sábado, 31 de agosto de 2013

Inigualável

Marc Márquez não precisa fazer mais nada para dar seu nome a um capítulo nos livros da MotoGP. Mais jovem vencedor da história do Mundial, o piloto da Honda caminha a passos largos para conquistar o título da classe rainha em sua primeira tentativa.

Ainda assim, o espanhol aparece com algo novo a cada fim de semana. Neste sábado (31), por exemplo, mesmo com a RC213V escorregando, Marc superou uma volta excepcional cravada por Jorge Lorenzo e arrematou a pole em Silverstone – a quinta dele na temporada. O piloto da Yamaha anotou 2min00s819 em seu melhor giro, mas perdeu a posição de honra no grid quando o companheiro de Dani Pedrosa cravou 2min00s691 já no fim da sessão.
Rossi elogiou atuação de Márquez em Silverstone (Foto: Repsol)
O desempenho de Márquez, de novo, chamou a atenção, especialmente de seus rivais. Também encantado com a atuação do estreante em 2013, Valentino Rossi destacou a mentalidade de Marc em seu ano de estreia e declarou que nunca viu um novato como o jovem de Cervera.

“Sinceramente, o que Márquez está fazendo este ano é muito impressionante”, comentou o multicampeão. “Márquez começou com a ideia de vencer o campeonato. Em 2000, quando eu era um novato, eu não comecei para vencer, pois eu pensava que na primeira temporada era impossível”, contou.

“Mas Marc chegou com a ideia de vencer na primeira temporada e, sinceramente, eu nunca vi nenhum novato como ele em nenhum esporte a motor que eu conheço”, declarou.

Valentino também comentou a performance do líder do Mundial no treino classificatório e ressaltou que o desempenho dele é mais uma mostra do quanto será difícil bater o estreante.

“Quando você faz uma volta em 2min00s8 e fica em segundo, é um pouco frustrante e Jorge certamente não gosta que Marc chegue na frente”, ponderou. “Mas eu acho que Jorge tem um bom ritmo para amanhã e nós esperamos melhorias na moto. A Honda é um pouco melhor, mas 00s8 de Jorge é impressionante, porém um 00s6 de um novato na primeira vez que ele pilota uma moto da MotoGP nesta pista é algo ainda mais impressionante”, concluiu.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Confirmado

A Gresini anunciou nesta quinta-feira (29) a contratação de Scott Redding por duas temporadas. Líder do Mundial de Moto2, o britânico será companheiro de Álvaro Bautista no próximo ano, mas, ao contrário do espanhol, que conta com uma RC213V, vai guiar uma RCV1000R, a versão de produção do protótipo da Honda.

Fausto Gresini, dono do time que carrega seu sobrenome, comemorou a contratação do britânico e elogiou o estilo de pilotagem do atual piloto da Marc VDS.

Redding vai pilotar pela Gresini na próxima temporada da MotoGP (Foto: Marc VDS)
“Estou muito feliz em poder trabalhar com um jovem talento como Scott Redding”, declarou Gresini. “Nós assinamos um contrato de dois anos com a clara meta de construir um projeto ambicioso que deve vê-lo se desenvolver e ser levado ao pináculo da MotoGP”, continuou.

“Scott já mostrou que tem muita qualidade e, por isso, estamos orgulhosos de recebê-lo em nosso time”, comemorou. “Mal podemos esperar para começar a trabalhar com ele. Seu estilo de pilotagem é ótimo de assistir, assim como sua abordagem às corridas”, completou.

Redding, por sua vez, comemorou a oportunidade na experiente equipe Gresini, mas destacou que sua meta agora é conquistar o título da Moto2 para recompensar Marc van der Straten pelo apoio que recebeu nos últimos quatro anos.

“Estou ansioso pelo desafio na MotoGP na próxima temporada”, comentou Scott. “Vou correr ao lado dos melhores pilotos do mundo a bordo de uma Honda RCV1000R novinha, então já sei como será íngreme a curva de aprendizado. É por isso que para mim era tão importante dar este passo com uma equipe experiente e tem poucas equipes mais experientes que a Gresini no paddock da MotoGP”, seguiu.

“Mas o meu foco agora é vencer o título da Moto2 para Marc van der Straten, pois sem o apoio dele nessas últimas quatro temporadas, eu nem teria essa oportunidade de subir para a classe rainha”, reconheceu.

Na semana passada, a Marc VDS anunciou a contratação de Tito Rabat para a vaga de Redding nas próximas duas temporadas da Moto2, que serão seu quarto e quinto ano na divisão intermediária do Mundial.

Brasília

Acontece neste fim de semana, mais precisamente no domingo (1 de setembro), a apresentação do projeto brasileiro para receber o Mundial de Motovelocidade no Autódromo de Brasília aos integrantes da Comissão de Segurança da MotoGP. O encontro vai acontecer em Silverstone, palco da etapa deste fim de semana.

A Comitiva do Governo do Distrito Federal que vai para a Inglaterra é formada pelo governador Agnelo Queiroz, pelo secretario de Comunicação, Ugo Braga, pelo secretário de Esportes, Júlio Ribeiro, e pelo secretário de Assuntos Internacionais, Odilon Frazão, além do presidente da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Firmo Alves, e do presidente da FMDF (Federação de Motociclismo do Distrito Federal), Carlos Senise. Os brasileiros irão se encontrar com o presidente da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Vito Ippolito, e o diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta, para apresentar o projeto de reforma da pista brasiliense.

FMDF divulgou imagem do projeto para a reforma do circuito de Brasília (Foto: Divulgação)
Antes de embarcar rumo à Inglaterra, Senise divulgou uma imagem do projeto do autódromo com as modificações previstas para que ele seja homologado pela FIM. De acordo com o dirigente da FMDF, o novo autódromo contará com três circuitos e duas áreas de boxes, uma em padrão internacional que será localizada na Reta do Militar, e outra na Curva do Sol, e ambas poderão ser utilizadas simultaneamente. Os três traçados terão sentido anti-horário.

