segunda-feira, 31 de março de 2014

Palpite de lenda

Mick Doohan foi, ao lado de Giacomo Agostini, o responsável por entregar a Marc Márquez o Prêmio Laureus de Revelação do Ano. Após a cerimônia realizada na semana passada na Malásia, o astro australiano teceu inúmeros elogios ao jovem piloto da Honda.

Em entrevista ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, Doohan avaliou que Márquez já está entre os maiores talentos da história do motociclismo e não só tem condições de bater os recordes de Valentino Rossi, mas também os de Agostini, dono de 15 títulos mundiais e 122 vitórias.

Márquez ganhou o 'Oscar do Esporte' como Revelação do Ano (Foto: Laureus/Honda)
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“Ele já está entre os maiores talentos já vistos no motociclismo”, disse Doohan. “Ele tem, pelo menos, mais dez anos pela frente e pode dominar”, opinou.

“Valentino e eu conquistamos cinco títulos seguidos na classe rainha e Agostini sete”, lembrou. “Márquez pode chegar a oito e, talvez, bater o recorde absoluto de vitórias”, ponderou.

Também, o australiano lembrou que Márquez começou a carreira muito cedo e ainda está aprendendo, o que indica que ele será mais forte no futuro.

“Márquez começou muito cedo, ganhou nas categorias inferiores e conquistou o título da MotoGP em seu primeiro ano”, listou Doohan. “Ele não começa do zero. Herdou a moto e os mecânicos de [Casey] Stoner, tal e qual fez Valentino depois da minha aposentadoria, mas soube aproveitar a ocasião na Honda”, comentou.

“Ele merece ter a melhor equipe e, depois, tem que saber acelerar. Ele ainda é jovenzinho e, com os anos, será mais forte. No fundo, ele ainda está aprendendo, o que deve dar medo nos adversários”, concluiu.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Reconciliação

Chegou ao fim a disputa judicial entre Kevin Schwantz e o Circuito das Américas. Os responsáveis pelo traçado texano divulgaram um comunicado na última quinta-feira (27) anunciando um acordo amigável com o campeão das 500cc de 1993.

A confusão começou quando Schwantz moveu uma ação contra os responsáveis pela pista por ter ficado de fora da negociação com a Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, para levar o campeonato para o Texas. Inicialmente, Kevin tinha um acordo com a empresa espanhola para organizar a prova em Austin, mas acabou excluído do negócio.

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Acordo entre Schwantz e o Circuito das Américas vai beneficiar a Fundação Marco Simoncelli (Foto: CotA)
De acordo com a promotora do Mundial, a empresa de Schwantz, a 3fourTexasMGP, não cumpriu os prazos do acordo e, por isso, foi substituída.

O rolo chegou ao ápice em março do ano passando, quando Schwantz foi ao circuito para atuar como coach de Blake Young e acabou expulso pelos seguranças do autódromo.

Com a paz selada, os responsáveis pelo Circuito das Américas anunciaram que Schwantz será embaixador oficial da pista e vai ajudar a promover o GP das Américas de MotoGP, que acontece no dia 13 de abril.

“Kevin é um grande campeão e a associação com ele nos dará a oportunidade de aprender com seu profundo conhecimento, além de continuarmos celebrando seus feitos”, comentou Bobby Epstein, presidente do circuito. “Kevin e eu sempre compartilhamos o desejo de que ele seja uma parte do Circuito das Américas, e é impressionante ver que isso, finalmente, vai se tornar realidade. Uma grande pista americana e um grande campeão da América em uma mesma cidade não podem ficar separados”, defendeu.

“Com este acordo, todos ganham: pilotos amadores, pilotos profissionais, futuras estrelas e fãs”, completou.

Como embaixador do circuito, Kevin vai participar ativamente da promoção da etapa deste ano da MotoGP, além de participar de atividades ligadas ao público, inclusive coordenando as voltas para os fãs que estão programadas para 11 de abril.

O acordo entre os dois, aliás, também vai beneficiar a Fundação Marco Simoncelli, criada pelos pais do piloto italiano. Desde a última quinta-feira até o dia 4 de abril, o Circuito das Américas vai doar US$1 por cada ingresso vendido para o GP das Américas à fundação cuidada por Paolo e Rossella.

“Estou encantado de ser embaixador das corridas de moto no Circuito das Américas, especialmente porque a temporada 2014 da MotoGP acaba de começar e volta ao Texas dentro do alguns dias”, comentou o campeão de 1993. “As corridas de moto foram a minha vida e ajudar a comercializar o Circuito das Américas e seu desenvolvimento é incrível”, seguiu.

“Estou agradecido pelo apoio do Circuito das Américas à Fundação Simoncelli, uma organização beneficente que é importante para todos que conheciam o Marco pessoalmente e para os fãs que seguiram sua carreira”, declarou Kevin. “Marco era um grande competidor e um amigo muito especial. Agora os fãs de corrida de todo o mundo podem honrar sua memória e ajudar em uma causa importante por meio da compra de um ingresso para a corrida de MotoGP em Austin”, encerrou.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Revelação do Ano

Mais jovem campeão da história da MotoGP, Marc Márquez terá de encontrar mais um espaço em sua estante. Nesta quarta-feira (26), o piloto da Honda recebeu o Prêmio Laureus na categoria Revelação do Ano.

Em uma cerimônia realizada na Malásia, o piloto de Cervera recebeu das mãos de Mick Doohan e Giacomo Agostini, dois dos maiores pilotos da história do Mundial de Motovelocidade, o Prêmio Laureus, que é conhecido como Oscar do Esporte.

