sábado, 29 de junho de 2013

Nasce um mito

O GP da Holanda de MotoGP é uma daquelas corridas que entrará para a história. Não só pela vitória de Valentino Rossi após um jejum de 2 anos, 8 meses e 19 dias, mas pela ação heroica de Jorge Lorenzo.

Antes de embarcar rumo a Assen no início da semana, o espanhol estava confiante em conquistar um novo triunfo. Na quinta-feira, seu mundo virou de cabeça para o baixo. Uma forte queda a mais de 200 km/h no segundo treino livre parecia ter acabado com suas chances de título e aberto caminho para o primeiro Mundial de Dani Pedrosa.

Levado a um hospital local, Lorenzo não encontrou vaga para ser operado, então decidiu ir para Barcelona em um jatinho fretado para uma passar por cirurgia naquela mesma madrugada. Algumas horas depois, Jorge teve alta e voltou ao jatinho para retornar a Assen e tentar correr.

Última lesão séria de Lorenzo tinha sido em outubro de 2011, quando perdeu parte de um dedo em um acidente na Austrália (Foto: Yamaha)
 Além das dores decorrentes do acidente, Jorge ainda teve de lidar com o cansaço das viagens e com um difícil teste físico, uma exigência dos médicos do Mundial de Motovelocidade para autorizar sua participação na disputa. Do momento em que foi operado ao momento em que recebeu o ok para poder correr, pouco mais de 30 horas se passaram.

Nesse meio tempo, muitos disseram que ele era louco, outros tantos chamaram os médicos da categoria de irresponsáveis. Para mim, nem um, nem outro.

Ele sabia sua real condição e os médicos da MotoGP têm experiência o bastante para saber quais são os limites. O Dr. Claudio Costa, por exemplo, está no Mundial pelo menos desde os tempos que o pai de Valentino Rossi corria. E foi ele quem ficou nos boxes da Yamaha acompanhando o piloto.

Saindo no 12º posto, Lorenzo fez uma largada muito boa e foi escalando o pelotão pouco a pouco. No fim, sucumbiu a dor e ao cansaço, se isolando no quinto posto e se ocupando em levar a M1 de volta para casa. O resultado de seu imenso esforço foi a perda de dois únicos pontos para Pedrosa, que agora tem nove pontos de vantagem na classificação do Mundial, ao invés dos sete que tinha anteriormente.

Um pouco depois de seu triunfo, Héctor Martín, seu assessor de imprensa, revelou que foi o próprio piloto quem arcou com custos de toda essa operação. O que mostra, ainda mais, seu empenho.

Mesmo dolorido, Lorenzo teve disposição para posar para fotos com os fãs e falar com a imprensa, explicando o que foram esses últimos três dias. “Quando eu soube que tinha fraturado a clavícula, pensei que perderia as próximas duas ou três corridas. Logo conversei com o meu pessoal, que fez todo o possível para que eu fosse operado logo. Eu tinha de esperar 24 horas para expulsar a anestesia, porque, do contrário, não teriam me deixado participar. Foi por isso que operei na sexta-feira”, justificou.

“Na quinta, meu erro foi não ver o verdadeiro perigo da pista, que estava muito ruim e com muitas poças d’água, era muito fácil cair. A minha ambição me irritou, por não ver o risco”, falou. “Voltei a errar depois de alguns anos sem me lesionar com gravidade. Mas em nenhum momento eu pensei em disputar a corrida. Nunca tinha acontecido de um piloto correr 48 horas depois de fraturar a clavícula. Era impossível imaginar isso.”

“Antes de operar eu tinha muita dor, mas depois de passar pela cirurgia, a lesão doía mesmo. Eu me senti mais forte. E ali eu decidi”, relatou. “Antes de operar, é claro que eu pensei: ‘Vamos operar e ver o que acontece’. Sem descartar nada, mas com muito ceticismo. Mas depois da intervenção, ficou mais claro que eu podia tentar”, contou.

“De manhã, quando eu acordei, tinha muita dor. Mais do que ontem. Depois de dormir oito horas em uma posição que, talvez, não fosse a adequada para a clavícula, você sempre levanta com dores por todo o corpo. Depois, quando o corpo fica mais quente, você se sente melhor”, ponderou. “Me fizeram uma infiltração para sair no warm-up, não muito, e isso deixou as coisas mais difíceis. Para a corrida, me infiltraram mais e no princípio estava bem, mas com o esforço o meu rendimento baixou.”


Jorge segurava o braço esquerdo para tentar diminuir as dores da lesão (Foto: Yamaha)

Antes de ser liberado para a corrida, Jorge foi submetido a um exame físico. Ciente de que teria de passar pela prova, o piloto de Palma de Mallorca aproveitou a noite de sexta-feira para treinar – fazendo flexões.
“Nós sabíamos mais ou menos os testes que fazem com os pilotos quando têm uma lesão como a minha. Primeiro te fazem fazer umas flexões de pé contra a parede, depois flexões na horizontal, no nível desta mesa (cerca de 80 cm) e mover o braço”, contou. “Então ontem à noite nós praticamos um pouco para ver como estava e vi que eu conseguia fazer. E nesta manhã eu até estava um pouco melhor. Depois do warm-up me fizeram menos testes, a folha de tempos também ajudou, e nos deram o ok.”

Lorenzo, entretanto, rechaçou as críticas que diziam que seu ato era uma loucura. “Nunca estive louco. Não sou uma pessoa maluca e acredito que não exista nenhum piloto louco. Ao contrário. Nós somos pessoas muito sensíveis, porque devemos notar todas as sensações que a moto transmite para evitarmos quedas”, falou.

“Alguns são mais ou menos sensíveis, mas não loucos. Talvez, quando mais jovens, sejamos um pouco mais inconscientes do risco. Mas não com 26 anos”, reforçou. “Eu tinha muito claro, claríssimo, que se não me visse capaz de correr e se a minha condição física não me permitisse ser competitivo ou pudesse colocar os outros em risco, não disputaria a corrida.”

“Quando saí no warm-up, vi que tinha um ritmo bom e que podia tentar. Se tivesse me sentido mal na corrida, mareado ou sem força para continuar, teria parado. Garanto.”

Questionado se foi o momento mais impressionante de sua carreira, Lorenzo respondeu: “Sim, sem dúvida. Supera a dos tornozelos na China [Em 2008, sua temporada de estreia na MotoGP, Jorge fraturou os dois tornozelos, mas correu da mesma forma]. Se eu fosse um corredor de 100 metros ou de 1500, evidentemente não poderia ter corrido, mas na moto atrapalha muito menos ter os tornozelos fraturados. É mais complicado correr com a clavícula fraturada”, indicou.

