segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Matando a saudade

Casey Stoner vai estar na pista de Phillip Island quando a MotoGP desembarcar em Victoria para o GP da Austrália no próximo dia 20 de outubro. Mas o ex-piloto da Honda não estará por lá como wild-card.

Bicampeão da MotoGP, Casey vai se juntar a Wayne Gardner e Mick Doohan para uma volta de honra na corrida deste ano.

Stoner conquistou sua sexta vitória em Phillip Island no GP da Austrália de 2012 (Foto: Honda)
“O GP da Austrália de 2012 foi um final de conto de fadas para a minha carreira na MotoGP”, declarou Stoner ao site australiano ‘MCNews’. “Será bom ir para a pista este ano com Mick e Wayne sem a pressão de competir. Estou ansioso para curtir isso e me misturar com os fãs que me apoiaram durante a minha carreira”, completou.

A volta de honra acontecerá no domingo, pouco antes da largada da classe rainha. Nos últimos seis anos, foi Casey quem venceu o GP da Austrália de MotoGP.

“Casey acendeu Phillip Island e emocionou os nossos fãs uma vez após a outra”, comentou Andrew Westacott, diretor-executivo da empresa que organiza a etapa australiana. “Vê-lo novamente em sua pista favorita ao lado de Mick e Wayne será uma oportunidade única e eletrizante para os fãs de todas as idades”, continuou.

A volta de honra deste ano será ainda mais emocionante para Wayne Gardner, já que o ex-piloto terá a companhia de Remy e Luca, seus dois filhos.

“No que diz respeito a vitórias em GPs, foi aqui que tudo começou para mim”, lembrou Gardner. “Será uma ocasião muito especial. É sempre um grande prazer pilotar no circuito de Phillip Island. Curti muitos momentos especiais lá e andar com Casey e Mick certamente aumentará esta lista”, afirmou.

15 anos após vencer sua corrida de casa pela última vez, Doohan também celebrou a chance de rodar ao lado das outras duas grandes estrelas do motociclismo australiano.

“O retorno de Casey a Phillip Island é uma grande notícia para os fãs da MotoGP. Sem dúvida o público vai amar e estou ansioso para desempenhar meu papel”, falou Mick. “No momento, a MotoGP está fazendo muito sucesso pelo mundo com uma nova geração de lendas emergindo. Nós estamos testemunhando uma nova era do esporte e incentivo os fãs a viajarem para Phillip Island no próximo mês para o que promete ser um grande evento”, concluiu.

#VoltaLaguna

A MotoGP ainda não divulgou o calendário oficial da temporada 2014, mas o circuito de Laguna Seca confirmou nesta segunda-feira (30) que não estará na programação do próximo ano. No programa do Mundial desde 1988, o circuito de Monterey realizou 15 etapas da classe rainha.

Laguna Seca afirmou que vai trabalhar para voltar ao calendário da MotoGP em breve (Foto: Honda)
“Por 25 anos, o circuito de Laguna Seca serviu de casa para os GPs nos Estados Unidos, recebendo 15 GPs do campeonato mundial desde 1988. Infelizmente, e apesar do apoio leal dos fãs, patrocinadores e imprensa, não haverá o 16º GP em 2014”, anunciaram os responsáveis pela pista em um comunicado.

“No momento, os Estados Unidos só podem receber duas etapas da MotoGP. O apoio fornecido pelos estados do Texas e de Indiana dificulta para nós, como uma organização sem fins lucrativos, competir atualmente”, justificou. “Laguna Seca manifesta sua gratidão a todos aqueles cujos esforços combinados tornaram o GP dos Estados Unidos um evento tão icônico – foi preciso todos vocês: fãs, patrocinadores, motociclistas, imprensa, voluntários e, não menos importante, a Dorna Sports. Nosso compromisso com vocês é trabalhar com afinco para trazer de volta o Mundial de MotoGP para Monterey, na Califórnia, em um futuro bastante próximo”, completou a nota.

As operações diárias da pista são mantidas pela SCRAMP (Sports Car Racing Association of the Monterey Peninsula, no inglês), uma organização sem fins lucrativos, que depende de doações privadas.

Com a saída de Laguna Seca, os Estados Unidos terão apenas duas etapas do Mundial de Motovelocidade no próximo ano: Austin e Indianápolis. A prova no famoso circuito de Indiana esteve ameaçada recentemente, já que os pilotos reclamam bastante do asfalto do circuito – que tem três coberturas diferentes.

Os responsáveis pela pista de Indianápolis, entretanto, se comprometeram a recapear completamente o traçado misto, que no próximo ano também vai receber uma prova da Indy, que já corre no oval nas tradicionais 500 Milhas de Indianápolis.

Clube da Luluzinha

A presença de duas mulheres no grid da Moto3 foi um dos temas mais populares neste fim de semana em Aragón. Com Ana Carrasco e María Herrera juntas, surgiram os questionamentos sobre a criação de um Mundial de Motovelocidade direcionado apenas para as mulheres, mas a sugestão tratou logo de ser rejeitada pela dupla espanhola.

Carrasco e Herrera dividiram a pista do Mundial de Moto3 neste fim de semana (Foto: Repsol)
“Eu gosto assim, pois tem mais competitividade e aprendemos com eles, porque são muito rápidos”, disse María. “Eu gosto assim”, reforçou a pilota da Estrella Galicia 0,0.

A titular da LaGlisse acompanhou a opinião de Herrera e destacou que a criação de um campeonato feminino tiraria a graça do esporte. “O que eu mais gosto é competir contra homens e tentar vencê-los”, comentou. “Um campeonato feminino seria mais fácil e tiraria toda a graça”, avaliou.

A companheira de equipe de Maverick Viñales também falou sobre a condição física das mulheres. Os jornalistas citaram o exemplo de Elena Rosell, que correu na Moto2 no ano passado, e perguntaram para a espanhola se questões físicas limitariam seu crescimento no esporte.

“Não é momento de pensar nisso. Estamos na Moto3 e eu quero chegar na MotoGP. Também têm pilotos que não são muito grandes e fazem bons resultados na MotoGP, como [Dani] Pedrosa”, comparou. “E Elena foi bem na Moto2. Ela estava a dois ou três segundos de [Marc] Márquez e eu creio que isso é muito bom”, opinou.

Carrasco, aliás, ficou ao lado de alguns dos principais pilotos do Mundial na última quinta-feira durante uma coletiva de imprensa no MotorLand. Sentada ao lado de Valentino Rossi, Marc Márquez, Jorge Lorenzo, Dani Pedrosa, Stefan Bradl e Aleix Espargaró, Ana foi questionada sobre a sensação que tinha por estar ali e contou que passou o ano todo pedindo a Pablo Nieto, chefe da LaGlisse, que lhe apresentasse o multicampeão italiano.

“Passei o ano todo tentando que Pablo Nieto me apresentasse Rossi e eu o fiz por mim mesma”, explicou. “Conhecer os melhores do mundo é importante para mm e espero algum dia poder estar no lugar deles. Fico com o que Márquez nos disse”, continuou.

Questionada sobre o que ouviu do líder da MotoGP, Ana respondeu: “Márquez nos disse que fica vermelho por estar com duas garotas”, relatou. “Foi o mais interessante do dia”, concluiu.

domingo, 29 de setembro de 2013

Crise nos 200

Depois de Casey Stoner, Nicky Hayden e Valentino Rossi, chegou a vez de Andrea Dovizioso disparar contra a Ducati. Completando seu GP de número 200 no Mundial de Motovelocidade neste domingo (29), o italiano não poupou críticas a Borgo Panigale e responsabilizou os funcionários da fábrica de Bolonha pelos problemas no projeto da MotoGP.

Vindo da Tech3, Dovizioso chegou ao time vermelho em 2013, assumindo o lugar deixado vago por Valentino Rossi. Nas 14 corridas disputadas até aqui, Andrea chegou ao top-6 em apenas duas ocasiões.

Dovizioso é mais um a não conseguir esconder a decepção com a Ducati (Foto: Ducati)
Assim como seus antecessores a bordo da Desmosedici, Dovizioso também apontou problemas com a moto saindo de frente, mas apesar das inúmeras evidências da falha, a Ducati segue sem encontrar uma solução.

Questionado pela revista britânica ‘Motorcycle News’ se o atraso em relação a Honda e Yamaha já preocupava para o próximo ano, Dovizioso respondeu: “Claro que temos de nos preocupar, porque a realidade está na cara de todos”.

“Mas, até onde eu sei, neste momento o futuro não está definido, então, infelizmente, é muito cedo para falar de 2014”, declarou. “Não posso falar sobre 2014, pois os detalhes ainda não estão claros e nós estamos em uma situação difícil. Nós sabemos os problemas que temos, não podemos resolver agora e não podemos esperar por nada especial. Tudo que nós podemos fazer é dar 100% e tentar tirar o máximo da nossa moto. O máximo que fazemos é levar a moto ao limite”, continuou.

