quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Tomando forma

Com o Mundial 2015 em sua reta final, muitas equipes já trabalham no planejamento do próximo ano. Como os principais pilotos assinaram contratos de duas temporadas, são poucas as vagas no grid do próximo ano, e as equipes menores já estão trabalhando na configuração de seus times.

Recentemente, Scott Redding confirmou sua transferência para a Pramac, assumindo a vaga de Yonny Hernández ao lado de Danilo Petrucci. Nesta quarta-feira (30), foi o colombiano quem garantiu seu lugar na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, assinando com a Aspar.

Times de fábrica seguirão com os mesmos pilotos em 2016 (Foto: Bridgestone)
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Antes disso, Loris Baz já havia sido anunciado pela Avintia, com Stefan Bradl garantindo a vaga na Aprilia para o próximo ano. A fábrica de Noale, aliás, já confirmou a chegada de Sam Lowes em 2017.

Sendo assim, o grid de 2016 já está praticamente fechado, embora o futuro de AB e Forward esteja longe de ser definido.


1. Jack Miller tem um contrato longo com a Honda, mas a LCR não quer manter a estrutura de duas motos. Assim, o australiano pode ser transferido para a Marc VDS ou para a Aspar. Rumores, entretanto, indicam que a equipe de Valência vai usar equipamento da Ducati no próximo ano.

2. A subida de Tito Rabat para a MotoGP ainda não foi confirmada, mas a expectativa é de que o espanhol assuma a vaga que hoje é de Scott Redding.

3. Eugene Laverty tem contrato com a Aspar, mas ainda não teve sua vaga confirmada. Nicky Hayden, por sua vez, pode mudar para o Mundial de Superbike.

4. O futuro da Forward ainda é incerto. Recentemente, o time perdeu muitos de seus patrocinadores por conta da prisão de Giovanni Cuzari. O dono do time foi detido na Suíça por suspeita de fraude fiscal e lavagem dinheiro. A investigação também aborda suspeitas de patrocínios fictícios. Embora Cuzari já esteja em liberdade, a participação da equipe em 2016 ainda não é certa.

5. Ainda não se sabe se Karel Abraham seguirá na MotoGP. Recentemente, o tcheco admitiu que conversou com a KTM sobre a possibilidade de assumir o papel de piloto de testes. Os austríacos só entram no Mundial em 2017.

6. Alex de Angelis tem contrato com a Ioda, mas não foi confirmado pela equipe. O time, aliás, negocia com a Aprilia para ter uma moto mais atualizada, a atual RS-GP, no caso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Campeão

Eric Granado conquistou no último domingo (28) o título da GP 600. O triunfo do piloto paulista foi o primeiro da Honda na divisão 600cc da Moto 1000 GP, o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.

Restando duas etapas para o fim da temporada, o piloto de 19 anos foi o primeiro a fechar a conta na temporada 2015 da Moto 1000 GP. Eric venceu todas as seis etapas que disputou até aqui — e também largou na pole em todas elas — e chegou aos 161 pontos, abrindo 91 de vantagem para Joelsu Mitiko, o segundo colocado na classificação.

“Estou muito feliz com esta conquista”, disse Eric. “Sempre foi um sonho para mim me sagrar Campeão Brasileiro, e finalmente consegui. Tenho outros sonhos para conquistar, mas este é um que finalmente está realizado”, ressaltou.

Granado venceu todas as corridas do ano (Foto: Wildes Barbosa/Vipcomm)
“Foi uma corrida difícil para mim, onde procurei andar o mais rápido possível para não perder a concentração. Estive diversas vezes perto de cair, mas é a melhor maneira de competir: dar sempre o meu máximo”, defendeu. “Tanta coisa passa na cabeça da gente depois da bandeirada. Anos de trabalho e dedicação da família, de amigos próximos, em especial o Serginho (Sergio de Laurentys), meu “parça” e hoje companheiro de equipe, que sempre acreditou e investiu no meu projeto, e de patrocinadores que há anos investem na minha carreira. Ao “tio” Santo Feltrin, outro a quem devo muito e com quem tracei metas muito ambiciosas anos atrás. Hoje demos mais um passo importante na direção delas”, seguiu.