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Márquez ganhou o Prêmio Laureus de Revelação do Ano (Foto: Laureus/Honda)
Para ficar com o troféu, Marc superou o time de críquete do Afeganistão; o alemão Raphael Holzdeppe, atleta de salto com vara; o ciclista colombiano Nairo Quintana; e dois jogadores de golfe: o inglês Justin Rose e o australiano Adam Scott.

Márquez brilhou em seu debute na classe rainha do Mundial de Motovelocidade e tomou para si os recordes de mais jovem vencedor de uma etapa (aos 20 anos e 63 dias) e mais jovem campeão (20 anos e 266 dias), um recorde que pertencia a Freddie Spencer desde 1983.

“É muito difícil explicar como eu me sinto, este é um dos prêmios mais importantes que eu recebi”, disse Marc pouco antes de lembrar o caso do voo MH370 da Malaysia Ayrlines, que desapareceu no último dia 7 com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, e manifestar sua solidariedade com as vítimas e seus familiares.

Além de Marc, outro atleta do mundo do esporte a motor deixou a cerimônia de premiação com um troféu nas mãos. Tetracampeão da F1, Sebastian Vettel foi escolhido o Atleta do Ano.

Antes de Márquez, Valentino Rossi tinha sido o único piloto do Mundial de Motovelocidade a ser agraciado com um Laureus. Em 2011, o multicampeão recebeu o prêmio de Retorno do Ano, que, na edição 2014, ficou com o tenista Rafael Nadal.

Novela mexicana

A tão prometida reforma do Autódromo de Brasília segue ganhando contornos cômicos. Depois de anunciar no ano passado o retorno da MotoGP ao país, garantir uma vaga no calendário do Mundial de Motovelocidade para setembro deste ano e cancelar a etapa por conta da falta de tempo hábil para reformar o circuito brasiliense, o governo do Distrito Federal anunciou no último fim de semana um acordo de cinco anos com a Indy.

O acordo com a Indy, aliás, é resultado do empenho da TV Bandeirantes, que tenta fugir de um processo movido pela categoria por ter deixado de promover a SP Indy 300 e por ter ameaçado encerrar a cobertura da categoria em TV aberta e fechada.

Projeto pretende alterar traçado do Autódromo de Brasília (Imagem: Divulgação/Novacap)

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Para receber a categoria norte-americana, o governo de Agnelo Queiroz segue prometendo reformar o autódromo e colocá-lo em padrões internacionais, mas com prazos cada vez mais elásticos.

Inicialmente, e com a previsão de receber a MotoGP em 28 de setembro deste ano, o governo pretendia lançar o edital para as obras no mês de fevereiro, mas isso, claro, não aconteceu. Após o cancelamento para prova, o prazo passou a não existir e agora o governo afirma que a reforma deve começar no segundo semestre deste ano.

“Nós vamos melhorar e reformar nosso autódromo para ter mais uma arena multiuso para a cidade ganhar dinheiro permanentemente e, com isso, vamos ter uma economia que é aquecida durante toda a semana com eventos, entre os quais, a Indy, a partir de 2015”, disse governador durante um evento no último sábado.

O projeto com que o governo trabalha no momento prevê a alteração do traçado por questões de segurança, reduzindo o tamanho da pista dos atuais 5,2 km para 5,1 km.

“Depois das alterações na pista, faremos boxes e, posteriormente, construiremos arquibancadas definitivas”, explicou Queiroz. “Com essa reforma, teremos um dos autódromos mais modernos do Brasil e poderemos receber até a F1”, completou o mandatário do governo local.

Após o anuncio do acerto com a Indy, Maruska Lima, diretora de Obras Especiais da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) afirmou que o edital só será lançado após a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) avaliar as transformações propostas para o autódromo, o que está previsto só para maio.

“Após aprovação, será lançado o edital para licitação das obras, que devem começar no início do segundo semestre de 2014”, explicou Maruska.

O projeto do autódromo, que foi encomendado da inglesa Apex Circuit Design pela Terracap, a Companhia Imobiliária de Brasília, foi elaborado levando em conta as exigências de FIM e FIA, e contempla uma nova pista com quatro opções de traçado, além de edificações completas para infraestrutura, estacionamento, paisagismo e acessos.

Tudo isso, entretanto, tem um custo. Bastante alto, por sinal. Segundo a Novacap, a obra no Autódromo Internacional de Brasília deve custar em torno de R$ 300 milhões.

“A previsão de custos é na ordem de R$ 300 milhões. Ainda não finalizamos os valores, pois o projeto está sendo finalizado”, explicou a companhia em entrevista ao High Side no início de janeiro.

O valor, que já inclui a construção de um novo kartódromo, é dez vezes maior do que está sendo investido pelo Governo de Goiás no Autódromo de Goiânia, que passa pela primeira grande intervenção desde a inauguração nos anos 70.

Questionada pelo High Side sobre a razão de uma diferença tão grande, a Novacap justificou que as obras têm naturas distintas. No caso de Goiânia, a reforma prevê a troca completa do pavimento, substituição dos boxes, remodelação completa da torre de cronometragem e a construção de uma pista de arrancada, além da edificação de um parque, com pista de skate e de patinação.

“A natureza das intervenções é distinta”, afirmou. “A reforma do autódromo de Brasília prevê novo traçado da pista com quatro opções de circuito, edificações novas, estacionamentos e toda a infraestrutura necessária a eventos de grande porte”, completou.

terça-feira, 25 de março de 2014

No caminho de Man

Depois de estrear no TT da Ilha de Man em 2013, Rafael Paschoalin já começou os preparativos para a prova deste ano. Sinônimo de perigo, a corrida acontece em um traçado de mais de 60 km com 256 curvas, onde os pilotos rodam a uma velocidade média de 208 km/h em vias públicas, que são interditadas para a disputa.

