sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Não foi desta vez

Não foi desta vez que Leon Camier conseguiu se tornar um piloto de MotoGP. Presente em todas as primeiras listas de inscritos na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, o britânico ficou de fora da versão final publicada pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) nesta quinta-feira (28).

Em um comunicado divugado à imprensa, a Ioda confirmou que vai “iniciar a temporada 2014 com um único piloto na MotoGP”. O escolhido pelo time para guiar a ART foi Danilo Petrucci, que já vestiu as cores do time italiano no ano passado. Na Moto2, o suíço Randy Krummencher foi o escolhido para liderar os esforços da equipe.

Dificuldades financeiras tiraram a vaga de Camier na MotoGP (Foto: Crescent Suzuki)
A Ioda garante, entretanto, que vai seguir trabalhando para conseguir dar uma moto para Camier ainda em 2014. “Nossa prioridade é começar a trabalhar com a Aprilia no desenvolvimento da moto de acordo com as metas que traçamos”, explicou Giampiero Sacchi, dono do time. “Nós ainda estamos trabalhando para alinhar uma segunda moto durante a temporada da MotoGP”, completou.

Além da ausência de Camier, a lista divulgada pela FIM também sinaliza a mudança de status da Ducati, que perde o rótulo de fábrica para disputar o Mundial obedecendo ao regulamento Open.

Também, a nova relação traz a Forward listada com maquinário Forward Yamaha, ao invés do anterior FTR-Yamaha. A marca da FTR, aliás, também desapareceu do equipamento da Avintia.

Open

A Ducati confirmou nesta sexta-feira (28) que vai disputar a temporada 2014 do Mundial de MotoGP obedecendo ao regulamento Open. A nova regra dá mais liberdade para que os times possam seguir desenvolvendo suas motos ao longo do ano.

Tentando melhorar a competitividade da Desmosedici, o time de Bolonha optou por competir dentro do novo regulamento, que além de determinar o uso da ECU padrão fornecida pela Magneti Marelli, também estipula o uso de um software fornecido pela Dorna, a promotora do Mundial.

Para seguir desenvolvendo a GP14, Ducati decidiu correr dentro do regulamento Open (Foto: Ducati)
A classe Open foi introduzida nesta temporada e chega para ocupar o lugar das agora extintas CRT. As novas motos têm obrigatoriamente que utilizar hardware e software Magneti Marelli e, por isso, contam com um tanque de combustível com capacidade para 24 litros, 12 motores por temporada e pneus mais macios.

Os protótipos da MSMA, a Associação dos Fabricantes de Motocicletas Esportivas, por sua vez, têm um tanque com capacidade para 20 litros, com um limite de seis motores por ano e desenvolvimento congelado. Os times de fábrica, entretanto, podem utilizar software próprio.

Ao longo dos testes realizados em Sepang, a Ducati comparou as duas opções e acabou decidindo pelo regulamento Open, que permite que a fábrica de Bolonha continue desenvolvendo a moto e o motor durante toda a temporada.

Cumprindo o deadline regulamentar, a Ducati aproveitou o dia 28 de fevereiro para inscrever Cal Crutchlow e Andrea Dovizioso oficialmente dentro da opção Open. Além da dupla do time oficial, Andrea Iannone, que é contratado pela fábrica de Bolonha, também terá sua GP14 configurada no modo Open.

Assim como Dovizioso e Crutchlow, Iannone também terá GP14 Open na Pramac (Foto: Pramac)
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“Nós estudamos cuidadosamente o novo regulamento técnico e concluímos que a opção Open é a mais interessante para a Ducati na atual situação”, explicou Gigi Dall’Igna, diretor-geral da Ducati Corse. “Este ano nós temos que continuar desenvolvendo as nossas motos ao longo da temporada para melhorar a competitividade, e a opção de fábrica parece ser muito restritiva para as nossas necessidades”, continuou.

“Nós estamos confiantes de que o pacote eletrônico fornecido pela Magneti Marelli e pela Dorna tem uma qualidade muito boa e vai permitir a gestão correta de todas as funções principais da moto”, concluiu.

Ainda no início de janeiro, Dovizioso havia admitido em uma entrevista ao site italiano ‘GPOne’ que a Ducati considerava a possibilidade de correr como Open e revelado que os testes em Sepang seriam decisivos para esta escolha.