O piloto também falou sobre a corrida deste sábado, quando largou em 12º para chegar em quinto. “Quando vi que larguei bem e que as voltas iam passando e eu estava em quinto, fiquei emocionado. Me ver ali muitas voltas depois atrás do primeiro grupo e sem me afastar, e até mesmo reduzindo a diferença em alguns momentos, me emocionava. De verdade”.

“Não sabia como o corpo ia responder, se eu aguentaria toda a corrida. Mas a partir da sétima volta, já vi que o esforço com o lado direito do corpo ia me fazer pagar no fim da corrida. E foi isso que aconteceu”, contou. “O grande esforço que tinha que fazer com a parte direita do meu corpo, não poder usar o lado esquerdo, me deixou sem forças para ter um ritmo mais constante no final e poder, quem sabe, lutar com Dani pela quarta posição.”

“Eu pensava que Dani estava em segundo. Eu tentava ver os telões do circuito, mas não conseguia ver direito. Faltando duas voltas, vi que estava em quarto e a verdade é que eu fiquei muito contente”, revelou.

Também, Jorge falou sobre as lágrimas no fim da corrida e disse que não conseguiu segurar a emoção vendo seu time e seus amigos o aplaudindo no retorno aos boxes.

“Não consegui evitar o choro”, comentou. “Não sou uma pessoa que chora muito e é a primeira vez que eu choro em cima da moto. Não chorei nem quando ganhei os títulos, mas desta vez eu não consegui evitar quando vi toda a equipe me aplaudindo. Depois mais, e quando vi Ricky [Cardús] ali, também aplaudindo, chorei mais ainda”, disse rindo, e explicando que eram lágrimas de dor e principalmente por “pensar que era impossível correr nessa prova, impossível, mas por ter conseguido por causa da força interna.”

Durante a entrevista, um repórter disse ao piloto:

- Você é um herói!

- Não. Heróis são aqueles que trabalham duro só para chegar ao fim de cada mês. Eu sou pago para fazer essas coisas.

Lorenzo pode até não se achar um herói, mas o que fez hoje foi heroico. Jorge ganhou o respeito e a admiração de muitas pessoas que ainda tinham dele a mesma impressão daquele menino que chegou ao Mundial em 2008 querendo bater o rei da categoria.

O bicampeão pode nunca tomar o lugar de Valentino Rossi no coração dos fãs da categoria, mas certamente terá um lugar entre os maiores de todos os tempos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Respeito

Jorge Lorenzo sofreu um forte acidente na última quinta-feira (27), durante o segundo treino livre para o GP da Holanda de MotoGP. Na queda, o bicampeão fraturou a clavícula esquerda e precisou passar por uma cirurgia – onde os médicos introduziram uma placa de titânio e oito parafusos – para estabilizar o osso. 

A cirurgia foi feita nesta madrugada em um hospital de Barcelona, mas Jorge não ficou muito tempo no hospital. O piloto teve alta no início da tarde na Espanha e já está de volta ao circuito de Assen.

E o plano de Lorenzo é correr. Amanhã pela manhã ele será submetido a uma avaliação médica e aí decidirá se vai para a pista ou não. Caso decida correr, Jorge vai largar na 12ª colocação, já que seu desempenho no primeiro treino livre lhe rendeu uma vaga no Q2, a fase decisiva da sessão classificatória da MotoGP.


Lorenzo voltou para Assen poucas horas depois de operar a clavícula (Foto: Yamaha)
A vontade de Lorenzo de estar na pista neste sábado foi um dos temas mais populares no paddock da Mundial de Motovelocidade durante todo o dia, como muitos pilotos manifestando suas opiniões. O consenso geral é que só o piloto da Yamaha sabe sua real condição e muitos dos colegas do espanhol entendem a importância deste gesto levando em conta a classificação do Mundial.

Pole no GP da Holanda, Cal Crutchlow afirmou que a participação de Lorenzo na prova será heroica. “Se o Lorenzo correr, será meu herói”, disse, se lembrando de uma experiência pessoal.
“Eu fraturei a minha clavícula em Silverstone em 2011 e quando eu vim para cá [duas semanas depois], tive um exame médico com flexões”, contou. “Se ele for aprovado, é muito forte. Talvez ele possa fazer alguma meditação ou alguma coisa antes”, ponderou.

“Se ele passar, tenho certeza de que pode pilotar. Guiar a moto é, provavelmente, mais fácil do que as flexões”, comentou. “Se há uma chance, você sempre corre. Você tem de ser inteligente, porque tem muito mais risco de se machucar ainda mais. Mas o instinto de um piloto é sempre de voltar imediatamente.”

Companheiro de Cal no time de Hervé Poncharal, Bradley Smith falou sobre a situação do bicampeão ao site britânico ‘Motorcycle News’. “Você tem de fazer o que for preciso para vencer o campeonato mundial e se ele sente que está pronto e quer ir e marcar uns pontos, então eu não sou o cara para dizer para ele fazer o contrário”, declarou.

“Ele sabe sua condição física e a equipe médica só vai liberá-lo se acreditarem que ele está pronto para pilotar”, ponderou. “Ele deu tudo para estar onde está no campeonato. Você só precisa olhar para o quanto ele trabalhou nos testes de inverno”, lembrou Smith.

“Ele está constantemente trabalhando e se eu estivesse no lugar dele, faria a mesma coisa. Se eu estivesse lutando pelo Mundial, então não me importaria com o que dissessem e viria correr”, seguiu. “É um pouco louco, mas é isso que nós pilotos fazemos e esse é o tanto que um título mundial significa. E ele só está mostrando o que está disposto a fazer para vencer mais um ano”, completou.

Rival de Lorenzo na luta pelo título e com um grande histórico de lesões, Dani Pedrosa também falou sobre a situação do rival e ressaltou a força mental do piloto da Yamaha.

“Creio que no momento ele demonstra uma mentalidade bastante forte”, avaliou. “Mas, bem, essas coisas também dependem muito de como você se sente depois de uma operação. Tem dias que te fazem isso [uma cirurgia na clavícula] e quando você acorda você não pode nem abrir os olhos. E tem vezes em que você acorda mais inteiro. Ele é o único que sabe como está e acho que amanhã tomará a decisão. Teremos de perguntar a ele quando chegar.”