De acordo com Senise, nesta fase do processo, será analisado o novo traçado, especialmente no quesito segurança, com uma simulação de acidentes em uma corrida virtual.

Em entrevista à revista britânica ‘Motorcycle News’, Ezpeleta voltou a explicar que se o projeto brasileiro for aprovado pela Comissão de Segurança, os trabalhos para reformar a pista começarão imediatamente.

Ezpeleta deu um capacete autógrafado por Márquez para o governador do DF (Foto: Roberto Castro/GDF)
"O circuito de Brasília é muito velho e hoje nós não poderíamos utilizá-lo, mas tem um projeto para melhorá-lo”, contou. “O circuito fica dentro da cidade e é muito próximo do estádio onde eles abriram a Copa das Confederações e onde serão disputadas algumas partidas da Copa do Mundo em junho próximo”, continuou.

“O estádio comporta 65 mil pessoas e tem uma arena para basquete e outros esportes, e tem o circuito. Mas o circuito hoje tem 6 km e a pista final terá pouco mais de 4 km”, detalhou. “As pessoas do projeto brasileiro e o governador de Brasília virão para Silverstone para falar com a Comissão de Segurança. Se o projeto for aceito, então eles vão abrir a licitação para fazer os trabalhos logo após Silverstone.”

“Se tudo correr bem, eles podem começar os trabalhos em dezembro e, se fizerem isso, então a pista estará finalizada em maio e a nossa ideia é fazer a corrida na segunda metade da temporada 2014”, reforçou.

Ezpeleta esteve no Brasil recentemente, quando anunciou o projeto para trazer a MotoGP de volta ao país. O dirigente da Dorna, promotora do Mundial, ressaltou na época que a corrida no Brasil é um antigo desejo da categoria e uma vontade das montadoras, que estão de olho no mercado nacional.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

19

Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, esteve no Brasil recentemente para anunciar o possível retorno do Mundial de Motovelocidade ao país. Caso o autódromo de Brasília – que deve ser reformado – consiga a homologação máxima da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), o GP do Brasil voltará a figurar no calendário do campeonato já no segundo semestre do próximo ano.

A entrada do Brasil, entretanto, não significa que o Mundial terá 20 etapas. A programação da MotoGP neste ano conta com 18 provas e mais uma já está confirmada para 2014: o GP da Argentina. Assim, um dos atuais circuitos deve deixar o calendário.

Laguna Seca não renovou contrato e pode deixar calendário da MotoGP (Foto: Red Bull/ Gepa Pictures)
No último fim de semana, em Brno, Ezpeleta falou com a emissora espanhola ‘Telecinco’ e confirmou que o calendário de 2014 terá apenas 19 etapas, contando as atuais quatro provas na Espanha, além das duas na América do Sul.

Inicialmente, alguns rumores indicavam que o circuito de Valência pudesse dar lugar ao de Brasília, mas a prova da Comunidade Valenciana tem contrato com a Dorna até 2016. Além disso, Ezpeleta garantiu que se as quatro etapas espanholas – Valência, Aragón, Jerez e Barcelona – quiserem seguir no calendário, seus lugares estão garantidos.

Assim, tudo leva a crer que será Laguna Seca que ficará de fora da programação. O belo circuito californiano ainda não renovou seu contrato com a empresa da Espanha e a queda no número que espectadores – que ficou em 15% neste ano em relação aos números de 2012 – é mais um indício da saída do GP dos Estados Unidos.

A prova em Indianápolis esteve ameaçada, mas dias atrás a corrida foi confirmada para mais um ano, com planos de estender o contrato ainda mais. Os pilotos pedem que a pista seja completamente recapeada, para que as ondulações sejam eliminadas e o circuito passe a ter um único tipo de asfalto, ao invés dos três atuais.

Os proprietários do circuito de Indiana não tinham planos de recapear o traçado, mas a possibilidade de usar a pista para outras corridas – uma etapa da Indy no início de maio e uma da United SportsCar, fusão da Grand-Am com a ALMS, no fim de junho ou em setembro, – tornaram essa possibilidade real. Caso as três provas sejam confirmadas no circuito, Indianápolis terá em 2014 três provas no circuito misto, com apenas duas no oval.

A terceira prova nos Estados Unidos é no novo circuito de Austin, que entrou com sucesso no calendário do Mundial e deve permanecer por um longo tempo. A programação provisória do Mundial deve ser publicado em Misano.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fórmula secreta

A passagem da MotoGP pela República Tcheca mostrou mais uma vez que será difícil parar Marc Márquez. O jovem espanhol segurou Dani Pedrosa e bateu Jorge Lorenzo em Brno para garantir seu quinto triunfo no ano – o quarto seguido na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

No pódio em dez das 11 corridas disputadas até aqui, Márquez soma 26 pontos e lidera a disputa pelo título de 2013. Com tal desempenho, os adversários agora se questionam sobre qual a melhor forma de parar o espanhol, mas Valentino Rossi já encontrou a solução.

Márquez pode bater uma marca de Rossi já no GP da Inglaterra (Foto: Repsol)
"A coisa mais impressionante é que ele esteve no pódio em dez dos 11 GPs e, no único em que não esteve, em Mugello, foi só por causa de um erro trivial quando rodava em segundo", disse Rossi ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’.

"Como você pode bater Marc? Talvez ele decida mudar de esporte, talvez ir para a F1", brincou. "Mas, sério, ele e a Honda estão provando que são um par invencível. Talvez mais fortes do que o pacote Pedrosa-Honda, mas eu não sei o quão mais forte. No fim, até mesmo Pedrosa teve de se render", comentou.

