sábado, 8 de junho de 2013

Il Corsaro

Max Biaggi voltou a subir em um protótipo da MotoGP no fim da semana passada em um teste de dois dias com a Pramac. O italiano, que se aposentou no fim da temporada passada após conquistar seu segundo título no Mundial de Superbike, assumiu o posto de Ben Spies em um teste programado pela Ducati para dar sequência ao desenvolvimento da Desmosedici GP13.

Com Spies ainda fora de combate, por conta das lesões sofridas no ombro em um acidente ainda em 2012, Biaggi assumiu a moto do norte-americano para rodar na pista de Mugello na quinta e na sexta-feira. O clima, entretanto, não ajudou e reduziu o tempo de pista do italiano.


Biaggi trabalhou com a Pramac em Mugello por dois dias (Foto: Pramac)
Como normalmente acontece em treinos privados, nem Ducati, nem Pramac divulgaram os tempos de volta registrados no exercício, mas de acordo com o site italiano ‘GPOne’, Max cravou seu melhor giro em 1min52s1.

Para comparação, a melhor volta do GP da Itália, disputado no último dia 2 na pista da Toscana, foi registrada por Marc Márquez em 1min47s639. Ainda de acordo com a publicação italiana, Andrea Dovizioso anotou 1min48s2 no mesmo teste, usando a GP13 laboratório.

“Voltei a ser um piloto pela primeira vez em oito meses!”, comentou Biaggi. “Foi ótimo, porque este é um esporte que eu realmente amo e depois do que parece um longo tempo, foi uma ótima oportunidade pilotar uma moto da MotoGP”, continuou. 
 
Italiano assumiu a moto de Ben Spies na atividade (Foto: Pramac)
“Nas primeiras voltas eu realmente senti que estava afastado a oito anos, porque uma moto da MotoGP sempre tem uma reação imediata, e uma progressão que simplesmente não existe na Superbike”, comparou. “Também foi bom, pois estabeleci uma ótima sensação com as pessoas que foram designadas para trabalhar comigo neste teste, assim como quando eu comecei com a Aprilia em 2009. Houve uma sensação positiva entre todos nós, mesmo tendo sido apenas um único teste.”

“Gostaria de agradecer primeiro a Ducati e também a Pramac por esta oportunidade”, falou. “Nós tivemos um pouco de azar porque dos dois dias disponíveis, nós mais ou menos tivemos apenas um por causa da chuva, mas é melhor que nada. Não fizemos nenhum estrago e foi divertido!”, concluiu.

Segundo site italiano, Biaggi fez sua melhor volta em 1min52s1 (Foto: Pramac)
Francesco Guidotti, chefe da Pramac, também destacou a longa ausência de Biaggi na classe rainha do Mundial de Motovelocidade e ressaltou a diferença que existe em termos de equipamento desde a última vez em que o italiano guiou um protótipo. Max esteve no Mundial entre 1995 e 2005, correndo na classe rainha por oito temporadas, com protótipos Honda e Yamaha.

“Nós passamos o primeiro dia com Max tentando descobrir o máximo possível sobre a moto, pois, como dissemos, depois de oito anos sem pilotar uma moto da MotoGP, era claro que as memórias dele vinham de um longo tempo atrás!”, ponderou o dirigente. “As coisas mudaram muito desde aquela época, especialmente os pneus, mas provavelmente os freios de carbono foram os que mais o retardaram em seu processo de ganhar confiança com a moto”, avaliou.

“No segundo dia, entretanto, nós pudemos ver uma evolução desde a primeira vez que ele saiu com a moto. Talvez ele tenha refletido durante a noite sobre o que aconteceu na manhã anterior, já que ele não pilotou durante a tarde por conta do clima ruim”, opinou. “Acho que foi ótimo para ele testar conosco e para nós foi um grande prazer tê-lo no box outra vez!”, completou.

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