Rafael Paschoalin  (Foto: Ricardo Lilla)
Ao longo da história, a prova, que é realizada em uma pequena ilha de 572 km² localizada entre Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte, já vitimou mais de 230 pilotos, em uma assustadora média de duas mortes por edição.

O risco, entretanto, não afasta Paschoalin, que já iniciou um programa de captação de recursos para conseguir realizar seu projeto. Assim como no ano passado, Rafael optou por uma forma diferente de arrecadar fundos.

Por meio de um site de patrocínio coletivo, Paschoalin tenta arrecadar os R$ 62 mil necessários para completar a verba. Entre as recompensas oferecidas por Rafael para seus apoiadores estão adesivos, chaveiros, bonés, camisetas e até o macacão utilizado por ele no TT de 2013.

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Marc VDS

Poucos dias após o início da temporada 2014 do Mundial de Motovelocidade, a Marc VDS anunciou que a moto de Tito Rabat passará por uma mudança em seu layout para o GP da Argentina. A prova em Termas de Río Hondo está marcada para o dia 27 de abril.

Moto de Tito Rabat terá visual diferente para etapa da Argentina (Foto: Marc VDS)
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Especialmente na etapa da Argentina, a moto do piloto espanhol, que venceu o GP do Catar de Moto2, disputado no último domingo (25), terá a marca do café italiano Pascucci.

Falando em Marc VDS, o time anunciou na semana passada o patrocínio da Monster Energy ao projeto do time na Moto2 e também na Moto3. Assim, a partir da etapa de Losail as motos de Mika Kallio, Rabat e Livio Loi passaram a carregar a marca da fábrica de energéticos, assim como os macacões e os capacetes dos três pilotos.

domingo, 23 de março de 2014

Mariñelarena (2)

Quase um mês após sofrer um sério acidente durante um teste privado da Tech3 no circuito de Paul Ricard, na França, Álex Mariñelarena deixou o hospital Saint-Anne de Toulon e foi transferido para o Hospital Universitario de Navarra, em Pamplona, na Espanha. Por conta o acidente, o piloto espanhol passou sete dias em coma induzido.

Ao diário espanhol ‘Marca’, Hervé Poncharal, chefe da Tech3, comemorou a transferência do piloto e a melhora no quadro clínico de Mariñelarena.

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Mariñelarena se acidentou em um teste privado da Tech3 (Foto: Tech3)
“Tudo que aconteceu foi um grande choque para mim”, disse Poncharal. “Fiquei muito preocupado. Quando você vê seu piloto em coma, mesmo que seja induzido, dá medo. Eu não sabia o que dizer para a família. Me sentia muito mal”, contou.

“Agora todos nós estamos contentes. Álex é um garoto muito especial. Gosto muito dele como pessoa e como piloto. Espero que volte a estar conosco. Não posso dizer quando. Nós o estamos esperando e torcendo para que seja logo”, continuou.

Hervé contou, ainda, que Álex estava ansioso para voltar para a Espanha e iniciar seu processo de recuperação. “Sua condição física é muito melhor, por isso ele pôde ser transferido”, explicou.

“Fiquei muito feliz por sua família, que ficou lá quase um mês. O ânimo de Álex está muito melhor. Ele estava muito feliz de ir para a Espanha”, ressaltou. “O próximo objetivo é começar a reabilitação. Ele só tem um objetivo: voltar para a moto”, completou.

Ao concorrente ‘AS’, Poncharal afirmou que ainda não sabe de Mariñelarena poderá voltar ao Mundial de Motovelocidade. “É uma alegria saber que ele saiu do hospital para voltar para casa. Nos disseram que ele poderá ter uma vida 99,9% normal e isso é o que realmente importa, pois esteve tudo muito perto de ser bem mais grave”, comentou.

“O que não sabemos é se ele poderá voltar ao Mundial, mas não há nenhuma pressa para isso. Parece que ele poderá voltar a pilotar uma moto, isso com certeza, mas será preciso ver se vai voltar para estar aqui, no Mundial”, concluiu.

Com Álex, ao menos momentaneamente, fora de combate, a Tech3 escalou o também espanhol Ricky Cardús para assumir o comando da Mistral 610 na primeira prova do calendário 2014 do Mundial de Moto2.

sábado, 22 de março de 2014

O iluminado

Valentino Rossi aprontou mais uma vez. Como tradicionalmente faz em algumas etapas ao longo do ano, o multicampeão preparou um capacete especial para o GP do Catar, que acontece neste fim de semana, em Losail.

Luzes de LED foram instaladas na parte de trás do capacete de Rossi (Foto: Yamaha)
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Desta vez, o casco preserva as cores tradicionais, mas traz um componente um tanto atípico. Para combinar com as luzes que iluminam o circuito para a única prova noturna do calendário, o capacete de Rossi traz luzes de LED na parte de trás.

O casco foi exibido durante a terceira sessão de treinos livres, que teve a liderança de Aleix Espararó, com Andrea Iannone e Álvaro Bautista fechando o top-3. Valentino ficou com o nono melhor registro.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Não pode

Depois de ver o desempenho de Aleix Espargaró com a Yamaha da Forward, que corre na configuração Open, Jorge Lorenzo pediu à casa de Iwata um teste com o protótipo. A direção do time nipônico, entretanto, não atendeu ao desejo do bicampeão.

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Lorenzo pediu para testar a versão Open da Yamaha (Foto: Yamaha)
Na visão de Lorenzo, a YZR-M1 da Forward, que pode utilizar quatro litros a mais de combustível, além do pneu extra-macio desenvolvido pela Bridgestone para a temporada 2014, poderia ajudá-lo na briga para recuperar a coroa da MotoGP, especialmente por conta da borracha mais mole.

