quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Open

A Ducati ainda não encontrou uma maneira de bater Honda e Yamaha, mas está disposta a seguir tentando. Em entrevista ao site italiano ‘GPOne’, Andrea Dovizioso confirmou que o time de Borgo Panigale está disposto a perder o status de time de fábrica e correr na classe Open.

A partir do próximo ano, a MotoGP aposenta as CRT e coloca no grid a nova categoria Open, uma subdivisão onde os protótipos obrigatoriamente utilizam hardware e software Magneti Marelli, tanque de combustível com capacidade máxima para 24 litros e 12 motores por temporada.

Ducati venceu pela última vez na MotoGP em 2010, quando Casey Stoner subiu no topo do pódio no GP da Austrália (Foto: Ducati)
Nos protótipos da MSMA, a Associação dos Fabricantes de Motocicletas Esportivas, o tanque de combustível tem capacidade para 20 litros, com um limite de seis motores por ano. Além disso, as equipes de fábrica podem usar software próprio.

De acordo com Dovizioso, a Ducati ainda não decidiu que rumo seguir, mas os testes da Malásia serão decisivos para esta escolha.

“Não teve nenhuma definição, mas é assim: em Sepang, depois de testarmos, vamos decidir que caminho tomar”, explicou Andrea.

O piloto, entretanto, disse que só poderá opinar sobre a mudança após testar a moto e lembrou que nos exercícios realizados em Jerez de la Frontera, quando Yonny Hernández estreou a versão Open da fábrica de Bolonha, as novas motos e os protótipos  de fábrica tiveram uma performance semelhante.

“Em Jerez, na verdade, a diferença entre fábrica e Open foi mínima”, apontou. “Eles também disseram que a resposta do motor muda com quatro litros a mais de gasolina, mas como?”, questionou. “Temos de testar e ver se há alguma mudança positiva. Sem testar, não podemos discutir.”

Se for confirmada, a mudança para a classe Open pode ser uma bela arma da Ducati, já que além de contar com um tanque de combustível maior e mais motores por temporada, o time vermelho também escaparia do congelamento dos propulsores, ganhando a chance de avançar em seu desenvolvimento, agora comandado por Gigi Dall’Igna.

Outro ponto atrativo para a mudança da Ducati é o fato de a MotoGP caminhar rumo a configuração Open. Para reduzir os custos e aumentar o número de motos competitivas no grid, o Mundial considera a possibilidade de usar um software padrão, algo que seguidamente é rejeitado pela Honda. Caso a proposta seja aceita, a Ducati teria uma grande margem em relação às rivais.

A primeira bateria de testes da pré-temporada 2014 acontece entre os dias 4 e 6 de fevereiro no circuito de Sepang.

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