Sepang 2.3

A segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP terminou com um empate. Nesta sexta-feira (28), Valentino Rossi e Dani Pedrosa cravaram 1min59s999 e ficaram com as duas primeiras posições da tabela de tempos. Andrea Dovizioso completa o top-3 na Malásia.

Assim como aconteceu nos dias anteriores, os exercícios malaios contaram com altas temperaturas, com os termômetros registrando 33°C no ambiente e o asfalto batendo a marca de 51°C.

Rossi comandou o último dia de testes da pré-temporada em Sepang (Foto: Yamaha)
Ainda na parte da manhã, Rossi foi o primeiro a quebrar a barreira de 2min00s. Mesmo sem se entender completamente com os pneus desenvolvidos pela Bridgestone para a temporada 2014, o italiano conseguiu se manter no topo da tabela ao longo de todo dia e apesar de Pedrosa ter conseguido repetir a marca, foi o multicampeão que ficou com a primeira posição da folha de tempos.

“Antes de mais nada, estou muito feliz, porque eu estou na primeira posição e fiz uma boa volta”, falou Rossi. “Fui um dos únicos na casa de 1min59s, o que é positivo, especialmente porque quando usamos os pneus de 2014 no primeiro teste, nós tentamos marcar tempo e fomos 1s mais lentos do que hoje”, recordou.

“Neste teste nós sempre estivemos no topo e lutando pela primeira posição, então é positivo. Nós ainda temos alguns problemas em longas distâncias com estes novos pneus quando está muito quente, então ainda temos que trabalhar, mas demos um bom passo em relação ao primeiro teste”, avaliou. “O próximo teste em Phillip Island será muito importante para entender se também lá nós melhoramos tanto como aqui, pois sou mais de 1s mais rápido do que no segundo teste do ano passado, então estamos trabalhando bem”, concluiu.

Pedrosa aproveitou a queda na temperatura para igualar a marca de Rossi (Foto: Honda)
Único representante do time oficial da Honda em Sepang, Pedrosa trabalhou no acerto e no mapeamento do motor da RC213V, além de completar uma simulação de 19 voltas, rodando sempre abaixo de 2min02s e com a melhor marca em 2min00s985, registrada na 15ª volta desta sequência.

No fim do dia, já tirando vantagem de uma leve queda na temperatura, Dani cravou 1min59s999, igualando o registro de Rossi e garantindo o segundo posto na tabela de tempos.

“Hoje nós trabalhamos no mapeamento do motor para melhorar nas curvas, mas a coisa mais importante que conseguimos fazer foi uma simulação de corrida”, comentou Dani. “Nós progredimos bastante – apesar de ainda haver chance de melhora. Agora vamos para Phillip Island para testar os novos pneus”, completou.

O terceiro posto no último dia de testes em Sepang ficou com Andrea Dovizioso. A bordo da GP14, o italiano registrou 2min00s067 na melhor de suas 42 voltas, 0s068 mais lento que Rossi e Pedrosa.

Após o encerramento dos exercícios malaios, a Ducati anunciou que optou por disputar a temporada 2014 dentro do regulamento Open, que prevê o uso de uma centralina padrão fornecida pela Magneti Marelli a pedido da Dorna, a promotora do Mundial.

“Estou realmente satisfeito: saímos de Phillip Island tendo confirmado toda a evolução que fizemos três semanas atrás”, apontou Andrea. “Consegui fazer um tempo de volta realmente bom, o melhor que já fiz nesta pista, e fiz isso com uma condição de pista pior do que no primeiro teste em Sepang. Isso significa que desta vez nós estamos muito melhores!”, ressaltou. 

Hayden segue trabalhando no acerto da RCV1000R (Foto: Aspar)
“Nós também fizemos um long-run de 14 voltas e também fiquei satisfeito com isso. No momento, nós provavelmente não estamos em posição de lutar por posições top, porque não somos sempre capazes de rodar neste ritmo, mas nós realmente melhoramos muito nestes testes”, concluiu.

