundo posto, depois de brigar por posições com Sarron, Gardner e De Radigues.

“Tive uma boa largada para liderar até a Eau Rouge, mas esta foi a minha primeira vez nesta pista em duas rodas, em uma moto em que eu só subi uns dez minutos antes”, falou. “Os outros caras rodaram ontem, então eles tinham um pouco de vantagem nas primeiras voltas, mas não levei muito tempo para sentir a moto e descobrir as linhas. Eu consegui me recuperar até o segundo lugar e aí tive uma ótima batalha com Steve Plater nas últimas voltas”, contou.

Atual líder da Moto2 guiou moto que foi de Kevin Schwantz em 1994 (Foto: Marc VDS)

A RGV 500 XR84 que Scott guiou pertence a Steve Wheatman, um empresário de Northamptonshire. A moto pesa 135 kg e produz cerca de 195 bhp com seu motor V4 dois tempos de 498cc, atingindo uma velocidade de até 320 km/h. Um equipamento completamente diferente da 600cc quatro tempos que Redding está acostumado a guiar na Moto2.

“A moto é absolutamente incrível”, exaltou. “Ok, os freios não são ótimos, mas nós esperávamos por isso. O manuseio é incrível, porque a moto é muito leve. É realmente fácil de mudar de direção. Ela acelera muito forte também, com a frente levantando em todas as marchas.”

“Não precisei de um conta giro. Eu só mudava sempre que sentia que o pneu dianteiro estava para cima o bastante! Tem muita potência, mas é bem confortável, nada como aquela potência afiada que eu estava esperando”, comentou. “Eles deveriam trazer elas de volta. Foi absolutamente incrível de pilotar!”

Foi nessa mesma moto que Schwantz conquistou seu último triunfo no Mundial, no GP da Inglaterra, em Donington Park, também palco da primeira vitória de Redding.

“Eu estava com o joelho para baixo e podia ver que o cotovelo estava bem próximo, então eu só inclinei um pouco mais e foi”, explicou. “Não acho que eles tenham feito isso nas 500 em 1994, mas os pneus que usamos hoje oferecem muito mais aderência do que aqueles que Kevin Schwantz tinha para competir quando corria com essa moto”, ponderou.

Com a experiência de domingo em Spa, Redding entra para a seleta lista de pilotos que provaram os equipamentos dois e quatro tempos da classe rainha do Mundial de Motovelocidade. No ano passado, o britânico testou a Desmosedici da Ducati em Mugello.

“Eu gostaria de dizer um grande obrigado a Steve Wheatman por me deixar solto em sua moto cara para caramba, e também a Olivier Aerts por organizar isso hoje. Foi muito divertido e espero que eu tenha a chance de repetir a experiência em um futuro não muito distante”, concluiu.

sábado, 6 de julho de 2013

Argentina 1 X 0 Brasil (2)

O circuito de Termas de Río Hondo recebeu pela primeira vez nesta semana as motos do Mundial de Motovelocidade. Cal Crutchlow, Stefan Bradl, Álvaro Bautista, Héctor Barberá, Tito Rabat e Nico Terol estiveram na pista de Santiago del Estero para uma bateria de testes, que tinha um caráter muito mais promocional do que esportivo.

Apesar dos poucos pilotos e de não ter contado com os grandes nomes da categoria – como Valentino Rossi, Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo e Marc Márquez –, o exercício contou com casa cheia e marcou o triunfo dos argentinos em seu retorno ao calendário da MotoGP.

Traçado de Termas de Río Hondo receberá MotoGP em 2014, 2015 e 2016 (Foto: Argentina MotoGP)
O Ministério do Turismo da Argentina confirmou nesta semana que a prova passará a integrar o calendário do Mundial em 2014, repetindo a experiência em 2015 e 2016.

A julgar por essa primeira bateria de testes, o circuito, que foi remodelado por Jarno Zaffelli, do Studio Dromo, é um sucesso. A pista ganhou elogios de todos os pilotos, que também destacaram o interesse dos fãs pela categoria. O que é, obviamente, um ponto chave para a corrida do ano que vem.

