terça-feira, 5 de novembro de 2013

"Sem atrasos"

Brasília ganhou um espaço no calendário da MotoGP para 2014, mas a realização do GP do Brasil na capital federal ainda depende da homologação do Autódromo Internacional Nelson Piquet pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) que, por sua vez, depende de uma grande reforma no circuito construído nos anos 70.

Apesar de a corrida estar marcada para o dia 28 de setembro de 2014, as obras no autódromo ainda não começaram e o ritmo dos trabalhos deu o sinal de alerta. A imprensa internacional já fala em um plano B da Dorna, a promotora do Mundial, que prevê o atraso em uma semana do GP de Aragón, agendado originalmente para o dia 21 do mesmo mês.

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Autódromo de Brasília precisa de grande reforma para conseguir homologação da FIM (Foto: Roberto Castro/GDF)
De acordo com a revista britânica ‘Motorcycle News’, a definição sobre a realização ou não da prova brasileira deve sair até o GP do Catar, primeira etapa da temporada do próximo ano, que acontece no dia 23 de março.

Procurada pelo High Side, a Dorna negou que exista uma data limite para essa definição, mas a publicação britânica ressalta que esse prazo não pode se estender indefinidamente, já que o aumento no número de provas deve resultar em uma mudança na quantidade de motores permitidos por temporada.

A introdução do GP da Argentina, aliás, já é vista pelos times como motivo o bastante para o aumento do limite de cinco para seis motores por piloto, mas ainda não existe uma nova determinação nesse sentido.

Apesar dos rumores, os responsáveis pela obra do autódromo brasiliense garantem que o cronograma segue como previsto e o projeto da grande reforma que deve colocar o circuito no mais alto padrão da FIM está em fase final.

Ao High Side, a Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa), que responde pelo atendimento à imprensa no caso do GP do Brasil de MotoGP, explicou que o projeto está sendo finalizado e uma audiência pública deve acontecer nas próximas semanas.

“Não há atrasos”, garantiu a pasta. “O Governo do Distrito Federal realiza, no momento, etapas anteriores ao início das obras, como a conclusão do projeto. Também já há previsão de realização da audiência pública, marcada para as próximas semanas”, explicou.

“O projeto da reforma está em fase final de elaboração e deverá ser concluído ainda este mês”, reforçou. “O cronograma prevê que o edital seja publicado em janeiro”, continuou.

A expectativa do GDF é que as obras comecem no primeiro trimestre de 2014 e durem cinco meses. “A previsão é que o início das obras ocorra em março e que estejam concluídas em agosto”.

Decisão final sobre GP do Brasil deve sair até etapa do Catar em 2014 (Foto: Bridgestone)
Além de negar os atrasos, a ComCopa afirmou que ainda não há uma definição sobre o futuro do kartódromo de Brasília. Desde que a FMDF (Federação de Motociclismo do Distrito Federal) divulgou uma imagem do projeto de reforma, amantes do kartismo temem que a chegada da MotoGP acabe com a pista de kart que faz parte do complexo do autódromo, mas a pasta garante que todas as partes envolvidas na reforma serão ouvidas em uma audiência pública.

“A definição sobre o kartódromo ainda está em análise”, explicou a ComCopa. “Todos os setores ligados à reforma do Autódromo Internacional de Brasília serão ouvidos na audiência pública”, completou.

A reforma do Autódromo Internacional de Brasília é mais uma peça no plano do governo de Agnelo Queiroz de colocar a capital federal no circuito dos grandes eventos esportivos, assim como foi feito com o Estádio Mané Garrincha, que vai receber sete partidas da Copa do Mundo de 2014, entre elas um jogo da seleção brasileira e a decisão do terceiro e quarto lugares na competição.

O projeto de reforma do circuito envolve vários órgãos do governo do DF, entre eles a Secopa, as secretarias de Obras e Esportes, a Terracap e a Novacap.

2 comentários:

  1. Será que é melhor investir numa viagem à Argentina, ou é possível acreditar nesse projeto de Brasília?

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  2. É uma boa pergunta, Luiz Felipe. No momento, parece que vale mais a pena recorrer ao país vizinho. O cronograma de Brasília é muito apertado.

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