quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ausência confirmada

Marc Márquez passou por uma nova avaliação médica nesta quarta-feira (26) e teve sua participação nos testes de Phillip Island descartada. O atual campeão da MotoGP fraturou a fíbula da perna direita em um acidente durante uma sessão de dirt-track em Lleida, na região oeste de Barcelona.

O Dr. Xavier Mir, responsável pelo tratamento de Márquez, aconselhou o piloto a não participar dos exercícios em Phillip Island, que acontecem entre os dias 3 e 5 de março, para evitar o risco de uma nova lesão. Assim, o piloto só voltará às pistas para o GP do Catar, prova que abre a temporada 2014, marcado para o dia 23 de março.

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Honda tentou liberação para Márquez participar de teste no Catar (Foto: Repsol)
“Obviamente, estou desapontado de não estar em Sepang no momento e perder também Phillip Island é uma infelicidade, mas nós acreditamos que é a melhor decisão”, disse Marc. “Depois da minha consulta com o Dr. Mir hoje, apesar de ele ter ficado satisfeito com a condição geral da minha perna após apenas sete dias do acidente, ele me aconselhou a não correr riscos desnecessários. Então eu vou aproveitar este tempo para descansar e me colocar em forma como for possível para voltar no Catar na melhor forma possível para a primeira corrida”, concluiu.

Por conta da lesão de Márquez, a Honda pediu autorização à direção de prova para que o espanhol de 21 anos pudesse participar do exercício que será realizado no Catar entre os dias 7 e 9 de março, mas o pedido resultou em um conflito com Yamaha e Ducati.

Por conta dos problemas enfrentados em Phillip Island no ano passado, a Bridgestone solicitou que os times fizessem um teste na pista australiana e pediu que o exercício fosse realizado pelos pilotos oficiais. Mesmo perdendo o teste em Losail dias antes da abertura do Mundial, os times da MSMA concondaram e serão os únicos na Austrália na próxima semana.

Assim que souberam que o pedido da Honda tinha sido aceito pela direção de prova, Yamaha e Ducati reagiram. A casa de Iwata ameaçou tirar Jorge Lorenzo e Valentino Rossi do exercício australiano e levar a dupla direto para Losail. A fábrica de Borgo Panigale, por sua vez, afirmou que a opção de levá-lo ao teste no Catar é errada.

“Nós fizemos um acordo, aceitamos nos colocar à disposição do campeonato”, disse Paolo Ciabatti, diretor do projeto da Ducati na MotoGP em entrevista ao site italiano ‘GPOne’. “Nós sugerimos participar com nossos pilotos de testes, mas a Bridgestone pediu pelos oficiais e nós concordamos, mesmo que isso custasse sacrificar a vantagem de testar no Catar dez dias antes da corrida”, continuou.

Ciabatti ressaltou, entretanto, que a posição do time de Bolonha não é contra Márquez. “Pelo contrário, nós queremos vê-lo em forma o mais rápido possível, mas achamos que a solução do Catar seria incorreta. O diretor de prova deu sua autorização, provavelmente sem considerar tudo. Eles deveriam, ao menos, ter consultado todas as partes envolvidas”, ponderou.

“Infelizmente, acidentes com pilotos são uma parte deste negócio e se um piloto é forçado a perder um teste, como aconteceu muitas vezes no passado, ele tem de aceitar isso”, comentou Paolo. “Além disso, é um pouco estranho não poder pilotar na segunda-feira e fazer isso apenas três dias depois”, opinou.

“Nossa posição segue como foi decidido, como foi acordado: todos em Phillip Island. “Se Marc não pode vir, eles vão trazer um piloto de testes. Não queremos brechas sendo encontradas sempre que um problema surgir. Do contrário, a partir de agora, vamos pedir um acordo por escrito em qualquer situação”, concluiu.

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