Se um teste esvaziado como o dos últimos dias conseguiu atrair um bom público para o circuito, a Dorna, promotora do Mundial, pode esperar casa cheia para a etapa de 2014.

A empresa espanhola, aliás, deve estar dando pulos de alegria com o resultado desta experiência. A Dorna não esconde seu interesse no mercado sul-americano e agora tem o Brasil como próxima meta. No momento, nós não temos nenhum circuito com condições de passar pelo crivo da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), mas temos alguns sinais bastante promissores no horizonte. Mas isso é assunto para outro dia.

Confira as declarações dos pilotos sobre o circuito de Termas de Río Hondo:



Cal Crutchlow: “Este teste foi uma das poucas oportunidades onde não há tanta pressão, então eu pude me divertir com os outros caras na pista. Hoje em dia na MotoGP você tem de estar no limite e dando 100% em cada volta em todo teste ou corrida, então foi bom poder ter um pouco de diversão na moto. Nós coletamos algumas informações para a Yamaha e a Bridgestone, mas não estou certo de quão útil isso será, porque as condições da corrida serão completamente diferentes. A pista estava bem suja, mas alguns setores são incríveis. Algumas curvas são realmente rápidas e lá tem muitas oportunidades de ultrapassar, então acho que serão ótimas nas três classes. Foi uma ótima viagem e muito importante para a Dorna e a Yamaha promover a MotoGP em um mercado tão importante como a Argentina. Estou orgulhoso por a Tech 3 e a Monster terem sido capazes de desempenhar um papel tão importante nisso. Eu gostaria de agradecer a todos os envolvidos na nossa visita desta semana. Eu amei cada minuto da minha primeira visita à Argentina. É ótimo experimentar outra cultura e a recepção e a hospitalidade que nós recebemos foi incrível e eu nunca esquecerei da minha primeira visita à Argentina. Foi incrível de ver o apoio e a paixão pela MotoGP e agora eu mal posso esperar para voltar no ano que vem”.



Stefan Bradl: “Foi a minha primeira visita à Argentina e nós tivemos uma grande acolhida de todos. Eles são muito interessados na MotoGP e é legal levar o campeonato de volta para lá pela primeira vez desde 1999. Junto com Álvaro e Cal, nós fizemos um tour em Termas, descobrindo a nova cultura e o lugar é muito legal. Antes de viajar, eu olhei o layout do circuito na internet e pareceu realmente rápido. E é! Acho que é perfeitamente adequado às motos da MotoGP, mas a grande dúvida são os pneus, porque os primeiros indicativos mostram que a superfície aqui é muito abrasiva para os pneus”.



Álvaro Bautista: “É a primeira vez que visitei a Argentina e estou vivendo uma experiência maravilhosa. Nós tivemos uma recepção maravilhosa em Buenos Aires, com uma grande presença de jornalistas, e na quarta-feira nós tivemos um dia maravilhoso de turismo em Termas de Río Hondo. Foi muito agradável”.

“Na quinta-feira nós fomos para a pista e começamos a ganhar confiança com o circuito, que tem um traçado tecnicamente interessante. Foi uma sessão de estudo e teste de algumas soluções de acerto. Confesso que o circuito me surpreendeu. Eu tinha visto uma foto e tinha gostado, mas me senti cômodo desde as primeiras voltas. A pista é boa, grande e divertida, com algumas curvas que fazemos com a MotoGP acelerando e derrapando. Conforme o circuito for sendo usado, ele irá melhorando mais. É um bom circuito e não tem nenhum ponto perigoso. Eu quero ressaltar a presença do público, que me deixou alucinado. Tinham arquibancadas que estavam quase cheias e sempre que pude, cumprimentei as pessoas, pois ver um teste como o que tivemos aqui, não deve ser muito divertido.”



Héctor Barberá: “Termas de Río Hondo é um traçado espetacular. É muito divertido e muito rápido, talvez um dos mais rápidos do campeonato. O circuito é bom, reúne as condições para estar no campeonato e tem muita segurança. Eu destacaria que a pista é muito grande e isso fará com que as corridas sejam bonitas, com muitas ultrapassagens por conta de seu tamanho. Além disso, o público é incrível, então estou ansioso para correr aqui”.