Já acostumado a quebrar recordes por sua precocidade, Marc tomou para si mais algumas marcas neste fim de semana. Com 20 anos e 189 dias, o piloto de Cervera é o mais jovem em toda a história do Mundial – que está em sua 65ª temporada – a somar quatro triunfos consecutivos. Até então, o recorde pertencia a Mike Hailwood, que em 1962 venceu as etapas de Assen, Spa-Francorchamps, Belfast e Sachsenring aos 22 anos e 139 dias.

Além disso, Márquez é também o estreante com maior número de vitórias em sua primeira temporada na classe rainha do Mundial. Até aqui, nenhum novato tinha vencido cinco provas em seu primeiro. Kenny Roberts (pai), por exemplo, garantiu o título em 1978, seu primeiro ano nas 500cc, mas o fez com quatro conquistas – Salzburgring, Nogaro, Mugello e Silverstone.

No próximo fim de semana, aliás, Márquez terá a chance de igualar uma marca de Rossi. Em 2008, o italiano se tornou o único piloto da história a conseguir uma marca de cinco triunfos seguidos – Laguna Seca, Brno, Misano, Indianápolis e Motegi – e pode ver o piloto da Honda repetir seu feito em Silverstone.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Próximo passo

Nakagami teve ótima atuação em Indy (Foto: Italtrans)
Pol Espargaró já tem seu passaporte para a MotoGP carimbado e Scott Redding deve anunciar nos próximos dias sua mudança para a categoria rainha do Mundial de Motovelocidade – provavelmente com uma versão de produção da RC213V na Gresini. Os dois, entretanto, podem não ser os únicos a dar o salto da Moto2 para a MotoGP.

De acordo com a revista espanhola ‘Motociclismo’, Takaaki Nakagami também pode chegar à divisão principal no próximo ano em uma equipe chefiada por Tadayuki Okada. O ex-piloto é chefe da Team Asia, uma equipe que estreou na Moto2 nesta temporada com a meta de formar pilotos nipônicos.

Segundo a publicação espanhola, Okana poderia usar na MotoGP a mesma estrutura que tem com a Moriwaki na categoria intermediária ou até manter as duas equipes para formar um novo piloto. A ‘Motociclismo’ afirma que Nakagami contaria com uma das motos derivadas da RC213V que estão sendo produzidas pela Honda.

Caso a promoção de Nakagami seja confirmada, três das cinco motos que serão disponibilizadas pela fábrica de Hamamatsu já têm destino: uma na Gresini, uma na AB com Karel Abraham e a essa terceira com o atual piloto da Italtrans. Uma quarta moto poderia ir para a LCR nas mãos de Nicky Hayden, mas o time de Lucio Cecchinello ainda tem de fechar seu orçamento para o próximo ano.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Eu quero!

Não é segredo para ninguém que a Espanha é hoje a maior força do motociclismo. O Mundial de Motovelocidade está aí todo fim de semana esfregando isso na cara da gente.

Aproveitando a adoração dos espanhóis pela MotoGP, Altaya colocou nas bancas da Espanha a coleção ‘Os melhores capacetes da MotoGP’. São 17 fascículos com miniaturas feitas em ABS, um termoplástico rígido e leve, em escala 1/5.

Entre os capacetes que integram a coleção, estão os cascos de Valentino Rossi (1999 e 2009), Jorge Lorenzo (2012), Marc Márquez (2012), Dani Pedrosa (2012), Mick Doohan (1998), Kevin Schwantz (1993), Casey Stoner (2011), Max Biaggi (1996), Nicky Hayden (2006), Alex Crivillé (1999), Loris Capirossi (2011), Wayne Rainey (1993), Marco Simoncelli, Ben Spies, Marco Melandri e Sete Gibernau.

Cada fascículo é acompanhado por uma revista que conta a história do piloto, da moto e do capacete.

A Altaya tem umas coleções bem legais, inclusive uma com as réplicas de todas as motos do Valentino Rossi. Pena que essas coisas não chegam nas bancas daqui.

Em alta

O anúncio feito pela Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, na última segunda-feira (19) sobre o possível retorno do campeonato ao país, é mais um reflexo do bom momento do Brasil. Em meio a uma crise econômica nos países da Europa, a América do Sul se tornou um mercado atrativo e a presença dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo em território brasileiro só fizeram ampliar essa atratividade.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no Autódromo Nelson Piquet, em Brasília, Carmelo Ezpeleta anunciou que a MotoGP voltará a ter uma etapa no país desde que o circuito brasiliense consiga a homologação da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). Caso a reforma efetivamente saia do papel, será a segunda etapa na América do Sul, já que a Argentina garantiu seu direito de sediar o Mundial com uma ampla reforma em Termas de Río Hondo.

Ezpeleta se reuniu com governador do DF na última segunda-feira no Autódromo de Brasília (Foto: Divulgação)
O diretor-executivo da Dorna esteve no autódromo acompanhado pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, além de Firmo Henrique Alves, presidente da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) e Carlos Augusto Senise, presidente da Federação de Motociclismo do DF.

Durante a visita, Ezpeleta explicou que a proposta das autoridades brasileiras e do promotor local, a IMX, será apresentada na próxima reunião da Comissão de Segurança, que vai se reunir em Silverstone no início do próximo mês, e, se aprovada, as obras no circuito brasiliense serão iniciadas. A meta é concluir os trabalhos de reforma em abril ou maio do próximo ano e então iniciar a fase de homologação da FIM. Tudo correndo dentro do previsto, o GP do Brasil será realizado no segundo semestre de 2014.