Insatisfeito, o italiano não poupou os funcionários do time vermelho e afirmou que é fundamental que a Ducati promova mudanças em seu Departamento de Corridas.

“Este é um ponto chave e venho falando nisso desde o início da temporada”, ressaltou Andrea. “O ponto chave não é a moto. Se até agora nós não conseguimos resolver o problema, isso significa que é uma consequência do problema”, apontou.

“Então nós temos de reparar um ponto diferente e é por isso que nada é resolvido. Quem trabalhou na moto não resolveu o problema e este é o problema”, frisou. “Acho que ninguém sabe como resolver isso”, comentou, indicando que a GP13 não tem único grande defeito.

“Um grande problema é nas curvas, mas essa não é a única razão para termos uma diferença tão grande para o topo. Nós podemos falar sobre muitas possibilidades, mas eu não tenho uma resposta e, neste momento, ninguém tem”, completou.

Vale lembrar que a Ducati passou por uma grande mudança desde a chegada da Audi. Ainda no ano passado, Filippo Preziosi foi afastado do posto de diretor-geral da Ducati Corse. No comando do Departamento de Corridas desde 2003, o engenheiro italiano foi apontado como o principal responsável pelo fracasso do projeto com Rossi e acabou substituído por Bernhard Gobmeier, que trabalhava para a BMW no Mundial de Superbike, na chefia do time.

Preziosi ainda chegou a ser nomeado chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Borgo Panigale, para trabalhar com motos de rua, mas pediu demissão antes mesmo de assumir o cargo.

Gobmeier e Claudio Domenicali, diretor-executivo da Ducati, afirmaram recentemente que o projeto da MotoGP será reestruturado nos próximos meses em Borgo Panigale. O chefe do time, entretanto, negou os rumores de que a marca italiana esteja tentando contratar Gigi Dall’Igna, chefe técnico da Aprilia.

Venezuela

A América do Sul está em alta no Mundial de Motovelocidade. A Kiefer Racing anunciou na última sexta-feira (27) a contratação de Gabriel Ramos. O venezuelano de 19 anos, que ocupa a 16ª colocação no Campeonato Espanhol de Velocidade – CEV, vai correr pela atual equipe de Toni Finsterbusch na Moto3 em 2014.

Gabriel Ramos será o primeiro piloto da Venezuela a correr na Moto3 (Foto: Kiefer Racing)
Com o contrato com a Kiefer, Ramos será o primeiro piloto da Venezuela a alinhar na categoria inicial do Mundial de Motovelocidade.

“Estou muito feliz, pois agora o meu sonho de estar no campeonato mundial vai se tornar realidade. Estou pronto para um ano que, certamente, não será fácil, pois das 17 pistas em que vamos correr, 13 serão novas para mim”, comentou. “Agora eu vou completar um intensivo treinamento para poder estar física e mentalmente 110% preparado. Espero poder aprender a cada quilometro que completar e ser capaz de melhorar constantemente”, continuou.

“Eu gostaria de terminar nos pontos no meu primeiro ano. Para mim, também é importante que Stefan Kiefer tenha vindo até mim e não contrário. Assim eu sei que o time tem confiança em mim e vai lutar com a mesma motivação que eu”, completou.

sábado, 28 de setembro de 2013

Dream Team

Em sua temporada de estreia na MotoGP, Marc Márquez acatou a decisão de Honda de seguir com o time de mecânicos que foi de Casey Stoner. O excelente desempenho e a liderança do Mundial, entretanto, deram ao espanhol uma posição confortável o bastante para pedir à HRC que chamasse seus antigos companheiros.

“Era um sonho meu e eu já posso dizer que vou reunir outra vez o meu time dos sonhos de mecânicos”, contou o pole-position do GP de Aragón.

Márquez vai reunir seu antigo time de mecânicos da Moto2 no próximo ano na MotoGP (Foto: Repsol)
O jovem espanhol fez o pedido diretamente a Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da Honda, que aceitou a solicitação do estreante. De acordo com o piloto, a renovação de seu contrato com o time – que vai até 2014 – não foi colocada em pauta na hora de discussão sobre sua futura equipe de profissionais. 

A Honda, no entanto, não vai abrir mão dos mecânicos que trabalharam com o bicampeão australiano. Os antigos integrantes do time de Stoner vão assumir outras funções dentro da estrutura da HRC.

Marc contou que três dos mecânicos que faziam parte de seu time na Moto2 até o ano passado passarão a integrar a estrutura japonesa a partir da próxima temporada.

“No ano que vem eu vou trazer três pessoas que no ano passado já trabalhavam comigo na Moto2 para a equipe da MotoGP”, falou. “Os três que vão chegar vão substituir três dos atuais integrantes da equipe que, por outro lado, vão continuar trabalhando dentro da Honda e eu fico feliz com isso”, continuou.

“No ano passado eu já tinha esta vontade, mas não pude. A Honda me aconselhou que seria importante contar com uma equipe experiente em primeiro ano e eles me ajudaram muito”, assegurou. “Mas é uma alegria trazer a equipe que trabalhou comigo nos últimos três anos, alguns inclusive por cinco ou seis anos. É o meu sonho e, sendo jovem, quero ter o meu time dos sonhos, a equipe que eu quero para muitos, muitos anos. Não posso reclamar de nada da equipe que tenho agora, pois eles fizeram um grande trabalho e me ajudaram muitíssimo, mas simplesmente é um sonho meu”, explicou.

Apesar da recomendação para que utilizasse os mecânicos de Stoner, a marca nipônica autorizou Márquez a levar dois integrantes de seu grupo neste primeiro ano na classe rainha. A partir de 2014, Javi Ortíz, Jordi Castellà e Hugo Bucher se juntam a Santi Hernández e Carlos Liñán na equipe do espanhol.

“Javi, que agora trabalha com o meu irmão e prepara as rodas e o combustível, Jordi Castellà, que é o primeiro mecânico, e também Hugo, que é o telemetrista que eu tinha no ano passado e que tem experiência na MotoGP”, contou Márquez.

Da atual equipe, seguirão Roberto Clerici, Andrea Brunotti e Carlo Liuzzi, um telemetrista que já trabalhou com Jorge Lorenzo na Yamaha.

Apesar da mudança para o próximo ano, Marc negou que tenha algum tipo de sentimento de culpa em relação a sua ex-equipe. “Não, pois no fim eles são profissionais e entenderam perfeitamente a situação do ano passado. Simplesmente era a minha vontade e o meu sonho”, assegurou.

“Por exemplo, eu comecei a trabalhar com Castellà quando eu tinha 12 anos e nós sempre estivemos juntos. Só estivemos separados por razões de equipe, como quando estive com [Aki] Ajo, mas eu o trouxe de volta na Moto2 e a minha vontade era reunir de novo o meu pessoal”, reforçou. “Vocês sabem que eu sou um piloto que gosta de estar com a minha equipe, ter uma família aqui e quero estar confortável. Os que temos agora são profissionais muito bons, mas a minha vontade era ter os meus e o tempo dirá se errei ou não.”

Questionado sobre a reação de seus antigos mecânicos com a chance na HRC, Márquez revelou: “Eles sabiam. Eu prometi a eles que quando pudesse, os traria comigo”.

Chefe da Honda, Livio Suppo falou ao site espanhol ‘Motocuatro’ sobre a mudança no time de Márquez. O dirigente destacou a qualidade da atual equipe, mas seguiu a linha do piloto e afirmou que era um desejo do espanhol ter seus mecânicos de confiança a seu lado.

“Marc nos pediu para reunirmos novamente a equipe com que ele esteve trabalhando durante seus dois anos na Moto2. Não que ele considere que a atual estrutura não é boa – é só ver os resultados –, mas por questões que têm mais a ver com sua forma de ser e sua personalidade”, comentou. “Marc é muito unido a seu grupo de trabalho e tem uma forma de trabalhar com eles que é o que ele quer”, continuou.

“Ele nos pediu e nós estamos trabalhando para poder incorporar estas pessoas sem ter de prescindir de nenhum dos membros da atual equipe, que assumirão outras responsabilidades dentro da estrutura da HRC”, completou.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Machismo?

As mulheres foram o grande assunto desta quinta-feira (26) em Aragón. Neste fim de semana, Ana Carrasco ganhará a companhia de María Herrera no grid da Moto3 e as duas participaram da tradicional coletiva de imprensa do Mundial.

Vindo de uma vitória no Campeonato Espanhol de Velocidade – CEV no circuito de Navarra, Herrera vai estrear na elite do motociclismo no MotorLand, o traçado onde conquistou seu primeiro triunfo no certame da Espanha. Integrante da Monlau, María vai correr com uma KTM com as cores da Estrella Galicia 0,0.

