segunda-feira, 30 de junho de 2014

Na companhia do medo

Jorge Lorenzo registrou no último sábado (28) o pior resultado de sua carreira na MotoGP. Depois de largar na nona colocação, o espanhol recebeu a bandeirada em 13º, 1min04s641 atrás de Marc Márquez, que venceu pela oitava vez em 2014.

Após a prova, o piloto de Palma de Mallorca não se escondeu atrás de desculpas esfarrapadas, assumiu toda a responsabilidade pelo desempenho ruim e reconheceu que estava assustado demais com as condições da pista de Assen.

Lorenzo registrou seu pior resultado na MotoGP no GP da Holanda deste fim de semana (Foto: Yamaha)
Com a pista encharcada, os pilotos tiveram de largar para o GP da Holanda com pneus de chuva, mas logo tiveram de ir aos boxes para pegar as motos devidamente equipadas com os pneus slicks. Após a troca, entretanto, uma fina garoa começou a cair em alguns pontos do traçado.

A água não foi suficiente para provocar uma nova rodada de pit-stops, mas serviu para assustar o bicampeão, que viveu um fim de semana heroico no mesmo circuito de Assen um ano antes.

Em 2013, Lorenzo sofreu uma queda nos treinos de quinta-feira e fraturou a clavícula esquerda. Jorge embarcou rumo a Barcelona, foi submetido a uma cirurgia e voltou imediatamente para a Holanda. 30 horas após a cirurgia, o espanhol alinhou na 12ª colocação do grid e recebeu a bandeirada em quinto.

“Provavelmente foi a minha pior corrida na MotoGP. Minha pior posição final”, admitiu Jorge, que chegou a cair para a 17ª colocação. “A moto funcionou bem no molhado. A moto também trabalhou bem no seco. Mas eu não estava confiante o bastante”, seguiu.

“Eu simplesmente estava assustado nesta pista. Quando vi a chuva caindo em algumas curvas, eu simplesmente não quis correr riscos”, declarou. “Então foi 100% minha culpa. Tenho que me desculpar com o time, com as pessoas que trabalham comigo e os fãs, pois eu fui incapaz de ser valente, de ser rápido nessas condições de pista como os meus rivais”, continuou.

Lorenzo fez uma prova heroica em Assen no ano passado (Foto: Yamaha)
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Quando a chuva parou, o bicampeão conseguiu melhorar seu ritmo e recuperar algumas das posições perdidas, mas terminou apenas em 13º.

“Foi uma pena. No seco nós éramos competitivos, mas, nessas condições, foi culpa minha. Não fui corajoso e não fui competitivo. No ano passado, fiz algo impossível, este ano foi o oposto. Eu era o piloto mais assustado”, sublinhou. “Quando vi algumas gotas caindo em algumas curvas quando estava com os pneus de pista seca, simplesmente não quis arriscar cair novamente e me machucar outra vez nesta pista. Provavelmente, a memória do ano passado me deixou muito consciente dos riscos e assustado demais para ser rápido”, ponderou.

“Toda vez que vinha a chuva e eu sentia a moto se mover um pouco, eu tinha flashbacks. Nas últimas voltas, quando parou de garoar, minha performance foi mais aceitável, mas não antes”, indicou. “Venci corridas onde você muda de moto, mas nós não temos muitas corridas nessas condições, com chuva nos slicks. Hoje eu estava assustado demais. Você tem que admitir isso, aceitar e tentar encontrar a razão. Felizmente, essas condições não acontecem com frequência”, concluiu.

Tech day

Assim como Marc Márquez, Stefan Bradl não teve tempo para descansar após o GP da Holanda de MotoGP. Décimo colocado na etapa de Assen, o piloto da LCR seguiu para a Alemanha com Lucio Cecchinello, chefe do time, para um workshop e uma exibição na pista de Sachsenring no domingo (29).

Bradl participou de um evento promocional em Sachsenring (Foto: Facebook/LCR)
Durante o evento promocional, organizado pela Ilmberger, patrocinadora pessoal de Stefan, o germânico teve a chance de guiar a NSR250 com que seu pai, Helmut, conquistou o vice-campeonato da categoria intermediária do Mundial de Motovelocidade em 1991.