Falando à imprensa durante o evento, Ezpeleta destacou que o retorno ao Brasil era um desejo antigo da MotoGP, mas a falta de condições de segurança nos autódromos impediram a realização da etapa. A última vez que o Mundial esteve por aqui foi em 2004, antes de parte do circuito de Jacarepaguá ter sido destruído para dar lugar ao Complexo Esportivo Cidade dos Esportes, que compreendia a Arena Olímpica do Rio (que hoje quase não recebe modalidades esportivas), o Parque Aquático Maria Lenk (que tem de ser reformado para as Olimpíadas) e o Velódromo da Barra (que foi destruído).

“O Brasil é um dos mercados de motocicletas mais importantes do mundo”, comentou Ezpeleta. “Fica na América do Sul, então o horário é muito bom para a cobertura televisiva, tem sido um desejo de toda a família da MotoGP por muitos anos e é um assunto importante para nós. Até então, era impossível, pois, como todos sabem, a coisa mais importante para nós é a segurança”, ressaltou.

O chefe da Dorna se mostrou animado com o projeto brasileiro e ressaltou que o país ganhou ainda mais visibilidade com a presença desses grandes eventos internacionais.

“Acho que é realmente fantástico. É um projeto importante para nós”, frisou. “No momento, o Brasil está envolvido em muitos grandes projetos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, então também é muito importante para eles – não só para o Governo Federal, mas também para a promotora IMX, que é uma das empresas mais importantes do mundo e, é claro, a mais importante da América do Sul. Eles estão comprometidos em fazer um trabalho fantástico”, concluiu Carmelo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Voltamos?!

Aconteceu nesta segunda-feira (19) uma reunião entre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, para acertar o retorno do campeonato ao Brasil. A meta é realizar a prova no segundo semestre de 2014 no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília.

Como tudo na vida, é claro que existe um porém. A pista de Brasília só vai receber as motos se tiver a homologação máxima da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). Para isso, o autódromo precisará passar por uma mega reforma, já que desde sua construção, nos anos 70, nada foi feito por lá.

Ezpeleta deu de presente para o governador do DF os capacetes de Álex e Marc Márquez (Foto: Roberto Castro/GDF)
“Brasília avançou bastante nas tratativas e estamos a um passo de ter a nossa capital e o Brasil sediando esse evento”, declarou Queiroz em uma coletiva realizada nesta tarde. “Estamos muito otimistas com essa possibilidade de realizar a prova âncora que colocará Brasília no circuito dos grandes eventos”, continuou.

Em nota, o governo do DF explicou que o projeto da pista será feito pela própria FIM e então doado ao GDF, que terá a missão de tirá-lo do papel. A meta é que as obras comecem ainda nesse semestre para que sejam concluídas no primeiro semestre de 2014.

Na coletiva desta tarde, Queiroz destacou um ponto importante. Os autódromos que são feitos seguindo as diretrizes da FIM, facilmente conseguem a homologação máxima da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), uma vez que as exigências de segurança para as motos são infinitamente maiores do que para os carros.

Desta forma, a MotoGP poderia ser apenas o primeiro passo para transformar Brasília em um grande polo do esporte a motor. Com a reforma de Interlagos, a F1 fica em São Paulo pelos próximos anos, mas o Distrito Federal poderia receber inúmeras outras competições, como o próprio Mundial de Superbike.

“Preparando o autódromo para a motovelocidade, estamos preparando para qualquer evento do mundo nos termos de segurança. Essa prova exige muito nesse quesito e todas as modalidades poderão aproveitar as melhorias que faremos”, ressaltou o governador.

Ezpeleta afirmou que, se escolhida para efetivamente sediar a corrida, Brasília terá um contrato de cinco anos com o Mundial. “Estou muito feliz de estar aqui e vemos que Brasília apresenta o melhor projeto, sobretudo do ponto de vista da segurança. Ela cumpre todos os requisitos para a realização da prova”, enfatizou.

A obra será realizada em duas fases: uma com a modificação do traçado e a troca da pavimentação, e outra com a melhora das arquibancadas e outras dependências.

Carlos Augusto Senise, presidente da Federação de Motociclismo do DF também acompanhou o encontro e explicou que os trabalhos devem começar na área próxima aos boxes, para que o calendário do circuito seja preservado, e, no fim do ano, estão programadas as demais intervenções na pista.

Quem também participou do encontro foi o presidente da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Firmo Henrique Alves, que lembrou que o país reúne todas as condições para sediar um evento deste porte.

“Temos no Brasil 20 milhões de motociclistas e somos o quarto mercado consumidor de moto”, frisou. “Nosso clima é totalmente favorável para sediar este evento porque temos milhões de amantes e essa é uma luta de muito tempo”, revelou.

A expectativa de público do governo local é um tanto quanto otimista – 150 mil pessoas –, mas a MotoGP normalmente tem um bom público por onde passa. No último fim de semana, por exemplo, 60.327 pessoas estiveram em Indianápolis para acompanhar o Mundial, em um país onde o esporte tem problemas de popularidade.

A proposta brasileira será apresentada para a Comissão de Segurança da MotoGP durante o fim de semana do GP da Inglaterra, em Silverstone. Com o sinal verde do grupo formado por Ezpeleta, Claude Denis, da FIM, Franco Uncini, chefe de segurança da IRTA, Loris Capirossi, conselheiro de segurança da Dorna, e Javier Alonso, também da empresa espanhola, as obras serão iniciadas em dezembro de 2013, com meta de conclusão para abril ou maio de 2014. Então comaçaria o processo de homologação da FIM.

Ainda não se sabe se uma das atuais provas sairá do calendário ou se o Mundial passará a ter 20 etapas, mas a incorporação do Brasil é um desejo dos organizadores da MotoGP e das fábricas. O calendário provisório deve ser publicado em Misano.

A modernização do traçado de Brasília é uma promessa antiga de Agnelo Queiroz. Ainda em 2011, durante um encontro com Felipe Nasr, piloto da GP2, o governador falou dos planos de reforma, já mencionando a volta da MotoGP.