Carrasco e Herrera participaram da coletiva desta quinta em Aragón (Foto: Repsol)
Falando aos jornalistas em Aragón, María foi questionada sobre a reação dos homens ao serem derrotados por uma mulher em um esporte dominado por eles. A jovem espanhola reconheceu que é possível ver no rosto dos rivais a raiva pela derrota.

“A verdade que os incomoda um pouco. Incomoda bastante”, reconheceu rindo. “No pódio dá para ver pela cara deles que eles não gostam”, completou.

A jovem de Toledo também afirmou que espera ver mais mulheres rompendo a barreira do Mundial e ressaltou que questões físicas não devem impedir que ela suba para categorias maiores no futuro. No início do ano, María se mudou para o CAR, um centro de treinamento para atletas de alto rendimento na Catalunha.

“Eu gostaria que tivessem mais mulheres e, com trabalho e esforço, é possível conseguir”, avaliou. “Agora nós já estamos treinando duro, mas quando fizer falta, faremos com mais força, claro, para dar o salto”, comentou.

Por fim, Herrera reconheceu que sente a responsabilidade por ser um exemplo para outras jovens que querem fazer carreira no motociclismo. “Sim, eu sinto. Existem outras meninas que querem fazer o mesmo e eu apoio”, concluiu.

VR46 (2)

A rede de TV italiana Sky anunciou no início da semana uma parceria com a VR46 de Valentino Rossi para formar uma equipe no Mundial de Moto3. Nesta quinta-feira (26), foi a vez do piloto italiano falar sobre o projeto durante uma coletiva de imprensa em Aragón.

O multicampeão explicou que não estava nos seus planos formar um time para o próximo ano, mas reconheceu que o projeto com a Sky se tornou irrecusável.

Rossi falou sobre seu time na Moto3 nesta quinta em Aragón (Foto: LCR)
“Estou muito contente. É algo inesperado, porque eu tinha começado com a escola para ajudar jovens pilotos italianos e a ideia da equipe não estava nem na nossa cabeça, nem no nosso programa para o próximo ano, mas chegou a rede de TV Sky, nós começamos a conversar e eles queriam fazer esta equipe”, contou. “Sinceramente, eu não estava convencido, mas era uma chance que não podíamos perder. Nós tínhamos espaço para montar e pessoas para fazer funcionar e nos perguntamos: ‘Por que não?’. Então começamos a trabalhar nesse projeto”, continuou.

Rossi confirmou que Romano Fenati é o único piloto garantido na equipe e reconheceu que seu irmão, Luca Marini, é também uma opção. A promoção do caçula ao Mundial, entretanto, não está definida e o piloto da Yamaha citou Andrea Migno, Francesco Bagnaia e Stefano Manzi como opções.

“Fenati já era piloto da academia e eu o estava ajudando a encontrar uma equipe para o próximo ano. Nós já tínhamos várias opções para ele, mas ele correrá conosco”, afirmou. “Para o posto de segundo piloto, nós temos diversas opções. Uma possibilidade é o meu irmão, Luca Marini, mas não estamos certos. Temos outros pilotos que também são candidatos a assumir a segunda moto, como Migno, Bagnaia ou Manzi”, explicou.

Ainda, Valentino assegurou que a estrutura da VR46 só estará presente no Mundial de Moto3 e não nos campeonatos italiano e espanhol. “Não haverá equipe nem no CIV e nem no CEV. Nós vamos continuar acompanhando os jovens pilotos italianos e ajudaremos alguns, como [Nicolo] Bulega, mas não estaremos presentes como equipe”, ressaltou.

Girl Power

María Herrera já provou – duas vezes – que as mulheres podem vencer os homens nas pistas. Com vitórias em Aragón e Navarro no CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade), um dos mais fortes do motociclismo atual, a jovem espanhola ganhou um wild-card para o Mundial de Moto3 e fará sua estreia na elite do motociclismo neste fim de semana.

Os bons resultados de María, que tem apenas seis pontos de atraso em relação a Marcos Ramírez, líder do CEV na Moto3, são fruto de muito esforço. A espanhola faz parte da Monlau, a mesma equipe que orientou os passos de Álex e Marc Márquez, e também conta com o apoio de Álvaro Bautista, piloto da Gresini na MotoGP.

Herrera se mudou para o CAR em fevereiro deste ano (Foto: Repsol)
Essa base já sólida ganhou um reforço ainda maior em fevereiro deste ano, quando Herrera se mudou para o CAR (Centre d’Alt Rendiment, em catalão). Vinculado ao governo da Catalunha, a centro dá apoio total aos atletas para que eles possam competir em provas internacionais.

Além de dar aos seus alunos os recursos necessários para um treinamento completo em suas respectivas modalidades, o CAR também tem seu braço acadêmico, onde os jovens podem completar os estudos.

O Centro de Alto Rendimento trabalha com mais de 35 modalidades, entre elas: atletismo, basquete, ginástica olímpica, golfe, levantamento de peso, natação, taekwondo, tênis e esporte a motor. No rol de seus atletas, além dos irmãos Márquez, o CAR tem figuras como Jaime Alguersuari, Marc Gené, Carlos Checa, Marc Coma, Toni Bou e Tommy Robredo.

A gigante Repsol, que é uma das patrocinadoras da pilota, divulgou um vídeo mostrando um pouco da rotina de María no CAR. O Centro, aliás, é um exemplo a ser seguido, inclusive por um país que vai receber os Jogos Olímpicos e não tem lá grandes centros de excelência esportiva.



Às vésperas da estreia no Mundial, Herrera mantém os pés no chão e vai para a pista em Aragón com a clara meta de aprender com pilotos mais experientes do que ela.

“Eu espero aprender muito neste GP, pois estarei ao lado de pilotos do campeonato mundial, que são realmente rápidos”, comentou. “Não sinto nenhuma pressão, pois o que eu preciso é ganhar experiência. Ficarei satisfeita se conseguir baixar os tempos que registrei lá na corrida do CEV”, continuou.

“Acima de tudo, minha meta é terminar o fim de semana tendo aprendido bastante. Eu amo a pista do MotorLand, não só por ter conquistado minha primeira vitória no CEV lá, mas porque é uma pista rápida e se adapta muito bem ao meu estilo de pilotagem”, completou.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pronto para outra

Scott Redding segue no comando do Mundial de Moto2, mas viu Pol Espargaró reduzir a vantagem para apenas 23 pontos. Mesmo precisando reagir ao crescimento do espanhol, o piloto da Marc VDS decidiu operar o antebraço direito na última quarta-feira (18), por conta de um nervo que estava comprimido. O piloto de 20 anos foi operado pelo doutor Xavier Mir, no Hospital Universitario Quirón Dexeus, em Barcelona.

Redding garantiu que está pronto para correr, apesar da cirurgia no braço (Foto: Marc VDS)
A opção pela cirurgia aconteceu após o GP de San Marino, quando o britânico perdeu completamente a sensibilidade dos dedos da mão esquerda. Apesar dos 19 pontos no braço resultantes da operação, Scott afirmou que está bem e pronto para correr em Aragón.

“Em Misano eu perdi completamente a sensibilidade dos dedos da mão direita e não podia sentir quanta pressão eu colocava na alavanca do freio”, contou. “A batalha pelo campeonato com Pol, e talvez com Tito [Rabat], irá até o fim e eu preciso estar completamente em forma para defender a liderança, e foi por isso que eu optei por fazer a cirurgia agora, antes de embarcarmos para o exterior, para três corridas seguidas”, explicou.

“O braço está um pouco dolorido, mas eu posso lidar com isso. O mais importante é que eu estou em forma para a corrida e o problema com o meu braço está resolvido de uma vez por todas”, frisou. “Estou ansioso por este fim de semana. Terminei no pódio em Aragón no ano passado e a minha meta é fazer o mesmo desta vez”, completou.

Palco do fim de semana – Aragón

O Mundial de Motovelocidade chega neste fim de semana ao MotorLand de Aragón, que recebe a 14ª etapa da temporada 2013. Na reta final do Mundial, Marc Márquez segue líder, apesar dos dois triunfos seguidos de Jorge Lorenzo.

O jovem piloto da Honda somou 253 pontos até aqui, 34 a mais que Lorenzo e Dani Pedrosa, segundo e terceiro, respectivamente. Com 125 pontos ainda em disputa no Mundial, os dois principais rivais do espanhol terão de torcer cada vez mais para vê-lo longe do pódio.

Aragón recebe o Mundial de MotoGP neste fim de semana (Foto: Bridgestone)
No caso da Moto2, a disputa é mais apertada. Com o triunfo de Pol Espargaró em Misano e o sexto posto de Scott Redding, o britânico da Marc VDS segue na ponta da tabela de classificação, mas viu sua vantagem cair para 23 pontos. Tito Rabat ocupa a terceira colocação, com 51 pontos a menos que Scott.