Ao longo da pré-temporada, Espargaró surgiu como um forte concorrente, rodando sempre entre e bem próximo dos ponteiros. O primeiro treino livre para o GP do Catar, aliás, foi liderado por Aleix, que teve a companhia de Álvaro Bautista e Bradley Smith no top-3.

Ao contrário das Open, os times de fábrica –  que usam software próprio –têm tanque de combustível com capacidade para 20 litros e um limite de cinco motores lacrados por temporada. No caso da subdivisão, onde os times utilizam o programa fornecido pela Dorna, promotora do Mundial, os propulsores – 12 por ano – podem ser desenvolvidos ao longo da temporada.

Em entrevista à revista britânica ‘Motorcycle News’, Lorenzo revelou que fez um pedido para testar a moto Open, mas a Yamaha não aceitou.

“Eu queria fazer, mas a Yamaha não me deixou testar, pois foram claros de que querem correr com a moto de fábrica”, contou Jorge. “Se eles vão correr com a moto de fábrica, então não tem sentido testar a Open”, continuou.

“Acho que, no momento, a categoria Open tem mais potencial, mas sou um piloto Yamaha, piloto a moto que eles decidirem e dou 100% dentro dessa decisão”, afirmou. “Nós tivemos uma reunião sobre isso e eles decidiram correr como Fábrica”, concluiu.

Losail

As férias, enfim, acabaram. Neste fim de semana, os pilotos de Moto3, Moto2 e MotoGP desembarcam em Losail, no Catar, para a primeira etapa da temporada 2014 do Mundial de Motovelocidade.

Levando em conta os resultados da pré-temporada, Jack Miller aparece como favorito ao título da Moto3, mas terá bons adversários em Niccolò Antonelli e Romano Fenati, ambos equipados com motos KTM. Embora a marca austríaca siga ditando o ritmo, é cedo para descartar Álex Rins e Álex Márquez.

A dupla da Estrella Galicia 0,0, que este ano aposenta as motos KTM e vai alinhar com equipamento Honda, segue trabalhando em conjunto com a HRC no desenvolvimento da NSF250RW e já conseguiu mostrar uma boa evolução.

Antes dos testes, pilotos participaram de uma entrevista coletiva (Foto: Divulgação/MotoGP)
Na divisão intermediária, Tito Rabat é, indiscutivelmente, o favorito. Depois de boas atuações na temporada 2013, o espanhol, que agora é contratado pela Marc VDS, exibiu um ritmo fortíssimo na fase de testes, confirmando seu posto de principal postulante ao título.

Além do bom desempenho de Rabat, a pré-temporada também mostrou uma rápida adaptação dos estreantes Maverick Viñales e Luis Salom. Agora companheiros de equipe na Pons, a dupla chegou a andar entre os ponteiros e deve dar trabalho aos rivais.

Na MotoGP, Marc Márquez é o favorito absoluto, mas inicia o ano longe de sua melhor forma por conta de uma fratura na perna direita sofrida em um acidente de dirt-track seis semanas atrás. Apesar de ter ficado ausente dos dois últimos exercícios da pré-temporada, o espanhol foi o mais rápido na primeira das duas atividades realizadas em Sepang e não teve sua marca batida na bateria seguinte.

Pela primeira vez na posição de defender o título, Márquez terá em Jorge Lorenzo, Dani Pedrosa e Valentino Rossi seus principais rivais. Mordido com a derrota do ano passado, o espanhol da Yamaha vem com um empenho extra, mas ainda tentando fazer sua M1 render tanto quanto a RC213V e se adaptar aos novos pneus desenvolvidos pela Bridgestone.

A situação de Pedrosa, por outro lado, é bastante diferente. Em seu nono ano com a equipe de fábrica da Honda, o catalão terá mais uma chance de conquistar o tão sonhado título da classe rainha. Com seu contrato no fim, podemos esperar um esforço extra de Dani.

Yamaha exibiu nova moto no pit-lane de Losail (Foto: Divulgação/MotoGP)
Rossi, por sua vez, inicia 2014 tentando recuperar sua velha forma. Insatisfeito com o desempenho do ano passado, o italiano promoveu mudanças em sua equipe – com a substituição de Jeremy Burgess por Silvano Galbusera – e em seu estilo de pilotagem.

Com uma M1 mais adaptada ao seu estilo de pilotagem, Valentino exibiu um ritmo melhor na pré-temporada, chegando, inclusive, a liderar a segunda bateria de testes do ano, realizada na Malásia.

Embora o quarteto fantástico domine a lista de favoritos, a temporada 2014 traz em Aleix Espargaró uma ótima surpresa. Agora vestindo as cores da Forward, o catalão conta com uma Yamaha Open e mostrou que tem perfeitas condições de brigar pelo pódio em uma ou outra oportunidade.

Além disso, Aleix também terá a companhia do irmão mais novo, Pol, no grid. Campeão da Moto2 em 2013, o caçula dos pilotos da família Espargaró vai estrear na MotoGP neste ano, competindo pela Tech3 com uma M1 satélite.

Pol, aliás, não será o único piloto da classe intermediária a estrear na divisão principal. Além do espanhol, Scott Redding também chega à MotoGP neste ano, mas em uma condição não tão privilegiada quanto a do antigo rival.

Contratado pela Gresini, Scott vai guiar uma RCV1000R, a versão de produção da RC213V. Apesar da empolgação inicial com a nova moto desenvolvida pela HRC, o equipamento não cumpre a promessa de competitividade da marca nipônica e ainda vai precisar de tempo para se equiparar a Open de Iwata.

Bridgestone vai fornecer pneus mais macios para as motos Open (Foto: Bridgestone)
Mudança de regra

A temporada 2014 da MotoGP também marca a introdução de um novo regulamento. A partir deste ano, a categoria principal adota uma centralina padrão para todas as motos, em uma nova tentativa de aumentar a competitividade e baixar os custos do esporte.