O Mundial de Motovelocidade, aliás, também esteve presente durante a abertura do Estádio Mané Garrincha. Na partida inaugural, entre Santos e Flamengo, foi exibido um vídeo com imagens da MotoGP que terminava com um: ‘Aguardem’.

domingo, 18 de agosto de 2013

Mais motos

O Mundial de MotoGP verá um grid bastante diferente do atual na próxima temporada. Além da versão de produção da RC213V que a Honda vai colocar no mercado, a classe rainha também terá outras equipes utilizando motores Yamaha em 2014.

A fábrica de Iwata, entretanto, foi um pouco mais longe do que o inicialmente previsto. Giovanni Cuzari, dono da Forward, confirmou em entrevista ao site oficial da categoria que chegou a um acordo com a fábrica japonesa para ter não só os motores por leasing, mas também o chassi.

Forward terá equipamento Yamaha na próxima temporada da MotoGP (Foto: Forward)
“Nós concordamos com a Yamaha no leasing do motor e do chassi, o corpo da moto, então vamos alugar quase que uma moto completa da Yamaha. Teremos de cuidar da carenagem”, explicou.

Assim, a equipe italiana contará com um pacote da M1 atual, mas vai utilizar a centralina eletrônica da Magneti Marelli, com o software disponibilizado pela Dorna, a promotora do Mundial, e terá o status ‘não-fábrica’.

“Nós vamos usar a ECU da Dorna, com 24 litros [de combustível], e um pneu macio a mais. Essas são as regras”, explicou. “Eles já estão testando o motor com a ECU da Dorna e se mostraram muito positivos”, comentou.

O dirigente também falou sobre a escolha dos pilotos para o próximo ano e afirmou que o anúncio deverá ser feito perto da etapa de Silverstone, agendada para o próximo dia 1 de setembro.

“Vou respeitar meus dois pilotos – Colin [Edwards] e Claudio [Corti] – mas, é claro, preciso atender alguns pedidos da Yamaha”, contou. “Estou conversando com Nicky Hayden, Aleix Espargaró e Jonathan Rea, então com muitos bons pilotos. Não estou dizendo que não tenho bons pilotos. Eu tenho pilotos muito bons, mas, é claro, tenho de escolher a melhor solução para mim e para os meus parceiros também. Meus patrocinadores que me apoiam nesse projeto”, encerrou.

Opções 2

Durante a transmissão dos treinos em Indianápolis no último sábado (17), Lucio Cecchinello, chefe da LCR, confirmou que está conversando com Nicky Hayden sobre a possibilidade de alinhar uma segunda moto no time. A meta do dirigente italiano é contar uma versão de produção da RC213V da Honda.

“Isso ainda é um sonho para mim”, disse Cecchinello. “Digamos que talvez exista uma pequena possibilidade”, comentou o dirigente.

Hayden deixa a Ducati no fim do ano após cinco temporadas (Foto: Ducati)
Cecchinello afirmou que a equipe está negociando com a HRC, que, por sua vez, conversa com o braço norte-americano da Honda. O dirigente ressaltou, entretanto, que ainda é necessário reunir o orçamento para bancar este projeto.

“Nós ainda estamos falando com a HRC e a HRC está falando com a Honda aqui dos Estados Unidos”, explicou. “Vamos tentar ver se tem alguma forma de encontrar o orçamento para organizar uma segunda moto neste time”, completou.

Hayden confirmou que tem algumas propostas interessantes para o próximo ano, mas muitos detalhes ainda estão pendentes. Uma das possibilidades para o campeão de 2006 é permanecer na família Ducati, mas vestindo as cores de Borgo Panigale no Mundial de Superbike.

“Bom, é uma oportunidade muito interessante, mas, no momento, eu tenho algumas boas oportunidades, então estou bem animado”, declarou Hayden. “Certamente será uma grande mudança para mim no próximo ano. Tem algumas coisas que parecem bem promissoras, mas com muitos detalhes para serem resolvidos, então ainda tem um longo caminho até uma decisão”, explicou.

“Mas parece promissor, então eu estou bem animado com tudo. Nós realmente não sabemos o nível dessa versão de produção para o próximo ano, então não sabemos quanto potencial elas terão, mas tem algumas coisas boas e eu estou ansioso pelo futuro”, declarou. “Entretanto, ainda tem muitas corridas neste ano e eu quero encerrar da melhor forma possível – espero sair com algo de que possa me orgulhar”, completou.

O vínculo de Hayden com a Ducati chega ao fim neste ano após cinco anos de parceria. A fábrica italiana optou por não renovar o contrato do norte-americano e contratou Cal Crutchlow para correr ao lado de Andrea Dovizioso na próxima temporada.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Caminho das Índias

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou nesta quarta-feira (14) o cancelamento da etapa da Índia do Mundial de Superbike. De acordo com a entidade, a suspensão da prova é resultado de “desafios operacionais” enfrentados pela Jaypee Sports International (JPSI) e pela Dorna, a promotora do campeonato. A etapa indiana estava marcada para o dia 17 de novembro no circuito de Buddh.

Ainda de acordo com a FIM, a JPSI, a federação local e o Clube dos Comissários Indianos (IMMC, na sigla em inglês), estão trabalhando juntos para garantir a realização da prova em 2015. Com o objetivo de preparar os comissários no quesito segurança, Buddh vai receber nos próximos dias 13 e 14 de setembro provas dos campeonatos nacionais de duas e quatro rodas.

Em janeiro de 2012, Lorenzo guiou uma Yamaha R15 no traçado indiano (Foto: Jaypee Group)
Vicky Chandhok, presidente da federação local e pai do ex-piloto de F1 Karun Chandhok, afirmou que o grupo Jaypee, que trabalha com a organização e promoção da prova, quer chegar a um acordo com a Dorna para garantir vaga no calendário.

