Após a prova, o piloto de Palma de Mallorca não se escondeu atrás de desculpas esfarrapadas, assumiu toda a responsabilidade pelo desempenho ruim e reconheceu que estava assustado demais com as condições da pista de Assen.
Lorenzo registrou seu pior resultado na MotoGP no GP da Holanda deste fim de semana (Foto: Yamaha) |
A água não foi suficiente para provocar uma nova rodada de pit-stops, mas serviu para assustar o bicampeão, que viveu um fim de semana heroico no mesmo circuito de Assen um ano antes.
Em 2013, Lorenzo sofreu uma queda nos treinos de quinta-feira e fraturou a clavícula esquerda. Jorge embarcou rumo a Barcelona, foi submetido a uma cirurgia e voltou imediatamente para a Holanda. 30 horas após a cirurgia, o espanhol alinhou na 12ª colocação do grid e recebeu a bandeirada em quinto.
“Provavelmente foi a minha pior corrida na MotoGP. Minha pior posição final”, admitiu Jorge, que chegou a cair para a 17ª colocação. “A moto funcionou bem no molhado. A moto também trabalhou bem no seco. Mas eu não estava confiante o bastante”, seguiu.
“Eu simplesmente estava assustado nesta pista. Quando vi a chuva caindo em algumas curvas, eu simplesmente não quis correr riscos”, declarou. “Então foi 100% minha culpa. Tenho que me desculpar com o time, com as pessoas que trabalham comigo e os fãs, pois eu fui incapaz de ser valente, de ser rápido nessas condições de pista como os meus rivais”, continuou.
Lorenzo fez uma prova heroica em Assen no ano passado (Foto: Yamaha) |
Quando a chuva parou, o bicampeão conseguiu melhorar seu ritmo e recuperar algumas das posições perdidas, mas terminou apenas em 13º.
“Foi uma pena. No seco nós éramos competitivos, mas, nessas condições, foi culpa minha. Não fui corajoso e não fui competitivo. No ano passado, fiz algo impossível, este ano foi o oposto. Eu era o piloto mais assustado”, sublinhou. “Quando vi algumas gotas caindo em algumas curvas quando estava com os pneus de pista seca, simplesmente não quis arriscar cair novamente e me machucar outra vez nesta pista. Provavelmente, a memória do ano passado me deixou muito consciente dos riscos e assustado demais para ser rápido”, ponderou.
“Toda vez que vinha a chuva e eu sentia a moto se mover um pouco, eu tinha flashbacks. Nas últimas voltas, quando parou de garoar, minha performance foi mais aceitável, mas não antes”, indicou. “Venci corridas onde você muda de moto, mas nós não temos muitas corridas nessas condições, com chuva nos slicks. Hoje eu estava assustado demais. Você tem que admitir isso, aceitar e tentar encontrar a razão. Felizmente, essas condições não acontecem com frequência”, concluiu.
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