Inicialmente, a Dorna, promotora do Mundial, não tinha conseguido convencer as fábricas a adotarem uma ECU completamente padrão, o que só aconteceu recentemente e entra em vigor a partir de 2016. Enquanto isso, os times de fábrica – Honda, Yamaha e Ducati – estão autorizados a utilizarem software próprio, mas terão algumas limitações em comparação com as motos Open.

As equipes oficias e seus respectivos times satélites vão contar com tanque de combustível com capacidade para 20 litros, cinco motores lacrados no início do ano e não vão contar com o benefício de um pneu mais macio ao longo do fim de semana. As Open, por outro lado, têm tanque de 24 litros e podem usar até 12 propulsores não congelados ao longo do ano. Além disso, essas motos vão receber da Bridgestone um tipo de composto mais macio.


O caso Ducati

Ainda tentando superar a má fase que acompanha o time nos últimos anos, a Ducati decidiu obedecer ao regulamento Open em 2014, já que o rótulo de fábrica a impediria de desenvolver seus motores ao longo do ano.

A decisão da fábrica de Bolonha levou a Dorna a apresentar para a Comissão de GP, com o apoio da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), um adendo ao regulamento, que seria aplicado exclusivamente à Ducati. A proposta, que seria chamada de ‘Fábrica 2’, estipulava que no momento em que o time conquistasse três terceiros lugares, dois segundos ou um primeiro, a capacidade do tanque de combustível cairia de 24 para 22,5 litros. Além disso, o número de motores por ano passaria de 12 para nove.

Em uma reunião no Catar, a Comissão de GP, que é formada por Dorna, FIM, MSMA (Associação das Fábricas) e IRTA (Associação das Equipes), aprovou um novo código que determina que qualquer novo time ou qualquer equipe que não tenha conquistado um pódio em pista seca em 2013, pode gozar dos benefícios do regulamento Open, concessão que vale até 2016.

Esse benefício, por outro lado, está vinculado aos resultados obtidos pelo time neste ano. Se a Ducati, no caso, conquistar uma vitória, dois segundos lugares ou três terceiros, a capacidade do tanque de combustível cai para 22 litros. Se a mesma fábrica somar três vitórias ao longo do ano, o direito de usar os pneus da subdivisão também será negado.

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Nova marcação dos pneus

Para a temporada 2014, a Bridgestone introduziu um novo sistema de identificação dos compostos. A partir de agora, cada borracha receberá uma etiqueta de coloração diferente, assim como é feito na F1.

Assim, os pneus extra-macios receberão a cor verde, com o branco identificando a borracha macia. Os compostos médios serão indicados pela cor preta, com vermelho marcando a goma mais dura.

O mesmo sistema de cores também será adotado na Moto3 pela Dunlop. Na divisão inicial, os pneus macios serão identificados por um selo de fundo amarelo e escrita em preto. No caso dos médios, o prata será utilizado no fundo da etiqueta. Para os duros, a identificação terá fundo preto e escrita em amarelo.

Confira alguns detalhes da prova em Losail, no Catar:

Número de voltas: 22
Comprimento da pista: 5.380 metros
Largura da pista: 12 metros
Reta mais longa: 1.068 metros
Curvas: 16 (Dez para a direita e seis para a esquerda)

Alocação dos pneus
- Dianteiros: Macio e Duro
- Traseiros: macio, médio e duro (assimétrico)

Recordes
Pole-position: Jorge Lorenzo – 2008 – 1min53s927
Melhor volta: Jorge Lorenzo – 2008 – 1min53s927
Recorde: Casey Stoner – 2008 – 1min55s153

Resultados de 2013
1º: Jorge Lorenzo
2º: Valentino Rossi
3º: Marc Márquez

quarta-feira, 19 de março de 2014

Layout final

A Yamaha apresentou nesta quarta-feira (19), no pit-lane do circuito de Losail, no Catar, a versão final do layout que será utilizado nas YZR-M1 de Jorge Lorenzo e Valentino Rossi. A moto de Iwata já havia sido exibida durante um evento em Jacarta, na Indonésia, mas foi reapresentada por conta da introdução da marca da Movistar, nova patrocinadora principal do time.

Yamaha exibiu suas novas cores no pit-lane de Losail (Foto: Yamaha)
Ao contrário do protótipo que tinha sido exibido anteriormente, que contava com uma presença maior da cor branca, desta vez a moto retorna ao tradicional azul de Iwata, com o logo da Movistar aparecendo pouco acima da marca da Monster Energy.

O acordo entre a empresa espanhola e a Yamaha tem duração de cinco anos e marca a volta da Movistar ao Mundial de Motovelocidade. Uma das patrocinadoras clássicas do campeonato, a companhia de telecomunicação deixou o certame em 2005, quando Dani Pedrosa passou a integrar a equipe da Honda e um conflito com a Repsol impediu a sequência do patrocínio.

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Acordo entre Movistar e Yamaha é de cinco anos (Foto: Yamaha)
 “Uma das nossas missões mais importantes é sermos bem sucedidos na MotoGP, o pináculo das corridas de moto. Nós agora estamos preparando a campanha deste ano, quando esperamos conquistar o título da MotoGP”, comentou Hiroyuki Yanagi, presidente da Yamaha. “Estou muito feliz em anunciar que a Yamaha fez uma parceria de cinco anos com a Movistar, a operadora espanhola de telefonia móvel, propriedade da Telefônica Espanha”, celebrou.

Piloto mais experiente do time, Rossi também comemorou a chegada da Movistar e disse torcer para que a chegada da empresa espanhola traga sorte para o time.

