sexta-feira, 29 de maio de 2015

“Eu acredito na Honda”

A situação está longe de ser trágica, mas o fato é que a Honda não começou 2015 tão forte quanto outrora. Depois de um início de ano um tanto irregular — algo bastante incomum para o padrão estabelecido desde a chegada na MotoGP —, Marc Márquez ocupa apenas a quarta colocação no Mundial, 33 pontos atrás de Valentino Rossi, o líder da disputa.

Após o quarto lugar conquistado no GP da França, Márquez explicou que está tendo dificuldades com a moto, que, ironicamente, derrapa demais para os padrões do espanhol.

Em Mugello para a sexta etapa do calendário do Mundial, Marc apontou o motor como o principal problema da RC213V, o que dificulta consideravelmente as coisas, já que os propulsores na MotoGP — ao menos aquelas que são utilizados pelos times que não seguem o regulamento Open — são congelados.

Márquez frisou que confia na Honda (Foto: Divulgação/MotoGP
“Nós estamos tentando reparar o motor. Isso é o mais difícil, porque os motores são lacrados e é onde temos problemas”, disse Márquez em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (28). “Ele é agressivo demais na entrada e também na saída das curvas. Mas nós estamos tentando resolver”, continuou.

Uma vez que as modificações no motor são limitadas, a Honda tenta sanar o problema buscando recursos eletrônicos que abrandem as características do propulsor.

“Primeiro nós vamos tentar resolver comigo e com o time, com a eletrônica, tentando ajustar esses problemas, esse movimento e essa sensação de agressividade. Mas, claro, do lado mecânico, o motor não pode ser tocado, mas acho que com outras coisas nós podemos ter algumas soluções”, avaliou. “Le Mans é um circuito bastante curto. A temperatura é baixa, o motor é bastante exigido e você tem wheelies o tempo todo. Aqui [em Mugello] as marchas e tudo mais são mais longas e também não tem uma grande aceleração, então talvez esses problemas sejam menores”, considerou.

“Nós precisamos encontrar algo. O mais difícil é fazer isso durante o fim de semana de corrida, porque não temos muito tempo, mas nós já temos algumas ideias, então vamos tentar”, frisou.

Por fim, Marc ressaltou que permaneceu em contato com a Honda após a prova em Le Mans — onde todos os pilotos que usam a RC213V tiveram problemas com a frente da moto — para buscar uma solução e afirmou que tem confiança total na marca da asa dourada.

“Nós mantemos contato por telefone, por Skype, por tudo. Nós estamos trabalhando para tentar contornar os problemas”, frisou. “No momento, obviamente, nós estamos um pouco longe, mas, se as condições estiverem ok, podemos estar lá como mostramos na Argentina e em Jerez. Mas em Le Mans tudo aconteceu de uma vez”, comentou.

“Mas essa é a Honda. Eu acredito na Honda. De qualquer forma, também estou trabalhando do meu lado para estar pronto. Estou feliz porque vejo que eles estão se esforçando bastante. Estou pressionando bastante e tenho certeza de que logo nós teremos alguma coisa”, encerrou.

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