quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Diferenças

Escalado para substituir o recém-operado Nicky Hayden, Leon Camier disputa neste fim de semana sua terceira prova na MotoGP. Embora estreante, o britânico vem recebendo muitos elogios por sua grande capacidade de adaptação.

Às vésperas de sua prova de casa, a Aspar divulgou uma entrevista com Camier, que explicou as diferenças entre as motos dos Mundiais de MotoGP e de Superbike.

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Camier vai fazer sua terceira prova na MotoGP (Foto: Aspar)
“A eletrônica na MotoGP é muito mais avançada, o controle anti-wheelie é incrível”, apontou. “A MotoGP também é menos física que a Superbike, não só porque a moto é mais leve, mas também porque a forma de pilotar é completamente diferente, você pode contar muito com a eletrônica”, continuou.

“Os pneus também são totalmente diferentes. Você tem que encontrar o limite na MotoGP e a maneira de extrair o máximo da borracha”, ponderou. “A suspensão ajuda com isso, mas tem tantas coisas, tanta informação... Mas, basicamente, a principal diferença fica por conta da eletrônica, dos pneus e da suspensão”, resumiu.

No comando de uma RCV1000R, a versão de produção da Honda RC213V, Camier escolheu o chassi como sua parte preferida na moto nipônica.

“O ponto mais forte é o chassi, que dá um feedback incrível e te ajuda a encontrar o limite rapidamente”, exaltou. “Obviamente, tenho muita margem de melhora, mas nas minhas duas primeiras corridas com a Honda, o feeling com a moto tem sido muito bom”, avaliou.

“A eletrônica também te ajuda a entender a moto e a pilotá-la de forma relativamente fácil. Como disse antes, o controle anti-wheelie é, provavelmente, o melhor que já testei”, sublinhou.

Camier colocou eletrônica como principal diferença entre MotoGP e Superbike (Foto: Suzuki)
Apesar dos elogios, Leon contou que sua primeira reação ao ver a RCV1000R não foi positiva. Com 1,88m, o britânico de 28 anos tem em sua altura um desafio a mais na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

“Para ser honesto, a primeira coisa em que pensei quando olhei para a Honda na garagem é que eu não ia caber!”, revelou. “Mas aquela moto estava acertada para o Nicky. Uma vez que a adaptamos ao meu tamanho, foi realmente confortável”, explicou.

Por fim, ao ser questionado se gostaria de seguir na MotoGP, Camier respondeu que sim, mas admitiu que não quer ficar no campeonato com uma moto qualquer.

“Claro, eu adoraria estar nesse campeonato no próximo ano. Mas nós teríamos que avaliar as opções, em especial a moto, pois eu não quero ficar aqui a qualquer custo”, declarou. “Qualquer que seja o campeonato em que eu esteja correndo na próxima temporada, quero estar com o melhor material possível. Com teste e tempo o bastante na moto, eu adoraria ter uma chance na MotoGP”, concluiu.

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