Cecchinello, por sua vez, foi o responsável por conduzir um workshop sobre os materiais usados na MotoGP – focando em carbono, especialidade da Ilmberger, mas também em suspensão e acerto.

Stefan fez uma exibição ao lado do pai, Helmut (Foto: Facebook/LCR)
O dia, no entanto, não terminou bem para Stefan. Pilotando ao lado do pai na pista germânica, palco da próxima etapa da MotoGP, Bradl foi detido pela polícia por excesso de velocidade. Ou quase isso...

Bradl teve 'problemas' com a polícia em Sachsenring (Foto: Facebook/LCR)
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domingo, 29 de junho de 2014

Sem descanso

Marc Márquez não para. Logo após conquistar sua oitava vitória na temporada 2014 da MotoGP em Assen, o piloto da Honda seguiu para a Itália para participar da inauguração da Valeri Sport Store, uma loja na pequena Cornuda, perto de Treviso.

Márquez foi da Holanda para a Itália para compromisso com um patrocinador (Foto: Alpinestars)
Com poucas chances de ficaram cara a cara com o espanhol, cerca de mil pessoas compareceram ao evento, que foi organizado pela Alpinestars. Não é fácil essa vida de astro da MotoGP. 

Cerca de mil pessoas participaram do evento com Márquez (Foto: Alpinestars)
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Barreira salarial

Enquanto Valentino Rossi afirma que está muito próximo de renovar seu contrato com a Yamaha por mais dois anos, Jorge Lorenzo segue negociando com a casa de Iwata.

Falando aos repórteres da MotoGP, Lorenzo reiterou seu desejo de encerrar a carreira com a marca dos diapasões, mas revelou que ainda tem algumas diferenças para resolver com a Yamaha.

Lorenzo admitiu que questão salarial é entrave para renovação com Yamaha (Foto: Yamaha)
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“Nós vamos continuar conversando com Lin [Jarvis, diretor da Yamaha] para chegarmos a um acordo no futuro”, falou. “No momento, nós temos algumas diferenças, mas, como eu sempre disse, eu gostaria de terminar a minha carreira na Yamaha. O mais bonito seria terminar a minha carreira na Yamaha, sem mudar de time. Tomara que possamos encontrar uma solução”, seguiu.

Perguntado sobre quais são essas diferenças, Lorenzo foi claro: “Principalmente econômicas. Principalmente econômicas, para ser honesto”.

Questionado, então, se é uma questão salarial que impede a ampliação de sua ligação com Iwata, Jorge admitiu: “Sim, podemos dizer que sim”.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Quase lá

Segundo colocado no Mundial de MotoGP, Valentino Rossi voltou a afirmar nesta quarta-feira (25) que está muito perto de renovar seu contrato com a Yamaha. O italiano retornou ao time em 2013, após dois anos difíceis na Ducati.

O atual vínculo de Rossi chega ao fim neste ano, mas depois de conseguir melhorar sua performance em relação ao ano passado, o multicampeão não esconde o desejo de seguir com a casa de Iwata por mais dois anos.

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Renovação de contratos foi um dos temas principais da coletiva desta quarta (Foto: Divulgação/MotoGP)
Em uma coletiva de imprensa no circuito de Assen, palco no GP da Holanda deste fim de semana, Rossi negou que o anuncio de sua renovação será feito na Catedral, mas ressaltou que não deve demorar para assinar um novo contrato com a fábrica nipônica.

“Eu estou muito, muito perto de continuar com a Yamaha por mais duas temporadas”, disse Valentino. “É a minha meta e acho que a Yamaha concorda”, continuou.

“Não neste fim de semana, mas acho que em breve. Nós não estamos prontos, mas não estamos tão longe”, explicou.

Se a situação do italiano está praticamente definida, o mesmo não se pode dizer de Dani Pedrosa. Também no último ano de seu contrato com a Honda, o espanhol ainda não iniciou as negociações com a equipe, mesmo após Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da HRC, admitir publicamente o interesse em manter o piloto como companheiro de Marc Márquez.