Na Moto3, a briga está ainda mais complicada. Álex Rins chegou ao seu quarto triunfo na temporada, reduzindo bastante a diferença para Luis Salom e Maverick Viñales, primeiro e segundo, respectivamente na classificação. O piloto da Red Bull KTM Ajo soma 246 pontos, 19 a mais que o rival da LaGlisse, que, por sua vez, tem dois de margem para o colega da Estrella Galicia 0,0.

Confira alguns detalhes sobre o MotorLand de Aragón:
Número de voltas: 23
Comprimento da pista: 5.078 metros
Largura da pista: 15 metros
Reta mais longa: 968 metros
Curvas: 17 (Dez para a esquerda e sete para a direita)

Alocação dos pneus
- Dianteiros: Médio e Duro (Slicks)
- Traseiros: Macio, Médio e Duro (Assimétrico)
- Chuva: Duro e Macio

Recordes
Pole-position: Casey Stoner – 2011 – 1min48s451
Melhor volta: Casey Stoner – 2011 – 1min48s451
Recorde: Casey Stoner – 2011 – 1min49s046

Resultados de 2012
1º: Dani Pedrosa
2º: Jorge Lorenzo
3º: Andrea Dovizioso

Antes da corrida, Márquez fez uma análise sobre o circuito:




terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sem jogar a toalha

Dani Pedrosa pode não estar em uma situação confortável na classificação da MotoGP, mas ainda não jogou a toalha. Terceiro colocado na prova de Misano, o espanhol caiu uma posição na tabela e está empatado com Jorge Lorenzo com 219 pontos na segunda colocação – o piloto da Yamaha tem cinco vitórias em 2013, três a mais que o piloto da HRC.

Pedrosa tem 34 pontos de atraso em relação ao líder do Mundial (Foto: Repsol)
Mesmo empatados, os dois têm 34 pontos de atraso em relação a Marc Márquez, que lidera o Mundial em sua temporada de estreia com os protótipos 1000cc. Falando ao site da Red Bull, patrocinadora do piloto, Dani destacou que foi uma temporada de altos e baixos, mas lembrou que apesar da diferença em relação ao líder, segue com chances de conquistar seu tão sonhado primeiro título na classe rainha do Mundial.

“Tem sido uma temporada com sensações distintas e, infelizmente, a lesão sofrida em Sachsenring nos atrapalhou um pouco, mas ainda estamos no campeonato e parece bom”, ponderou.

Questionado se achava possível repetir a sequência vitoriosa do ano passado, Pedrosa foi claro: “Toda vez que eu vou para a pista, minha meta é vencer. Meus rivais também estão em forma outra vez, então acho que o fim da temporada será muito empolgante”, avaliou.

Por fim, o espanhol afirmou que assim como foi no ano anterior, quando Lorenzo faturou o título com 18 pontos de vantagem, a disputa em 2013 também será intensa.

“Acho que este ano será bem apertado mais uma vez e nós vamos lutar até o último momento”, garantiu.

É muito talento

Não chega a ser exatamente uma surpresa, mas Marc Márquez reafirma seu talento a cada fim de semana. Líder do Mundial de MotoGP, o jovem espanhol está cheio de motivos para comemorar.

Mesmo batido por Jorge Lorenzo na etapa de Misano, Márquez não se mostrou incomodado com a derrota e festejou com a Honda em San Marino.


É muito talento, não?!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

VR46

A Sky anunciou nesta segunda-feira (23) que vai trabalhar em parceria com Valentino Rossi na temporada 2014 da Moto3. Em um comunicado, a emissora de TV italiana anunciou o acordo com a VR46, empresa do piloto da Yamaha, para patrocinar uma equipe na classe inicial do Mundial de Motovelocidade.

Em parceria com a Sky, VR46 de Valentino Rossi terá equipe na Moto3 (Foto: Yamaha)
Com a meta de apoiar novos talentos, o time, que terá a marca da Sky como nome, contará com motos KTM e já solicitou sua inscrição no campeonato organizado pela Dorna.

Até aqui, o único piloto confirmado no time é Romano Fenati, que atualmente corre com as cores da Federação Italiana de Motociclismo. “Nós nos juntamos à Sky para dar a pilotos italianos a oportunidade de serem competitivos e atingirem os mais altos níveis”, explicou Rossi.

De acordo com rumores da imprensa italiana, Luca Marini, meio irmão do multicampeão, deve ser o segundo piloto do time. Além disso, os veículos italianos apontam Rossano Brazzi, que trabalhou com Valentino nas 125cc e nas 250cc, como chefe do novo time.

A partir da próxima temporada, a Sky será a responsável pela transmissão do Mundial de Motovelocidade.

domingo, 22 de setembro de 2013

Mais uma

María Herrera conseguiu mais uma vez. Pouco menos de uma semana antes de estrear no Mundial de Moto3 como wild-card, a jovem espanhola conquistou neste domingo (22) sua segunda vitória no CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade).

María dominou a maior parte da corrida, mas caiu para a terceira colocação com três voltas para o fim. Na reta do circuito de Navarra, Herrera aumentou o ritmo e passou Marcos Ramírez e Alejandro Medina de uma vez e manteve a ponta até cruzar a linha de chegada.

A primeira vitória de María foi em Aragón, onde ele vai estrear no Mundial de Moto3 (Foto: Repsol)
María completou as 17 voltas pelos 3.933 metros do circuito de Navarra em 30min29s675, recebendo a bandeirada 0s347 antes de Medina, que ficou com o segundo posto. Marcos Ramírez, companheiro de equipe de Herrera no Júnior Team Estrella Galicia 0,0, ficou com a terceira colocação.

Jorge Navarro ficou com o quarto lugar, seguido por Bryan Schouten e Adrián Martín. Remy Gardner aparece na sequência, à frente de David Sanchis e Kyle Ryde. Fabio Quartararo completa a lista dos dez primeiros colocados.

“Foi uma corrida difícil. Fiz uma boa largada e estava atrás de Gardner. Foi difícil ultrapassá-lo, mas, no fim, eu consegui. Tentei ficar calma e manter o bom ritmo que tinha nos treinos, mas vi meus rivais atrás de mim e não conseguia ser mais rápida”, contou María. “Medina também o ultrapassou e ele foi um rival muito difícil. Também foi muito difícil ultrapassá-lo novamente e no fim da corrida eu senti que a traseira da moto se movia demais, mas eu consegui continuar e vencer a prova”, completou.

Com o resultado deste domingo, Ramírez chegou aos 77 pontos e recuperou a liderança do campeonato, que havia perdido na etapa anterior. Schouten aparece na segunda colocação, três pontos atrás do piloto da Estrella Galicia 0,0. María tem a terceira posição na classificação, com seis pontos de atraso para seu companheiro de equipe.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Obras

A Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) anunciou nesta sexta-feira (20) que na próxima segunda-feira vai iniciar o processo licitatório para reforma, adequação e modernização do Autódromo de Goiânia. A obra está orçada em R$ 27,3 milhões.

De acordo com a Agetop, os serviços seguem o padrão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e incluem a recuperação da pista, a adequação do circuito e a reforma da torre de controle e da arquibancada coberta.

O investimento prevê a construção de novos boxes, aumentando o pit-lane de nove para 17 metros. Além disso, também serão refeitas as instalações elétricas, hidrossanitárias e de combate a incêndio.

Também de acordo com a agência, será construído no autódromo um parque de 55 mil m², que deve ser aberto para a população. A previsão é que o espaço conte com pistas de caminhada e ciclismo, academia ao ar livre, teatro de arena, lanchonete e outras coisas.

O Autódromo Internacional Ayrton Senna, aliás, está completamente interditado após um laudo do Corpo de Bombeiros que alertava para problemas de segurança especialmente nas arquibancadas. Inaugurado em 1974, o circuito chegou a ser ameaçado de demolição, mas o governador Marconi Perillo autorizou o início das obras ainda em agosto de 2012.

Na ocasião da interdição do autódromo, vereadores da região se manifestaram contra o fechamento do circuito, alertando para o risco de a praça esportiva se tornar mais uma vítima da especulação imobiliária, como aconteceu com o circuito de Jacarepaguá.

Na agenda

O Mundial de Motovelocidade ainda não divulgou o calendário provisório da temporada 2014, mas em entrevista ao diário ‘El Liberal’, Héctor Farina, administrador do circuito de Las Termas de Río Hondo, revelou que o GP da Argentina, que volta ao calendário no próximo ano, acontece no fim de abril.

“O GP da Argentina de MotoGP do próximo ano está marcado para o dia 27 de abril”, contou Farina.