Rossi celebrou chegada da Movistar ao time (Foto: Yamaha)
“Quando recebi a notícia da chegada da Movistar, fiquei muito feliz. É ótimo começar o ano com o anúncio de um patrocínio tão fantástico. Nós todos temos que estar felizes com isso. A Yamaha está muito empolgada e eu também”, declarou o italiano. “Eu espero que a Movistar curta a jornada conosco este ano e nos traga sorte e pódios! Com certeza é um grande incentivo para irmos ainda melhor”, seguiu.

“Em relação à nova moto e à nova pintura, eu gostei muito. É muito boa, muito ‘de corrida’!”, avaliou. “Nós começamos a temporada da melhor forma, mostrando aos fãs uma linda pintura. Agora temos que dar o nosso melhor para coletar bons resultados na pista”, concluiu Valentino.

terça-feira, 18 de março de 2014

Aprovação unânime

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou nesta terça-feira (18) que a Comissão de GP chegou a um acordo que garante o uso de centralina e software padrão por todas as equipes da MotoGP a partir da temporada 2016.

De acordo com um comunicado divulgado nesta manhã, a Comissão de GP, que é composta por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, Ignacio Verneda, diretor-executivo da FIM, Hervé Poncharal, presidente da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida), e Takanao Tsubouchi, representante da MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), se reuniu nesta terça e aprovou de forma unânime algumas mudanças no regulamento da MotoGP.


Opção da Ducati de correr como Open resultou em mudanças no regulamento da MotoGP (Foto: Ducati)
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1 - A ECU e o software do campeonato serão obrigatórios para todos os inscritos a partir de 2016.

Todos os participantes atuais e potenciais da MotoGP vão colaborar para ajudar no design e no desenvolvimento do software.

Durante o desenvolvimento do software, um site com acesso restrito será criado para permitir que os participantes monitorem o desenvolvimento do software e que forneçam suas sugestões de modificações.

2 - Com efeito imediato, fabricantes inscritos na opção ‘Fábrica’ que não conquistaram uma vitória em pista seca no ano passado ou um novo fabricante que entre no campeonato, podem utilizar 12 motores por piloto por temporada (não congelado), 24 litros de combustível e os mesmos pneus e oportunidades de testes da categoria ‘Open’. Esta concessão é válida até o início da temporada 2016.

3 - As concessões acima serão reduzidas nas seguintes circunstâncias:

Caso algum piloto ou combinação de pilotos nomeados pelo mesmo fabricante, participando nas condições descritas na cláusula 2, conquiste uma vitória, dois segundos lugares ou três lugares no pódio em pista seca durante a temporada 2014, então, para aquela fábrica, a capacidade do tanque de combustível será reduzida para 22 litros. Além disso, se a mesma fábrica conquistar três vitórias na temporada 2014, ela também perderá o direito de utilizar os pneus macios disponíveis para a categoria ‘Open’.

Em todos os casos, a redução das concessões será aplicada aos eventos restantes da temporada 2014 e por toda temporada 2015.


A adoção de software e centralina padrão a partir da temporada 2016 da MotoGP é uma vitória da Dorna, que segue trabalhando para reduzir os custos e aumentar a competitividade do esporte.

As novas regras, que impõem restrições às fábricas que vão correr em 2014 obedecendo ao regulamento Open, são reflexo da decisão de Ducati de seguir este novo código, que chega substituindo as CRT. O time vermelho ainda luta para conseguir recuperar a boa forma do passado e fazer frente à Honda e Yamaha.

sábado, 15 de março de 2014

#AskMarc!

Marc Márquez vai responder perguntas enviadas pelos fãs. O convite partiu do próprio campeão da MotoGP, que divulgou um vídeo em seu canal no YouTube convidando as pessoas para participarem.

Márquez vai responder perguntas enviadas pelas redes sociais (Foto: Repsol)
O piloto da Honda segue se recuperando de uma fratura na perna direita, mas é esperado para o GP do Catar, em Losail, primeira etapa do calendário 2014 do Mundial de Motovelocidade.

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sexta-feira, 14 de março de 2014

No mesmo nível

A temporada 2014 da MotoGP começa no próximo fim de semana, quando os pilotos desembarcam em Losail para o GP do Catar. Para este ano, uma das grandes expectativas é o desempenho de Valentino Rossi, que depois de anos trabalhando com Jeremy Burgess, substituiu o lendário técnico por Silvano Galbusera.

Lorenzo avaliou que Rossi já está no mesmo nível da esquadra espanhola que domina MotoGP (Foto: Yamaha)
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O contrato do italiano com a Yamaha chega ao fim nesta temporada, e Rossi já garantiu que só seguirá correndo se for competitivo. Nos testes da pré-temporada, Valentino já exibiu uma boa melhora em seu ritmo e inclusive chegou a liderar a segunda bateria de testes em Sepang.

Às vésperas do início do Mundial, Jorge Lorenzo avaliou o desempenho do companheiro de equipe e comentou que, em relação ao ano passado, o multicampeão conseguiu equiparar sua performance à do trio espanhol que vem dominando a categoria - Lorenzo, Marc Márquez e Dani Pedrosa.

“Ele está mais perto ou igual a nós”, ponderou Jorge . “Ele foi muito bem na pré-temporada na Malásia. Na Austrália foi um pouquinho mais lento do que eu, mas também estava muito próximo. Eu o vejo melhor que no ano passado”, opinou.