Em relação ao Mundial, Pedrosa afirmou que não está se preocupando com a ausência ou não de Lorenzo na prova holandesa. “Se ele vai correr ou não, são coisas que ele vai decidir e escolher seu caminho”, ressaltou. “Eu tenho de seguir fazendo o meu, estar concentrando em fazer as minhas corridas, meus treinos e em colocar a minha energia ali. A oportunidade é a mesma se você tem um rival mais próximo ou mais distante. No final, se você pode sair e fazer a sua corrida, tem a sua oportunidade”.

Perguntado se a volta de Lorenzo poderia ser uma estratégia psicológica do representante de Iwata, Dani declarou: “Especular agora não serve para nada”.

Companheiro de equipe de Jorge, Valentino Rossi também falou sobre a situação do espanhol. “Se ele está confiante e se sente bem o bastante para correr amanhã, então é uma boa escolha”, opinou. “Se amanhã ele não se sentir bem ou estiver com dor, então a boa opção é não correr. Ele está lutando pelo campeonato, então se ele quer tentar, é bom”, completou o italiano.

Pouco depois de chegar ao paddock de Assen, Lorenzo postou no Twitter uma foto onde fazia flexões para se preparar para o exame médico deste sábado. Não é garantido, entretanto, que Jorge obtenha a autorização dos médicos para correr. Em 2011, em Barcelona, Colin Edwards tentou correr um dia após uma operação na clavícula, mas não foi considerado apto.

Disputando ou não o GP da Holanda, Lorenzo merece respeito por pelo menos tentar estar lá. É muita coragem.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Graffiti (3)

Terminou nesta quinta-feira (27) o leilão do capacete especial que Jorge Lorenzo usou no GP da Catalunha de MotoGP. Na ocasião, o bicampeão da classe rainha do Mundial de Motovelocidade usou um casco feito em uma parceria entre ele, a StarLine e Anna Vives, uma catalã que tem síndrome de Down e ficou conhecida na Espanha por ter criado uma fonte especial que funciona em qualquer programa de texto.

Dinheiro arrecadado será utilizado para ajudar pessoas com síndrome de Down (Foto: Yamaha)
Após a prova em Montmeló, Lorenzo colocou o capacete em leilão para arrecadar dinheiro para a Fundació Itinerarium, uma organização que tem a meta de desenvolver ações que melhorem o alcance e a qualidade dos projetos educativos e sociais para pessoas com síndrome de Down.

Ao todo, foram feitos 172 lances pelo capacete, que atingiu um valor total de € 27.101 (cerca de R$ 77.6 mil). É uma bela grana e uma causa para lá de nobre.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nas alturas

Os trabalhos para o GP da Holanda começaram nesta quarta-feira (26) com a tradicional coletiva de imprensa dos pilotos. Depois de cumprir o compromisso com os jornalistas, Jorge Lorenzo foi conhecer o traçado por um ponto de vista diferente.

Aproveitando que a organização da corrida realizou um evento de balonismo, o bicampeão da MotoGP foi dar um passeio de balão.

Lorenzo foi conhecer o traçado por um ponto de vista diferente (Foto: TT Circuit Assen)
A Holanda é uma potência no balonismo, inclusive sediando um famoso festival. A MotoGP é um show a parte nesses eventos promocionais.
Balões foram o grande destaque do primeiro dia da MotoGP em Assen (Foto: TT Circuit Assen)

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Catedral

A MotoGP desembarca em Assen neste fim de semana para a sétima etapa da temporada 2013 do Mundial. Às vésperas da corrida, Dani Pedrosa, líder do campeonato com sete pontos de vantagem para Jorge Lorenzo, deu suas impressões sobre o circuito.



Falando em Pedrosa, eu fiz uma entrevista com ele para a edição 39 da Revista Warm Up. O link é este aqui.

Para entrar no clima da corrida, que entrou no calendário do Mundial de Motovelocidade 64 anos atrás, a Dorna, promotora do campeonato, preparou esse vídeo aqui:

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Novato em Spa-Francorchamps (2)

Scott Redding esteve em Spa-Francorchamps neste fim de semana para guiar uma BMW M3 GT4. Atual líder da Moto2, o britânico foi orientado por Martin Scheiff, um experiente piloto, e assumiu o comando do bólido no sábado, quando levou alguns jornalistas belgas para um passeio pela pista, e no domingo, já com o piso molhado pela chuva.

Antes de ir para a pista, Redding tinha se mostrado ansioso para guiar o carro com motor V8, mas afirmou que a experiência não foi tão assustadora quanto ele imaginava.

Redding guiou uma BMW M3 GT4 em Spa-Francorchamps (Foto: Marc VDS)
“Eu realmente gostei e não foi nem metade do assustador que eu pensei que seria”, disse Redding. “Foi ótimo ter Martin sentado do meu lado, me aconselhando sobre as linhas, freadas e onde acelerar, porque ser rápido em um carro é completamente diferente de ser rápido em uma moto”, apontou.

O piloto da Marc VDS também destacou o papel de Scheiff no domingo, quando o instrutor novamente entrou em ação para ajudá-lo a encarar o asfalto molhado.

“Eu realmente não sabia o que esperar com pista molhada, mas, de novo, os conselhos do Martin foram absolutamente no ponto”, elogiou. “Comparado com a moto, a aderência que você tem no carro com os pneus de chuva é incrível e não levou muito tempo para sentir o que era possível naquelas condições. Foi um pouco desapontador chegar no circuito e descobrir que estava chovendo, mas, de fato, o carro foi tão divertido de guiar no seco como foi no molhado”, completou.

Scott afirmou que experiência não foi tão assustadora como imaginava (Foto: Marc VDS)

Perguntado se a experiência com a BMW M3 GT4 o faria considerar a possibilidade de mudar para os carros quando encerrar sua passagem pelas motos, Scott respondeu: “Guiar um carro foi uma experiência ótima e eu realmente curti, mas sou um piloto de moto de coração, não um piloto de carros”, declarou.

“Dito isso, eu estou sendo muito legal com o chefe de equipe do nosso time de carros, Bas Leinders, já que eu gostaria muito de guiar uma das BMW Z4 GT3 deles agora...”, brincou, antes de encerrar a viagem pela Bélgica com uma visita a um bar local.



Quem nunca?

A Bridgestone lançou um vídeo promocional fofo para a temporada 2013 da MotoGP. Nesta campanha, um garotinho sonha em ser piloto de moto.

