“Era um sonho meu e eu já posso dizer que vou reunir outra vez o meu time dos sonhos de mecânicos”, contou o pole-position do GP de Aragón.
Márquez vai reunir seu antigo time de mecânicos da Moto2 no próximo ano na MotoGP (Foto: Repsol) |
A Honda, no entanto, não vai abrir mão dos mecânicos que trabalharam com o bicampeão australiano. Os antigos integrantes do time de Stoner vão assumir outras funções dentro da estrutura da HRC.
Marc contou que três dos mecânicos que faziam parte de seu time na Moto2 até o ano passado passarão a integrar a estrutura japonesa a partir da próxima temporada.
“No ano que vem eu vou trazer três pessoas que no ano passado já trabalhavam comigo na Moto2 para a equipe da MotoGP”, falou. “Os três que vão chegar vão substituir três dos atuais integrantes da equipe que, por outro lado, vão continuar trabalhando dentro da Honda e eu fico feliz com isso”, continuou.
“No ano passado eu já tinha esta vontade, mas não pude. A Honda me aconselhou que seria importante contar com uma equipe experiente em primeiro ano e eles me ajudaram muito”, assegurou. “Mas é uma alegria trazer a equipe que trabalhou comigo nos últimos três anos, alguns inclusive por cinco ou seis anos. É o meu sonho e, sendo jovem, quero ter o meu time dos sonhos, a equipe que eu quero para muitos, muitos anos. Não posso reclamar de nada da equipe que tenho agora, pois eles fizeram um grande trabalho e me ajudaram muitíssimo, mas simplesmente é um sonho meu”, explicou.
Apesar da recomendação para que utilizasse os mecânicos de Stoner, a marca nipônica autorizou Márquez a levar dois integrantes de seu grupo neste primeiro ano na classe rainha. A partir de 2014, Javi Ortíz, Jordi Castellà e Hugo Bucher se juntam a Santi Hernández e Carlos Liñán na equipe do espanhol.
“Javi, que agora trabalha com o meu irmão e prepara as rodas e o combustível, Jordi Castellà, que é o primeiro mecânico, e também Hugo, que é o telemetrista que eu tinha no ano passado e que tem experiência na MotoGP”, contou Márquez.
Da atual equipe, seguirão Roberto Clerici, Andrea Brunotti e Carlo Liuzzi, um telemetrista que já trabalhou com Jorge Lorenzo na Yamaha.
Apesar da mudança para o próximo ano, Marc negou que tenha algum tipo de sentimento de culpa em relação a sua ex-equipe. “Não, pois no fim eles são profissionais e entenderam perfeitamente a situação do ano passado. Simplesmente era a minha vontade e o meu sonho”, assegurou.
“Por exemplo, eu comecei a trabalhar com Castellà quando eu tinha 12 anos e nós sempre estivemos juntos. Só estivemos separados por razões de equipe, como quando estive com [Aki] Ajo, mas eu o trouxe de volta na Moto2 e a minha vontade era reunir de novo o meu pessoal”, reforçou. “Vocês sabem que eu sou um piloto que gosta de estar com a minha equipe, ter uma família aqui e quero estar confortável. Os que temos agora são profissionais muito bons, mas a minha vontade era ter os meus e o tempo dirá se errei ou não.”
Questionado sobre a reação de seus antigos mecânicos com a chance na HRC, Márquez revelou: “Eles sabiam. Eu prometi a eles que quando pudesse, os traria comigo”.
Chefe da Honda, Livio Suppo falou ao site espanhol ‘Motocuatro’ sobre a mudança no time de Márquez. O dirigente destacou a qualidade da atual equipe, mas seguiu a linha do piloto e afirmou que era um desejo do espanhol ter seus mecânicos de confiança a seu lado.
“Marc nos pediu para reunirmos novamente a equipe com que ele esteve trabalhando durante seus dois anos na Moto2. Não que ele considere que a atual estrutura não é boa – é só ver os resultados –, mas por questões que têm mais a ver com sua forma de ser e sua personalidade”, comentou. “Marc é muito unido a seu grupo de trabalho e tem uma forma de trabalhar com eles que é o que ele quer”, continuou.
“Ele nos pediu e nós estamos trabalhando para poder incorporar estas pessoas sem ter de prescindir de nenhum dos membros da atual equipe, que assumirão outras responsabilidades dentro da estrutura da HRC”, completou.
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