“Com certeza, a nova eletrônica na freada da Yamaha favorece um pouco mais seu estilo de pilotagem. Essa é uma das razões. Também pode ser que esteja mais confortável com seu novo técnico. Não sei. Se vê que ele está mais forte e no Catar é um dos favoritos, tenho certeza”, concluiu.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Moto2 – Jerez de la Frontera

A pré-temporada 2014 do Mundial de Motovelocidade chegou oficialmente ao fim nesta quinta-feira (13), quando os pilotos de Moto3 e Moto2 concluiram a fase de preparação para o campeonato. Enquanto Jack Miller comandou os trabalhos na classe inicial, na divisão intermediária a liderança ficou por conta de Takaaki Nakagami.

Nakagami comandou os treinos da Moto2 em Jerez (Foto: Divulgação/MotoGP)
Sem os pilotos de Marc VDS e Aspar, que testaram junto com os times de fábrica da MotoGP em Phillip Island, na Austrália, a pedido da Dunlop, o nipônico do Team Tady se impôs e garantiu a liderança da bateria com 0s187 de vantagem para Sandro Cortese. Tom Lüthi fecha o top-3.

Na primeira sessão desta quinta, último dia de treinos em Jerez, Nakagami cravou 1min42s206 e garantiu a liderança sem ser incomodado. O nipônico, entretanto, não conseguiu completar um long-run, já que teve problemas com os freios de sua Kalex e um feeling estranho com o novo tanque de combustível.

Também com equipamento Kalex, Cortese exibiu uma grande evolução em relação à performance do ano passado, seu ano de estreia na Moto2. Mais experiente, Lüthi esteve sempre entre os ponteiros, mas não passou de 1min42s472.

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Cortese mostrou uma boa evolução em relação ao ano passado (Foto: IntactGP)
A quarta colocação ficou com Xavier Siméon, que foi 0s350 mais lento que o líder dos exercícios. Johann Zarco, da estreante Caterham, garantiu o quinto tempo, com sua volta mais rápida, realizada no fim da manhã desta quinta, em 1min42s616.

Estreante na Moto2, Luis Salom registrou 1min42s628 em seu melhor giro e ficou com o sexto posto, 0s422 atrás do líder. Lorenzo Baldassarri aparece na sequência, à frente de Alex de Angelis. Com 1min42s778, Dominique Aegerter aparece em nono, com Simone Corsi fechando a lista dos dez melhores.

Também debutante na classe intermediária, Maverick Viñales registrou o 11º tempo desta última bateria de exercícios. O campeão de 2013 da Moto3 estabeleceu 1min42s872 como sua melhor marca e ficou a 0s666 de Nakagami. Mais um recém-chegado à Moto2, Jonas Folger ocupa o 12º posto.

Maverick Viñales precisou trocar seu número na estreia na Moto2 (Foto: Pons)
Novato no Mundial, Sam Lowes driblou um inchaço no antebraço direito, cravou 1min42s928 e ficou com o 13º posto, à frente de Franco Morbidelli, que é membro da Academia de Pilotos VR46, do multicampeão Valentino Rossi, e filho de uma brasileira.

Contratado pela Caterham, Josh Herrin é mais um a estrear no Mundial e ficou com o 21º tempo, 1s416 atrás do líder. Ricky Cardús, que foi escalado pela Tech3 para substituir o lesionado Alex Mariñelarena, anotou a 26ª marca na bateria.

Agora, os pilotos se encontram em Losail no próximo fim de semana, quando acontece o GP da Malásia, primeira etapa do calendário 2014.

Moto3 – Jerez de la Frontera

A pré-temporada 2014 da Moto3 chegou ao fim nesta quinta-feira (13) com Jack Miller na liderança. O jovem australiano completou a terceira bateria de testes com 0s100 de vantagem para Álex Márquez. Karel Hanika completou a relação dos três primeiros.

Jack Miller foi o mais rápido na última bateria de testes da pré-temporada da Moto3 (Foto: Red Bull KTM Ajo)
Recém-chegado à Red Bull KTM Ajo, Miller logo se adaptou à forma de trabalho do time de Aki Ajo e cravou sua melhor marca ainda no segundo dia de testes na Espanha. Com 1min46s259, Jack não mais teve sua posição ameaçada pelos rivais.

Trabalhando constantemente no acerto da NSF250RW, Márquez conseguiu melhorar sua marca já no último dia da bateria, colocando a Honda na segunda posição da tabela de tempos. O desempenho do irmão mais novo de Marc Márquez indica que a HRC conseguiu reduzir ao menos parte do atraso para KTM.

Estreante no Mundial, Hanika ocupa o terceiro posto. O tcheco, que vem da Red Bull Rookies Cup, cravou sua melhor marca em 1min46s381 e fechou a última bateria da pré-temporada com 0s122 de atraso para o companheiro de Red Bull KTM Ajo.

Álex Márquez mostrou evolução da Honda em relação ao ritmo da KTM (Foto: Repsol)
Jakub Kornfeil, que estreia pela LaGlisse nesta temporada, ocupa a quarta colocação, apenas 0s129 atrás do ponteiro. Éfren Vázquez, que ainda não conta com o novo escapamento e nem com o novo motor da Honda, ficou em quinto, com seu giro mais rápido em 1min46s392.

Com 1min46s493, John McPhee aparece na sexta colocação, 0s234 atrás de Miller. A bordo de uma moto da estreante Husqvarna, Danny Kent foi 0s288 mais lento que o líder e garantiu o sétimo tempo.

Também representando a LaGlisse, Isaac Viñales registrou 1min46s551 ainda no segundo dia de exercícios e ficou com o oitavo tempo, 0s041 à frente de Romano Fenati, que colocou o time de Valentino Rossi na nona colocação. Com Miguel Oliveira, a Mahindra fecha o rol dos dez melhores.

Eric Granado usou chassi 2014 da KTM pela primeira vez na bateria de Jerez (Foto: LaGlisse)
De volta às pistas após uma cirurgia no punho direito, Álex Rins sai de Jerez de la Frontera não muito satisfeito. O espanhol, que ainda não está completamente confortável na nova Honda, ficou em 11º, 0s435 atrás do líder.