“Ao Marquinho Baleiron, que me ajuda há anos e abraçou também este projeto, e a toda a equipe GST Honda Mobil Super Moto que trabalha com seriedade e dedicação para me entregar o melhor, meu muito obrigado”, agradeceu. “Está sendo um ano incrível para mim, de muito aprendizado, e devo muito disso a vocês. Agora vamos curtir um pouco o sabor da vitória e amanhã colocar toda a nossa energia na próxima etapa de rodada dupla do Europeu de Moto2, que acontece no próximo final de semana em Navarra, na Espanha”, concluiu.

Granado também disputa o Europeu de Moto2 (Foto: Wildes Barbosa/Vipcomm)
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O triunfo de Eric no Campeonato Brasileiro já era esperado. Apesar de ter apenas 19 anos, Granado já tem uma boa experiência no exterior, com participação no Mundial de Moto2 e Moto3 — em duas excelentes equipes, no caso da categoria menor. Ainda assim, chama atenção o domínio do piloto.

Era de se esperar certa superioridade de Eric, mas a facilidade com que ele dominou a categoria é impressionante. Nos treinos classificatórios, Granado conquistou a pole em média com 1s467 de vantagem para o segundo colocado. Nas corridas, essa média sobe para 25s255.

É impressionante, mas não exatamente positivo.

Confira as diferenças registradas por Granado em relação ao segundo colocado ao longo da temporada 2015:

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Match point

O GP de Aragón de Moto2 pode ser um marco na carreira de Johann Zarco. Com 93 pontos de vantagem para Tito Rabat na classificação, o francês da Ajo terá neste fim de semana sua primeira chance de fechar o título da divisão intermediária no Mundial de Motovelocidade.

Embora tenha sua primeira chance já no MotorLand, Johann depende de uma combinação de resultados para faturar a taça já na pista de Alcañiz, mas não é nada lá tão impossível, já que precisa aumentar sua vantagem para o piloto da Marc VDS em mais sete pontos e não pode perder mais de dez para Álex Rins, o terceiro na tabela.

Johann Zarco pode conquistar o título da Moto2 já neste fim de semana (Foto: Divulgação/MotoGP)
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Assim, Zarco, que só fez aumentar sua vantagem desde assumiu o comando do Mundial após o GP da Argentina, sai de Aragón com o título garantido se:

- vencer a corrida e Rabat não ficar em segundo;

- for segundo, com Rabat não passando do quarto posto;

- terminar em terceiro, com Rabat no máximo em sétimo;

- ficar em quarto, com Rabat no máximo em décimo e desde que Rins não vença a corrida;

- receber a bandeirada em quinto, com Rabat não passando de 12º e sem que Rins suba ao topo do pódio;

- for sexto, com Rabat não conseguindo nada melhor que o 13° e desde que Rins não vença;

- completar na sétima colocação, com Rabat no máximo em 14º e com Rins fora do top-2;

- terminar em oitavo, com Rabat não conseguindo nada melhor que o 15º posto e com Rins fora das duas primeiras posições;

- cruzar a meta em nono, sem que Rabat pontue e com Rins fora das duas primeiras colocações.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Piloto designer

Os treinos para o GP de Aragão de MotoGP nem sequer começaram, e Jorge Lorenzo já colocou as mãos no troféu do vencedor. Mas foi por um motivo um tanto atípico.

O bicampeão da classe rainha do Mundial de Motovelocidade colaborou com o designer Marc García Rojals no projeto do novo troféu da etapa de Alcañiz, que representa o famoso muro do MotorLand.

Jorge Lorenzo ajudou na criação do troféu de Aragón (Foto: Yamaha)
García Rojals é um designer conhecido no mundo do esporte a motor e teve o piloto da Yamaha como conselheiro no layout da taça de Aragón. A dupla se encontrou em Montmeló e, ao ser questionado sobre o que vinha em mente ao pensar no traçado de Alcañiz, Lorenzo não titubeou na hora de apontar o muro de pedras.

A peça, que é feita de uma mistura de resina e concreto, carrega ainda a marca da empresa espanhola Movistar, que é a patrocinadora da prova deste fim de semana.

