“Tinha planos de treinos fortes nesta minha passagem pelo Brasil, mas preciso avaliar com calma as condições da minha mão e tomar os cuidados necessários para estar apto para a próxima corrida”, explicou Eric.
Corrida em Jerez terminou com uma fratura para Eric Granado (Foto: LaGlisse) |
A passagem pelo país, entretanto, serviu para que Eric fizesse um balanço da temporada 2014 e o piloto não escondeu sua frustração com os resultados obtidos até aqui. Estreando pela LaGlisse, equipe campeã com Maverick Viñales em 2013, Granado ainda não pontuou e soma dois abandonos neste ano.
“Este não foi o início de temporada que todos imaginávamos, com certeza”, admitiu. “Não é fácil sair de uma expectativa tão alta, como a que tínhamos no final dos treinos pré-temporada com a nova equipe e, após quatro etapas, ter que lidar um ferimento assim e ainda não ter marcado pontos”, continuou.
Mesmo chateado com os resultados, Eric avaliou que a mudança da Aspar para a LaGlisse foi uma evolução em sua carreira, mas lamentou que os resultados ainda não tenham demonstrado essa melhora.
“Fazer parte desta nova estrutura, que é o Team Calvo LaGlisse, foi uma evolução para mim em relação ao ano passado. O equipamento é melhor, evoluí como piloto, estou mais rápido na pista, mas os resultados não refletiram ainda esta evolução”, indicou. “Várias vezes me perguntei: o que está acontecendo? Porque duas vezes no chão? Porque ainda não consegui marcar pontos?”, contou.
“Não me parece certo, justo, mas, como tenho dito, faz parte do mundo das corridas”, ponderou. “Estou concentrado em busca de uma evolução maior como piloto e meu dia-a-dia já reflete isso”, falou.
Ainda, Eric destacou a dificuldade de chegar ao Mundial de Motovelocidade e aproveitou para agradecer todos àqueles que o apoiaram ao longo do tempo, acrescentando que sua meta agora é seguir focado para tentar estar frequentemente na zona de pontuação.
“Precisamos colocar na pista, na hora da corrida, tudo o que temos feito na preparação e nos treinos”, defendeu. “Tenho consciência que as janelas de oportunidade são poucas, restritas, e que existem muitos pilotos no mundo todo em busca de uma vaga no Mundial. Já passei por muitas destas janelas para chegar ao Mundial, graças aos resultados que alcançamos até aqui e ao apoio de pessoas e empresas que me acompanham há bastante tempo. É preciso continuar focado em alcançar os resultados que planejamos para o ano: entrar com frequência na zona de pontuação”, considerou.
“Mas é preciso tirar lições destes episódios difíceis. Eles ajudam a nos mantermos humildes, perceber que, embora eu esteja sozinho na moto a cada treino e a cada corrida, um grupo enorme de pessoas está envolvido comigo nesta caminhada. Família, equipe, amigos, médicos, torcida e acima de todos, eu mesmo, esperamos muito mais, queremos muito mais”, concluiu.
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