Nico Terol: “A verdade é que eu gostei muito do traçado. É um circuito muito grande, o asfalto parece que terá muita aderência quando estiver limpo. A pista combina uma área sinuosa com outra muito rápida. Nesta segunda zona, têm duas curvas muito legais, uma de quinta e outra de sexta [marchas]. Além disso, também há uma mudança de direção que desemboca em uma curva cega. Quando você acelera, a moto levanta um pouco. Tem seus segredos!”



Tito Rabat: “Estou muito contente de estar na Argentina e ter sido um dos primeiros a rodas neste espetacular circuito. O traçado me encantou, com curvas rápidas, ângulos, vários pontos de ultrapassagem, todos os ingredientes para oferecer corridas espetaculares quando viermos aqui no ano que vem para competir. Além disso, notamos o carinho e o apoio dos fãs argentinos que, apesar de ser um teste com poucos pilotos, vieram em grande quantidade para nos ver e apoiar”.

(As fotos são de Andy Dubrowsky e Sergio Canclini, para Argentina MotoGP)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Diploma

Disputar o Mundial de Motovelocidade não é exatamente uma tarefa compatível com estudos regulares. Muitos pilotos – especialmente os da Moto3 – têm de se desdobrar para conciliar as intermináveis viagens com a rotina de estudos e são pouquíssimos aqueles que chegam à universidade.

Axel se formou esta semana (Foto: Pons)
Contrariando a regra, Axel Pons concluiu seus estudos na universidade La Salle, em Barcelona, e se formou em Negócios e Tecnologia.

“Foi duro, como demonstra o fato de que quase ninguém se atreve a conciliar o motociclismo de elite com os estudos, mas, no fim, a recompensa da graduação paga com folga todos os esforços”, declarou o piloto da Pons. “Eu gostaria de agradecer a La Salle e toda sua equipe de professores pelas facilidades que me deram para seguir o ritmo dos meus estudos, apesar das continuas viagens por todo o mundo para disputar corridas de Moto2”, completou o piloto.

Além da formatura, Axel também foi submetido a uma cirurgia no braço direito nesta semana para corrigir a síndrome compartimental. Atendido pelo Dr. Xavier Mir, um dos mais renomados entre os atletas da motovelocidade, Pons explicou que está se recuperando bem e deve estar pronto para a etapa de Sachsenring, que acontece na próxima semana.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

GP da República da Argentina

O ministro do Turismo da Argentina, Enrique Meyer, confirmou na tarde desta quinta-feira (4) que o circuito de Termas de Río Hondo vai receber etapas do Mundial de Motovelocidade em 2014, 2015 e 2016. O anúncio foi feito durante a visita do ministro ao circuito, que recebe uma bateria de testes da MotoGP nesta semana.

Acompanhado pelo governador da província de Santiago del Estero, Gerardo Zamora, e do secretário-executivo do Instituto Nacional de Promoção Turística, Leonardo Boto, Meyer destacou que é uma honra para o país poder receber a principal divisão do motociclismo mundial.

“É uma grande honra para a Argentina receber esta categoria, que se soma aos demais eventos esportivos que se realizam no nosso país, como o Rali Dakar”, declarou. “Esperamos que o público argentino possa desfrutar da categoria máxima do motociclismo, que não vem ao nosso país desde 1999, e faremos todo esforço para que a MotoGP fique no nosso país por muito mais tempo”, continuou.

Bradl foi o mais rápido no primeiro treino da MotoGP na Argentina (Foto: Argentina MotoGP)
O ministro também destacou o feedback positivo que recebeu dos pilotos sobre o traçado, que foi completamente reformado para atender as exigências da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). O projeto do novo circuito foi feito por Jarno Zaffelli, do Studio Dromo.