Bradl é um dos pilotos que já teve a chance de testar no circuito da Argentina (Foto: LCR)
O responsável pelo circuito localizado na província de Santiago del Estero também falou sobre as obras que estão sendo realizadas no autódromo para receber a categoria. Farina contou que em uma visita recente, Javier Alonso, diretor da Dorna, promotora do Mundial, se mostrou satisfeito com o ritmo dos trabalhos.

“Nós percorremos o circuito e ele se surpreendeu com como estão adiantadas as obras que estão sendo realizadas no circuito”, comentou. “Graças ao apoio do governo da província e de nação, caminhamos com passos largos no que diz respeito ao trabalho que tínhamos que fazer no circuito e no prédio a pedido da Dorna”, continuou.

Silverstone também já antecipou a data da prova do ano que vem. Os organizadores da etapa inglesa, aliás, já colocaram a venda os ingressos para o GP de 2014, que provisoriamente está marcado para o dia 31 de agosto.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Preparando retorno

A Suzuki só volta para a MotoGP na temporada 2015, mas os preparativos da fábrica nipônica seguem a todo vapor. Nesta semana, a Suzuki esteve em Misano participando de uma bateria de testes. Inicialmente, o protótipo nipônico foi para a pista junto com os demais times da classe rainha do Mundial, mas ao contrário dos outros, seguiu em San Marino para mais dos dias de exercícios.

Na bateria desta semana, a Suzuki testou um novo chassi, uma nova especificação de motor e algumas mudanças na eletrônica, além de um novo estilo de carenagem.

Suzuki volta a testar no fim do mês em Mugello (Foto: Suzuki)
Randy de Puniet e Nobuatsu Aoki completaram mais de 200 voltas no Circuito Marco Simoncelli buscando melhoras no acerto e um caminho para o desenvolvimento da moto, que volta às pistas na próxima semana, desta vez no traçado de Mugello.

“Estou feliz, pois nós melhoramos a nossa moto durante este teste. A aderência na traseira melhorou, assim como a estabilidade na frenagem. Nós também trabalhamos bastante no controle de tração para ajustá-lo às novas especificações de motor e eu encontrei uma melhor conexão com o acelerador”, explicou De Puniet. “Nós também mantivemos um bom ritmo com os pneus usados, o que é muito importante, e nós também melhoramos bastante nas curvas no fim do teste”, continuou.

“Agora é importante ir para Mugello, onde poderemos continuar trabalhando em qualquer ponto fraco e tentar melhorar lá também”, comentou. “Estou interessado em ver como o controle de wheeling e freio motor vão se comportar lá, já que tem alguns pontos interessantes para isso, mas ter o teste de Mugello tão próximo mantém o ritmo e o momento com o programa e desenvolvimento do time de testes da Suzuki”, completou. 

Randy de Puniet segue trabalhando com a equipe de testes da Suzuki (Foto: Suzuki)
Davide Brivio, chefe da equipe de testes da Suzuki, também comemorou o resultado do teste em Misano e destacou que a equipe conseguiu coletar informações importantes que ajudarão os engenheiros na sequência do trabalho com o protótipo.

“Foi uma intensiva bateria de três dias de testes, mas eu acho que fizemos um bom trabalho. Esta foi a primeira parte da fase de testes na Itália, que inclui Mugello na semana que vem”, contou o dirigente. “Nós tivemos a chance de visitar outro novo circuito com a nossa máquina e nós podemos continuar a coletar informações para o nosso desenvolvimento. É muito positivo que os novos itens que chegaram do Japão todos tiveram pontos positivos e benefícios”, declarou.

“Durante esses dias nós tivemos uma melhora positiva no acerto e especialmente na área da eletrônica, que guiará nosso desenvolvimento futuro”, citou. “Randy completou muitas voltas no último dia e isso foi muito importante para progredir. Nós agora estamos ansiosos para o próximo teste em Mugello, nos dias 24 e 25 de setembro, para trabalhar em qualquer outro problema e encontrar novas soluções”, completou.

Satoru Terada, líder de projeto da Suzuki, também se mostrou satisfeito com o exercício em Misano e ressaltou que, embora a fábrica tenha muito trabalho pela frente, o time coletou muitas informações úteis.

“Nós testamos muitos itens diferentes aqui em Misano, assim como um novo chassi que escolhemos no Japão, a nova especificação de motor, e a nova carenagem. Em todas essas áreas nós vimos algumas pequenas melhoras e isso é muito positivo”, avaliou. “Nós também encontramos um bom caminho com o sistema de controle do motor. Agora temos muito trabalho para fazer, mas nós coletamos boas informações para os nossos próximos passos”, concluiu.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Baixa

A AB anunciou nesta quarta-feira (18) que Karel Abraham não vai completar a temporada 2013 da MotoGP. O piloto tcheco terá de ser submetido a uma cirurgia no início de outubro para reparar os ligamentos lesionados em uma queda na etapa de Indianápolis.

Abraham vai ficar fora do restante da temporada 2013 da MotoGP (Foto: Keith Rizzo/ Circuito das Américas)
O doutor Igor Čižmář, chefe do Departamento de Traumatologia do Hospital Universitário de Olomouc e especialista em lesões de mão, braço e ombro, será o responsável pela operação e explicou que Abraham só deve estar completamente recuperado às vésperas do início da pré-temporada de 2014.

“Depois da cirurgia, o ombro operado deve ficar estável por menos de um mês, depois do qual terá início um intenso período de recuperação”, explicou. “Atletas com este tipo de lesão só podem voltar ao treinamento com carga completa após, no mínimo, três meses”, completou.

Chefe da AB, Karel Abraham, que também é o pai do piloto, explicou que o time agora busca por um piloto para substituir o titular da vaga. “Nossa meta é encontrar um bom piloto que seja capaz de correr já em Aragón na próxima semana”, disse. “Nós consideramos preferencialmente pilotos tchecos, mas nem a promotora nem a associação [IRTA – a associação das equipes] recomendam isso por razões de segurança”, contou.

“As prioridades incluem um piloto com experiência na MotoGP ou, ao menos, no Mundial de Superbike”, completou.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Upgrade

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou nesta terça-feira (17) uma mudança no status do CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade). A partir de 2014, o campeonato passa a ser regido pela entidade e se torna uma série internacional, com algumas provas sendo realizadas fora da Espanha.

O CEV, que serviu como primeiros passos de Marc Márquez, Scott Redding e Luis Salom – lideres das três classes do Mundial de Motovelocidade –, por exemplo, é gerido pela RFME (Real Federação de Motociclismo da Espanha) e promovido pela Dorna, que detém os direitos do Mundial.

CEV passa a ser regido pela FIM a partir de 2014 (Foto: Repsol)
A partir do próximo ano, o campeonato será disputado em circuitos da Espanha, mas também em outras pistas da Europa.

“O upgrade do Campeonato Espanhol é uma ação muito positiva, que dará a ele mais exposição em nível mundial”, comentou Vito Ippólito, presidente da FIM. “Muitos bons pilotos participam deste campeonato e aí se juntam as categorias do Mundial e mostram um nível excelente. Chegou a hora de dar uma força a mais para este campeonato tornando-o uma classe internacional”, completou.

Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, comemorou a mudança e destacou que o fortalecimento do campeonato é importante para que ele continue fornecendo talentos para Moto3, Moto2 e MotoGP. Atualmente, o CEV tem participantes de 23 países.

“Estou muito feliz com este novo estágio que espera pelo CEV. Que este campeonato se abra internacionalmente e agora sob o escopo da FIM significa que todo o trabalho que foi feito anteriormente claramente ajudou a fortalecer o campeonato e vai garantir que ele continue nutrindo grandes pilotos que podem chegar em todas as três categorias da MotoGP”, completou.

“Melhor moto da minha vida”

Yonny Hernández foi escalado pela Pramac para assumir a vaga de Ben Spies no restante da temporada 2013 da MotoGP. O piloto norte-americano segue mergulhado em seu inferno astral e não terá condições de voltar para a pista ainda em 2013.

Michele Pirro, piloto de testes da Ducati, vinha sendo o escalado para a vaga, mas o programa de testes em Borgo Panigale vai inviabilizar a participação do italiano nas próximas provas do Mundial. Precisando de um substituto, a Pramac recorreu ao box da Paul Bird, que liberou o colombiano de seu contrato.

Hernández foi liberado pela Paul Bird para assumir vaga de Spies na Pramac (Foto: Pramac)
Na última segunda-feira (16), Hernández teve seu primeiro contato com a Desmosedici GP13 durante uma bateria de testes coletivos no circuito de Misano. O colombiano registrou 1min36s277 em sua melhor volta pela pista de San Marino e ficou com a 16ª marca, 3s013 atrás de Marc Márquez, o líder da atividade.