Está tudo aqui ó:

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Rossi x Márquez

Valentino Rossi nunca escondeu sua admiração pelo talento de Marc Márquez. Convivendo mais na MotoGP, a dupla vem mostrando entrosamento, até mesmo durante as coletivas de imprensa, quando são frequentemente flagrados conversando.

Na semana passada, na Catalunha, Rossi convidou Márquez para visitar seu ‘Moto Ranch’, a pista de terra particular do italiano. Falando ao jornal espanhol ‘Marca’, Marc garantiu que aceitou o convite.


Márquez e Rossi conversaram durante a coletiva na Catalunha (Foto: Repsol)
“Valentino me convidou para correr no rancho dele”, contou. “Vou ter de pensar. Bom, pensar não: eu vou, eu vou. Quando tiver tempo, uma pausa. Nós ainda não falamos de datas” continuou.

“Ele já tinha me chamado antes. Me disse que as portas estão abertas para mim”, falou. “Ouvir isso do Valentino é... Uau...”, completou rindo.

No rancho, que fica perto de Tavullia, a cidade natal do piloto, Rossi costuma receber pilotos de diversas categorias e ano passado realizou uma competição com vários pilotos do Mundial às vésperas da etapa de Misano.

“Ano passado nós estávamos lá com o Colin [Edwards], [Claudio] Corti, [Simone] Corsi e muitos pilotos italianos”, lembrou Valentino. “Podemos organizar algo outra vez este ano. Ainda não sei quando, já que temos de checar quando é possível, mas talvez antes de Misano, quando Marc estiver na Itália”, completou.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eficiência japonesa

A Honda não participou da bateria de testes coletivos realizada na última segunda-feira (18) no circuito da Catalunha, mas foi para o Motorland de Aragón, onde pretendia testar a RC213V de 2014. Marc Márquez e Dani Pedrosa, entretanto, não conseguiram ir para a pista, por conta da chuva que atingiu a região de Alcañiz.

Já que os pilotos não podiam ir para a pista, foi Takeo Yokoyama quem garantiu as novidades do dia. O diretor-técnico da Honda aproveitou a oportunidade para apresentar a RC213V de 2014 e surpreendeu ao dizer que, caso os pilotos gostem do protótipo, poderão utilizar algumas peças dele já em Assen, a etapa da próxima semana.

Diretor-técnico da Honda apresentou moto de 2014 em Aragón (Foto: Honda)
“Este é o protótipo da máquina de 2014”, apresentou Yokoyama aos jornalistas. “É uma moto completamente nova, tanto em termos de motores quanto chassis. Nosso plano é testá-la para, eventualmente, fazer algumas mudanças antes do teste após Valência, em novembro”, explicou.

“De qualquer forma, se Dani e Marc encontrarem algo na moto que acham que é uma grande evolução em relação a atual RC213V, a HRC fará o seu melhor para entregar isso mais adiante nesta temporada, como fizemos no ano passado”, falou.

Para o ano que vem, as motos da MotoGP terão um limite de 20 litros de combustível, ao invés dos atuais 21. Falando ao site britânico ‘Motorcycle News’, Yokoyama explicou que o novo protótipo já atende a este regulamento.

“O motor tem de ser aplicado ao novo regulamento, que nos permite usar 20 litros. Você precisa de mais eficiência em termos de consumo de combustível e este motor foi feito para isso”, explicando que o novo sistema eletrônico da Magneti Marelli que será fornecido pela Dorna, a promotora do Mundial, ainda não está na moto que foi levada à Espanha. “Magneti Marelli ainda não está na moto, porque nós ainda estamos na primeira fase de trabalho nesta área”, justificou.

Honda priorizou maior potência e a entrega de potência da RCV de 2014 (Foto: Honda)
No desenvolvimento do motor, a Honda focou especialmente em mais potência e uma melhor entrega de potência. A marca nipônica adotou uma estratégia de testes semelhantes no ano passado, quando testou o protótipo de 2013 em um exercício em Mugello. Pedrosa gostou dos resultados e passou a usar a nova moto a partir de Laguna Seca.

Questionado pela publicação britânica se isso poderia acontecer este ano, o dirigente foi taxativo: “Absolutamente”.

“A moto é completamente nova e este é basicamente o nosso plano para 2014, mas no caso de o piloto realmente preferir o chassi ou o motor, essas partes podem ser usadas na moto atual. No caso do motor é mais difícil, por causa da alocação do motor, mas as partes do chassi, diria que isso é possível até mesmo em Assen”, ponderou.

“O nosso plano até o ano passado normalmente era sempre trazer o protótipo da nova moto no meio da temporada, como no teste de Brno ou o teste de Mugello no ano passado”, falou. “Mas neste ano não tem teste em Brno e o próximo teste será apenas em Misano, e, em nossa opinião, se esperarmos para testar a nova moto, poderia ser muito tarde.”

“Se trouxermos no meio da temporada, podemos modificar algumas coisas até o teste de Valência, e é o mesmo plano, então viemos para Aragón para colher algumas informações”, encerrou.

Mais uma vez, a Honda dá mostras de sua eficiência e poder econômico. Enquanto a Yamaha ainda luta para entregar o câmbio seamless, sua eterna rival já tem pronta a moto do ano que vem.

A HRC segue em Aragón amanhã e, se o tempo colaborar, vai testar amanhã na companhia de Yamaha, LCR, Gresini e Suzuki.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Novato em Spa-Francorchamps

Scott Redding terá uma experiência diferente na Bélgica, a terra natal da Marc VDS. Por um convite da BMW, o piloto vai pilotar uma BMW M3 GT4 na pista de Spa-Francorchamps. O evento com o atual líder da Moto2 acontecerá neste fim de semana.

Antes de assumir o carro em Spa, o piloto de 20 anos terá dois dias de treinamento com Martin Scheiff, um experiente instrutor, para se familiarizar com o carro e com as curvas do circuito de 7 km. A BMW M3 GT4 tem dois lugares e é usada em voltas rápidas no DTM.

Às vésperas do desafio no circuito belga, Scott admitiu que está ansioso e ressaltou que o carro, equipado com motor V8 e que pesa 1.430 kg, é bastante diferente da van que ele costuma dirigir.


Redding crê que será mais difícil aprender traçado de Spa de carro do que seria em uma moto (Foto: Marc VDS)
“A BMW Motorsport muito gentilmente me deu a oportunidade de guiar a BMW M3 GT4 em Spa e de forma alguma eu deixaria uma chance dessas passar”, disse Redding. “Para ser honesto, estou um pouco nervoso com tudo isso. O carro pesa quase nada e produz cerca de 420 bhp, então é bem diferente da van Caddy que eu normalmente dirijo. Mas não é só o carro. A pista tem certa reputação também”, lembrou.