“Estamos recebendo criticas muito boas por parte dos pilotos em relação ao circuito, já que o mesmo possui setores de alta velocidade e curvas em que os competidores devem explorar suas habilidades ao máximo”, comentou. “Nós estamos muito contentes por receber este evento, que serve como preparação para o GP que receberemos em 2014.”

Cal Crutchlow, um dos pilotos que participa desta primeira bateria de testes, elogiou o traçado e afirmou que os pilotos tiveram uma fantástica recepção do público argentino.

“Nós tivemos uma recepção absolutamente fantástica na Argentina e depois de ver o entusiasmo pela MotoGP, estou feliz por finalmente ir para a pista demonstrar o espetáculo que os fãs vão ver no ano que vem”, disse o piloto da Tech3. “A nova pista é muito impressionante e é realmente uma ótima instalação da qual a Argentina pode se orgulhar.”

“A pista ainda está muito suja, então nós só estamos curtindo rodar por ela e aprendendo o máximo possível enquanto também sentimos a emoção de ser um dos primeiros a pilotar um protótipo da MotoGP aqui”, falou. “É incrível quantas pessoas vieram aqui para nos receber e ver pilotar. Esperamos que possamos fazer um bom show no próximo ano e ter uma corrida fantástica, porque realmente parece que vai acontecer na frente de um grande público”, opinou.

Crutchlow elegeu a curva 6 como a sua favorita (Foto: Argentina MotoGP)
“A pista tem uma grande mistura de curvas longas e rápidas, e algumas são apertadas, então é muito importante ter um bom ritmo. Eu realmente gostei da curva 6, que é longa e em declive. É realmente legal de pilotar e acho que todo o grid da MotoGP vai vir aqui e amar a pista”, concluiu.

Neste primeiro dia de treinos em Termas de Río Hondo, Stefan Bradl anotou a melhor marca. A bordo da RC213V da LCR, o germânico registrou 1min47s075, 2s529 mais rápido que Crutchlow. Álvaro Bautista fez o terceiro tempo, seguido por Héctor Barberá.

Entre os pilotos da Moto2, Tito Rabat foi o mais rápido. O piloto da Pons anotou 1min52s552 em sua melhor volta e ficou à frente de Nico Terol, da Aspar.

Pelas minhas contas, o placar já está em Argentina 10 x 0 Brasil. Mas fica a dica: dá tempo de contratar o Jarno Zaffelli para reformar Brasília e trazer a MotoGP cá. Se precisarem do contato dele, ajudo numa boa!

O plano não era bem esse

A aventura de Casey Stoner na Dunlop Series, categoria de acesso à V8 Supercars Australiana, pode estar perto de chegar ao fim. Em entrevista ao site australiano ‘Speedcafe’, o bicampeão da MotoGP afirmou que ainda não sabe o que vai fazer no próximo ano, mas considera a possibilidade de tirar um ano sabático.

Cansado da rotina exigida pela MotoGP, Casey decidiu pendurar o capacete após sete anos na elite da motovelocidade mundial. O plano inicial era se afastar das corridas, mas com a oportunidade da Triple Eight em um projeto envolvendo a Red Bull, o piloto de 27 anos decidiu mudar os rumos de sua carreira e confirmou participação na Dunlop Series.

Stoner queria vida mais tranquila fora da F1 (Foto: Red Bull Photo Files)
“Este ano eu estava planejando ficar completamente afastado, mas nós discutimos algumas coisas e eu pensei que a Dunlop Series fosse a opção perfeita”, declarou. “Como você não pode testar nesses carros, a Dunlop Series era perfeita, porque você tem poucos dias de teste e aí vai correr sem pressão e todas aquelas coisas. A ideia era perfeita para mim, mas tem sido muito mais movimentado do que eu gostaria que fosse”, comentou.

“Eu realmente só precisava de um ano longe. Faço isso desde que tinha quatro anos de idade. Viajei pelo mundo sem parar e só preciso de um tempo longe para fazer tudo que sempre quis”, continuou. “E aí acho que poderei fazer outros planos.”