Depois dos treinos, Hernández não escondeu a alegria com sua nova moto, mas destacou que ainda precisará de tempo para se adaptar ao protótipo de Bolonha. O agora ex-piloto da Paul Bird apontou que a eletrônica da Desmosedici GP13 é a maior diferença em relação a sua antiga ART.

“Estou feliz, pois esta moto tem muito mais potência do que a que eu estava acostumado e a eletrônica é totalmente diferente. Preciso mudar meu estilo de pilotagem para ser rápido, mas hoje eu guiei a melhor moto da minha vida”, ressaltou. “Preciso trabalhar duro, aprender bastante, pois a eletrônica é realmente diferente da CRT. Preciso trabalhar duro no feeling e vou fazer o meu melhor”, garantiu.

“Tenho que completar muitos quilômetros para ter um bom ritmo para a corrida, mas sou mais rápido do que com a minha outra moto. É muito cedo para dizer qualquer coisa, preciso de mais tempo para aprender e melhorar”, ponderou. “Me sinto bem fisicamente. Para um primeiro dia, não foi tão mal. Preciso entender esta moto, que é realmente diferente da minha, e tem muita potência também. Realmente agradeço à Pramac e a Ducati pela oportunidade que eles me deram”, encerrou.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Testando

Os times da MotoGP permaneceram no circuito de Misano nesta segunda-feira (16) para um dia de testes coletivos. No exercício realizado no traçado de San Marino, Honda e Yamaha levaram para a pista componentes dos protótipos de 2014.

A Honda, por exemplo, deu a Dani Pedrosa e Marc Márquez uma evolução da RC213V já com o hardware completamente novo da Magneti Marelli. Apesar do feedback positivo da dupla, a moto agora volta ao Japão para que os engenheiros possam trabalhar em cima das orientações dos espanhóis. O protótipo do próximo ano será visto outra vez no teste coletivo de Valência, realizado logo após a última etapa do Mundial.

Márquez foi o mais rápido nos testes desta segunda em Misano (Foto: Honda)
Além dos trabalhos visando 2014, Márquez e Pedrosa também provaram um novo braço oscilante e novas peças para o protótipo deste ano.

Na garagem da Yamaha, Jorge Lorenzo e Valentino Rossi também se dividiram entre os trabalhos com as motos de 2013 e 2014. A dupla avaliou uma nova especificação de motor para a M1 do próximo ano, além de testarem opções de acerto para o protótipo deste ano.

Na Ducati, Andrea Dovizioso e Nicky Hayden trabalharam na eletrônica e em estratégias de software para a Desmosedici. No teste desta segunda, os pilotos de Borgo Panigale também experimentaram um disco de freio maior, que será utilizado no GP do Japão, em Motegi, e um novo pneu duro levado pela Bridgestone ao exercício de Misano.

Yamaha testou nova especificação do motor de 2014 (Foto: Yamaha)
O pneu, aliás, também foi experimentado pela dupla da Tech3, que fez uma avaliação positiva do novo composto traseiro. Na LCR, os trabalhos ficaram focados no acerto da RC213V, enquanto a Gresini trabalhou com os freios e a suspensão.

A Suzuki, que já confirmou seu retorno ao Mundial de MotoGP na temporada 2015, também esteve presente no exercício de San Marino e deu sequência ao seu programa de treinos. Por enquanto, a marca nipônica usa a ECU da Mitsubishi, mas já trabalha com o sistema da Magneti Marelli na fábrica.

Com Randy de Puniet e Nobuatsu Aoki, a Suzuki segue na pista de Misano neste terça e quarta-feira para mais dois dias de testes privados.
 
Hernández teve seu primeiro contato com a Desmosedici (Foto: Pramac)
Nos exercícios desta segunda-feira, que contaram com o asfalto um pouco úmido por conta da chuva de ontem à noite, Márquez registrou 1min33s264 e apesar de ter sofrido uma pequena queda na curva 12, ficou com a melhor marca do dia, 0s238 à frente de Lorenzo, o segundo colocado.

Com 1min33s660, Rossi fez a terceira marca, seguido por Cal Crutchlow e Álvaro Bautista. Pedrosa, que se queixou de problemas de aderência ao longo de todo o fim de semana, registrou o sexto tempo, 0s628 atrás de seu companheiro de Honda.

Stefan Bradl garantiu o sétimo tempo, à frente de Andrea Dovizioso, Nicky Hayden e Andrea Iannone. Com o protótipo da Suzuki, Randy de Puniet anotou o 13º tempo, 1s833 mais lento que Márquez.

Yonny Hernández, que assumiu a vaga de Ben Spies na Pramac pelo restante da temporada 2013 da MotoGP, teve seu primeiro contato com a GP13 da Ducati nesta segunda. O colombiano registrou 1min36s277 na melhor de suas 65 voltas e foi 3s013 mais lento que o líder da sessão.

sábado, 14 de setembro de 2013

Wish you were here

Valentino Rossi apresentou neste sábado (14) o capacete especial que vai utilizar neste fim de semana no GP de San Marino, em Misano. Desta vez, o italiano deixou as brincadeiras de lado e decidiu homenagear o amigo Marco Simoncelli, morto em um sério acidente no GP da Malásia de 2011.

'Wish you were here' é um dos grandes sucessos do Pink Floyd (Foto: Facebook/ Monster Energy)
Para lembrar o amigo, o piloto da Yamaha colocou em seu capacete a capa ‘Wish you were here’, álbum lançado pelo Pink Floyd em setembro de 1975.

Valentino quis homenagear Simoncelli com capacete (Foto: Facebook/ Monster Energy)
“Nós decidimos fazer algo mais sério, porque faz um tempão que Marco não está mais conosco e esta pista é dele, mais do que minha. A casa dele é mais perto da pista do que Tavullia e o circuito tem o nome dele”, explicou Valentino. “Nós decidimos lembrá-lo com uma música do Pink Floyd que sempre que eu ouço, lembro-me do Marco. Essa foi a ideia de um tributo ao Marco”, completou.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Hailwood x Agostini

Os tempos são realmente outros em Iwata. Jorge Lorenzo e Valentino Rossi conseguiram deixar as desavenças no passado e agora são os elogios que passaram a ser frequentes nos boxes da Yamaha.

Na última quinta-feira (12), os pilotos concederam uma entrevista coletiva em Misano e um jornalista pediu que eles escolhessem entre Mike Hailwood e Giacomo Agostini. Primeiro a falar, o multicampeão destacou que era uma escolha difícil, mas optou pelo italiano.

Passado de brigas entre Rossi e Lorenzo ficou para trás (Foto: Yamaha)
“Eu sou mais velho que os outros caras, mas ainda assim não o bastante para ter visto Ago ou Hailwood correrem”, lembrou. “É uma pergunta difícil. Ago venceu mais, mas para muitas pessoas Hailwood foi o cara que fez mais diferença. Mas, como sou italiano, escolho Agostini”, respondeu.

Lorenzo, entretanto, escolheu uma terceira opção. “Posso responder Valentino? Eu não vi Hailwood e Agostini correrem, mas eu conheço Giacomo e por isso escolheria ele”, declarou o bicampeão. “Mas eu também tenho a honra de correr com Valentino e, para mim, Valentino é um dos maiores. Então se eu pudesse escolher um desses três, eu diria Valentino”, completou.

Entre 1966 e 1977, Agostini acumulou 15 títulos mundiais, oito nas 500cc e os demais nas 350cc. Com o resultado, Giacomo é o único piloto com mais títulos que Rossi na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Hailwood, por sua vez, conquistou nove mundiais entre 1961 e 1967 (quatro nas 500cc, dois nas 350cc e dois nas 250cc).

Mão amiga

Com 39 pontos de atraso para Marc Márquez na classificação da MotoGP, Jorge Lorenzo acredita que não é hora de pensar em contar com a ajuda de Valentino Rossi, mas de lutar para vencer e reduzir a diferença o máximo que puder.

Embora Rossi já tenha admitido a possibilidade de ajudar Lorenzo caso a Yamaha solicite seu apoio, o bicampeão avaliou que o italiano não faria isso de forma voluntária ou como uma estratégia.

Lorenzo avaliou que só a vitória serve para reduzir vantagem de Márquez no Mundial (Foto: Yamaha)
“Pode ser que aconteça, mas não de forma voluntária ou como estratégia”, ponderou. “Valentino quer ganhar, como todos os pilotos, e se ele não puder ganhar, tentará ficar em segundo, ou terceiro, ou o melhor que puder. Assim como eu farei e como é lógico”, continuou.

Jorge, entretanto, frisou que não é hora de pensar em ter ajuda, mas de batalhar para bater Márquez na pista e ir reduzindo aos poucos da diferença do estreante.