“Eu visitei a pista para os 1000 km de Spa alguns anos atrás, quando nossa equipe de carros estava correndo lá, mas eu mesmo nunca pilotei no circuito”, explicou. “Com sete quilômetros, é uma pista muito maior do que qualquer pista em que corremos, então aprender o traçado será minha primeira prioridade. Não levo muito tempo para aprender a pista de moto, mas suspeito que será um pouco mais difícil atrás do volante de um carro, já que as linhas são completamente diferentes e o carro, em si, é umas dez vezes maior do que a minha moto da Moto2”, continuou.

“E aí tem a Raidillon...”, destacou.

Scott contou que em sua visita anterior ao traçado, achou a curva um pouco assustadora, mas espera que seja ainda pior quando estiver dentro do carro.

“Eu vi os carros da Marc VDS passando por lá em velocidade uns anos atrás e eu me lembro de pensar na época: ‘isso parece um pouco assustador’. Mas suspeito que vai parecer ainda mais assustador do banco da BMW M3 GT4 a 200 km/h”, comentou. “O fato de toda vez que eu digo para alguém que vou pilotar em Spa, eles cerrarem os dentes e sussurrarem ‘Le Raidillon’ também não ajuda muito os meus nervos”.”

“Eu conheço Martin Scheiff, que será meu instrutor no evento, então estarei em boas mãos, mas isso não o torna menos assustador”, explicou. “Dito isto, estou realmente ansioso para chegar lá e acelerar”, completou.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Graffiti (2)

Jorge Lorenzo colocou em leilão o ‘Graffiti’, capacete usado pelo piloto da Yamaha no GP da Catalunha. O modelo foi criado pelo piloto e seu tradicional designer em parceria com Anna Vives, uma catalã com síndrome de Down, que ficou conhecida por ter criado uma tipografia digital que funciona em qualquer tipo de programa de texto.

Além de ter trabalhado no design do casco, Anna integrou a equipe de Jorge durante o fim de semana e foi com ele para o pódio em Montmeló celebrar a vitória.

Lorenzo levou Anna Vives para o pódio e celebrou com ela (Foto: Bridgestone)
“A menina que fez o design do meu capacete, Anna Vives, é famosa na Espanha. Ela é um símbolo de que as pessoas com síndrome de Down são mais capazes do que algumas pessoas pensam”, declarou após a corrida. “Acho que ficou muito original e colorido, então fiquei muito honrado e feliz de tê-la no pódio comigo para dividir esta vitória”, finalizou.

Depois da prova, Lorenzo anunciou que o capacete foi colocado em leilão e o dinheiro arrecado com a venda será doado para a Fundació Itinerarium, uma organização que tem o objetivo de desenvolver projetos que melhorem o alcance e a qualidade dos projetos educativos e sociais para pessoas com síndrome de Down. O link para o leilão é este aqui.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Never give up??

Não foi só Jorge Lorenzo que preparou um capacete especial para a etapa da Catalunha do Mundial de Motovelocidade. Scott Redding também fez o dele, mas não por uma causa tão politicamente correta assim.

Redding exibiu novo capacete na casa de Espargaró (Foto: Marc VDS)
Líder do Mundial de Moto2 – e com 43 pontos de vantagem para Nico Terol, o segundo colocado –, o britânico decidiu ironizar Pol Espargaró, que recentemente afirmou que não temia o atraso em relação ao piloto da Marc VDS na classificação, uma vez que o companheiro de Mika Kallio “é instável”.

Já tem algum tempo que Espargaró exibe em seu capacete a expressão ‘Never give up’ (nunca desistir) e foi exatamente isso que Redding decidiu colocar em seu casco.

Graffiti

Jorge Lorenzo apresentou nesta sexta-feira (14) o capacete especial que vai utilizar no GP da Catalunha, disputado neste fim de semana no circuito de Montmeló. O que torna o casco ainda mais especial é o fato de ele ter sido desenhado por Anna Vives, uma jovem portadora da síndrome de Down.

A jovem catalã se tornou conhecida no ano passado após ter criado uma tipografia digital que funciona em qualquer tipo de programa de texto. O objetivo de Anna com a parceria com Lorenzo é lutar contra a discriminação e mostrar a capacidade das pessoas com síndrome de Down.

Lorenzo apresentou seu capacete especial nesta sexta-feira (Foto: Twitter/ Monster Energy)
Desde o início do ano, Anna trabalhou com Lorenzo e o tradicional designer dos capacetes do piloto para reunir todos os detalhes que o espanhol queria em seu capacete. Assim, estão retratados no capacete de Jorge suas memórias sobre o GP do Rio de Janeiro de 2003, quando ele conquistou sua primeira vitória no Mundial, um coração com a Mallorca, a terra natal do piloto, e outras mensagens escritas pela jovem.

“Estou muito contente com o resultado final e, acima de tudo, com a colaboração que tivemos com Anna”, destacou o piloto da Yamaha no evento desta sexta.

Além de seu envolvimento com o design do capacete, Anna seguirá integrando a equipe de Lorenzo ao longo do fim de semana. A catalã de 28 anos atenderá os convidados e fará o papel de relações públicas do bicampeão.

A tipografia de Anna, que pode ser baixada aqui, também será vista nas camisas do Barcelona. O time catalão vai usar o trabalho da jovem durante o Troféu Joan Gamper, uma competição amistosa internacional organizada pelo clube anualmente deste 1966.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

FC MotoGP

Com o time desfalcado por conta da Copa das Confederações, o Barcelona chamou reforços nesta quinta-feira (13). Ok, não é bem isso...

Como tradicionalmente acontece nos fins de semana de corrida, a MotoGP organizou um evento promocional e desta vez levou seus pilotos para uma partida de futebol no Camp Nou, o estádio do Barcelona.

Khairuddin e Salom participaram do jogo no Camp Nou (Foto: Ajo)
De acordo com o site oficial do time catalão, Marc Márquez foi escalado para substituir Messi, enquanto coube a Maverick Viñales a tarefa de ocupar o posto de Dani Alves.

No jogo no Camp Nou, pilotos da MotoGP enfrentaram os rivais de Moto2 e Moto3, mas apesar dos esforços dos novatos, foram os astros da classe rainha que venceram a partida. Andrea Dovizioso, Randy De Puniet, Marc Márquez e Stefan Bradl anotaram os gols pela divisão principal, com Pol Espargaró, Sandro Cortese e Xavier Simeón fazendo as honras da casa nas categorias de acesso.