Mesmo se mostrando decepcionado com seu atual ritmo de vida, Casey afirmou que ainda não decidiu o que vai fazer no ano que vem. “Neste momento, nada foi decidido ainda. Nós não sabemos o que queremos fazer, mas no próximo ano será muito mais sobre mim e a minha família do que viajar por aí”, garantiu.

“Eu realmente gostaria de desacelerar e me familiarizar com a vida um pouco”, completou o ex-piloto da Honda, que ocupa a 23ª colocação na classificação da Dunlop Series.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fala muito!

Enquanto Cal Crutchlow cruzava o Oceano Atlântico para participar do primeiro teste da MotoGP no circuito de Termas de Río Hondo, na Argentina, a Bennetts, uma seguradora britânica que patrocina o piloto andou falando mais do que deveria.

No Twitter, a empresa inglesa escreveu: “Uma fonte nos disse que Cal Crutchlow recebeu uma oferta da Ducati que pode ser finalizada em Sachsenring”.

Questionada por uma seguidora se se tratava da Ducati de fábrica ou da Pramac, a empresa respondeu que se tratava do time oficial de Borgo Panigale.

Cal está na Argentina para participar do teste da MotoGP (Foto: Argentina MotoGP)
Também pelo microblog, Crutchlow respondeu: “Sai fora! Suas fontes estão erradas. Pode ser hoje, amanhã, em um ano ou em dez!”.

Crutchlow não esconde sua insatisfação com sua posição de piloto satélite da Yamaha e já deixou claro para a casa de Iwata que quer um contrato de fábrica para o próximo ano.

Com pouquíssimas vagas no grid e sem muitas chances de conseguir um contrato de fábrica com a Yamaha, o britânico está negociando com todo mundo, inclusive com a Ducati. A ligação com a fábrica de Bolonha, aliás, não é de hoje. Ano passado o britânico chegou a assinar um pré-contrato com o time vermelho, mas acabou preterido por Andrea Dovizioso.

É bem verdade que a Ducati já conquistou um título na MotoGP – com Casey Stoner –, mas a Desmosedici ainda está muito longe de ser competitiva. Não vale muito a pena trocar sua vaga satélite com uma M1 para uma vaga de fábrica com uma moto italiana.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Valente

Jorge Lorenzo foi submetido a uma avaliação médica na última segunda-feira (1) para verificar a condição de sua clavícula esquerda após sua heroica participação no GP da Holanda. De acordo com os médicos, o esforço decorrente da prova em Assen não resultou em nenhuma outra lesão além daquela que havia sido tratada anteriormente.

Na quinta-feira, durante a segunda sessão de treinos livres, Lorenzo sofreu uma violenta queda em Assen, a mais de 200 km/h. Atendido no centro médico do circuito, Jorge foi diagnosticado com uma fratura na clavícula esquerda.

Lorenzo largou em 12º (Foto: TT Circuit Assen)
Sem vaga disponível nos hospitais holandeses para efetuar a cirurgia, o piloto foi para Barcelona em um avião fretado – pago por ele mesmo – para operar. O procedimento cirúrgico foi realizado na madrugada daquela sexta-feira e, poucas horas depois, Lorenzo estava de volta ao avião para embarcar rumo a Assen.

Naquela mesma noite, Jorge já fazia alguns exercícios, com a meta de se preparar para a avaliação física a que seria submetido para poder correr na Holanda. Pouco mais de 30 horas depois da cirurgia, o bicampeão da MotoGP foi autorizado a disputar a prova. Largando em 12º, o espanhol terminou em quinto.

“O esforço físico exigido no GP da Holanda não parece ter causado nenhuma consequência”, explicou a Dra. Teresa Sola, médica que operou o piloto no Hospital Geral da Catalunha, após verificar a cicatrização, a mobilidade e a condição da fratura por meio de um raio-x.

Também, Jorge foi liberado para iniciar seu processo de recuperação e se preparar para o GP da Alemanha, que acontece no circuito de Sachsenring no próximo dia 14.

A atuação de Lorenzo em Assen, aliás, repercutiu com vários pilotos – de dentro e de fora da MotoGP –, com muitos deles reconhecendo a valentia do espanhol.