“Neste momento, eu tenho que ganhar sem a necessidade de ajudas”, considerou. “Estou muito longe de Marc e só a vitória serve. Nós nem cogitamos isso, nem falamos do assunto na equipe. Não creio que seja o momento. Não estou a cinco ou dez pontos, estou muito longe do líder”, concluiu.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Spurtlèda 58

O fim de semana em Misano é mais uma daquelas ocasiões onde o mundo da MotoGP se reúne para lembrar Marco Simoncelli. O piloto morreu em 2011 após um sério acidente no início do GP da Malásia e depois foi homenageado dando seu nome ao traçado de San Marino.

Corrida de kart reuniu vários pilotos da MotoGP na noite passada (Foto: LCR)
Na noite da última quarta-feira (11), vários pilotos da MotoGP se reuniram para uma corrida de kart organizada pelos amigos de Simoncelli para arrecadar dinheiro para a fundação criada pelos pais do piloto da Gresini, Rosella e Paolo.

A Spurtlèda foi criada três anos atrás pelo próprio Marco como uma corrida beneficente e após a morte do italiano, os amigos dele decidiram dar sequência ao evento. Desta vez, eles optaram por chamar os antigos companheiros de Simoncelli, que aceitaram o convite e compareceram em peso.

Ricard Cardús ficou com a vitória (Foto: LCR)
Com ingressos a € 10, o público presente assistiu uma intensa disputa que contou com a presença de Valentino Rossi, Andrea Dovizioso, Andrea Iannone, Stefan Bradl, Colin Edwards, Bradley Smith, Randy de Puniet, Aleix e Pol Espargaró, Karel Abraham e Scott Redding.

Marc Márquez também estava confirmado no evento, mas por conta da lesão que sofreu no ombro esquerdo em Silverstone, ficou um dia a mais na Espanha e não pôde participar. Cal Crutchlow esteve por lá, mas não correu para dar uma folga ao braço machucado.

A vitória ficou com Ricard Cardús, que liderou a trinca da Forward à frente de Simone Corsi e Mattia Pasini. Rossi ficou em quarto e brincou com o resultado nesta quinta: “Ontem também fiquei em quarto na corrida de kart, então estou desesperado”.

Seamless

Demorou, mas chegou. Jorge Lorenzo e Valentino Rossi tanto insistiram que a Yamaha levou para Misano o novo câmbio seamless. Inicialmente, o recurso seria testado apenas na segunda-feira, mas a pressão dos pilotos surtiu efeito e a casa da Iwata adiantou o cronograma.

O seamless diminui o intervalo de tempo entre as mudanças de marcha, mas seu grande trunfo está na estabilidade que dá para o protótipo. A notícia da introdução do novo câmbio rápido tinha sido inicialmente divulgada pelo site espanhol ‘Motocuatro’ e foi confirmada pela dupla da Yamaha em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12).

Lorenzo e Rossi vão contar com o câmbio seamless em Misano (Foto: Yamaha)
“Estará aqui para o fim de semana”, confirmou Lorenzo. “Nós podemos confirmar isso. Amanhã!”, ressaltou.

Rossi, por sua vez, explicou que o câmbio foi testado na República Tcheca, mas ainda não é possível dizer o benefício que a Yamaha terá com a mudança. “Nós o testamos em Brno e o rendimento foi bom. Não creio que seja possível quantificar o tempo de melhora por volta, mas podemos apontar benefícios na distância da corrida, já que a moto será mais estável e menos agressiva com os pneus”, explicou. “Quanto isso vai melhorar a moto? Não sei, mas acho que alguma coisa. Amanhã vamos montá-lo e começaremos a ver como será”, completou.

Lin Jarvis, diretor da Yamaha, também participou da coletiva e confirmou que a introdução do seamless neste fim de semana é resultado da pressão de Rossi e Lorenzo.

“Agora nós vamos introduzir o novo câmbio que estávamos esperando já há algum tempo, então é um fim de semana muito animador”, destacou Jarvis. “Com a pressão destes dois!” comentou.

“Mas, se está pronto para segunda-feira [quando seria testado], está pronto para agora. Temos um déficit para a Honda e precisamos fazer tudo que pudermos para desafiá-los ao longo destas seis corridas restantes”, concluiu.

O seamless da Yamaha chega com quase dois anos de atraso em relação a introdução desta tecnologia na MotoGP, já que está presente nas motos de Honda e Ducati.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Palco do fim de semana – Misano

O circuito de Misano recebe neste fim de semana o GP de San Marino, 13ª etapa da temporada 2013 da MotoGP. Jorge Lorenzo chega para a prova italiana fortalecido pelo triunfo em Silverstone, mas precisando reduzir a vantagem de Marc Márquez na liderança do Mundial.

O piloto da Honda soma 233 pontos até aqui, 30 a mais que Dani Pedrosa e com 39 de frente para o rival da Yamaha. Ao contrário de Lorenzo, que se diz 100% recuperado da fratura na clavícula esquerda que sofreu em Assen, Márquez chega em Misano um pouco combalido por conta do ombro deslocado na Inglaterra, mas confiante de que estará completamente recuperado para a corrida de domingo.

Misano recebe o Mundial de Motovelocidade neste fim de semana (Foto: Honda)
Pedrosa e Valentino Rossi correm por fora, assim como Cal Crutchlow. O espanhol quer deixar o fim de semana inglês para trás, enquanto o multicampeão tenta repetir a boa performance de 2012. O piloto da Tech3, por sua vez, também quer esquecer o inferno vivido em Silverstone, com uma sequência de fortes quedas.

Na Moto2, Scott Redding quer ampliar os 38 pontos de vantagem que tem para Pol Espargaró e chega em Misano com a pilha completamente carregada após triunfar em sua corrida de casa.

Pela Moto3, a disputa, mais uma vez, promete ser intensa, com Luis Salom, Maverick Viñales, Álex Rins e Álex Márquez mirando repetir as boas atuações das últimas etapas. O titular da Red Bull KTM Ajo acumula 233 pontos, 26 a mais que o rival da LaGlisse.

Confira alguns detalhes sobre o Circuito Marco Simoncelli:
Número de voltas: 28
Comprimento da pista: 4.226 metros
Largura da pista: 12 metros
Reta mais longa: 565 metros
Curvas: 16 (Dez para a direita e seis para a esquerda)
Alocação dos pneus
- Dianteiros: Médio e Duro (Slicks)
- Traseiros: Macio, Médio e Duro (Assimétrico)
- Chuva: Duro e Macio

Recordes
Pole-position: Casey Stoner – 2011 – 1min33s138
Melhor volta: Casey Stoner – 2011 – 1min33s138
Recorde: Jorge Lorenzo – 2011 – 1min33s960

Resultados de 2012
1º: Jorge Lorenzo
2º: Valentino Rossi
3º: Álvaro Bautista

Antes da corrida, Pedrosa fez uma análise sobre o circuito:

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mais corridas

Com a possibilidade de o Brasil integrar o calendário da MotoGP no próximo ano, a Dorna, promotora do Mundial, chegou a um impasse. Se a corrida em Brasília efetivamente sair do papel e com a etapa na Argentina já confirmada, o calendário passaria das atuais 18 etapas para 20.

Inicialmente, surgiram rumores de que a prova de Laguna Seca poderia ser cancelada, mas agora já se fala em um programa com 20 etapas, até porque a pista californiana tem contrato para 2014 e não mostrou interesse em ficar sem a prova.

Falando ao site ‘Crash.net’, Hervé Poncharal, presidente da IRTA, a associação das equipes, avaliou que o aumento no número de corridas é importante para a saúde financeira do Mundial. O dirigente, que também é chefe da Tech3, destacou o papel da Dorna nas finanças das equipes, já que a promotora arca com alguns custos, como o de transporte, por exemplo.

Calendário de 2014 pode ter 20 etapas (Foto: Bridgestone)
“Entre os times nós temos os de fábrica e os independentes. Os times de fábrica são Ducati, Yamaha e Honda e estes times são diferentes. Mas para a maioria dos times independentes, nós temos de lembrar que a nossa promotora, a Dorna, tem três principais fontes de renda”, explicou. “A primeira é o patrocínio e por conta da economia, isso está diminuindo, assim como para os times. A segunda fonte de renda são os direitos de TV e não é fácil fazer isso crescer por conta da economia. A última fonte de renda é a organização de um GP e no momento têm muitas pessoas interessadas em organizar uma corrida da MotoGP. No momento, esta é a única área o campeonato pode melhorar”, ponderou.

“Todos os times têm apoio financeiro da Dorna e se os times querem que o apoio financeiro continue, nós todos temos de nos lembrar que o promotor tem de ser capaz de gerar algum dinheiro”, ressaltou. “Não tenho certeza de que teremos 20 corridas no próximo ano, mas eu apoio completamente que nós precisamos de mais corridas. Quando Argentina e Brasil estão batendo na porta e a Rússia pode estar interessada, você não pode simplesmente dizer que nós temos corridas o bastante”, comentou.