Equipe da MotoGP venceu o jogo por 4 a 3 (Foto: Ajo)
A Barça TV registrou o confronto e preparou este vídeo aqui:

Senhores dos recordes


Algumas semanas após Marc Márquez tomar para si os recordes de piloto mais jovem a largar na pole e a vencer uma corrida, a Alpinestars conseguiu reunir o jovem espanhol com Freddie Spencer, dono da marca anterior.

‘Fast Freddie’, uma das lendas do esporte, se mostrou animado com as conquistas do jovem da Honda e admitiu que não esperava que seu recorde fosse perdurar por 31 anos.

A dupla conversou sobre as diferenças dos dois períodos do Mundial de Motovelocidade, e Márquez admitiu que se pilotasse uma das antigas motos de Spencer, com muito menos eletrônica do que os avançados protótipos de hoje, certamente sofreria uma forte queda.

O resultado deste encontro está neste vídeo aqui:


quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Olimpo do Motor

O Museu Olímpico de Barcelona inaugurou nesta quarta-feira (12) o espaço ‘O Olimpo do Motor’, que tem como meta registrar a bagagem cultural do motociclismo na Espanha. A nova área dedicada ao esporte a motor conta ainda com um espaço em homenagem a Marco Simoncelli, morto em outubro de 2011 após um grave acidente nas primeiras voltas do GP da Malásia.

Paolo e Rosella, pais de Simoncelli, participaram da apresentação do espaço (Foto: Fundació Barcelona Olímpica)

Nesta quarta, Paolo e Rosella, pais de Marco, estiveram no Museu participando da inauguração do espaço. Os familiares do piloto da Gresini cederam alguns objetos de Simoncelli, que ficarão expostos nos próximos anos.

Ao lado da família Simoncelli, Carmelo Ezpeleta, presidente da Dorna, a promotora do Mundial, também esteve no Museu, acompanhado por Marc Martín, um jornalista esportivo espanhol que é o idealizador da iniciativa, e Juli Pernas, diretor da Fundação Olímpica de Barcelona.

Pilotos e dirigentes do Mundial também estiveram presentes (Foto: Fundació Barcelona Olímpica)
Além deles, Marc e Álex Márquez, Toni Elías, Pol Espargaró, Julián Simón, Nico Terol, Emilio Alzamora, Albert Llovera, Álex Rins, Salvador Cañellas, Jordi Torres, Jakub Kornfeil e Joan Lascorz também participaram da inauguração do espaço.

O ‘Olimpo do Motor’ terá a exibição dos macacões de Cañellas, Álex Crivillé, Alzamora, Jorge Lorenzo, Simón, Elías, Marc Márquez e Simoncelli.

Macacão de Márquez também será exibido no museu (Foto: Fundació Barcelona Olímpica)
O espaço está localizado na sala multiuso do Museu Olímpico e do Esporte Joan Antoni Samaranch e será aberto ao público a partir desta quinta.
Pilotos deixaram recados para Simoncelli em um painel instalado no Museu (Foto: Fundació Barcelona Olímpica)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Adeus Indy?!

A MotoGP tem contrato com o circuito de Indianápolis até a temporada 2014, mas a prova do próximo dia 18 de agosto pode ser a última na região de Indiana. Em uma entrevista o site ‘Indy Star’, Mark Miles, presidente da empresa que administra a pista, afirmou que será necessário ter retorno financeiro para que o circuito continue a abrigar a categoria.

De acordo com a publicação, o contrato válido até 2014 tem uma cláusula que permitiria que Indianápolis abrisse mão de receber a prova na próxima temporada. Miles afirmou que segue comprometido com a MotoGP, mas reconheceu que a permanência da categoria está condicionada aos resultados deste ano.

Prova de 2013 pode ser a última no circuito de Indianápolis (Foto: LCR)
“Vamos fazer o máximo desta oportunidade”, disse Miles. “Nossa mentalidade agora é de seguirmos até 2014, mas nós vamos olhar para este ano e avaliar logo depois”, continuou o dirigente.

Segundo o dirigente, o problema não está na categoria, mas no pouco empenho de seu pessoal em promover a prova, uma vez que o foco principal é a divulgação das 500 Milhas de Indianápolis. A mesma coisa acontece com a Nascar, que registrou sua pior audiência no circuito desde 1994.

“Estou tentando mudar a forma como pensamos sobre a venda de ingressos e promoções”, comentou. “Ao invés de termos um preço fixo, nós precisamos do nosso pessoal (para apresentar ideias). Vamos tornar o dinheiro disponível.”

“Nós temos de mudar a mentalidade para tentarmos outras coisas e trazer mais pessoas”, concluiu.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Membro da Ordem da Austrália

Mesmo aposentado da MotoGP, Casey Stoner teve sua contribuição ao motociclismo australiano reconhecida nesta semana ao ser nomeado Membro da Ordem da Austrália, uma honraria criada em 14 de fevereiro de 1975 pela rainha Elizabeth II.

Stoner também dá nome a uma das curvas de Phillip Island (Foto: Repsol)
A Ordem da Austrália é uma honraria que oferece reconhecimento a um serviço realizado em determinada localidade ou área de atuação. O bicampeão da classe rainha do Mundial de Motovelocidade conquistou 41 títulos competindo em pistas de terra na Austrália, além de mais de 70 campeonatos estaduais entre os seis e os 14 anos.

Depois de se aposentar das duas rodas, Casey ingressou na Dunlop Series, uma categoria de acesso à V8 Supercars australiana. Além da Ordem da Austrália, o ex-piloto da Honda também teve seu talento reconhecido ao dar nome a uma das curvas do circuito de Phillip Island.

sábado, 8 de junho de 2013

Il Corsaro

Max Biaggi voltou a subir em um protótipo da MotoGP no fim da semana passada em um teste de dois dias com a Pramac. O italiano, que se aposentou no fim da temporada passada após conquistar seu segundo título no Mundial de Superbike, assumiu o posto de Ben Spies em um teste programado pela Ducati para dar sequência ao desenvolvimento da Desmosedici GP13.

Com Spies ainda fora de combate, por conta das lesões sofridas no ombro em um acidente ainda em 2012, Biaggi assumiu a moto do norte-americano para rodar na pista de Mugello na quinta e na sexta-feira. O clima, entretanto, não ajudou e reduziu o tempo de pista do italiano.