Confira algumas das declarações sobre o feito do piloto de Palma de Mallorca:

Valentino Rossi: “Jorge é o verdadeiro herói, porque ele fez algo próximo do inacreditável. Quando soube que ele queria voltar, pensei que talvez isso fosse algo que eu não poderia fazer. Fazer uma cirurgia depois de uma grande queda e tentar correr depois de apenas um dia é incrível”.

“Ele assumiu um risco, mas ele pilotou como sempre na primeira parte da corrida e talvez esses pontos sejam muito importantes para o campeonato dele. E ele mostrou para todos que quer muito vencer.”

Cal Crutchlow: “Estou feliz por Jorge ser quinto e este é um bom resultado para muitos pilotos em um dia normal. É um pouco embaraçoso para muitos pilotos e quando ele me passou, foi embaraçoso. Eu não podia acreditar que ele estava tão forte no início da corrida e quando eu o segui, ele estava tão suave como sempre. Ele começou a ser rápido e eu pensei que ele podia passar Marc e lutar pela liderança. Eu esperava que ele ficasse um pouco mais fraco no fim da corrida. Foi um trabalho incrível e todo crédito para ele para salvar alguns pontos no Mundial”.

Marc Márquez: “Tenho muito respeito por Jorge, pois o que ele fez foi uma grande surpresa para todos. Ele correu um risco, mas também somou 11 pontos no campeonato e ele sabe que esses pontos serão importantes. Você precisa ser muito inteligente para fazer uma corrida como esta com a clavícula naquelas condições”.

Dani Pedrosa: “Jorge fez um super trabalho. Estou muito impressionado com a forma como ele voltou de uma lesão de dois dias atrás. Sua força de vontade foi muito impressionante. Acho que Jorge mostrou que ele é muito duro e muito forte. E ele mostrou que estava muito rápido na corrida e com certeza ele teve muita dor”.

Bradley Smith: “Eu ia dizer para vocês o quanto o meu punho doeu ao longo do fim de semana em Assen e, especialmente, durante a corrida pelo nono lugar. Eu então olhei para as façanhas extraordinárias de Jorge Lorenzo e isso fez os meus esforços parecerem pouco mais que algo básico”.

“Terminar em quinto em uma corrida de 26 voltas apenas 36 horas depois de uma cirurgia em casa, em Barcelona, para colocar uma placa de titânio e oito parafusos em uma clavícula fraturada em um treino livre, mostra o quanto um título mundial significa para ele.”

“Foi uma mensagem clara para qualquer aspirante a campeão mundial sobre o que você deve estar preparado para passar por cima para conquistar sua ambição.”

“Você tem de estar pronto para colocar seu corpo e o limite da dor na linha. Jorge certamente fez isso ao longo do fim de semana.”

Álvaro Bautista: “Este fim de semana foi especial por conta das circunstâncias. Primeiro a lesão de Jorge na quinta. Ele foi para a casa, operou, e voltou para correr! Sinceramente, não pensei nem que ele pudesse ligar a moto. Creio que ele merece todo respeito e admiração pelo que fez. Está claro que ele é um campeão. Marc também não fica atrás, ele caiu no sábado e fraturou dedos da mão e do pé. Esta lesão afeta menos a pilotagem, mas incomoda muito e não é fácil com estas motos tão pesadas e com tanta potência. Também é preciso tirar o chapéu, de novo, para ele. Outro campeão. E para arrematar a corrida, Rossi voltou a ganhar outra vez. Parecia que estava lhe custando acompanhar o ritmo dos três da frente, mas nesta pista ele estava muito forte e soube aproveitar a ocasião para subir no degrau mais alto do pódio. Parabéns a todos eles pelo corridão que fizeram”.

Sam Sunderland: “Começando a perceber o quão louca é a MotoGP... Esses caras são loucos!! Lorenzo – clavícula quebrada na quinta-feira, operação na sexta, corrida no sábado. Márquez – grande queda, dedo quebrado e aí termina em segundo!!!”

