Quando foi promovido da Moto2, Scott assinou com o time com a condição de que teria uma moto de fábrica no próximo ano, mas as dificuldades enfrentadas pela esquadra italiana acabaram afetando sua situação.
Redding garantiu que não fará outra temporada com moto Open (Foto: Gresini) |
No início da semana, Redding esteve em Silverstone com Bradley Smith e Neil Hodgson para um evento com a imprensa e falou ao site inglês ‘Crash.net’ sobre seus planos para a próxima temporada.
“Sei que a Honda que ficar comigo por dois anos, o que é uma coisa boa”, começou. “E eles me querem em uma moto de fábrica. Então é só uma questão de onde e de que peças teremos”, ponderou.
“Nós precisamos ver, pois eu sei que a Gresini está com dificuldades no momento e eles estão falando sobre outras fábricas, então eu não tenho muita certeza sobre o que vai acontecer. Nós precisamos ver o que vai acontecer ao longo das próximas corridas”, explicou.
Com a promessa de uma moto de fábrica, Redding garantiu que não continuará com a versão de produção da RC213V e contou que já disse isso ao chefe do time, Fausto Gresini.
“Eu tenho um contrato de dois anos com a Gresini, então, na teoria, preciso ficar com a Gresini”, ressaltou. “É difícil quando eles estão pensando em mudar de fábrica, pois a moto de fábrica [da Honda] é muito cara e eu não vou ficar com uma moto Open”, garantiu.
“Eu disse que não vou ficar mais um ano na categoria Open”, revelou. “Prefiro ficar em casa do que fazer mais um ano de Open. Nós precisamos ver o que podemos fazer”, seguiu.
Em termos de performance, o britânico não tem com que se preocupar. Na classificação do Mundial de Pilotos, Scott aparece em 12º, o melhor entre os pilotos que contam com a RCV1000R, uma posição atrás de Álvaro Bautista, que tem uma RC213V satélite.
“Acho que a Honda está feliz com a minha temporada até aqui”, comentou. “Eles ficaram muito impressionados com Indy e Sachsenring. Sachsenring teve uma condição climática mista, então foi bom para nós. Aí em Indianápolis eles disseram: ‘Você fez algo com esta moto que ninguém tinha feito antes’”, revelou.
“Eu sempre tento estar lá. Estou começando a me sentir mais confortável na moto, começando a saber o que ela vai fazer, o que também ajuda. Quando vou bem, Livio Suppo e [Shuhei] Nakamoto aparecem e dizem: ‘Muito bem’. Então eu sei que eles estão me observando. É bom saber”, considerou.
Recentemente, Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da HRC, revelou que o plano para 2015 é colocar na RCV1000R um motor com a atual especificação do propulsor da RC213V. Mesmo assim, Redding não pretende reconsiderar sua posição.
“Mas eles também disseram que a moto Open deste ano seria 0s3 mais lenta”, lembrou. “O ponto é que eu quero estar na ‘MotoGP’. Não na classe Open. Ou na Ducati Open. Quero estar em uma moto da MotoGP que possa vencer corridas e lutar pelo pódio.”
“Não vou ficar ‘brincando’ por alguns anos. Posso lidar com um ano. Dois anos, não vai acontecer”, assegurou.
Com a versão de produção do bem sucedido protótipo nipônico, Redding chegou a ser até 20 km/h mais lento do que a moto mais rápida em algumas das pistas por onde passou nesta temporada.
“Eu adoraria ter mais potência para, no mínimo, me misturar aos caras de fábrica. Aí eu me sentiria mais satisfeito”, ponderou. “Você fica com eles nas primeiras três voltas, pois tem o pneu mais macio, mas você simplesmente assiste eles escaparem mais e mais. Não há nada que você possa fazer. Não importa o quão forte você pilote, você não consegue ficar com eles. É assim que é e você tem que aceitar, o que é a parte mais difícil”, concluiu.
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