Biaggi trabalhou com a Pramac em Mugello por dois dias (Foto: Pramac)
Como normalmente acontece em treinos privados, nem Ducati, nem Pramac divulgaram os tempos de volta registrados no exercício, mas de acordo com o site italiano ‘GPOne’, Max cravou seu melhor giro em 1min52s1.

Para comparação, a melhor volta do GP da Itália, disputado no último dia 2 na pista da Toscana, foi registrada por Marc Márquez em 1min47s639. Ainda de acordo com a publicação italiana, Andrea Dovizioso anotou 1min48s2 no mesmo teste, usando a GP13 laboratório.

“Voltei a ser um piloto pela primeira vez em oito meses!”, comentou Biaggi. “Foi ótimo, porque este é um esporte que eu realmente amo e depois do que parece um longo tempo, foi uma ótima oportunidade pilotar uma moto da MotoGP”, continuou. 
 
Italiano assumiu a moto de Ben Spies na atividade (Foto: Pramac)
“Nas primeiras voltas eu realmente senti que estava afastado a oito anos, porque uma moto da MotoGP sempre tem uma reação imediata, e uma progressão que simplesmente não existe na Superbike”, comparou. “Também foi bom, pois estabeleci uma ótima sensação com as pessoas que foram designadas para trabalhar comigo neste teste, assim como quando eu comecei com a Aprilia em 2009. Houve uma sensação positiva entre todos nós, mesmo tendo sido apenas um único teste.”

“Gostaria de agradecer primeiro a Ducati e também a Pramac por esta oportunidade”, falou. “Nós tivemos um pouco de azar porque dos dois dias disponíveis, nós mais ou menos tivemos apenas um por causa da chuva, mas é melhor que nada. Não fizemos nenhum estrago e foi divertido!”, concluiu.

Segundo site italiano, Biaggi fez sua melhor volta em 1min52s1 (Foto: Pramac)
Francesco Guidotti, chefe da Pramac, também destacou a longa ausência de Biaggi na classe rainha do Mundial de Motovelocidade e ressaltou a diferença que existe em termos de equipamento desde a última vez em que o italiano guiou um protótipo. Max esteve no Mundial entre 1995 e 2005, correndo na classe rainha por oito temporadas, com protótipos Honda e Yamaha.

“Nós passamos o primeiro dia com Max tentando descobrir o máximo possível sobre a moto, pois, como dissemos, depois de oito anos sem pilotar uma moto da MotoGP, era claro que as memórias dele vinham de um longo tempo atrás!”, ponderou o dirigente. “As coisas mudaram muito desde aquela época, especialmente os pneus, mas provavelmente os freios de carbono foram os que mais o retardaram em seu processo de ganhar confiança com a moto”, avaliou.

“No segundo dia, entretanto, nós pudemos ver uma evolução desde a primeira vez que ele saiu com a moto. Talvez ele tenha refletido durante a noite sobre o que aconteceu na manhã anterior, já que ele não pilotou durante a tarde por conta do clima ruim”, opinou. “Acho que foi ótimo para ele testar conosco e para nós foi um grande prazer tê-lo no box outra vez!”, completou.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Concurso

A AGV lançou um concurso nesta quinta-feira (6) para escolher o desenho para o capacete que Andrea Iannone vai utilizar durante o GP de Indianápolis de MotoGP.


Quem tiver habilidades artísticas e tiver vontade de assinar o design do capacete de um piloto da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, precisa acessar o site da AGV até o dia 28 de junho e fazer o download do formulário e do arquivo com o projeto do ‘Pista GP’, o modelo do casco do italiano.

O projeto deve ser enviado para o e-mail info@agv.it até a meia noite de 28 de junho de 2013. A AGV e Iannone serão os responsáveis pela escolha do desenho vencedor. A votação levará em conta a originalidade e conexão do design com a MotoGP e o circuito de Indianápolis.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Unidos por um mundo melhor

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou nesta quarta-feira (5) Valentino Rossi como Embaixador do Meio Ambiente. Assim, o italiano se junta a um time formado no ano passado que conta com Marc Márquez, Laia Sanz, Takahisha Fujinami, Randy De Puniet e Ken Roczen.

De acordo com a FIM, o objetivo é usar esses pilotos para ajudar a espalhar a mensagem ambiental da entidade, inspirando os fãs de cada um deles.

Rossi passa a integrar time de pilotos que vão ajudar na causa ambiental (Foto: Yamaha)
“Em 2012, no Dia Mundial do Meio Ambiente, a FIM lançou o programa de Embaixadores do Meio Ambiente da FIM. A ideia é envolver pilotos top de diferentes disciplinas para passar adiante uma mensagem de sustentabilidade e tornar nosso público e fãs cientes da importância de respeitar o meio ambiente”, lembrou Vito Ippolito, presidente da FIM. “Os cinco embaixadores oficiais eram Marc Márquez, Randy De Puniet, Takahisha Fujinami, Laia Sanz e Ken Roczen. Estamos felizes em receber Valentino Rossi, uma lenda viva do nosso esporte, como membro deste time.”

“Com a ajuda e o envolvimento destes grandes pilotos, estamos confiantes de que a nossa mensagem ambiental será recebida pelos espectadores”, comentou.

O piloto, por sua vez, reconheceu a dificuldade de passar uma mensagem ambiental por meio do esporte a motor, mas disse que quer ajudar nessa tarefa. A participação de Rossi, aliás, inclui o envolvimento de seu fã-clube, que já participou de algumas ações durante o GP da Itália.

“Estou orgulhoso, honrado e feliz de ter sido nomeado um Embaixador do Meio Ambiente da FIM. Definitivamente, não é tão fácil espalhar uma mensagem ‘verde’ com o nosso esporte, mas a FIM, a Yamaha e todas as partes envolvidas nesta iniciativa nos ensina que não é impossível!”, destacou.

“Como piloto, eu quero me comprometer a ajudar o nosso mundo a dar um passo adiante em termos de sustentabilidade”, falou. “Vou desempenhar meu papel e vou ajudar as corridas de moto a se adaptarem às necessidades do meio ambiente”, completou.

Surpresa na Pramac

A Pramac confirmou na manhã desta quarta-feira (5) que Max Biaggi vai testar a Desmosedici GP13 em um exercício de dois dias no circuito de Mugello, na Itália. Desta forma, Biaggi se junta a Andrea Iannone, Andrea Dovizioso, Nicky Hayden e Michele Pirro no teste que a Ducati fará na pista da Toscana nesta quinta e sexta-feira.