Na última bateria da pré-temporada, Eric Granado provou o chassi desenvolvido pela KTM para 2014 e anotou sua melhor volta em 1min47s068. 0s809 atrás do líder de Jerez, o brasileiro ficou com o 18º tempo no resultado combinado dos três dias de exercício. 

Os pilotos da Moto3 agora só voltam para a pista para o GP do Catar, que acontece no próximo dia 23 em Losail.

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quarta-feira, 12 de março de 2014

Plano para 2015

Gigi Dall’Igna, diretor-geral da Ducati Corse, anunciou que a fábrica de Bolonha planeja vender motos Open para equipes privadas na temporada 2015. O anúncio foi feito durante a apresentação dos planos do time para este ano durante um evento com a Audi em Munique, na Alemanha, na última segunda-feira (10).

Dall'Igna revelou que Ducati planeja vender motos Open em 2015 (Foto: Ducati)
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A ideia da fábrica de Borgo Panigale é colocar a venda uma moto que tenha um preço similar ao equipamento fornecido pela Yamaha à Forward e ao que cobrado pela Honda pela RCV1000R. Cada um das motos custam cerca de € 1,2 milhão (cerca de R$ 3,9 milhões).

“Nós temos em mente desenvolver e vender em 2015 uma moto, espero que realmente rápida, que vai ter um preço similar ao dos nossos concorrentes”, explicou Gigi.

terça-feira, 11 de março de 2014

Laguna Seca

A organização do Mundial de Superbike confirmou nesta terça-feira (11) a realização da etapa de Laguna Seca, marcada para o dia 13 de julho. O acordo foi possível graças ao apoio da GEICO, uma companhia de seguros norte-americana.

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MotoGP não vai passar por Laguna Seca nesta temporada (Foto: Bridgestone)
Gill Campbell, diretor-executivo do circuito, afirmou que a seguradora é uma parceira natural para a etapa e explicou que, “como parte do programa de patrocínio, a marca da GEICO estará na pista, no site e nas iniciativas nas mídias sociais”.

Marc Saurina, diretor de marketing do Mundial, avaliou que a experiência da GEICO faz com que a empresa seja a parceira ideal para ajudar a promover a categoria no mercado dos Estados Unidos.

“A GEICO é a parceira adequada para promover a etapa do Mundial de Superbike nos Estados Unidos, graças à experiência dela no motociclismo neste mercado tão importante”, disse Saurina. “Nós estamos honrados em ser o campeonato mundial em duas rodas mais importantes no icônico circuito de Laguna Seca e estamos ansiosos para reunir um grande número de seguidores, motoqueiros e fãs do motociclismo em Monterey neste verão”, concluiu.

Ao contrário dos anos anteriores, Laguna Seca e a lendária curva do Saca-Rolhas não fazem parte do calendário da MotoGP. A prova tinha sido substituída pelo GP do Brasil, que também foi cancelado, uma vez que a obra no circuito de Brasília nem ao menos foi licitada.

Pons

A Pons aproveitou o pit-lane de Jerez de la Frontera, na Espanha, para apresentar suas novas cores para a temporada 2014 do Mundial de Moto2. Para este ano, o time de Sito Pons, que conquistou o título da classe intermediária com Pol Espargaró em 2013, contará com Maverick Viñales e Luis Salom, campeão e terceiro colocado, respectivamente, da Moto3 no ano passado.

“Hoje é um dia de satisfação ao revelarmos o desenho de nossa equipe para esta temporada”, disse Sito. “Estamos em Jerez, nosso último teste desta pré-temporada em que nossos pilotos Maverick e Luis trabalharam intensamente para conseguirem se adaptarem em tempo recorde à nova classe e à velocidade da Moto2”, continuou.

“Estou convencido que esta temporada nos brindará com momentos de grande satisfação, pelo potencial dos nossos pilotos e sua capacidade de trabalho”, defendeu Pons. “Quero agradecer aos nossos parceiros por seu compromisso permanente com a nossa equipe e seu contínuo apoio a este projeto que, tenho certeza, seguirá dando alegrias como nas últimas temporadas”, completou.

Viñales e Salom são os pilotos da Pons para a temporada 2014 da Moto2 (Foto: Pons)
Se adaptando rápido à nova categoria, Viñales afirmou que se sente confortável na Pons e brincou que dizendo que sempre teve bons resultados quando vestiu azul.

“Estou muito motivado por estar na equipe em que estou, me sinto muito confortável aqui e estamos trabalhando muito bem todos os dias”, indicou Maverick. “Gostei muito do novo desenho da moto. Consegui bons resultados sempre que vesti azul”, frisou.

“Espero que esta temporada seja muito fluída e que possamos conseguir os objetivos que traçamos”, completou.

Conhecido pelo #25, Viñales precisou mudar de número na temporada 2014 da Moto2 (Foto: Pons)
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Assim como o novo companheiro, Salom também celebrou a chance na Pons e avaliou que o time vem fazendo um bom trabalho ao longo da pré-temporada.

“Estou muito contende de estar nesta equipe. É uma oportunidade muito importante para mim. Estou muito confortável na hora de trabalhar com a minha equipe técnica”, declarou Luis. “Ainda faltam três dias de treinos antes de chegar ao Catar, mas creio que estamos fazendo um bom trabalho ao longo da pré-temporada, o que nos permite chegar na primeira corrida com confiança, apesar de sermos novos na categoria Moto2, que é bastante complicada”, seguiu.

“Eu gostei muito do desenho da moto, acho que as Kalex ficaram muito bonitas”, encerrou Salom.