“JPSI confirmou seu interesse em seguir em frente com a corrida no futuro”, afirmou Vicky. “Nós estamos ansiosos para que eles concluam as negociações com a Dorna para chegarmos a uma data conveniente e garantir à Índia o privilégio de receber uma etapa em um futuro próximo”, completou.

Com o cancelamento da etapa em Buddh, a temporada 2013 do Mundial de Superbike termina no dia 20 de outubro na Espanha, com o circuito de Jerez de la Frontera voltando a receber a categoria após 23 anos de ausência.

Os problemas com a prova indiana começaram ainda em janeiro, quando a FIM deve de alterar a programação por considerar que não havia tempo suficiente para treinar os comissários. Dificuldades na importação dos equipamentos, especialmente com as taxas alfandegárias cobradas pelo país, também dificultaram a introdução da prova no calendário.

O circuito de Buddh foi projetado por Hermann Tilke e é visto como um dos melhores traçados feitos pelo projetista.

A etapa da Superbike, aliás, não é a única a enfrentar problemas na Índia. Recentemente, Bernie Ecclestone, dirigente máximo da F1, confirmou que a etapa não vai integrar o calendário de 2014 do Mundial. O principal problema enfrentado pela F1 no país é o fato de o governo querer cobrar impostos sobre a premiação da corrida, o que desagrada os times do Mundial.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fase decisiva

O Mundial de Motovelocidade volta às pistas neste domingo depois de uma pausa de três semanas – um pouco mais para Moto2 e Moto3. O GP de Indianápolis, décima etapa da temporada para a classe rainha, abre a segunda fase do campeonato, que tem cinco pilotos separados por 47 pontos.

O reinicio da temporada, aliás, acontece em um ritmo forte, com três provas em sequência: Indianápolis, República Tcheca e Inglaterra. Vice-líder do Mundial, Dani Pedrosa acredita que essas corridas vão começar a definir os rumos do campeonato.

Pedrosa tem 16 pontos a menos que Márquez na classificação do Mundial (Foto: Repsol)
“Até aqui, um pouco de tudo aconteceu nesta primeira metade da temporada”, escreveu o espanhol em seu blog. “As próximas três corridas, começando com Indianápolis, vão começar a definir para onde o campeonato está se encaminhando, porque, no momento, está muito igualado”, comentou.

Em uma entrevista recente divulgada pela Repsol, principal patrocinadora da Honda, Dani fez uma avaliação positiva da temporada até aqui, mas ponderou que precisa trabalhar em sua consistência.

“No geral, acho que o nível foi bom. Nós pilotamos bem, apesar de não termos sido perfeitos em todas as corridas e nós perdemos muitos pontos nos últimos três GPs”, lembrou, se referindo as etapas de Assen, Sachsenring e Laguna Seca. “Talvez o nosso ponto fraco tenha sido a consistência, mas nós estamos lutando pelo título. Na segunda parte da temporada, nós precisamos melhorar nisso para lutar pelo título”, continuou.

Questionado se veríamos o Pedrosa da segunda metade de 2012 de volta, Dani respondeu: “Espero que sim”. “Esperamos estar na melhor forma física para a segunda metade da temporada, que começa com três corridas seguidas. É importante estar fisicamente em forma para poder tirar o máximo dessas três semanas”, ponderou.

Pedrosa aproveitou o período de férias para se recuperar da fratura que sofreu na clavícula esquerda em um acidente na Alemanha. O piloto foi submetido a um último exame nesta terça-feira, mas ainda não divulgou detalhes sobre essa avaliação médica.

Perguntado, Pedrosa avaliou que será campeão mundial “se conseguir pilotar bem em todas as corridas e não cometer erros. O importante é manter um alto nível e seguir assim até o fim do ano. Isso pode dar o campeonato”, concluiu.

Mudanças

O Mundial de Superbike ganhou no início deste mês um novo pacote de regras. A FIM (Federação Internacional de Motociclismo), a Dorna, promotora do campeonato, e a MSMA, a associação dos fábricas, chegaram a um consenso para introduzir medidas que visam a redução nos custos da categoria.

Novas regras visam reduzir os custos do Mundial de Superbike (Foto: Superbike)
As mudanças que entram em vigor na próxima temporada são:

- Máximo de oito motores por piloto por temporada;

- Número limitado de relação de transmissão;

- Teto no preço dos freios;

- Teto no custo das suspensões.

Além disso, com a meta de assegurar um bom número de pilotos com equipamento competitivo no grid, a MSMA concordou em fornecer, sob demanda, um pacote completo com preço fixo para as temporadas de 2014, 2015 e 2016. O pacote será o mesmo utilizado pelas fabricantes e vai receber certas atualizações ao longo do ano.

Outra novidade para a temporada é a criação da EVO, uma subcategoria da divisão principal do Mundial de Superbike. Essa classe vai seguir o regulamento técnico da Superbike em termos de chassis, suspensão e componentes do freio. Em relação ao motor e eletrônica, entretanto, será seguido o regulamento da Superstock. O limite de preço para os freios e suspensões será o mesmo da categoria principal.

Mais detalhes sobre a EVO serão divulgados pela FIM no fim do mês.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Esporte família

A MotoGP confirmou nesta segunda-feira (12) que Luca Marini vai disputar a etapa de Misano da Moto3 como wild-card. O piloto da Twelve Racing, que é o segundo colocado no Campeonato Italiano de Velocidade (CIV), vai utilizar uma FTR Honda.

O GP de San Marino marcará a estreia de Marini no Mundial, mas o debute do jovem italiano já era bastante esperado. Luca é o irmão mais novo de Valentino Rossi e treina com multicampeão no Motor Ranch do piloto da Yamaha.

