quinta-feira, 6 de março de 2014

‘Fábrica 2’

Enquanto jornalistas e fãs da MotoGP pensavam que o regulamento do Mundial não teria mais alterações para a temporada 2014, Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do certame, preparava uma surpresinha. Em entrevista ao diário espanhol ‘AS’, o dirigente revelou que as regras da divisão principal devem sofrer uma alteração em resposta a decisão da Ducati de obedecer ao regulamento Open.

De acordo com Ezpeleta, um complemento ao regulamento, batizado de ‘Fábrica 2’, deve ser aprovado no próximo dia 11, durante uma reunião da Comissão de GP, que reúne representantes da Dorna, da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida) e da MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas).

Ezpeleta revelou que regulamento da MotoGP terá nova alteração no próximo dia 11 (Foto: FIM)
Em uma visita à redação do diário espanhol, o dirigente comentou as mudanças no regulamento de 2014 e revelou a proposta que apresentou à Comissão de GP.

“A centralina é o cérebro eletrônico da moto e nós miramos que seja igual para todos a partir de 2016”, começou. “Enquanto isso, eu dou o hardware igual para todos e as equipes podem correr com seu próprio software no regulamento ‘Fábrica’, ou com o nosso no ‘Open’”, explicou.

“Os que o fizerem no modo ‘Fábrica’, o farão com um tanque de 20 litros, cinco motores lacrados antes do início do campeonato e não terão um pneu mais macio para a classificação”, listou. “Os que o fizerem como ‘Open’ terão 24 litros, 12 motores não congelados e um pneu mais macio para os treinos”, seguiu.

“E, desde terça-feira, existe uma terceira via, ‘Fábrica 2’, a que seguirá a Ducati, que a princípio tem as condições das motos Open, mas no momento em que conquistarem três terceiros, ou dois segundos, ou um primeiro, passa a dispor de um tanque de 22,5 litros em vez de 24, e nove motores no lugar de 12”, revelou.

De acordo com o dirigente, as equipes que optaram por competir como Open, receberam uma primeira versão da centralina em novembro e a direção do campeonato pediu ajuda às fábricas para desenvolvê-la. Honda e Yamaha não aceitaram o convite, mas a Ducati topou trabalhar no desenvolvimento da ECU.

“Nós demos para as Open uma primeira versão da centralina em novembro e pedi ajuda às marcas para desenvolvê-la. Honda e Yamaha não quiseram, mas a Ducati quis, então agora a centralina que fornecemos é muito boa, e a Ducati escolheu esse caminho que, nesse caso, se denominará ‘Fábrica 2’”, detalhou. “O que conseguimos com isso? Que toda marca que venha no futuro economize no custo da eletrônica e corridas mais disputadas. São motos que custam menos”, apontou.

“Terão mais motos e mais pilotos com opções. O objetivo final é que todos corram como Open”, reforçou. “Até 2016 eu respeito os acordos, mas no caminho as coisas vão acontecendo e, nesse sentido, posso dizer que estamos à frente da F1”, avaliou.

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Por fim, Carmelo reconheceu que a MSMA pode se opor à proposta de ‘Fábrica 2’, mas se mostrou certo de que a nova regra será aprovada, uma vez que a associação precisa de uma decisão unânime e a Ducati apoia o projeto da Dorna.

“A MSMA pode dizer não para esta última proposta, mas tem que fazer isso de forma unânime e a Ducati está de acordo conosco, então o ‘Fábrica 2’ será aprovado em 11 de março”, garantiu. “FIM e Dorna apresentaram a proposta à Comissão de GP, e FIM, Dorna, IRTA e MSMA vão aprová-la. Se as represálias me preocupam? [Shuhei] Nakamoto [vice-presidente executivo da HRC] e eu somos muito amigos e ele já ameaçou ir para o Mundial de Superbike. Ele pode decidir ir... Mas eu também estou no Mundial de Superbike!”, concluiu.

2 comentários:

  1. Tudo pra não deixar a dona Honda magoadinha...

    A Honda é o Corinthians da MotoGP,sempre querendo ganhar no tapetão e no apito...

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    1. Na verdade seria o Fluminense se voce tiver acompanhado o caso kkkk

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