Ao cruzar a linha de chegada de Assen à frente de Marc Márquez – aquele que é apontado por muitos como seu substituto (em talento e carisma) –, Rossi mostrou ao mundo e, principalmente, a si mesmo, que ainda é capaz de vencer.
Após a vitória, Rossi não conseguia esconder a alegria e colocou o triunfo na Catedral como uma das melhores vitórias de sua carreira. “Esta é uma das vitórias mais especiais da minha carreira. É uma que eu quis muito, que eu esperei muito”, declarou. “Coloco este GP no pódio das minhas vitórias, porque faz muito tempo desde que eu venci e espero que isso possa aumentar a minha velocidade e nível, e eu possa lutar com esses caras todos os finais de semana”, comentou.
Valentino reconheceu que também tinha suas dúvidas em relação a suas chances de voltar a vencer e lembrou as duas difíceis temporadas que viveu com a Ducati entre 2011 e 2012.
Parceiro de todos os momentos, Jeremy Burgess celebra triunfo em Assen com Rossi (Foto: Yamaha) |
Extasiado com o triunfo, Rossi afirmou que precisaria assistir a corrida outra vez para entender o que acontecia. “Gosto deste momento, mas ainda não assimilei muito bem. Preciso assistir a corrida algumas vezes para ver quando cruzei a linha de chegada na primeira posição.”
“Eu precisava de tempo para estar 100%”, falou. “Foi um resultado muito bom na primeira corrida e depois disso eu tive muitas dificuldades e não pude usar o meu estilo. A partir do teste em Aragón nós demos um bom passo e fui muito rápido em todos os treinos aqui e me senti bem”, explicou.
O multicampeão italiano contou que sentiu muito confiante em Assen e as coisas correram de acordo com o que ele imaginava e planejava. “Nós não mudamos nada entre o warm-up e a corrida e esta é a primeira vez desde 2002”, disse. “Antes da corrida, pensei que tinha de vencer e que este era o meu dia.”
“Jorge estava ferido e não em 100%, então eu tinha de tentar vencer e a corrida foi perfeita. Fiz uma ótima largada e passei Cal [Crutchlow] e Stefan [Bradl] na primeira volta, e aí eu estava com as duas Honda”, relatou. “Esta era a minha meta, porque eu sabia que Marc e Dani tinham um ritmo muito forte. Eu era um pouco mais rápido e ultrapassei Marc, mas eu precisei de mais algumas voltas com Dani, e uma vez na ponta, mantive o meu ritmo.”
“Em um momento, vi em um telão que Jorge estava muito perto e eu pensei: ‘Pô, será um grande problema se ele chegar na minha frente com uma clavícula quebrada’”, brincou. “Quando vi na minha placa que era Marc e não Dani que estava em segundo, eu entendi que podia vencer”, continuou.
Por fim, Valentino reforçou que ele e seu time não estavam certos de que poderiam voltar a vencer, mas destacou que nunca desistiu. Rossi, no entanto, lembrou que é cedo para dizer se ele voltou à sua antiga forma ou não.
“Nós não estávamos certos de que poderíamos vencer outra vez, mas nós nunca desistimos. Uma semana depois do Catar, todos diziam que Valentino estava jovem outra vez, mas depois de Austin, era que Valentino estava acabado”, afirmou. “Eu fiquei no mesmo nível, mas para estar no topo, você precisa de tudo 100%. Eu estava pilotando como no ano passado, quando cheguei 30s depois.”
“A coisa mais importante é ficar 100% concentrado e física e mentalmente preparado para as corridas e dar o meu melhor. Não vou vencer toda semana, mas ainda tenho o potencial, a paixão e a força para lutar toda semana”, encerrou.
Com o resultado em Assen, Rossi atingiu a marca de 4646 pontos ao longo desses 18 anos de carreira no Mundial de Motovelocidade.
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