quinta-feira, 1 de maio de 2014

20 anos

1º de maio de 1994: uma data que ficará eternamente marcada na história do esporte a motor. Depois de um fim de semana caótico em Ímola, com um forte acidente de Rubens Barrichello e a morte de Roland Ratzenberger, o GP de San Marino de F1 também vitimou Ayrton Senna, que morreu após sofrer um grave acidente na curva Tamburello.

20 anos depois, as memórias de Senna seguem vivas e a quinta-feira foi repleta de homenagens, no Brasil e no exterior. Em Jerez de la Frontera, onde a MotoGP desembarca neste fim de semana, a situação não foi diferente.

Pilotos da MotoGP também falaram sobre Ayrton Senna (Foto: Divulgação/MotoGP)
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Durante a tradicional coletiva de imprensa do Mundial, os pilotos foram questionados sobre suas memórias de Ayrton Senna e, apesar da pouca idade de alguns, a maioria falou do brasileiro com admiração.

“Eu era apenas uma criança quando ele morreu”, lembrou Marc Márquez. “É triste saber que hoje é o aniversário da morte dele, mas não quero falar nada, pois eu não o conheci”, completou o jovem piloto.

Um dos pilotos mais velhos do grid da MotoGP, Valentino Rossi falou sobre suas memórias de Senna e, mesmo admitindo que era mais fã de Nigel Mansell, classificou o brasileiro como “herói”.

“Sou um pouco mais velho, então eu me lembro melhor”, começou o italiano. “Eu acompanhei muito a F1 naquela temporada. Falando honestamente, eu não era realmente um grande fã de Senna, quer dizer, eu gostava mais do Mansell. Mas ele era um herói”, contou.

“O que ele fazia em um carro de F1 é algo que permanece na história e na memória de todos os fãs, como a primeira volta em Donington no molhado, ou a volta de classificação em Mônaco com a McLaren”, listou. “Coisas que, como fã do esporte a motor, ficarão sempre na mente. Ele foi uma grande inspiração para muitos pilotos”, completou.

Também presente na coletiva de imprensa desta quinta-feira, Jorge Lorenzo falou de Senna como uma inspiração e destacou o respeito do brasileiro pelo esporte. Recentemente, o piloto espanhol postou nas redes sociais uma foto de uma réplica do capacete de Ayrton que comprou para sua coleção.

“Só comecei a acompanhar o esporte a motor em 1995, mas eu li muitos livros sobre ele e vi muitos vídeos”, contou. “Ele era realmente especial comparado com os outros. Ele tinha algo mais. Os limites dele estavam um pouco mais à frente”, comentou.

“Você tem que ter algo especial para fazer voltas 1s mais rápido que ótimos pilotos como Alain Prost. Ele também era bastante sério, trabalhava bastante em vários aspectos das corridas”, ressaltou. “Aprendi algumas coisas lendo livros e vendo alguns vídeos”, contou.

Cal Crutchlow foi mais um a dar sua visão sobre o piloto brasileiro. “Obviamente, foi antes do meu tempo, mas é um verdadeiro ícone. Acho que para todo o esporte, dentro e fora da pista, foi um grande modelo para jovens pilotos. Um esportista fantástico e provavelmente o melhor que já existiu na F1”.

Último a falar, Dani Pedrosa recordou a preocupação de Senna com a segurança na F1. “Eu era muito pequeno, então não me lembro muito bem daquele dia, mas sei algumas coisas sobre ele”, começou. “Ele tinha um talento puro para pilotar o carro de forma agressiva, forçar os limites o tempo todo”, seguiu.

“Mas também fora da pista, ele já estava procurando segurança, tentando unir os pilotos para tornar o esporte melhor e isso faz dele um cara muito, muito inteligente. Tenho muito respeito por ele”, concluiu.

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