Peça representa o famoso muro de pedras do MotorLand (Foto: Yamaha)
“Foi uma bela experiência ajudar no design do troféu da Movistar para o GP de Aragón”, disse Jorge. “Foi uma nova oportunidade e algo que eu nunca tinha feito, apesar de sempre ter me interessado e me envolvido com design. É algo de que gosto desde a infância, quando comecei a desenhar para criar meus próprios logos e designs”, seguiu.

“Em Montemló, me reuni com Marc García Rojals, o designer do troféu, para encontrar um bom conceito e acho que para nós a parte mais representativa do circuito de Aragón é a grande parede de pedras”, comentou. “Acho que o resultado da nossa colaboração é muito bom e o troféu é muito bonito, diferente de tudo que nós temos visto até agora. Estou muito feliz por ter me envolvido neste projeto e gostaria de agradecer a Movistar por esta iniciativa. Vamos torcer para que possamos colocar a mão no troféu no domingo”, concluiu.

Troféu é feito de uma mistura de resina e concreto (Foto: Yamaha)
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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Top Gun

Maverick Viñales viveu uma experiência diferente — e extrema — nesta quarta-feira (23). Às vésperas do GP de Aragón, o piloto da Suzuki, que recebeu seu nome por causa do personagem homônimo de Tom Cruise em Top Gun, voou a bordo de um F-18.

A caminho do MotorLand para a prova deste fim de semana, Viñales foi à base aérea de Zaragoza a bordo de uma superbike da Suzuki, mas deixou a moto de lado para se aventurar dentro do caça, que supera a marca de 2.100 km/h.

Antes de Aragón, Maverick Viñales passou na base aérea de Zaragoza (Foto: Divulgação/MotoGP)
Antes de entrar no F-18, Maverick passou cerca de uma hora recebendo orientações do capitão J. Barcala, que ensinou o #25 a lidar com a força G do avião de combate. Depois, o piloto da MotoGP também recebeu instruções da unidade ALA-15, que estava na base aérea para recepcioná-lo.

Quando chegou a hora de entrar no avião, Viñales experimentou uma hora de voo, marcado por movimentos acrobáticos e também por simulação de combate.

Piloto da Suzuki voou a bordo de um F-18 (Foto: Divulgação/MotoGP)
Acostumado com a velocidade das motos, o companheiro de Aleix Espargaró não se sentiu tão confortável a bordo do F-18 e passou mal, mas mesmo assim classificou o passeio como “maravilhoso”.

“Foi a melhor experiência da minha vida”, disse Maverick. “Nada se compara a isso, nem mesmo quando fui campeão mundial da Moto3”, comentou.

“É uma experiência realmente única e incomparável. Uma coisa que acontece uma vez na vida”, declarou. “Me sinto muito privilegiado por ter tido essa experiência maravilhosa”, concluiu.

Pai de Viñales escolheu o nome Maverick por conta do personagem de Tom Cruise em Top Gun (Foto: Divulgação/MotoGP)
Viñales se sentiu mal durante o voo (Foto: Divulgação/MotoGP)
Unidade ALA-15 recebeu Viñales em Zaragoza (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Yamaha – o retorno

A Yamaha confirmou nesta quarta-feira (23) que vai voltar ao Mundial de Superbike em 2016 em parceria com a Crescent Racing, que tem mais de 20 anos de experiência e participou de competições como a MotoGP e o Campeonato Britânico de Superbike. A casa de Iwata deixou o certame no fim da temporada 2011.

Além anunciar o retorno ao Mundial das motos de produção, a marca dos três diapasões também confirmou quem serão seus pilotos. Alex Lowes permanece na estrutura da Crescent, agora deixando de lado a Suzuki para guiar a YZF-R1, e terá Sylvain Guintoli, campeão de 2014, como companheiro de equipe.

Yamaha vai voltar ao Mundial de Superbike em 2016 (Foto: Yamaha)
Além de Guintoli, a equipe da Honda, que é operada pela Ten Kate, perdeu também o patrocinador, uma vez que a marca de salgadinhos Pata foi anunciada como principal apoiadora do time da Yamaha.

A Yamaha conquistou seu primeiro título no Mundial de Superbike em 2009, quando quebrou inúmeros recordes nas mãos do norte-americano Ben Spies. A lista de vencedores com a R1 conta ainda com Noriyuki Haga, Troy Corser, James Toseland, Marco Melandri e Cal Crutchlow.

Alex Lowes vai seguir na estrutura da Crescent, agora guiando a R1 (Foto: Crescent)
A Yamaha Motor Europe será a responsável pela estratégia de corrida, pelo desenvolvimento técnico e também pelas contratações de pilotos. A Crescent, por sua vez, vai cuidar de todo o pessoal técnico que vai se encarregar da operação do time.

A nova versão da R1, lançada em 2015, vem em um ano de muito sucesso. Nas mãos de Pol Espargaró, Katsuyuki Nakasuga e Bradley Smith, a moto de 998cc triunfou nas 8 Horas de Suzuka. Com Josh Brookes, a Yamaha lidera o Campeonato Britânico de Superbike.

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Guintoli foi campeão com a Aprilia, mas defendeu a Honda em 2015 (Foto: Honda)
Chefe de Operações da Yamaha Motor Europe, Eric De Seynes destacou que a R1 foi desenvolvida com base na tecnologia da MotoGP e deixou claro que a casa de Iwata volta ao certame para vencer.

“Este é um momento muito empolgante para nós, já que aguardamos ansiosamente para voltar ao nível top das competições de superbike no próximo ano após uma ausência de quatro anos”, disse Seynes. “Tendo reescrito o livro de regras da Supersport e mudado o jogo com a YZF-R1, desenvolvida diretamente com a tecnologia da Yamaha na MotoGP, estava claro que nós precisávamos voltar ao Mundial de Superbike para mostrar todo o potencial da nossa nova superbike”, seguiu.

“Nós levamos um ano para ganhar experiência com a nova R1 em muitos outros campeonatos onde a moto já mostrou potencial, com a incrível vitória nas 8 Horas de Suzuka e os resultados muito positivos que os nossos times oficiais estão acumulando ao redor da Europa”, lembrou. “Agora nós estamos prontos para voltar ao palco mundial e estou feliz por termos encontrado na Crescent os mesmos valores de profissionalismo, engenharia e paixão pelas vitórias que nós compartilhamos”, completou.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Futuro encaminhado

Sam Lowes está com o futuro encaminhado no Mundial de Motovelocidade. Confirmando às expectativas, a Gresini anunciou na manhã desta terça-feira (22) a contratação do britânico para a temporada 2016 da Moto2. Além disso, o acordo com o time de Fausto Gresini prevê o salto para a MotoGP — com a Aprilia — em 2017.

Nascido em Lincoln, no Reino Unido, em 1990, Sam chegou ao Mundial de Moto2 em 2014, logo depois de se tornar campeão do Mundial de Supersport. Vestindo as cores da Speed Up, o gêmeo de Alex conquistou seu primeiro triunfo no certame em abril passado, no GP das Américas, e hoje tem a quinta colocação no Mundial, 146 pontos atrás de Johann Zarco, que tem sua primeira chance de conquistar o título neste fim de semana, em Aragón.

Lowes vai defender a Gresini na Moto2 antes de pular para a MotoGP em 2017 (Foto: Speed Up)
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Além de seguir na Moto2, Lowes também vai usar 2016 para participar da evolução do protótipo da Aprilia para a MotoGP. O britânico vai trabalhar em conjunto com Álvaro Bautista e Stefan Bradl, que seguem como titulares da escuderia de Noale no próximo ano.

Assim como aconteceu nesta temporada, em 2016 o time da Gresini na Moto2 será patrocinado pela Federal Oil, marca líder no mercado de lubrificantes para motocicletas da Indonésia.

“Estou realmente ansioso para me juntar à Gresini na próxima temporada”, disse Lowes. “Acredito que tenho potencial para vencer o campeonato e espero que o forte pedigree do time me dê o apoio necessário para conquistar o título”, seguiu.

“2016 será o meu último ano na Moto2 antes de subir para a MotoGP e estou determinado a tentar deixar a categoria como campeão”, avisou.

Além disso, Sam, que sempre defendeu a Speed Up na Moto2, afirmou que guiar a Kalex era também uma cobrança de seus fãs.

“Sei que meus fãs estavam ansiosos para me verem disputar o Mundial em uma Kalex e a mudança para a Gresini vai permitir que eu faça isso. Vou trabalhar duro com o time ao longo do inverno para construir uma relação forte com o novo time e garantir que eu entenda completamente a moto”, garantiu. “Sinto que amadureci como piloto ao longo da temporada 2015 e espero que possa usar o que aprendi na abordagem a este novo desafio e sair vitorioso”, concluiu.

Chefe do time, Fausto Gresini falou com animação do novo projeto e aproveitou para agradecer o trabalho de Xavier Siméon, que venceu o GP da Alemanha deste ano.

“Vamos continuar dando o nosso melhor para fechar 2015 de uma boa forma e gostaria de agradecer Xavier por seu trabalho duro e pelos bons resultados que conquistamos juntos”, declarou. “Desejamos que ele consiga a satisfação que merece no futuro”, completou.

domingo, 13 de setembro de 2015

Late brakers

Um dos circuitos mais populares do calendário, Misano é também um dos mais exigentes para os freios na MotoGP. No Circuito Marco Simoncelli, todas as curvas tem sua desaceleração máxima variando entre 1,3 e 1,4G, com o ponto mais exigente sendo a freada do fim da reta oposta.

De acordo com os dados da Brembo, que fornece os freios para algumas das equipes do Mundial, na freada para a entrada na curva Quercia, a velocidade cai de 291 km/h para 91 km/h em um intervalo de 5s7, exigindo dos pilotos a aplicação de uma força de 5,3 kg, num espaçou de 264 metros. Por conta da freada, os discos de freio atingem uma temperatura de 650°C.

Rossi é quem freia mais tarde em Misano (Foto: Yamaha)

No fim do treino classificatório, a Brembo analisou os dados da telemetria e listou os pilotos que freiam mais tarde em Misano, ou seja, aqueles que acionam os freios no ponto mais próximo ao apex. O ranking leva em conta a pressão nos freios, o ponto onde cortou a aceleração e o tempo da freada.

Assim, Valentino Rossi liderava a lista de ‘late braker’, à frente de Marc Márquez, Andrea Iannone, Jorge Lorenzo e Andrea Dovizioso.

sábado, 12 de setembro de 2015

Procurando Nemo

Assim como fez no GP da Itália, Valentino Rossi manteve a tradição e preparou um capacete especial para o GP de San Marino e da Riviera de Rimini. O casco foi apresentado neste sábado (12), antes do início da terceira sessão de treinos livres.

A peça, que é assinada por Aldo Drudi, traz um peixinho — Rossi — tentando fugir das presas de um tubarão. Na parte de trás do capacete, estão representados os cachorros e o gato do italiano, todos devidamente equipados para um mergulho, além do número 58, de Marco Simoncelli.

Rossi exibiu o novo capacete na manhã deste sábado (Foto: Yamaha)
“O tubarão não é apenas Jorge”, explicou Rossi após conquistar o terceiro lugar no grid de Misano. “A ideia é que, como eu venci no ano passado e é a minha corrida de casa, todos querem me caçar e me comer”, continuou.

“Nós tivemos essa ideia de que eu sou um peixinho tentando se salvar e o tubarão representa Jorge, Marc, Dani e as Ducati. Todos que querem me vencer em casa”, completou.

Casco tem as imagens dos cães e do gato de Rossi (Foto: Yamaha)
Questionado se era o tubarão da história de Rossi, Lorenzo entrou na brincadeira e disse: “Não acho que pareça com um tubarão, especialmente porque os meus dentes são um pouco mais retos”.

“Mas, com certeza, se tivesse de escolher, preferiria ser o tubarão e não o peixe”, brincou. “Mas, de qualquer forma, o peixe tem mais pontos, então eu gostaria de ser um tubarão com os pontos do peixe”, completou.

Com 12 pontos de vantagem no Mundial, Rossi precisa escapar dos tubarões (Foto: Yamaha)
Arte do capacete tem a assinatura de Aldo Drudi (Foto: Yamaha)
Os capacetes especiais para as corridas de casa são uma tradição na MotoGP (Foto: Yamaha)
Rossi afirmou que Lorenzo não é o único tubarão que o persegue (Foto: Yamaha)
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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Novo tapete

Alvo de criticas dos pilotos no ano passado por conta de ondulações e falta de aderência, o asfalto de Misano foi completamente refeito para a prova deste ano. O trabalho no circuito Marco Simoncelli foi conduzido pelo Studio Dromo, a mesma empresa responsável pelo projeto na pista de Termas de Río Hondo, na Argentina.

O trabalho nos 4.226 metros da pista foi concluído em março do ano passado, justo em tempo de receber o Mundial de Superbike. Por meio de um estudo comparativo dos tempos registrados pelas motos de produção em 2015 e 2014 — Superbike, Superstock 1000 e Supersport 600 —, os responsáveis pela reforma indicaram uma evolução de até 2s5 nos tempos de volta.


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“Misano está agora em sua melhor forma”, avaliou Jarno Zaffelli, dono do Studio Dromo. “Não é apenas mais rápida, mas todas as intervenções, calculadas com o nossos certificados softwares baseados no DroCAS, estão direcionadas à melhorias na segurança, ativa e passiva”, explicou.

“Baseado nesses fatos, graças ao trabalho de design confiado a nós, podemos esperar uma melhora nos tempos de volta de 0.7% a 2.5%, dependendo da categoria e das condições climáticas”, explicou Zaffelli. “Então vamos ficar de olho no cronômetro e ver se a MotoGP vai poder destruir a barreira de 1min32s”, concluiu.

O trabalho de restauração de Misano consumiu 53 mil m² de asfalto de alta aderência. Além disso, as áreas de escape foram remodeladas para melhorar a capacidade de desaceleração das motos, assim como as zebras, que foram reperfiladas. O sistema de drenagem da superfície também foi renovado.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Piratas da MotoGP

Mal ‘Hitting the Apex’ chegou aos cinemas — do exterior —, e o mundo da MotoGP pode se ver retratado em outro filme. E, assim como no caso do longa de Mark Neale, que teve Brad Pitt como produtor e narrador, outro astro de Hollywood vai estar por trás da produção.

Em entrevista ao site australiano ‘News.com.au’, Johnny Depp revelou que deseja produzir um documentário sobre Mick Doohan. O astro dos cinemas se aproximou do pentacampeão da 500cc durante sua estadia em Gold Coast para as filmagens de ‘Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias’, o quinto filme da franquia, quando o ator e a esposa, Amber Heard, se hospedaram na casa do ex-piloto da Honda em Coomera.

Depp ficou na casa de Doohan durante filmagens de Piratas do Caribe (Foto: Facebook/Piratas do Caribe)
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“Quero fazer um documentário sobre ele”, contou Depp. “Ele é simplesmente um homem fantástico”, elogiou.

Doohan disputou a categoria rainha do Mundial de Motovelocidade entre 1989 e 1999 e, sempre defendendo as cores da Honda, conquistou o título cinco vezes entre 1994 e 1998. Ao todo, o piloto de Brisbane soma 54 vitórias, em um total de 95 pódios.

Depp, por sua vez, nasceu em Owensboro, no Kentucky, — terra de Nicky Hayden — e estreou no cinema em ‘A Hora do Pesadelo’, de 1984. O primeiro grande papel veio com uma parceria com Tim Burton, quando Johnny interpretou o protagonista de ‘Edward Mãos de Tesoura’. O currículo do ator de 51 anos conta ainda com filmes como ‘Era uma vez no México’, ‘Em Busca da Terra do Nunca’, ‘A Fantástica Fábrica de Chocolates’ e a série ‘Piratas no Caribe’.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Fã famoso

Além de narrar ‘Hitting the Apex’, Brad Pitt também está trabalhando na divulgação do documentário. No último fim de semana, o ator esteve em Silverstone para acompanhar o GP da Grã-Bretanha e chamou a atenção por onde passou.

De acordo com a imprensa espanhola, o ator não queria tumultuar os boxes antes da largada e, apesar da insistência da organização do Mundial, declinou diversos convites para ir conversar com os pilotos.

A insistência do filho, Knox Leon, entretanto, levou Pitt aos boxes da Aprilia e, pouco depois, a organização do Mundial o levou para a garagem da Yamaha, onde o astro de Hollywood pôde cumprimentar Jorge Lorenzo e Valentino Rossi.