Confirmando o excelente ritmo demonstrado ao longo da semana, Aleix Espargaró fechou o terceiro dia de testes em Sepang com o quarto tempo, 0s102 atrás de Rossi. O piloto da Forward passou o dia trabalhando no acerto e na eletrônica da FTR-Yamaha, além de ter completado um long-run e avaliado o consumo de combustível da moto.

0s063 atrás do espanhol aparece Stefan Bradl. O germânico, que guia uma RC213V da LCR, dedicou o dia aos long-runs, mas avalia que ainda precisa trabalhar mais para ter um melhor rendimento com o pneu dianteiro duro.

Álvaro Bautista, por sua vez, se dedicou aos detalhes da suspensão, dos freios e da eletrônica da RC213V, e registrou a sexta marca, 0s507 mais lento que os líderes.

Jorge Lorenzo, que vem reclamado do desempenho da Yamaha com os novos compostos desenvolvidos pela Bridgestone, conseguiu encontrar uma solução melhor para os pneus, mas ficou apenas em sétimo, com o melhor de seus 70 giros em 2min00s619.

Espargaró ainda tenta pegar a mão com a M1 da Tech3 (Foto: Tech3)
Ainda se familiarizando com a Ducati, Cal Crutchlow garantiu o oitavo tempo, 0s791 atrás de Rossi e Pedrosa. Ex-companheiro do britânico, Bradley Smith aparece em nono, com sua melhor volta em 2min00s804.

Debutante na MotoGP, Pol Espargaró continua se adaptando ao câmbio seamless da M1 e garantiu a última vaga do top-10 ao anotar 2min01s032, 1s033 atrás do ponteiro.

Representante da Suzuki em Sepang, Randy De Puniet registrou 2min01s430 e ficou com o 12º tempo, 1s431 atrás de Rossi e Pedrosa.

Ducati, Yamaha e Honda agora seguem para Phillip Island, onde testam os novos pneus desenvolvidos pela Bridgestone para o novo asfalto australiano entre os dias 3 e 5 de março. Os exercícios, entretanto, não contarão com a presença de Marc Márquez, que segue se recuperando de uma fratura na perna direita.

Os demais integrantes do Mundial estarão em Losail, no Catar, entre 7 e 9 de março para a última sessão de testes antes do início do Mundial.

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Apuros

A vida não está nada fácil para a Yamaha. Às vésperas do dia final da segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP, Valentino Rossi e Jorge Lorenzo admitiram que o time nipônico está longe de se entender com os compostos desenvolvidos pela Bridgestone, a fornecedora única dos compostos da classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Nesta quinta-feira (27), o italiano encerrou os exercícios na Malásia com a quarta marca, tendo executado sua melhor volta em 2min00s605, 0s566 atrás de Dani Pedrosa, o líder da sessão. Lorenzo, por sua vez, foi apenas o nono colocado, rodando 1s010 mais lento que o ponteiro.

Lorenzo reclama dos pneus desde o primeiro teste em Sepang (Foto: Yamaha)
Após a sessão, Rossi admitiu a preocupação do time em relação à adaptação da M1 à nova goma, e afirmou que o time de Iwata não tem muito mais o que testar para tentar sanar a dificuldade ainda em Sepang.

“A principal questão neste teste é tentar melhorar a nossa M1 com este novo pneu de 2014”, apontou o piloto da moto 46. “Nós tentamos algumas coisas, mas, no fim do dia, nós não estamos muito felizes”, reconheceu.

“Estou na quarta colocação, o tempo de volta é até bom, mas nós estamos 0s5 atrás dos outros”, frisou. “Nós estamos sofrendo com estes pneus. Nossa moto fica mais difícil de controlar. Amanhã nós vamos tentar outra vez, mas nós não temos tantas opções”, continuou.

Valentino lembrou que cada pista tem sua característica, mas ressaltou a preocupação dos japoneses. “Toda pista é uma história diferente, mas nós estamos bem preocupados, porque parece que estamos em apuros com estes pneus. Esperamos que em outras pistas nós tenhamos menos problemas, mas aqui em Sepang, especialmente comparado com o primeiro teste, é mais difícil”, completou.

Lorenzo, que reclamou dos compostos já na primeira bateria de testes realizada em Sepang no início do mês, afirmou que está desapontado, mas avaliou que o time ainda tem oito horas de pista na Malásia para tentar encontrar um caminho para a temporada.