Ainda, Poncharal frisou que o aumento no número de corridas também será benéfico para as equipes da Moto2 e da Moto3, já que representam mais recursos provenientes da promotora do Mundial.

“Na Moto2 e na Moto3 a principal fonte de renda vem do campeonato, especialmente para os times pequenos, então uma ou duas corridas mais ajudariam no orçamento deles”, opinou. “Especialmente quando viajamos para fora da Europa, porque nós temos mais apoio [da Dorna] e, se você perguntar para os times menores, eles vão dizer que ficariam felizes em ter mais corridas fora da Europa”, concluiu.

Condições

Casey Stoner deixou o mundo da MotoGP, mas está longe de ser esquecido. Dono de um grande talento, o australiano também tem uma língua afiada e saiu de cena disparando para tudo que é lado.

Poucos meses após a aposentadoria, entretanto, Casey voltou a subir na RC213V para realizar algumas baterias de testes com a Honda em Motegi, no Japão. O teste mais recente aconteceu na semana passada, mas a chuva impediu que o australiano fosse para a pista.

Apesar dos testes com a Honda, Stoner descartou retorno para MotoGP se regras não mudarem (Foto: Honda)
O vínculo com a HRC levantou inúmeros rumores de um retorno do bicampeão, mas todos os boatos foram veementemente negados pelos envolvidos. Falando ao jornalista Colin Young na edição deste mês da revista italiana ‘Motosprint’, Stoner mais uma vez negou que tenha planos de voltar, mas admitiu que existe um caminho para levá-lo de volta ao Mundial de MotoGP: uma grande mudança no regulamento.

“No momento, eu não sinto falta do ambiente e não tem chance de eu voltar”, assegurou Stoner. “Se, por outro lado, o novo regulamento decidir eliminar toda a eletrônica que estão usando agora e se, ao mesmo tempo, aumentarem bastante a potência do motor, então poderei considerar o meu retorno às corridas”, avisou.

domingo, 8 de setembro de 2013

15

Laia Sanz não para. Depois de conquistar na última sexta-feira seu 13º título do Mundial de Trial feminino, a espanhola garantiu neste domingo (8) seu segundo título no Mundial de Enduro. A conquista chegou com um segundo lugar na etapa da França, atrás da britânica Jane Daniels.

Com os dois triunfos deste mês, Laia iguala uma marca Giacomo Agostini, que até então era o esportista com mais títulos no esporte a motor em toda a história. Além dos títulos mundiais, Sanz também foi duas vezes campeã do Rali Dakar na disputa entre as mulheres e soma vitórias nos X-Games.

Com o segundo título no Enduro, Sanz igualou o recorde de Giacomo Agostini (Foto: Nicki Martínez)
“Não me preocupo se igualo ou supero o recorde de alguém, o objetivo é só fazer bem e ganhar”, comentou a espanhola. “Isso não é um sonho”, continuou.

Mesmo feliz com os dois títulos, a catalã de 27 anos não deixou de fazer uma autocrítica em relação a seu desempenho nas duas baterias da etapa do Mundial de Enduro, mas destacou que valoriza as duas conquistas por conta da dificuldade em conciliar todas as provas em que esteve envolvida neste ano.

“Estou muito contente e cansada. Foi um fim de semana um pouco sofrido, porque era possível ganhar, mas também poderia perder tudo”, comentou. “No final, mesmo que eu não esteja muito satisfeita com a corrida de hoje nem com a de ontem, o objetivo foi cumprido, então estou muito feliz”, comemorou.

“Além disso, depois de ganhar também o Trial, é incrível”, ponderou. “Não posso pedir mais, especialmente porque não acreditava que poderia conciliar as duas coisas. Vivi um ano muito difícil e valorizo especialmente estes êxitos. Por isso me sinto ainda mais orgulhosa”, concluiu.

sábado, 7 de setembro de 2013

Efeito GP

A Argentina garantiu seu lugar no calendário da MotoGP com uma grande reforma no circuito de Termas de Río Hondo. Além de ser incluído no cronograma do Mundial, o país vizinho agora pode ver dois de seus pilotos chegarem à elite do motociclismo.

Tati Mercado testou com a Avintia em Valência na última sexta-feira (Foto: Reprodução/ Twitter ArgentinaMotoGP)
Na última sexta-feira (6), o argentino Tati Mercado esteve no circuito de Valência testando a FTR-Kawasaki da Avintia. O piloto completou 16 voltas no circuito espanhol e resumiu a experiência: “É inacreditável o nível da moto”.

Se as negociações com a Avintia derem certo, Mercado, que ocupa a terceira colocação na classificação do Mundial de Superstock 1000, 50 pontos atrás do líder Sylvain Barrier, pode ser o único argentino no grid da MotoGP em 2014.

Tati, entretanto, pode não ser o único piloto da Argentina a chegar ao Mundial no próximo ano. O High Side apurou que Alex Barros está trabalhando para levar Luciano Ribodino, piloto da equipe do brasileiro na Moto 1000GP, para o Mundial de Moto2. Nascido na cidade de San Francisco, Ribodino lidera o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade na categoria GP 1000.

Alex Barros trabalha para levar Luciano Ribodino ao Mundial de Moto2 (Foto: Moto 1000GP)
As negociações começaram já há algum tempo, mas ainda não foram concluídas. Ao contrário do que diz a imprensa espanhola, Barros não está montando uma estrutura própria para competir no Mundial, mas negociando uma vaga para o piloto de 19 anos na classe intermediária do campeonato.

É mais uma prova do impacto positivo da presença do Mundial na Argentina.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ombros e Airbags

Se teve uma coisa mais popular na temporada 2013 da MotoGP que a estreia de Marc Márquez ou o retorno de Valentino Rossi para a Yamaha, foram lesões de ombro. Jorge Lorenzo, por exemplo, sofreu uma fratura na clavícula esquerda em Assen e depois de uma corrida heroica na Holanda, voltou a lesionar o ombro esquerdo, desta vez em Sachsenring, quando entortou a placa que havia sido colocada para reparar a lesão anterior.

Também na Alemanha, Dani Pedrosa sofreu uma violenta queda e fraturou a clavícula esquerda. No caso do piloto da Honda, no entanto, não foi necessário passar por uma cirurgia.


A mais recente lesão de ombro na classe rainha do Mundial de Motovelocidade aconteceu com Marc Márquez. O novato caiu no warm-up do GP da Inglaterra e deslocou o ombro esquerdo. Os médicos no circuito colocaram o ombro no lugar – sem anestesia – e ele pôde correr e completou a disputa em segundo, depois de ser batido por um brilhante Lorenzo.

Depois da prova inglesa, os três primeiros na classificação do Mundial – que utilizam o mesmo traje: o Alpinestars Tech Air – falaram sobre os acidentes. Na visão do líder da MotoGP, as lesões são resultado da velocidade das motos atuais.

“Para mim, as lesões no ombro são só porque estamos pilotando muito rápido e forçando muito”, disse Márquez. “As quedas de Jorge e Dani foram muito fortes”, opinou.

Na visão de Lorenzo, o traje não contribuiu para sua lesão, ao contrário, ajudou a minimizar os danos. “A minha foi um pouco diferente, mas eu não acho que o airbag ou o traje de couro sejam a razão”, avaliou. “Com ou sem o airbag, às vezes você se machuca, porque nós estamos pilotando muito rápido. Mas, para mim, o airbag está funcionando bem”, continuou.

Pedrosa concordou com a dupla e avaliou que a dinâmica dos acidentes também foi alterada com a mudança, em 2002, das 500cc dois tempos para as atuais quatro tempos.

“Na minha opinião, antes de tudo, a Alpinestars está fazendo um trabalho muito bom desenvolvendo um sistema moderno de airbags, provando novos materiais e testando. Acho que as lesões no ombro são muito mais relacionadas ao tipo de moto que estamos usando”, opinou.

“As quedas em quatro tempos são mais ou menos desta forma. No passado, as pessoas sempre machucavam o pé ou as mãos, agora, com as quatro tempos, é mais o ombro. Além disso, você tem de lembrar que os airbags são uma tecnologia nova, que não tem uma longa história e serão perfeitos no futuro”, apostou.

Após o acidente de Márquez no último domingo, a Alpinestars divulgou os dados do acidente coletados pelo traje do espanhol. O airbag foi acionado 0s168 antes do impacto inicial no ombro esquerdo e estava completamente inflado após 0s048, 0s055 antes do primeiro impacto.

O impacto mais forte registrado no ombro de Márquez foi de 22,55G. Ainda de acordo com a fabricante, o airbag permaneceu intacto durante toda queda, absorvendo a maior parte da energia do acidente.