quarta-feira, 15 de maio de 2013

Palavra de quem manda

Não é de hoje que se fala na volta da MotoGP ao Brasil, mas o mesmo velho problema de sempre persiste: onde? Grande parte dos autódromos brasileiros estão sucateados e aqueles que estão em melhores condições, não passam nem perto das – justas – exigências de segurança da FIM (Federação Internacional de Motociclismo).

Ainda assim, as negociações com a Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade seguem acontecendo. Quem se esforça para trazer o campeonato para cá é Emerson Fittipaldi, que é também o responsável pela realização das 6 Horas de Interlagos.

Em uma recente entrevista, o bicampeão da F1 afirmou que a pendência é um circuito em condições de receber as motos do Mundial. Falando ao braço espanhol da agência ‘Reuters’, Carmelo Ezpeleta, presidente da Dorna, falou sobre o futuro e se mostrou confiante na introdução do Brasil no calendário.

Ezpeleta acredita em retorno da MotoGP ao Brasil até temporada 2015 (Foto: Repsol)
A MotoGP não vem ao país desde 2004, quanto tinha etapas no extinto circuito de Jacarepaguá. Em 1992, Interlagos chegou a sediar a categoria, mas o circuito paulista não tem condições de atender as necessidades atuais.

“No próximo ano nós iremos para a Argentina e muito provavelmente em um futuro próximo ao Brasil, e então falaremos sobre outras datas na Ásia”, declarou, durante sua visita ao GP da Espanha de F1, realizado no último fim de semana.

Ainda segundo o homem forte da Dorna, Brasília é a candidata a receber a MotoGP. “Eles estão prontos para fazê-lo, mas não sabemos se serão capazes de fazer todo o trabalho antes do final deste ano”, explicou. “No entanto, olhamos para 2014, mas creio que é mais provável em 2015.”

Brasília é uma das cidades que receberá a Copa do Mundo no próximo ano, além de ser palco da abertura da Copa das Confederações. O Mané Garricha é, aliás, o segundo estádio mais caro da Copa de 2014, já que seu custo de R$ 1,1 bilhão foi superado pelo Maracanã.

Ezpeleta falou também sobre o número de provas no calendário. O dirigente afirmou que gostaria de ter 18 etapas – hoje são 19 – e ponderou que não é mais possível manter os quatro GPs disputados na Espanha – Jerez, Aragón, Catalunha e Valência.

“Não há muitas possibilidades de continuar com quatro corridas na Espanha”, avaliou. “Se possível, não queremos passar de 18, mas depende de muitas coisas”, continuou, também colocando em xeque a realização do GP de Indianápolis nos próximos anos.

“Não creio que seguiremos com três (nos Estados Unidos)”, comentou. “O circuito de Austin é fantástico e seguiremos com eles. Temos um contrato de cinco anos e o cumpriremos”, assegurou. “Laguna Seca também é especial. É um GP particular, mas creio que a atmosfera e tudo em Laguna é interessante.”

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