“Hoje eu estou muito desapontado, especialmente com o comportamento dos pneus. Nada mudou em relação à ontem. Ainda não tenho a confiança de pilotar da forma que quero”, explicou. “Amanhã é outro dia, nós ainda temos oito horas para encontrar o caminho certo, então vamos trabalhar duro e tomara que tenhamos a solução até o final do dia de amanhã”, torceu.

Rossi reconheceu que a Yamaha está em apuros (Foto: Yamaha)
Massimo Meregalli, diretor da equipe, reconheceu que a Yamaha não esperava os problemas enfrentados em Sepang, mas destacou que as próprias características da pista malaia também não estão ajudando.

“Nós estamos tendo algumas dificuldades que não esperávamos e estamos trabalhando duro para tentar resolver”, falou o dirigente. “Estamos tentando ajustar este novo pneu à nossa moto, mas não está parecendo tão simples. Nós estamos constantemente coletando informações, mas a aderência que estamos buscando ainda não apareceu”, seguiu.

“Aqui em Sepang o circuito também não oferece a aderência com que estamos acostumados, o que não está ajudando nesta situação”, apontou. “Claro que vamos continuar trabalhando o mais duro possível para melhorar e encontrar um acerto diferente que nos dê o que está faltando no momento. Não vai ser fácil, mas ainda estou confiante de que vamos encontrar.”

Na visão de Meregalli, Rossi vem sofrendo menos com os compostos do que Lorenzo por conta de sua forma de pilotar. “No momento, Vale está sofrendo um pouco menos nessas condições por conta de seu estilo de pilotagem. Jorge está tendo muito mais dificuldade”, comentou. “Jorge é normalmente mais agressivo no acelerador e isso não está ajudando nessas condições com este pneu”, encerrou.

Entre os dias 3 e 5 de março, Rossi e Lorenzo se juntam a Cal Crutchlow, Andrea Dovizioso e Dani Pedrosa para a última bateria de testes da pré-temporada. Atendendo a um pedido da Bridgestone, que quer evitar os problemas que marcaram o GP da Austrália de 2013, Yamaha, Honda e Ducati concordaram em testar na pista australiana, onde os pilotos contarão com compostos específicos para as caracteristicas do recém-recapeado circuito. Os times, entretanto, terão alguns jogos dos pneus de 2014 para provarem em um traçado diferente.

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Sepang 2.2

Depois de um início de pré-temporada bastante apagado, Dani Pedrosa ressurgiu e fechou a quinta-feira (27) no topo da tabela de tempos. O espanhol liderou o segundo dia da segunda bateria de testes da MotoGP com 0s281 de vantagem para Aleix Espargaró, que, mais uma vez, colocou a FTR Yamaha da Forward na segunda colocação. Álvaro Bautista completa o top-3.

Assim como aconteceu na quarta-feira, o dia em Sepang foi marcado pelo sol forte, mas as condições de pista seguem longe do ideal. Sem chuva e com uma corrida de carros recente no circuito malaio, os pilotos estão tendo dificuldades para encontrar aderência.

Com Marc Márquez se recuperando de uma fratura na perna direita, Pedrosa conduz sozinho os últimos preparativos da Honda para 2014. Depois de ter definido o chassi que vai utilizar ao longo do ano, Dani dedicou o dia ao acerto da RC213V e ao mapeamento do motor, registrando sua melhor marca em 2min00s039.

Pedrosa comandou o segundo dia de testes da MotoGP em Sepang (Foto: Honda)
“As coisas correram bem esta tarde, apesar de ainda termos tido alguns problemas nesta manhã e eu não ter conseguido pilotar de maneira confortável”, explicou Dani. “Tive de parar cedo para fazer algumas grandes mudanças na moto e, quando recomeçamos depois do almoço, me senti mais confortável e fiz voltas melhores”, seguiu.

“Nós focamos na frente e conseguimos encontrar um bom acerto. Amanhã nós vamos focar em progredir com a traseira, pois temos que fazer o novo pneu funcionar melhor e aumentar a aderência”, explicou. “Se tudo correr bem, aí talvez eu possa fazer uma simulação de corrida amanhã”, completou.