Marini vai fazer sua primeira prova no Mundial em Misano (Foto: Twelve Racing/ Facebook)
Na temporada 2013 do CIV, Marini tem um total de seis pódios e ocupa a segunda posição na classificação, mas ainda não conseguiu vencer. Com 150 pontos, Andrea Locatelli lidera a disputa na Itália, com 23 pontos a mais que Marini.

“É isso que está faltando nesta temporada, mas nós estamos confiantes de que poderemos estar na frente de todos os outros nas últimas duas corridas em Mugello. Ainda acredito em conquistar o título e, enquanto for matematicamente possível, vou continuar tentando”, garantiu o piloto de 16 anos ao site oficial da MotoGP. “Posso ir bem em Mugello. 23 pontos de margem é muito, mas tudo pode acontecer nas corridas de moto”, ponderou.

Com a confirmação de sua estreia no Mundial, Marini afirmou que não fica surpreso com a notícia, mas destacou que quer sair da pista um piloto melhor no domingo.

“Nós não estávamos certos sobre correr como wild-card em Misano, porque era vital que garantíssemos, ao menos, o segundo lugar no Campeonato Italiano, mas a oportunidade estava lá, então a notícia não me surpreende tanto”, falou. “Obviamente, eu estou feliz. Vou para a pista com a meta de trabalhar bem, crescer e me aproximar o máximo possível da frente. Quero ser um piloto melhor quando a corrida terminar na tarde de domingo”, continuou.

Perguntado se a disputa em Misano aumenta suas chances de garantir uma vaga no Mundial, Luca ponderou: “Se formos bem em Misano, isso definitivamente pode criar oportunidades no Mundial. No entanto, vai ser muito difícil, então agora é melhor colocar mais ênfase no Campeonato Italiano em Mugello e aí veremos”, disse.

“Se eu puder vencer o título, ficaria um pouco mais fácil mudar para o Mundial, em termos de garantir patrocínio e um bom time, mas primeiro você precisa ter sucesso”, frisou.

Luca também falou sobre seu relacionamento com Valentino. “Minha relação com Valentino é ótima e sempre foi. O que é claro é que, agora que eu sou mais velho, nós nos vemos mais. Nós nos vemos todos os dias e vamos para a academia juntos. A relação se aprofundou agora, mas, de qualquer forma, sempre foi muito boa”, ressaltou.

Questionado se vê o irmão lutando pelo título da MotoGP outra vez, Marini avaliou: “Eu não sei. Valentino pode lutar pelo título novamente no próximo ano, já que nesta temporada ele teve um pouco de azar em algumas corridas. Mas, de novo, se ele aumentar sua consistência e tiver um pouco de sorte, ele ainda pode conseguir”.

Por fim, o jovem piloto escolheu seu favorito ao título da MotoGP se Rossi não conquistá-lo: “Márquez. Ele é um cara legal, amigo do meu irmão e você vê que ele é capaz de fazer coisas realmente ótimas agora e no futuro”, completou.

Nos últimos dias a imprensa italiana noticiou que Valentino considera a possibilidade de formar seu próprio time para disputar o Mundial. O que parece certo, no entanto, é que o multicampeão vai passar a treinar jovens italianos usando a estrutura do Motor Ranch.

Marini e Rossi não serão os únicos familiares na etapa de San Marino, já que o Mundial de Motovelocidade também tem outros parentes. Os irmãos Pol e Aleix Espargaró, e Álex e Márc Márquez, e os primos Maverick e Isaac Viñales.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pensando no futuro (2)

O motociclismo italiano recebeu uma grande notícia nesta semana. Lutando contra o recente domínio espanhol no Mundial de Motovelocidade, a Itália vê em um de seus maiores astros a chance de renascer das cinzas.

De acordo com o jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, Valentino Rossi está olhando para as próximas gerações e planeja usar o Motor Ranch para treinar jovens pilotos. Segundo o jornal, o multicampeão também está considerando a possibilidade de montar seu próprio time na Moto3.

Imprensa italiana diz que Rossi planeja montar centro de treinamento para jovens pilotos (Foto: Yamaha)
O jornal afirma, ainda, que Rossi conta com o apoio da Federação de Motociclismo da Itália (FMI) e da Dorna, a promotora do Mundial, e já encomendou duas KTM para colocar nas mãos de Romano Fenati e Niccolò Antonelli.

Falando ao site italiano ‘GPOne’, entretanto, a mãe de Fenati, Sabrina, afirmou que não sabe nada a respeito e ao conversar com um dos amigos de Valentino, Alberto Tebaldi, teve a confirmação de que não tem nada definido.

Fenati e Antonelli são presenças frequentes no rancho do italiano, assim como Nicolò Bulega, Franco Morbidelli e Luca Marini – o irmão mais novo de Rossi.

Segundo o site italiano, a ideia da escola está mais próxima de se tornar realidade, já que Rossi também contaria com o apoio do pai, Graziano. O time, entretanto, parece ser coisa para o futuro.

De volta

Casey Stoner completou na última quarta-feira (7) uma bateria de dois dias de testes no circuito de Motegi. Nove meses após a aposentadoria, o australiano voltou a subir na RC213V a convite da Honda.

O primeiro dia de atividades no Japão foi atrapalhado pela chuva, mas o bicampeão conseguiu completar 47 voltas no circuito japonês na última quarta. Na parte da manhã, Stoner testou algumas atualizações no protótipo de 2013 e durante a tarde experimentou a versão de 2014 da moto, a mesma que foi testada por Dani Pedrosa e Marc Márquez em Aragón.

Stoner testou versões de 2013 e de 2014 da RC213V (Foto: Honda)
Apesar de ter voltado a assumir o comando da RCV, Stoner garantiu que não planeja disputar nenhuma prova da MotoGP nesta temporada. Alguns rumores indicavam que ele poderia correr como wild-card em Motegi ou em Phillip Island.

