quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sepang 2.2

Depois de um início de pré-temporada bastante apagado, Dani Pedrosa ressurgiu e fechou a quinta-feira (27) no topo da tabela de tempos. O espanhol liderou o segundo dia da segunda bateria de testes da MotoGP com 0s281 de vantagem para Aleix Espargaró, que, mais uma vez, colocou a FTR Yamaha da Forward na segunda colocação. Álvaro Bautista completa o top-3.

Assim como aconteceu na quarta-feira, o dia em Sepang foi marcado pelo sol forte, mas as condições de pista seguem longe do ideal. Sem chuva e com uma corrida de carros recente no circuito malaio, os pilotos estão tendo dificuldades para encontrar aderência.

Com Marc Márquez se recuperando de uma fratura na perna direita, Pedrosa conduz sozinho os últimos preparativos da Honda para 2014. Depois de ter definido o chassi que vai utilizar ao longo do ano, Dani dedicou o dia ao acerto da RC213V e ao mapeamento do motor, registrando sua melhor marca em 2min00s039.

Pedrosa comandou o segundo dia de testes da MotoGP em Sepang (Foto: Honda)
“As coisas correram bem esta tarde, apesar de ainda termos tido alguns problemas nesta manhã e eu não ter conseguido pilotar de maneira confortável”, explicou Dani. “Tive de parar cedo para fazer algumas grandes mudanças na moto e, quando recomeçamos depois do almoço, me senti mais confortável e fiz voltas melhores”, seguiu.

“Nós focamos na frente e conseguimos encontrar um bom acerto. Amanhã nós vamos focar em progredir com a traseira, pois temos que fazer o novo pneu funcionar melhor e aumentar a aderência”, explicou. “Se tudo correr bem, aí talvez eu possa fazer uma simulação de corrida amanhã”, completou.

Como aconteceu no primeiro dia de exercícios na Malásia, Espargaró mais uma vez exibiu um bom ritmo. O espanhol, que passou o dia trabalhando no set-up das suas duas FTR Yamaha, anotou 2min00s320 na melhor de suas 41 voltas e ficou a 0s281 do titular da Honda.

“Hoje nós trabalhamos no acerto das duas motos e estou muito confiante, porque no ano passado eu nunca consegui ter a mesma confiança com as duas motos”, lembrou. “Aqui em menos de dois dias eu encontrei um bom feeling e estou muito satisfeito”, resumiu.

“Durante a tarde eu testei o novo software da Magneti Marelli, que é um passo à frente, especialmente quando os pneus começam a se desgastar”, avaliou. “Espero que possamos fazer um long-run amanhã e ver como a moto trabalha na distância da corrida”, finalizou.

Lorenzo ainda não se entendeu com os novos pneus da Bridgestone (Foto: Yamaha)
Líder no primeiro dia desta segunda bateria, Álvaro Bautista não conseguiu manter o topo da tabela, mas fechou o dia em terceiro, 0s461 atrás do ponteiro. O espanhol, aliás, aproveitou a sessão para realizar sua primeira simulação de corrida focando na durabilidade dos pneus.

“Hoje nós completamos uma boa simulação de corrida: como fizemos isso na parte da tarde, a pista não estava na melhor condição, mas, no geral, estamos satisfeitos”, declarou Bautista. “Nós reunimos informações importantes e vimos melhora em relação à durabilidade do pneu traseiro”, apontou.

“No fim do dia, eu também marquei um ótimo tempo de volta, o meu melhor nesta pista, mas estou especialmente feliz pelo bom trabalho que fizemos”, resumiu. “Amanhã vamos continuar a trabalhar no acerto do chassi e na eletrônica, mas, definitivamente, estamos em boa forma”, concluiu.

A quarta colocação ficou com Valentino Rossi. O multicampeão cravou sua melhor marca em 2min00s605, 0s566 atrás do líder da sessão. O piloto da Yamaha dedicou o dia ao trabalho com os novos pneus da Bridgestone, mas se mostrou preocupado com o desempenho da M1 com a nova borracha.

De Puniet segue desenvolvendo o novo protótipo da Suzuki (Foto: Suzuki)
Andrea Dovizioso aparece na quinta posição, com o melhor de seus 48 giros em 2min00s787. O italiano segue trabalhando no desenvolvimento da GP14, mas testou nesta quinta-feira a versão Open da Desmosedici, que conta com a centralina padrão fornecida pela Magneti Marelli.

Com 0s863 de atraso em relação ao ponteiro, Stefan Bradl colocou a LCR no sexto posto da tabela de tempos, à frente de Cal Crutchlow. Estreando na Ducati, o britânico ainda tenta se acostumar com o protótipo e registrou sua melhor volta em 2min00s952.

Terceiro colocado no primeiro dia desta bateria em Sepang, Pol Espargaró enfrentou seu dia mais difícil desde a estreia no comando da M1 da Tech3. Atual campeão da Moto2, o espanhol sofreu sua primeira queda com um protótipo da divisão principal, mas não se feriu. O irmão mais novo de Aleix ficou com o oitavo tempo, 0s988 atrás do líder.

Sofrendo com os novos pneus desenvolvidos pela Bridgestone, Jorge Lorenzo ficou apenas com o nono tempo, 1s010 mais lento que Pedrosa. O espanhol completou 57 voltas e, mesmo decepcionado, destacou que ainda restam oito horas de trabalho em Sepang para tentar contornar as dificuldades.

Companheiro de Pol Espargaró na Tech3, Bradley Smith trabalhou com o acerto da moto e experimentou rodar com a M1 com o tanque o cheio. O britânico completou 60 giros e fecha o top-10, com sua melhor volta em 2min01s098.

Crutchlow ainda está conhecendo os detalhes da GP14 (Foto: Ducati)
 Ainda tentando extrair um melhor desempenho da RCV1000R, Nicky Hayden trabalhou para melhorar o chassi e a suspensão da máquina da Honda, mas foi Colin Edwards que liderou o time da Forward. Comemorando seu aniversário de 40 anos, o texano cravou 2min01s996 em sua melhor marca e ficou em 13º, 0s092 à frente do campeão de 2006, o 14º.

Piloto de testes da Suzuki, Randy de Puniet aparece na sequência. O francês aproveitou o dia para extrair mais velocidade de um novo motor e também mais estabilidade. O melhor registro de Randy foi 2min02s139.

Debutando na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, Scott Redding ficou em 17º, 2s613 atrás do líder. O britânico passou o dia ajustando a geometria do chassi da RCV1000R e trabalhando na estabilidade dos freios, e deve usar a sexta-feira para refinar a eletrônica da moto da Gresini.

A segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP termina nesta sexta-feira, com mais uma sessão no circuito de Sepang. Na sequência, os pilotos de Yamaha, Ducati e Honda seguem para Phillip Island, com os demais se encontrando em Losail para o teste final antes do início do Mundial.

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