Em uma entrevista à emissora de rádio ‘COPE’, Lorenzo explicou que a presença de algumas mulheres na piscina de sua casa foi uma opção da fabricante de energéticos e que as peças de presunto que foram exibidas no vídeo nunca estiveram em sua casa.
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As meninas da Monster estão presentes em todas as etapas do Mundial (Foto: Yamaha) |
“As meninas que aparecem na piscina são funcionárias da Monster e os presuntos na cozinha nunca estiveram lá. Na verdade, eles não são dessa filmagem”, explicou.
Além disso, o piloto da Yamaha relata que o vídeo foi colocado no Youtube sem que ele tivesse aprovado o material. “Ele se tornou público sem o meu consentimento e, apesar de a Monster ter me pedido desculpas cem vezes, a verdade é que eu deveria ser mais cuidadoso com alguns detalhes”.
O piloto também manifestou sua surpresa com a reação dos espanhóis, que foram os criadores da polêmica em torno do vídeo. “Foi só na Espanha que recebemos algumas críticas duras e ácidas, pois em todo o resto do mundo, especialmente nos 80% de tuítes que pude ler, todo mundo me apoiou e viu com bons olhos que eu tenha mostrado o fruto de uma vida dedicada ao treinamento, às corridas e a minha profissão”, avaliou.
“A exibição deste vídeo na Espanha não foi interpretada como um exemplo para os jovens, como algo positivo, como uma prova de que com sacrifício, motivação, perseverança e determinação você pode ter êxito e conquistar seus objetivos”, continuou.
Também, Jorge explicou que aceitou fazer o vídeo já que o convite partiu de um amigo produtor da TV norte-americana e reconheceu que seu erro foi não ter supervisionado o processo de montagem, edição e publicação da peça.
“No resto do mundo, especialmente nos Estados Unidos, que era o público ao qual o vídeo era dirigido, o vídeo foi elogiado como algo positivo, como resultado de uma vida dedicada ao trabalho, o prêmio por uma vida de sacrifícios”, frisou. “Não roubei ninguém e tudo que tenho eu ganhei da maneira mais difícil, incluindo arriscando a vida em algumas ocasiões. Me sinto orgulhoso de tudo que consegui”, completou.
Ao site ‘Vanitatis’, o assessor de imprensa de Lorenzo, Héctor Martín, falou sobre o assunto e classificou o vídeo como “um erro da Monster”, embora também tenha assumido sua parcela de culpa “já que aceitamos a proposta”.
O assessor ainda rebateu as acusações de que as mulheres que apareceram na casa do piloto eram garotas de programa. “Não são prostitutas, são grid girls que ficam com os pilotos”.
“Publicaram o vídeo sem que nós víssemos o resultado final. As imagens foram divulgadas sem a nossa aprovação e tem coisas que mostram que não são assim”, declarou Héctor. “Os presuntos não são dele, os colocaram lá como parte dos adereços da Monster”.
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Pessoalmente, acho que essa polêmica toda um tanto hipócrita. Claro, as meninas na piscina eram desnecessárias, mas eu nunca vi ninguém reclamar das grid girls com roupas coladas e decotes imensos nos autódromos mundo a fora. E são as mesmas meninas.
Também é um pouco ridículo criticar o cara pelo que ele gastou na casa dele. O que esperar de um bicampeão da MotoGP? Que ele more em uma kitnet ou em uma casa de pau a pique?
As imagens das peças de presunto, aliás, eram claramente montagem. Mas, ainda que tivesse sido uma montagem cinematográfica, quem teria tudo aquilo em casa? Ainda mais um cara que tem uma alimentação super regrada e em uma casa onde ele não vive – ele mora em Lugano, na Suíça.
Lorenzo e seu assessor comentaram que este tipo de vídeo é característico da Monster e do mercado norte-americano. Em uma pesquisa rápida no Youtube encontrei um exemplo claro disso.
A visita da vez foi à casa de Jeremy McGrath, um dos astros do motocross/supercross nos Estados Unidos. Desta vez a Monster não teve a ideia brilhante de encher a casa do cara com mulheres de biquíni, mas ele é casado e tem duas filhas. Seria meio difícil encontrar alguém que achasse isso bacana.
No fim das contas, é fato que a presença das moças não caiu muito bem, mas não vejo motivo para toda a indignação dos espanhóis. Em relação à casa dele, tenho certeza que qualquer um com um faturamento semelhante faria o mesmo. Ou ainda mais.
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