O Dr. Xavier Mir, responsável pelo tratamento de Márquez, aconselhou o piloto a não participar dos exercícios em Phillip Island, que acontecem entre os dias 3 e 5 de março, para evitar o risco de uma nova lesão. Assim, o piloto só voltará às pistas para o GP do Catar, prova que abre a temporada 2014, marcado para o dia 23 de março.
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Honda tentou liberação para Márquez participar de teste no Catar (Foto: Repsol) |
Por conta da lesão de Márquez, a Honda pediu autorização à direção de prova para que o espanhol de 21 anos pudesse participar do exercício que será realizado no Catar entre os dias 7 e 9 de março, mas o pedido resultou em um conflito com Yamaha e Ducati.
Por conta dos problemas enfrentados em Phillip Island no ano passado, a Bridgestone solicitou que os times fizessem um teste na pista australiana e pediu que o exercício fosse realizado pelos pilotos oficiais. Mesmo perdendo o teste em Losail dias antes da abertura do Mundial, os times da MSMA concondaram e serão os únicos na Austrália na próxima semana.
Assim que souberam que o pedido da Honda tinha sido aceito pela direção de prova, Yamaha e Ducati reagiram. A casa de Iwata ameaçou tirar Jorge Lorenzo e Valentino Rossi do exercício australiano e levar a dupla direto para Losail. A fábrica de Borgo Panigale, por sua vez, afirmou que a opção de levá-lo ao teste no Catar é errada.
“Nós fizemos um acordo, aceitamos nos colocar à disposição do campeonato”, disse Paolo Ciabatti, diretor do projeto da Ducati na MotoGP em entrevista ao site italiano ‘GPOne’. “Nós sugerimos participar com nossos pilotos de testes, mas a Bridgestone pediu pelos oficiais e nós concordamos, mesmo que isso custasse sacrificar a vantagem de testar no Catar dez dias antes da corrida”, continuou.
Ciabatti ressaltou, entretanto, que a posição do time de Bolonha não é contra Márquez. “Pelo contrário, nós queremos vê-lo em forma o mais rápido possível, mas achamos que a solução do Catar seria incorreta. O diretor de prova deu sua autorização, provavelmente sem considerar tudo. Eles deveriam, ao menos, ter consultado todas as partes envolvidas”, ponderou.
“Infelizmente, acidentes com pilotos são uma parte deste negócio e se um piloto é forçado a perder um teste, como aconteceu muitas vezes no passado, ele tem de aceitar isso”, comentou Paolo. “Além disso, é um pouco estranho não poder pilotar na segunda-feira e fazer isso apenas três dias depois”, opinou.
“Nossa posição segue como foi decidido, como foi acordado: todos em Phillip Island. “Se Marc não pode vir, eles vão trazer um piloto de testes. Não queremos brechas sendo encontradas sempre que um problema surgir. Do contrário, a partir de agora, vamos pedir um acordo por escrito em qualquer situação”, concluiu.
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