“Foi ótimo ver o time, mesmo com poucas pessoas aqui, e eu agradeço a Honda por todo seu apoio, como sempre”, declarou Casey. “Me senti muito bem em voltar para a moto após nove meses e estou feliz com como o teste correu, mas isso não muda a minha cabeça sobre wild-cards – não é algo que eu estou planejando”, assegurou.

Mesmo sem correr, Stoner deve voltar a testar com a HRC em breve, já que a marca nipônica quer que ele teste a versão de produção da RC213V.

Para quem ficou com saudades de ver Stoner em ação, a Honda preparou este vídeo:

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Baja 1000

Aos 39 anos, Colin Edwards vai em busca de uma experiência diferente. O piloto da Forward anunciou no início desta semana que vai disputar o Baja 1000, um famoso rali mexicano que chega a sua 46ª edição. A prova acontece entre os dias 14 e 17 de novembro.

A disputa, que permite veículos de vários tamanhos e todos rodando no mesmo percurso, é reconhecida por sua dificuldade. No ano passado, por exemplo, apenas 174 dos 298 inscritos conseguiram completar a corrida.

Colin vai disputar o rali Baja 1000 (Foto: Bridgestone)
A participação no rali mexicano é um sonho antigo de Colin e de Mike Meyers, diretor do ‘Texas Tornado Boot Camp’, o centro de pilotagem do piloto norte-americano. Joe Prussiano, Merle Scherb, Steven Bodak e Shea Founchek – todos integrantes do ‘Boot Camp’ – viajarão com a dupla para ajudar e acompanhar a aventura.

O piloto, que ainda está buscando patrocinadores para a prova, contará com o apoio do braço norte-americano da Yamaha e correrá com uma WR-450.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pensando no futuro

Aos 34 anos, Valentino Rossi já começou a pensar em seu futuro. Falando à publicação alemã ‘SpeedWeek’, o piloto italiano afirmou que planeja seguir com a Yamaha na MotoGP até o fim de 2016 e aí vai pendurar o macacão e formar uma família.

“Quero correr com a Yamaha na MotoGP até 2016. Aí talvez mudar para as quatro rodas e formar uma família”, declarou o italiano. “Quero continuar competitivo com a Yamaha. Quero permanecer em um nível em que eu possa lutar pelo pódio e pela vitória, assim como aconteceu na corrida de Assen. Depois da temporada de 2014, quero assinar outro contrato de dois anos com a Yamaha: até o fim de 2016, se a Yamaha concordar, e no time oficial”, explicou.

Rossi afirmou que DTM ou 24 Horas de Le Mans são suas opções para o futuro (Foto: Yamaha)
Em 2016, Rossi terá 37 anos, mas a idade não preocupa o italiano. “É a idade do piloto mais velho que venceu na MotoGP. Não me lembro quem foi, mas sei que ele tinha 37 anos”, comentou. O piloto em questão é Troy Bayliss, que triunfou em 2006.

Se conseguir seguir correndo até lá, Valentino terá a chance de bater o recorde de vitórias de Giacomo Agostini. “Tenho 106 vitórias na MotoGP. Agostini tem 122. A liderança é o objetivo? É muito difícil... Preciso de mais um par de vitórias para assustar Ago...”, brincou.

Quando deixar o Mundial de Motovelocidade, Rossi pretende dar um novo rumo à carreira, mas, embora seja um apaixonado pela modalidade, não pretende competir em provas de rali.

“Ficarei feliz se der certo, mas não se trata de competir no mesmo nível do Mundial: GT, DTM, rali ou algo assim”, citou. “Rali é perigoso? É, eu prefiro correr na pista. Além disso, no rali você também é responsável pelo navegador”, ressaltou.

“Então é melhor o DTM ou as 24 Horas de Le Mans. Esse pode ser o meu futuro, mas só por diversão e não com o mesmo comprometimento que a MotoGP exige”, continuou.

O italiano também pensa em formar uma família. “Não tenho pressa, quero as coisas no meu tempo”, contou. “Enquanto estiver na MotoGP, quero me concentrar 200% no meu trabalho. Se não for assim, não faz sentido. Quero ter filhos, claro. Mas tenho de encontrar a mulher certa”, completou.

domingo, 4 de agosto de 2013

My first licence

O Mundial de Superbike desembarcou em Silverstone neste fim de semana para a nona etapa da temporada 2013. Antes de iniciar os trabalhos na pista, Jonathan Rea e Leon Haslam foram até a sede europeia da Honda para participar de uma iniciativa chamada ‘My first licence’.

A fábrica nipônica pediu que seus funcionários levassem os filhos para participarem do evento, que promove o primeiro contato de crianças entre cinco e 11 anos com motos de verdade.

Rea e Haslam ganharam um presente do time neste fim de semana (Foto: Honda)
A Honda montou uma pequena pista no estacionamento e os jovens ‘pilotos’ foram orientados por Rea e Haslam. Além da criançada, os adultos também puderam se divertir no evento. No ‘Power of Lean’, os participantes experimentaram a sensação dos pilotos nas curvas.

Falando em crianças, a Honda também deu um presente especial para Jonathan e Leon neste fim de semana. Os dois pilotos serão pais nos próximos meses e ganharam do time um carrinho personalizado para seus bebês.

Os últimos dias, aliás, foram bastante agitados para Johnny e Leon, que disputaram as tradicionais 8 Horas de Suzuka. Haslam venceu a disputa no Japão em parceria com Michael van der Mark e Takumi Takahashi, enquanto Rea abandonou a prova após seu parceiro Ryuichi Kiyonari sofrer um forte acidente com duas horas para o fim da corrida.