quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pergunta atípica

Na última segunda-feira (29), o pivô Jason Collins, que defendeu o Boston Celtics e o Washington Wizards nesta temporada da NBA, assumiu em uma entrevista à revista ‘Sports Illustrated’ que é homossexual. Com a revelação, Collins se tornou o primeiro atleta da liga norte-americana de basquete a admitir que é gay.

"Não pretendia ser o primeiro a dizer que era gay na NBA. Mas agora que sou, fico feliz em começar as conversas", afirmou. "Eu gostaria de não ser o garoto da sala de aula que dizia: 'eu sou diferente'”, continuou.


Bradl deu uma resposta interessante... (Foto: LCR)

A revelação de Collins levantou o tema em outras modalidades e nesta quinta-feira o assunto chegou ao paddock da MotoGP em Jerez. Durante a tradicional entrevista coletiva dos pilotos, o jornalista David Emmett, do site ‘MotoMatters’, perguntou: “Na última semana, Jason Collins, um jogador da NBA, admitiu que é homossexual. No momento, não há nenhum piloto abertamente homossexual na MotoGP. Eu quero ouvir o pensamento de vocês sobre o porquê disso. As pessoas têm medo de se assumirem gays ou vocês são realmente interessados em mulheres?”

O primeiro a falar foi Cal Crutchlow, que começou em tom de brincadeira: “Desculpe, David, mas eu estou fora de alcance. Estou quase casado”, comentou. “Isso é tudo que eu tenho a dizer. Eu não sei. Não acho que isso importe. Acho que é mais sobre correr de moto. Nunca ouvi que ninguém é gay. Mas talvez alguns estejam escondidos no armário, eu não sei. Talvez eu esteja sentado com um deles e não saiba”, completou.

Na sequência foi a vez de Jorge Lorenzo falar: “Para todos aqueles que me perguntam no Twitter ou em qualquer outro lugar, se eles estão esperando uma resposta, chegou o momento em que eles vão saber que eu não sou gay”, afirmou. “Eu respeito os gays. É claro, não teria problema nenhum por mim”, assegurou.

Marc Márquez falou em seguida: “Acho que não é um problema. Respeito todo mundo e todos têm uma personalidade diferente. Não é um problema.”

Andrea Dovizioso seguiu a linha dos rivais. “Nunca pensei sobre isso, que algum piloto possa ser gay, mas acho que não seria um problema para ninguém”, opinou.

O último a falar foi Stefan Bradl, que arrancou risos dos jornalistas presentes. “Talvez, se isso nos tornar mais rápidos, teremos de pensar a respeito”, brincou. “Mas até agora não tenho a experiência”, continuou.

“Eu não sou gay. Certamente, eu respeito os caras que são – eles também são pessoas normais”, defendeu.

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