quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eficiência japonesa

A Honda não participou da bateria de testes coletivos realizada na última segunda-feira (18) no circuito da Catalunha, mas foi para o Motorland de Aragón, onde pretendia testar a RC213V de 2014. Marc Márquez e Dani Pedrosa, entretanto, não conseguiram ir para a pista, por conta da chuva que atingiu a região de Alcañiz.

Já que os pilotos não podiam ir para a pista, foi Takeo Yokoyama quem garantiu as novidades do dia. O diretor-técnico da Honda aproveitou a oportunidade para apresentar a RC213V de 2014 e surpreendeu ao dizer que, caso os pilotos gostem do protótipo, poderão utilizar algumas peças dele já em Assen, a etapa da próxima semana.

Diretor-técnico da Honda apresentou moto de 2014 em Aragón (Foto: Honda)
“Este é o protótipo da máquina de 2014”, apresentou Yokoyama aos jornalistas. “É uma moto completamente nova, tanto em termos de motores quanto chassis. Nosso plano é testá-la para, eventualmente, fazer algumas mudanças antes do teste após Valência, em novembro”, explicou.

“De qualquer forma, se Dani e Marc encontrarem algo na moto que acham que é uma grande evolução em relação a atual RC213V, a HRC fará o seu melhor para entregar isso mais adiante nesta temporada, como fizemos no ano passado”, falou.

Para o ano que vem, as motos da MotoGP terão um limite de 20 litros de combustível, ao invés dos atuais 21. Falando ao site britânico ‘Motorcycle News’, Yokoyama explicou que o novo protótipo já atende a este regulamento.

“O motor tem de ser aplicado ao novo regulamento, que nos permite usar 20 litros. Você precisa de mais eficiência em termos de consumo de combustível e este motor foi feito para isso”, explicando que o novo sistema eletrônico da Magneti Marelli que será fornecido pela Dorna, a promotora do Mundial, ainda não está na moto que foi levada à Espanha. “Magneti Marelli ainda não está na moto, porque nós ainda estamos na primeira fase de trabalho nesta área”, justificou.

Honda priorizou maior potência e a entrega de potência da RCV de 2014 (Foto: Honda)
No desenvolvimento do motor, a Honda focou especialmente em mais potência e uma melhor entrega de potência. A marca nipônica adotou uma estratégia de testes semelhantes no ano passado, quando testou o protótipo de 2013 em um exercício em Mugello. Pedrosa gostou dos resultados e passou a usar a nova moto a partir de Laguna Seca.

Questionado pela publicação britânica se isso poderia acontecer este ano, o dirigente foi taxativo: “Absolutamente”.

“A moto é completamente nova e este é basicamente o nosso plano para 2014, mas no caso de o piloto realmente preferir o chassi ou o motor, essas partes podem ser usadas na moto atual. No caso do motor é mais difícil, por causa da alocação do motor, mas as partes do chassi, diria que isso é possível até mesmo em Assen”, ponderou.

“O nosso plano até o ano passado normalmente era sempre trazer o protótipo da nova moto no meio da temporada, como no teste de Brno ou o teste de Mugello no ano passado”, falou. “Mas neste ano não tem teste em Brno e o próximo teste será apenas em Misano, e, em nossa opinião, se esperarmos para testar a nova moto, poderia ser muito tarde.”

“Se trouxermos no meio da temporada, podemos modificar algumas coisas até o teste de Valência, e é o mesmo plano, então viemos para Aragón para colher algumas informações”, encerrou.

Mais uma vez, a Honda dá mostras de sua eficiência e poder econômico. Enquanto a Yamaha ainda luta para entregar o câmbio seamless, sua eterna rival já tem pronta a moto do ano que vem.

A HRC segue em Aragón amanhã e, se o tempo colaborar, vai testar amanhã na companhia de Yamaha, LCR, Gresini e Suzuki.

Um comentário:

  1. A Yamaha não luta pra entregar o cambio, a M1 é a mais amigável dos prototipos e a Yamaha só investiu tempo nesse cambio (ela esta ganhando de Honda e Ducati que tem) por causa dos insistentes pedidos do Lorenzo...

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