Julián Simón: “Hoje este esporte mítico que é o motociclismo se tornou ainda maior com gestos como o de Jorge e o retorno do maior de todos: Valentino Rossi #Heróis”.

Heikki Kovalainen: “Eu disse para vocês ontem que sentia que Lorenzo ia voltar. Tiro o chapéu para ele. É preciso coragem para correr com uma clavícula quebrada”.

Álex Rins: “Os milagres com Lorenzo existem!! Valente! O mago da MotoGP. #magiclorenzo99”.

Maverick Viñales: “Impressionante! O que fez correndo hoje em Assen foi brutal e te faz ainda maior! Parabéns, Jorge! Um abraço”.

Supermoto

No último domingo, logo depois de conquistar o segundo lugar do GP da Holanda de Moto2, Scott Redding seguiu para a Bélgica para disputar a etapa de Spa-Francorchamps do Campeonato Belga de Supermoto. A participação do piloto da Marc VDS tinha como meta arrecadar fundos para ajudar crianças com câncer.

Redding participou de prova de Supermoto em Spa-Francorchamps (Foto: Marc VDS)
A prova contou com pilotos que participam regularmente dos campeonatos belga e holandês, além de outros pilotos convidados, como Grégory Fastré, atual campeão do Mundial de Endurance de Superstock.
A bordo de uma Kawasaki KX450F, Scott somou três pontos na primeira bateria, que foi vencida por Marc Fraikin, multicampeão belga e holandês de Supermoto, e se classificou para a segunda prova da competição.

Na segunda bateria, que foi vencida por Jaimie van Sikkelerus, Redding foi um pouco melhor e somou mais quatro pontos, se classificando para a Superfinal. Cansado após o fim de semana em Assen, o britânico optou por não disputar esta última fase, que teve Kevin Novelli Vieillevoye como vencedor.

“A corrida foi divertida, mas também trabalhosa, especialmente na sessão de terra. Pilotar na terra com pneus slicks e então ir para o asfalto com terra nos pneus foi interessante, mas muito divertido”, comentou o líder da Moto2. “Foi um ótimo dia aqui em Spa. Todos que eu conheci foram fantásticos e espero que tenhamos arrecadado um bom dinheiro para as crianças também”, completou.

Redding segue treinando na Bélgica antes de embarcar rumo a Sachsenring para a última etapa da Moto2 antes da pausa de verão.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

On Board

Os pilotos da MotoGP chegam em Termas de Río Hondo nesta semana para a primeira rodada de testes oficiais, que acontecem nos dias 4 e 5 de julho. Antes da chegada dos competidores do Mundial, René Zanatta, diretor do time que leva seu nome, foi o primeiro argentino a percorrer os 4.805 metros do traçado com uma moto de competição, uma Kawasaki 600cc SS.

“A pista é muito técnica, tem setores muito rápidos e exigentes, combinados com outros de média velocidade, mas que exigem um grande equilíbrio da moto e muita técnica”, comentou. “É preciso pensar muito para sair rápido das curvas. O asfalto é maravilhoso, não tem imperfeições e se percebe quando aumenta a velocidade.”

“Sem dúvidas, é um circuito de características mundiais, no melhor nível das pistas europeias. Foi um enorme prazer rodar com a moto em Termas de Río Hondo”, falou. “Ver este circuito com as obras concluídas foi uma grande satisfação e uma alegria enorme por tudo que foi conquistado”, concluiu.

Às vésperas do treino com os pilotos do Mundial, a organização do GP da Argentina divulgou um vídeo com Zanatta rodando pela pista.

O campeão voltou

Jorge Lorenzo foi o grande herói do GP da Holanda, mas a prova em Assen foi uma festa completa nos boxes da Yamaha. Depois de 2 anos, 8 meses e 19 dias, Valentino Rossi voltou ao degrau mais alto no pódio para conquistar a sua 47ª vitória pela fábrica de Iwata, a 80ª na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Ao cruzar a linha de chegada de Assen à frente de Marc Márquez – aquele que é apontado por muitos como seu substituto (em talento e carisma) –, Rossi mostrou ao mundo e, principalmente, a si mesmo, que ainda é capaz de vencer.

Após a vitória, Rossi não conseguia esconder a alegria e colocou o triunfo na Catedral como uma das melhores vitórias de sua carreira. “Esta é uma das vitórias mais especiais da minha carreira. É uma que eu quis muito, que eu esperei muito”, declarou. “Coloco este GP no pódio das minhas vitórias, porque faz muito tempo desde que eu venci e espero que isso possa aumentar a minha velocidade e nível, e eu possa lutar com esses caras todos os finais de semana”, comentou.

Valentino reconheceu que também tinha suas dúvidas em relação a suas chances de voltar a vencer e lembrou as duas difíceis temporadas que viveu com a Ducati entre 2011 e 2012.

Parceiro de todos os momentos, Jeremy Burgess celebra triunfo em Assen com Rossi (Foto: Yamaha)
“Sinceramente, eu não estava certo de que eu poderia vencer novamente, porque faz muito tempo desde a minha última vitória em Sepang, mas também porque foi um momento difícil. Tive duas temporadas muito difíceis, muito frustrantes, com muitos resultados ruins”, recordou. “O lado positivo é que a Yamaha me deu outra chance de pilotar uma M1 de fábrica, então um grande obrigado à Yamaha.”

Extasiado com o triunfo, Rossi afirmou que precisaria assistir a corrida outra vez para entender o que acontecia. “Gosto deste momento, mas ainda não assimilei muito bem. Preciso assistir a corrida algumas vezes para ver quando cruzei a linha de chegada na primeira posição.”

“Eu precisava de tempo para estar 100%”, falou. “Foi um resultado muito bom na primeira corrida e depois disso eu tive muitas dificuldades e não pude usar o meu estilo. A partir do teste em Aragón nós demos um bom passo e fui muito rápido em todos os treinos aqui e me senti bem”, explicou.

O multicampeão italiano contou que sentiu muito confiante em Assen e as coisas correram de acordo com o que ele imaginava e planejava. “Nós não mudamos nada entre o warm-up e a corrida e esta é a primeira vez desde 2002”, disse. “Antes da corrida, pensei que tinha de vencer e que este era o meu dia.”

“Jorge estava ferido e não em 100%, então eu tinha de tentar vencer e a corrida foi perfeita. Fiz uma ótima largada e passei Cal [Crutchlow] e Stefan [Bradl] na primeira volta, e aí eu estava com as duas Honda”, relatou. “Esta era a minha meta, porque eu sabia que Marc e Dani tinham um ritmo muito forte. Eu era um pouco mais rápido e ultrapassei Marc, mas eu precisei de mais algumas voltas com Dani, e uma vez na ponta, mantive o meu ritmo.”

“Em um momento, vi em um telão que Jorge estava muito perto e eu pensei: ‘Pô, será um grande problema se ele chegar na minha frente com uma clavícula quebrada’”, brincou. “Quando vi na minha placa que era Marc e não Dani que estava em segundo, eu entendi que podia vencer”, continuou.

Por fim, Valentino reforçou que ele e seu time não estavam certos de que poderiam voltar a vencer, mas destacou que nunca desistiu. Rossi, no entanto, lembrou que é cedo para dizer se ele voltou à sua antiga forma ou não.

“Nós não estávamos certos de que poderíamos vencer outra vez, mas nós nunca desistimos. Uma semana depois do Catar, todos diziam que Valentino estava jovem outra vez, mas depois de Austin, era que Valentino estava acabado”, afirmou. “Eu fiquei no mesmo nível, mas para estar no topo, você precisa de tudo 100%. Eu estava pilotando como no ano passado, quando cheguei 30s depois.”

“A coisa mais importante é ficar 100% concentrado e física e mentalmente preparado para as corridas e dar o meu melhor. Não vou vencer toda semana, mas ainda tenho o potencial, a paixão e a força para lutar toda semana”, encerrou.

Com o resultado em Assen, Rossi atingiu a marca de 4646 pontos ao longo desses 18 anos de carreira no Mundial de Motovelocidade.