Questionado se já tinha alguma definição sobre seu futuro, Dani respondeu: “Não, ainda não tem nenhuma notícia. Como eu disse na última corrida, quando tiver alguma notícia, vou dizer para todo mundo”.

Andrea Dovizioso, cujo vínculo com a Ducati também termina em 2013, seguiu a linha de Pedrosa e não quis falar muito sobre seu futuro. Recentemente, Simone Battistella, agente do italiano, admitiu uma mudança para a Suzuki, que volta ao certame no próximo ano, é bastante atrativa.

“É, como o Dani disse, ainda é um pouco cedo para tomar uma decisão. Quer dizer, eu não tenho um limite para decidir”, explicou, afirmando que já começou a negociar com a Ducati. “Nós começamos a conversar em Barcelona e veremos quando será o melhor momento para tomarmos uma decisão”, concluiu.

Quem também segue com o futuro indefinido é Stefan Bradl. Oitavo na classificação do Mundial, o germânico contou que começou a conversar com a LCR em Barcelona, mas ainda não tem nada definido.

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Amém

Única prova do calendário atual que permanece no Mundial desde o programa inaugural de 1949, o GP da Holanda é também o único onde a corrida não é realizada no domingo.

Sempre que a MotoGP volta a Assen, a dúvida sobre o motivo da realização da prova no sábado ressurge, mas, desta vez, foi Valentino Rossi quem tratou de explicar.

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Bom aluno, Rossi explicou motivo de o GP da Holanda ser realizado aos sábados (Foto: Yamaha)
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (25), o italiano mostrou que está por dentro da história do certame e explicou as razões religiosas por trás da modificação do programa tradicional.

“Eu sei! Eu sei! Estou preparado!”, disse Rossi ao ser questionado sobre o motivo de a prova ser realizada um dia antes do normal. “É porque a pista era perto de uma igreja e o padre não queria barulho no domingo. Então decidiram fazer a corrida no sábado. Acho que é por isso”, explicou.

“É estranho porque a Superbike corre no domingo, então talvez o padre prefira a Superbike e não a MotoGP”, brincou.

Presente no calendário desde a criação do Mundial de Motovelocidade, Assen passou por diversas mudanças ao longo do tempo. O circuito original, que foi usado até 1954, tinha 16,5 km. Em 1955, a pista foi reduzida para 7,7 km. Uma nova mudança aconteceu em 1984, quando a metragem caiu para 6,1 km.

Corridas de moto acontecem em Assen desde 1925 (Imagem: Divulgação)
http://high-side.blogspot.com.br/2013/11/a-obra-prima-de-valentino-rossi.html Livro com história de Rossi na Yamaha é lançado no Brasil

Por questões de segurança, a pista passou por uma nova intervenção em 2006, quando a medida caiu para os atuais 4,5 km.

“Tenho sorte, pois talvez eu seja o único aqui que correu no circuito antigo, nas 125cc, nas 250cc e também nas 500cc”, comentou Rossi. “Mas eu corri no antigo Assen com a NSR500 e foi incrível. Infelizmente, em 2006 eles modificaram a pista. É, com certeza, ‘menos’ que antes, mas, de qualquer forma, é uma grande pista, especialmente a última parte, que é muito rápida e, com a MotoGP, dá muita adrenalina em todas as voltas”, completou.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Leilão

Lorenzo Zanetti colocou em leilão o capacete que utilizou em sua primeira vitória no Mundial de Supersport. Na prova de Ímola, na Itália, o piloto da Honda utilizou um casco em homenagem a Ayrton Senna, morto 20 anos antes em um acidente no mesmo circuito.

Zanetti está leiloando capacete que usou em Ímola em homenagem a Ayrton Senna (Foto: Honda)
Pouco após o triunfo, Zanetti manifestou o desejo de vender a peça e usar o dinheiro em obras de caridade. Com apoio da família Senna e de Claudio Giovannone, representante do Instituto Ayrton Senna na Europa, o capacete agora está em leilão para arrecadar fundos para os programas apoiados pela fundação.