Biaggi conquistou seu último título no Mundial de Superbike em 2012 (Foto: Superbike)

Tetracampeão do Mundial de 250cc e bicampeão da Superbike, o italiano vai assumir a moto de Ben Spies, que ainda se recupera de lesões no ombro, sofridas no ano passado. O norte-americano, aliás, tentou disputar a etapa de Mugello, mas acabou abandonado o GP depois do primeiro dia de treinos.

“Assim, a Pramac, junto com a Ducati, decidiu deixar Max testar a moto do texano, que já estava preparada para o teste”, disse a equipe em um comunicado. “No momento, esta é a extensão do acordo”, continuou, anunciando ainda que Pirro substituirá Spies no GP da Catalunha.

Um tanto quanto sugestiva esta última parte. Durante sua passagem pela MotoGP, Biaggi foi o grande inimigo de Valentino Rossi, a principal estrela do campeonato.

Apesar de Max ter abandonando as corridas no fim do ano passado após conquistar o título do Mundial de Superbike, o italiano já declarou algumas vezes que sua carreira chegou mesmo ao fim.

A Ducati vem trabalhando duro para tentar reverter a má fase e, enfim, conseguir acompanhar o ritmo de Honda e Yamaha. A gestão da Audi, que comprou a marca de Borgo Panigale no ano passado, parece ter ajudado, mas a moto vermelha ainda tem um longo caminho pela frente.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Uma boa causa

A Yamaha dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (4) que está leiloando um macacão de Cal Crutchlow. A renda obtida com o artigo será revertida para Feed the Children, uma ONG apoiada pela marca nipônica que vai ajudar as pessoas afetadas pelos recentes tornados em Oklahoma.

No último dia 20 de maio, um forte tornado deixou 24 mortos na região de Oklahoma City. Onze dias depois, outros tornados deixaram um total de 12 mortos em outros dois estados da região.

Crutchlow deu macacão para doar para ajudar vítimas de tornados (Foto: Tech3)

“Cal Crutchlow é um dos favoritos dos fãs aqui nos Estados Unidos, assim como em todo o mundo, e nós estamos muitos felizes por ele ter graciosamente doado seu macacão de couro Spidi para ajudar a prestar socorro às vítimas da terrível devastação que resultou dos tornados em Oklahoma”, disse Bob Starr, diretor-geral da comunicação da Yamaha norte-americana.

Além do macacão, o vencedor do leilão vai ganhar ingressos válidos para os três dias do GP dos Estados Unidos em Laguna Seca. O próprio piloto é quem fará a entrega do traje em um evento no fim de semana da corrida.

O leilão, que começou hoje pelo eBay, vai até o dia 11 de junho. O link é este aqui.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cadê o amor?

Ao que parece, durou apenas cinco provas o amor entre Dani Pedrosa e Marc Márquez. Depois de um fim de semana incrivelmente tumultuado para o estreante – com um forte acidente no segundo treino livre para o GP da Itália –, o atual campeão da Moto2 foi publicamente criticado por seu companheiro de equipe pela primeira vez.

Falando à ‘Catalunya Radio’ após o segundo lugar em Mugello, Pedrosa afirmou que foi uma surpresa o desempenho de Márquez na prova da Toscana, mas destacou que a equipe de Marc copiou seu acerto para a corrida de domingo.

Seguindo Pedrosa, Márquez aproveita para aprender mais umas coisinhas sobre a MotoGP (Foto: Repsol)
Durante a etapa de Mugello, Marc conseguiu acompanhar o ritmo de Dani o tempo todo e chegou a passar o companheiro nas voltas finais. Com três giros para o fim, entretanto, Márquez errou e caiu, abandonado a disputa.

“A corrida de Márquez foi surpreendente depois de ter caído tão forte na sexta. No sábado ele também não estava bem, mas sabemos que ele copiou bastante a configuração da nossa moto”, falou. “Deram a ele toda a informação que nós coletamos no sábado para melhorar a tração e acho que assim é mais fácil”, disparou.

Não é difícil de entender a posição de Pedrosa. Eles são companheiros de equipe, mas Márquez não pensaria duas vezes antes de ultrapassá-lo e tomar seu lugar no pódio. Como efetivamente aconteceu. De certa forma, Pedrosa acaba ‘trabalhando’ para seu maior inimigo.

Por outro lado, também não é difícil entender o lado de Márquez. O tombo de sexta-feira foi muito sério e ele ficou bastante dolorido, o que limitou seu trabalho na pista. Tendo as informações de Pedrosa liberadas, era um tanto quanto óbvio qual seria o lugar para onde recorrer.

Falando no acidente, que pode ser visto por meio de uma câmera de segurança do circuito, a Alpinestars, fabricante do macacão do espanhol, divulgou as informações coletadas dos sensores instalados no traje dele.

Segundo a marca, Márquez deixou a pista em uma velocidade de 337.9 km/h e sofreu vários fortes impactos na região das costas e dos ombros, além de ter machucado o queixo enquanto era arrastado pela grama da curva San Donato.

No gráfico divulgado pela Alpinestars, é possível ver o momento em que o airbag do macacão foi acionado e a intensidade dos impactos sofridos por Marc. De acordo com a empresa, o piloto pode ter sofrido com forças gravitacionais maiores que 25g, valor máximo medido pelo traje.

Para se ter um exemplo, um piloto de F1 enfrenta uma aceleração de até 5g ao fazer uma curva em alta velocidade, o que representa a ação de uma força cinco vezes maior que o peso do competidor.

sábado, 1 de junho de 2013

La Tarta del Mugello

Valentino Rossi tem uma antiga tradição de sempre preparar um capacete especial para o GP da Itália, realizado no circuito de Mugello. Embora não seja o traçado mais próximo de Tavullia, a cidade natal do multicampeão, o titular da Yamaha considera em prova na Toscana o seu GP de casa e, por isso, tem sempre algo especial preparado.


Depois de vários modelos incrivelmente populares – como o que estampou seu rosto –, desta vez Rossi resolveu rir da própria desgraça. O capacete preparado para Mugello tem uma tartaruga, que, nas palavras de Valentino, “é para ironizar sua velocidade atual”.

Além do bichinho e de seus cachorros (que aparecem na parte de trás do capacete), o casco traz ainda quatro bonequinhos, que representam Dani Pedrosa, Marc Márquez, Jorge Lorenzo e Rossi.

Valentino preparou um vídeo para explicar seu capacete. Para quem não fala italiano fica um pouco difícil de entender tudo, já que Rossi incorpora o Galvão Bueno em determinado ponto da explicação, mas tá tudo aqui ó: