Já considerando a possibilidade de encerrar a carreira, Rossi decidiu substituir Jeremy Burgess — seu lendário chefe de equipe — por Silvano Galbusera, que não tinha nenhuma experiência na MotoGP, e se dar uma última chance: ou melhorava ou pendurava o capacete.
A aposta deu certo e, aos 35 anos, Valentino vai para a pista no domingo para lutar com Jorge Lorenzo pelo vice-campeonato de 2014.
Rossi acredita que pode melhorar mais para temporada 2015 (Foto: Bridgestone) |
“Foi uma temporada muito boa, porque eu fui capaz de melhorar muito a minha velocidade e os meus resultados em comparação com o ano passado, e essa era uma meta muito importante para mim”, disse Rossi durante uma coletiva de imprensa em Valência. “Estou muito feliz e orgulhoso do trabalho, especialmente porque este ano eu curti bastante. Fiz muitas boas corridas, muitas boas batalhas. Tinha certeza que podia fazer muito melhor do que no ano passado, mas, sinceramente, não sabia o quanto”, reconheceu.
Questionado se realmente acredita na possibilidade de conquistar um décimo título no Mundial de Motovelocidade, Valentino foi claro: “Sim, acho que no próximo ano não será impossível. Essa é a meta”.
“Digo isso porque nós podemos melhorar deste ano para o próximo”, justificou. “O trabalho já começou durante a temporada. Nós demonstramos um bom potencial e acho que posso melhorar no próximo ano. Meu time pode melhorar, especialmente Silvano, com mais um ano de experiência. Pois ele conhece a MotoGP de uma maneira melhorar. Ele não tinha experiência antes deste ano”, continuou.
“Nós podemos melhorar a forma de trabalhar entre nós, porque esta foi apenas a primeira temporada juntos. Eu o conheço melhor e ele me conhece muito melhor. A forma como eu quero a moto. Então nós podemos fazer melhor”, garantiu. “Mas, ao mesmo tempo, será muito, muito difícil. Primeiro porque espero que Jorge seja forte desde o início e especialmente Marc. Não podemos esquecer que ele ganhou 12 corridas este ano, então dez a mais do que eu!”, ressaltou.
“Ele tem muitos pontos de vantagem, então para tentar lutar pelo campeonato com esses caras no próximo anos vamos precisar dar outro passo. Mas, com certeza, vamos tentar”, assegurou.
De volta à Valência, mesmo circuito onde anunciou a saída de Burgess, Rossi voltou a explicar sua decisão e ressaltou que foi muito difícil desfazer os laços com o experiente australiano, com quem trabalhava desde 2000.
“Foi uma decisão muito difícil, antes de mais nada por causa da nossa relação pessoal, pois estávamos juntos há um longo tempo”, declarou. “Foi uma decisão corajosa, mas eu estava bem seguro. Especialmente porque agora a forma de trabalhar na MotoGP é diferente em comparação com o passado”, explanou.
“Agora, todo o time e os engenheiros têm de falar primeiro com o piloto, mas depois eles passam muito tempo no computador para analisar todas as informações sobre o comportamento da moto”, falou. “Aí a modificação no acerto é feita pelo feeling do piloto, mas também pelo que a telemetria diz. Para mim, esta é a maior diferença deste ano”, sublinhou.
Por fim, indagado se sentia que estava pilotando melhor do que nunca, Valentino respondeu: “Para mim, sim”.
“É diferente, então é difícil dizer. Mas eu trabalhei muito neste ano em todos os pequenos detalhes. Tudo mudou. Primeiro de tudo, meus rivais mudaram, eles são mais jovens e muito mais fortes do que no passado”, indicou. “Estou mais velho, mas me sinto 100%. As motos, os pneus, a eletrônica e, especialmente a forma de pilotar a moto, são muito diferentes comparados com dez anos atrás. Mas eu gosto muito de melhorar e tentar fazer parte do jogo”, concluiu.
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