Brad Pitt visitou a MotoGP em Silverstone (Foto: Yamaha)
Além de visitar Silverstone, Pitt também falou de sua paixão pela MotoGP à publicação inglesa ‘Short List’ e classificou os pilotos como “poéticos”.

“É simplesmente fenomenal”, resumiu Pitt. “Eles são tão poéticos e belos, e ainda assim eles estão no limite da completa e absoluta destruição. E é essa linha que eles têm de negociar o tempo todo. É incrível, incrível, incrível”, exaltou.

O ator explicou que seu amor pela MotoGP veio de sua paixão pelas motos, surgiu ainda na era de Mick Doohan, mas ganhou corpo com os feitos de Rossi.

“Vem do meu amor pelas motos. Sempre amei as motos. Mais do que carros em qualquer situação, embora eu também ame alguns carros”, comentou. “Mas essas motos são o máximo — os ônibus espaciais do mundo das motocicletas”, comparou.

“Eu comecei a assistir um pouco nos anos 90, os anos do Mick Doohan — o grande piloto australiano”, contou. “Mas foi só na época de Rossi, por volta de 2001, que eu me tornei um viciado. Acho que não perdi uma corrida desde então”, explicou.

Apesar da longa história do Mundial de Motovelocidade, assistir o certame nos Estados Unidos não era uma tarefa das mais fáceis, mas Brad sempre deu um jeitinho de acompanhar as provas.

“Quando comecei, onde quer que eu estivesse, tinha que encontrar uma saída, quem estivesse transmitindo e que horas, incluindo no meio da noite. Agora, é só entrar em motogp.com que eles transmitem ao vivo”, exaltou. “Nos Estados Unidos nós ainda estamos engatinhando. É um esporte maior na Europa — você consegue assistir nas grandes redes”, citou.

“Costumava passar no canal Speed. Aí estava no meio da volta quatro, com Rossi para passar [Max] Biaggi, e eles cortavam para o comercial, e você ficava louco. Eles faziam isso cinco vezes durante a corrida. Hoje é diferente”, recordou.

Pai de seis filhos com a também atriz Angelina Jolie — Shiloh, Maddox, Pax Thien, Zahara, Knox Leon e Vivienne Marcheline —, Pitt contou que seus filhos também gostam de acompanhar as corridas.

“Eles gostam”, revelou. “Eles sabem quem são os pilotos e gostam de imitar — cada um escolhe um piloto e dizem quem são. Vou assistir com quem quer que queira me acompanhar: minha mulher, meus filhos — todos são bem-vindos. Mas eu, definitivamente, vou assistir”, relatou.

Em uma das temporadas mais disputadas dos últimos anos, Pitt evitou fazer apostas, mas ressaltou que quem quer que saia vencedor, vai ser merecedor do título.

“Sem chance. Não dá para dizer. Qualquer coisa pode acontecer agora. Está bem divertido neste momento em especial. Lorenzo e Rossi podem cair em uma corrida, se [Marc] Márquez vencer nessa, de repente vira outra história. Mas te digo uma coisa, quem vencer, conquistou isso, mereceu. Tem sido uma temporada empolgante”, opinou.

Questionado sobre quem leva sua torcida, o astro de filmes como ‘Entrevista com o Vampiro’, ‘Lendas da Paixão’ e ‘Troia’ se mostrou dividido.

“Eu adoro Lorenzo, porque o foco dele é absoluto — esse foco de piloto lutador. Ele é incrível”, disse. “E Rossi é simplesmente ótimo. Tem uma mitologia em torno desses pilotos. Eles são gladiadores para nós. Esses caras tomam decisões a 320 km/h em milissegundos que vão determinar se eles ficam na moto ou se acertam o cara que está na frente. É empolgante de assistir”, frisou.

“Você relaciona sua vida com isso e ou sai da maneira como você quer ou contra você. Ou os deuses estão com você ou não. Os milhares de nós que seguem este esporte já tiveram essa experiência. Aquele caminho de decepção e sucesso, decepção e sucesso, decepção e sucesso. É difícil se afastar disso”, encerrou.

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