quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Plantar cara a los hombres

Laia Sanz é uma máquina de competir. Depois de conquistar seu 15º título em 2013 – 13 de Trial e dois de Enduro –, a espanhola se prepara para encarar seu quarto Rali Dakar e, desta vez, contando com equipamento Honda.

Correndo com as cores da KH-7, uma marca de produtos de limpeza da Espanha, Laia terá nas mãos uma CRF450 Rally, um protótipo muito similar àqueles que serão guiados pelos pilotos do time oficial da HRC na competição. A moto, que supera os 170 km/h de velocidade máxima, tem 56 cv de potência e pesa 140 kg.

Para 2014, a meta da piloto de Corbera del Llobregat é ser a primeira mulher na classificação e finalizar a disputa entre os 25 primeiros colocados.

Sanz terá uma CRF450 Rally na edição 2014 do Dakar (Foto: Divulgação)
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O ano espetacular de Sanz veio após uma recuperação de várias lesões sofridas em 2012. Nesta temporada, a piloto decidiu romper com sua antiga equipe – Gas Gas – e encarou o restante de seus compromissos sem o apoio de uma fábrica.

“Seguramente, 2013 foi meu melhor ano. Pelos resultados, poderíamos dizer que foi um ano perfeito, mas também foi muito difícil”, comentou Laia, que ainda conquistou três medalhas de ouro nos X-Games.

Além de recompensar o apoio da HRC, Laia mira deixar para trás as difíceis experiências da edição deste ano, onde problemas mecânicos quase a forçaram a abandonar a disputa. Brigando para fechar o Dakar entre os 30 melhores, Sanz precisou ser rebocada por seu mochileiro por mais de 400 km.

Ainda assim, a multicampeã conseguiu reagir e recuperou impressionantes 100 posições na 11ª etapa do rali, quando partiu na 125ª posição e fechou em 25ª. Na classificação final, Laia ficou com o 93º posto.

“Apesar de não ter sido culpa minha, a experiência do passado foi muito dura e serviu para conhecer o autêntico Dakar”, ressaltou. “Também é positivo viver esse outro lado da prova e, apesar do resultado final, posso dizer que foi meu melhor Dakar”, avaliou.

“Eu nunca antes tinha tido uma moto tão competitiva no Dakar. É verdade que o piloto conta muito, mas é básico ter uma boa moto. Me sinto sortuda por enfrentar este rali com uma máquina assim e ter o apoio da KH-7, sem a qual nada disso seria possível”, frisou. “Nos primeiros dias do último Dakar eu fui melhor do que esperava, o que me serviu para ganhar confiança e mostrar a mim mesma que eu sou capaz de fazer um bom papel”, recordou.

Troféu é uma coisa que não falta na casa de Laia Sanz (Foto: Divulgação)
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“Esta vez o objetivo é, principalmente, terminar, tarefa que não será nada fácil. Mais do que fazer um bom resultado em uma etapa pontual, o que me importa é a geral e coloco como meta lutar com os homens para me classificar entre os 25 ou 30 primeiros no final”, avisou.

Para este ano, a organização do Dakar preparou algumas mudanças no percurso da prova, que inclui a separação de carros e motos em alguns trechos da disputa. Ao todo, os pilotos vão percorrer 9 mil km entre Argentina, Bolívia e Chile, 5 mil deles cronometrados.

“A organização preparou etapas maiores e mais difíceis que em outras edições”, ponderou. “Durante cinco etapas, vão nos separar completamente dos carros, por isso suspeito que farão as motos passarem por lugares muito técnicos e complicados. Tenho certeza que será um Dakar muito seletivo, que me obrigará a estar muito atenta e concentrada desde o primeiro dia”, concluiu a 39ª colocada nas edições de 2011 e 2012.

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