Até agora, a peça recebeu 48 lances, acumulando € 775 (cerca de R$ 2.341,35). O leilão segue até o próximo dia 7 de julho.

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domingo, 22 de junho de 2014

Azzurra

Já que o assunto do momento é a Copa do Mundo, a Yamaha divulgou no fim da semana algumas imagens de uma visita recente de Valentino Rossi ao Brasil. Na ocasião, o piloto italiano encontrou com Cafu na Fazenda Capuava e aproveitou para jogar uma rápida partida com o capitão do penta.

http://high-side.blogspot.com.br/2013/11/a-obra-prima-de-valentino-rossi.html Livro com história de Rossi na Yamaha é lançado no Brasil

Rossi jogou com Cafu em uma visita ao Brasil (Foto: Yamaha)
Tem vaga aí, Cesare Prandelli?

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

8 Horas de Suzuka

A Suzuki anunciou nesta sexta-feira (20) que Randy de Puniet vai se juntar ao time Yoshimura Suzuki para a disputa das 8 Horas de Suzuka. Atualmente, o francês trabalha como piloto de testes da marca nipônica no desenvolvimento do protótipo da MotoGP.

De Puniet vai se juntar a Takuya Tsuda, também integrante do time de desenvolvimento da MotoGP, e a Josh Waters, piloto da Tyco Suzuki no Campeonato Britânico de Superbike, para a segunda etapa do Mundial de Endurance.

Piloto de testes da Suzuki na MotoGP, De Puniet vai disputar 8 Horas de Suzuka (Imagem: Suzuki)
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Randy vai guiar uma GSX-R1000, assim como a equipe Suzuki Legend, que vai contar com Kevin Schwantz, Satoshi Tsujimoto e Nobuatsu Aoki.

“Estou muito empolgado em disputar as 8 Horas de Suzuka em julho com o time Yoshimura Suzuki”, disse De Puniet. “Sempre tive vontade de correr lá, pois é uma corrida icônica e também é uma das minhas pistas favoritas. Tenho boas memórias de correr em Suzuka, com o meu primeiro pódio em GP em 2002 nas 250cc”, recordou.

“Para mim, será uma nova experiência fazer uma corrida de endurance, compartilhar uma moto e também pilotar uma superbike”, apontou. “Será um evento especial, pois é o 60º aniversário da equipe Yoshimura e estou realmente feliz por estar lá para isso. Vou dar o meu melhor para vencer essa corrida pela Suzuki e pela Yoshimura”, concluiu.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

#JáTemCopa (2)

Depois de apresentar botas temáticas na MotoGP, a Alpinestars exibiu nesta quinta-feira (19), no Red Bull Ring, palco do GP da Áustria de F1 deste fim de semana, as novas sapatilhas de Nico Hülkenberg e Sergio Pérez.

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Hülkenberg e Pérez também vão usar sapatilhas com temática da Copa do Mundo (Foto: Force India)
Em clima de Copa do Mundo, a dupla da Force India entrou na brincadeira e exibiu um novo calçado para o fim de semana. Hülkenberg, como não poderia deixar de ser, traz o emblema da seleção alemã na sapatilha, enquanto Pérez mostra seu apoio ao time do México.

Líder do Grupo G, a seleção da Alemanha volta a campo neste sábado (21), quando encara o time de Gana no Mineirão. Depois do empate sem gols com o Brasil, a equipe do México tem o segundo posto na classificação do Grupo A e joga contra a Croácia pela terceira rodada na segunda-feira (23), na Arena Pernambuco.

terça-feira, 17 de junho de 2014

La Caixa

Depois do GP da Catalunha, os pilotos da MotoGP seguiram em Barcelona para um dia de testes coletivos. Nos exercícios realizados na última segunda-feira (16), que foram liderados por Marc Márquez, os pilotos da classe rainha provaram uma mudança de layout na pista catalã.

Ao longo do fim de semana, a La Caixa, décima curva do circuito, foi palco de muitos acidentes e alguns pilotos se chocaram contra a barreira de pneus no final na reta, levantando dúvidas sobre a segurança deste ponto da pista.

Pilotos provaram opção de traçado da F1 (Foto: Repsol)
Os responsáveis pelo autódromo explicaram que não podem mover o muro para trás, então sugeriram que a MotoGP adotasse a chicane que é utilizada pela F1, que deixa a curva dez consideravelmente mais lenta. De acordo com os dados fornecidos pela Brembo, fabricante dos freios das duas categorias, os carros atingem 301 km/h na reta, mas contornam a curva a uma média de 68 km/h. As motos, por outro lado, batem 288 km/h na reta, mas passam pela La Caixa a 105 km/h.

Atentos à sugestão, alguns pilotos aceitaram testar a chicane e tiveram os primeiros 30 minutos do dia para avaliar essa opção. Depois de provar a modificação na curva dez [os pilotos da MotoGP se referem à La Caixa como curva nove], Márquez fez uma avaliação positiva e lembrou de alguns acidentes do fim de semana para sublinhar o risco deste ponto específico da pista.

“A curva nove é bem perigosa, porque você chega muito, muito rápido e o problema é que se você escapar, você não pode frear [antes da barreira]”, explicou. “Este fim de semana nós vimos pilotos chegarem na barreira – Iannone, Dani quase, Espargaró”, listou.

“É impossível mover a barreira, pois tem outra curva atrás e a outra opção, para mim, foi boa”, avaliou. “É uma freada forte. Uma boa curva para as voltas finais! Talvez para a TV a outra curva seja um pouco melhor, pois é maior, mas acho que esta é mais segura”, ponderou.

“Com a atual curva, se você passa reto sozinho não é problema, mas se você tocar em alguém e soltar o freio, será perigoso, pois você vai chegar na barreira bem forte”, explicou. “Nós falamos disso na Comissão de Segurança e o circuito propôs para a Dorna e para a MotoGP que experimentássemos a curva, e acho que se quisermos mudar a curva nove, precisamos usar a pista dos carros”, continuou.

Na opção da F1, a La Caixa se torna muito mais lenta (Foto: Repsol)
“Eu só dei cinco voltas, mas eu gostei. Nesse circuito todas as curvas são muito longas e você sempre usa muita freada e aquela curva é completamente diferente. É outro tipo de curva e eu, pessoalmente, gostei”, apontou. “Acho que vamos falar disso na próxima reunião da Comissão de Segurança e ver a opinião dos outros pilotos, mas nós temos que pensar na segurança e, por segurança, essa é mais segura. Para o show nós não sabemos”, completou.

Assim como Márquez, Jorge Lorenzo também aprovou a ideia de usar o traçado da F1. “É muito mais segura no caso de acidente e também facilita a ultrapassagem. É uma curva de primeira marcha, similar à curva um de Austin”, comparou.

Cal Crutchlow e Andrea Dovizioso seguiram a mesma linha dos espanhóis, mas a opinião não foi unânime. Valentino Rossi, por exemplo, se recusou a testar a opção. O italiano explicou que já conhecia o traçado, inclusive de dentro de um carro de F1, e classificou a opção de layout como “uma merda”.

“Eu não provei de manhã, pois não gosto dela. Eu testei de carro, inclusive com um F1, é uma merda!”, resumiu. “É uma curva que para a MotoGP, para mim, é muito ruim. Além disso, eu gosto da curva nove como ela é. O problema é que não tem área de escape o suficiente. Minha ideia é continuar com a pista normal, mas eu não sei os outros pilotos. Vamos conversar na Comissão de Segurança”, encerrou.

Pol Espargaró e Bradley Smith ficaram do lado do multicampeão, com o britânico avaliando que a opção da F1 é “meio boba” e pode, inclusive, se tornar mais perigosa em caso de um acidente nas primeiras voltas.

Bem longe da pista catalã, Casey Stoner decidiu se pronunciar e, para espanto de muitos, se colocou do lado de Rossi. “Concordo totalmente com Valentino”, escreveu o australiano no Twitter. “Não acho que deveriam mudar Catalunha de jeito nenhum! É um dos melhores circuitos que existe”, defendeu.

O próximo encontro da Comissão de Segurança da MotoGP acontece em Assen, após a conclusão das duas primeiras sessões de treinos livres.

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Compare as duas opções de traçado nos desenhos fornecidos pela Brembo:

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quase em casa

Lewis Hamilton aproveitou o intervalo entre as etapas do Canadá e da Áustria da F1 e foi até a Catalunha para acompanhar a MotoGP. E o piloto da Mercedes aproveitou bem o passeio.

Hamilton visitou a MotoGP neste fim de semana (Foto: Lewis Hamilton/Twitter)
Além de conversar com Valentino Rossi, Jorge Lorenzo, Pol Espargaró e Bradley Smith – todos devidamente patrocinados pela Monster Energy –, Hamilton também se divertiu em cima de uma moto.

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domingo, 15 de junho de 2014

100

Marc Márquez conquistou neste domingo (15) a 100ª vitória da Honda na MotoGP, categoria que foi introduzida em 2002.

Ao longo deste tempo, a marca de Shizuoka conquistou sete vezes o Mundial de Construtores (2002, 2003, 2004,2006, 2011, 2012 e 2013) e cinco vezes o Mundial de Pilotos (2002 e 2003 – Valentino Rossi; 2006 – Nicky Hayden; 2011 – Casey Stoner; e 2013 – Marc Márquez).

Lista de vitórias da Honda na era da MotoGP (Arte: Honda)
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Com 25 vitórias, Dani Pedrosa é o piloto que mais contribuiu com este recorde da Honda, seguido por Rossi (20), Casey Stoner (15), Márquez (13), Sete Gibernau (8), Marco Melandri (5), Hayden (3), Max Biaggi (3), Alex Barros (3), Makoto Tamada (2), Tohru Ukawa (1), Toní Elías (1) e Andrea Dovizioso (1).

O craque do time

Marc Márquez aproveitou o fim do GP da Catalunha para mostrar todo seu talento futebolístico. Depois de vencer pela sétima vez na temporada, o espanhol chutou algumas bolas autografadas para a torcida.

E olha que ele nem estava usando a bota chuteira da Alpinestars...

Márquez mostrou um novo talento neste domingo em Montmeló (Foto: Repsol)
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sábado, 14 de junho de 2014

Homenagem

Correndo em casa neste fim de semana, Dani Pedrosa resolveu retribuir o carinho dos fãs e vai correr em Montmeló com um capacete especial em homenagem aos seus seguidores. O casco traz na parte de trás a marca do fã-clube oficial do titular da Honda.

Pedrosa retribui carinho dos fãs com capacete especial em Montmeló (Foto: Repsol)
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#FastestMonster

A Monster aproveitou o fim de semana do GP da Catalunha para lançar um novo produto que carrega a assinatura de Valentino Rossi. A bebida, batizada de ‘The Doctor’, teve envolvimento direto do multicampeão em sua formulação e tem sabor cítrico.

Monster aproveitou o GP da Catalunha para apresentar seu novo produto (Foto: Monster Energy)
“O resultado final é algo tão bom que nós estamos felizes em dizer que é digno do nome dele”, escreveu a Monster em um comunicado.

Nova bebida leva a marca de Valentino Rossi (Foto: Monster Energy)
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Dói menos

Único vencedor na temporada da MotoGP, Marc Márquez não é partidário das teorias de que vai vencer todas as provas de 2014. Depois de somar seis triunfos, o espanhol garante que está preparado para a hora em que a derrota chegar.

“Todo mundo fala da sétima e parece que, você sente isso no ambiente, se eu não conseguir, será um desastre e eu não vejo assim”, afirmou. “No fim, vai chegar uma corrida, e pode perfeitamente ser esta, que não será possível vencer e teremos que terminar no pódio”, ponderou.

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Márquez nunca escondeu a admiração por Rossi (Foto: Divulgação/MotoGP)
“No momento, estou pensando corrida após corrida e vou dar 100% para tentar ganhar cada uma delas”, explicou. “Quando você planeja um fim de semana de corrida, você só pensa em ganhar, mas nem sempre é possível. Temos que ver se no domingo tem um piloto mais forte do que nós e controlar isso da melhor maneira possível”, continuou.

“Mas nós estamos em casa e vindo de seis vitórias, o que entra na cabeça é ganhar, mas se não for possível, eu gostaria de terminar no pódio em casa”, declarou.

Questionado se está preparado para quando a derrota chegar, Márquez respondeu sorrindo: “Como vou reagir? Depende como perder e de como for a corrida ou o fim de semana. No fim, vai chegar o dia em que eu não poderei ganhar, mas não tem problema, pois o meu objetivo não é ganhar todas as corridas, mas ganhar o campeonato”.

Por fim, ao ser questionado para qual piloto a derrota doeria menos, Marc escolheu o ídolo: “Eeeh, com Valentino”. “Pois quando o Valentino ganha, todo mundo fica contente”, encerrou.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Graffiti

Jorge Lorenzo ficou de fora da iniciativa da Alpinestars de decorar as botas dos pilotos da MotoGP com temas da Copa por uma boa causa. Assim como aconteceu no GP da Catalunha do ano passado, o espanhol levantou a bandeira da igualdade e entrou na luta contra a discriminação das pessoas com necessidades especiais.

Pelo segundo ano consecutivo, Lorenzo terá em seu equipamento o trabalho de Anna Vives, uma jovem espanhola que tem Síndrome de Down e se tornou conhecida por ter criado uma tipografia digital que funciona em qualquer tipo de programa de texto.

Mais uma vez, Catalunha verá parceria entre Jorge Lorenzo e Anna Vives (Foto: Yamaha)
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Assim como no ano passado, o capacete de Jorge traz várias palavras escritas na fonte criada por Anna, que, desta vez, também aparece na YZR-M1, com um #99 estilizado.

O capacete usado pelo bicampeão na corrida de 2013 foi colocado em leilão e arrecadou mais de R$ 77 mil, que foram destinados à Fundação Itinerarium, uma organização que desenvolve ações que tem como objetivo melhorar o alcance e a qualidade de projetos educativos e sociais para pessoas com Síndrome de Down.

A tipografia criada por Anna, que também já estampou as camisas do Barcelona durante o Troféu Joan Gamper no ano passado, pode ser baixada pelo site: www.annavives.com.

Além de ter o trabalho de Anna Vives no capacete e nas botas, Lorenzo, com o apoio da Yamaha e a Dorna, envolveu outros integrantes da Fundação Itinerarium na rotina de um time da MotoGP.

A bandeira da igualdade, aliás, não é a primeira levantada por Lorenzo em 2014. No GP da França, o espanhol alinhou no grid de Le Mans com um cartaz com a inscrição ‘Bring Back Our Girls’, um movimento que pede a libertação de 276 garotas que foram sequestradas em uma escola no vilarejo de Cibok, no norte da Nigéria, no mês passado.

100

A Honda desembarca em Montmeló neste fim de semana em busca de uma marca importante: sua 100ª vitória na MotoGP. Desde a introdução da categoria como substituta das 500cc, em 2002, 212 corridas foram realizadas, com a montadora de Shizuoka aparecendo como a fabricante com mais vitórias em seu nome.

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Na era da MotoGP, Dani Pedrosa é o piloto com mais vitórias pela Honda (Foto: Red Bull)

Fabricante
Número de vitórias
Honda
99
Yamaha
81
Ducati
31
Suzuki
1

Com 25 vitórias, Dani Pedrosa foi quem mais contribuiu para o domínio da Honda entre as fabricantes que passaram pela MotoGP. Valentino Rossi aparece na sequência com 20, à frente de Casey Stoner e Marc Márquez.

Piloto
Número de vitórias
Dani Pedrosa
25
Valentino Rossi
20
Casey Stoner
15
Marc Márquez
12
Sete Gibernau
8
Marco Melandri
5
Nicky Hayden, Max Biaggi e Alex Barros
3
Makoto Tamada
2
Tohru Ukawa, Toní Elías e Andrea Dovizioso
1