Como aconteceu no primeiro dia de exercícios na Malásia, Espargaró mais uma vez exibiu um bom ritmo. O espanhol, que passou o dia trabalhando no set-up das suas duas FTR Yamaha, anotou 2min00s320 na melhor de suas 41 voltas e ficou a 0s281 do titular da Honda.

“Hoje nós trabalhamos no acerto das duas motos e estou muito confiante, porque no ano passado eu nunca consegui ter a mesma confiança com as duas motos”, lembrou. “Aqui em menos de dois dias eu encontrei um bom feeling e estou muito satisfeito”, resumiu.

“Durante a tarde eu testei o novo software da Magneti Marelli, que é um passo à frente, especialmente quando os pneus começam a se desgastar”, avaliou. “Espero que possamos fazer um long-run amanhã e ver como a moto trabalha na distância da corrida”, finalizou.

Lorenzo ainda não se entendeu com os novos pneus da Bridgestone (Foto: Yamaha)
Líder no primeiro dia desta segunda bateria, Álvaro Bautista não conseguiu manter o topo da tabela, mas fechou o dia em terceiro, 0s461 atrás do ponteiro. O espanhol, aliás, aproveitou a sessão para realizar sua primeira simulação de corrida focando na durabilidade dos pneus.

“Hoje nós completamos uma boa simulação de corrida: como fizemos isso na parte da tarde, a pista não estava na melhor condição, mas, no geral, estamos satisfeitos”, declarou Bautista. “Nós reunimos informações importantes e vimos melhora em relação à durabilidade do pneu traseiro”, apontou.

“No fim do dia, eu também marquei um ótimo tempo de volta, o meu melhor nesta pista, mas estou especialmente feliz pelo bom trabalho que fizemos”, resumiu. “Amanhã vamos continuar a trabalhar no acerto do chassi e na eletrônica, mas, definitivamente, estamos em boa forma”, concluiu.

A quarta colocação ficou com Valentino Rossi. O multicampeão cravou sua melhor marca em 2min00s605, 0s566 atrás do líder da sessão. O piloto da Yamaha dedicou o dia ao trabalho com os novos pneus da Bridgestone, mas se mostrou preocupado com o desempenho da M1 com a nova borracha.

De Puniet segue desenvolvendo o novo protótipo da Suzuki (Foto: Suzuki)
Andrea Dovizioso aparece na quinta posição, com o melhor de seus 48 giros em 2min00s787. O italiano segue trabalhando no desenvolvimento da GP14, mas testou nesta quinta-feira a versão Open da Desmosedici, que conta com a centralina padrão fornecida pela Magneti Marelli.

Com 0s863 de atraso em relação ao ponteiro, Stefan Bradl colocou a LCR no sexto posto da tabela de tempos, à frente de Cal Crutchlow. Estreando na Ducati, o britânico ainda tenta se acostumar com o protótipo e registrou sua melhor volta em 2min00s952.

Terceiro colocado no primeiro dia desta bateria em Sepang, Pol Espargaró enfrentou seu dia mais difícil desde a estreia no comando da M1 da Tech3. Atual campeão da Moto2, o espanhol sofreu sua primeira queda com um protótipo da divisão principal, mas não se feriu. O irmão mais novo de Aleix ficou com o oitavo tempo, 0s988 atrás do líder.

Sofrendo com os novos pneus desenvolvidos pela Bridgestone, Jorge Lorenzo ficou apenas com o nono tempo, 1s010 mais lento que Pedrosa. O espanhol completou 57 voltas e, mesmo decepcionado, destacou que ainda restam oito horas de trabalho em Sepang para tentar contornar as dificuldades.

Companheiro de Pol Espargaró na Tech3, Bradley Smith trabalhou com o acerto da moto e experimentou rodar com a M1 com o tanque o cheio. O britânico completou 60 giros e fecha o top-10, com sua melhor volta em 2min01s098.

Crutchlow ainda está conhecendo os detalhes da GP14 (Foto: Ducati)
 Ainda tentando extrair um melhor desempenho da RCV1000R, Nicky Hayden trabalhou para melhorar o chassi e a suspensão da máquina da Honda, mas foi Colin Edwards que liderou o time da Forward. Comemorando seu aniversário de 40 anos, o texano cravou 2min01s996 em sua melhor marca e ficou em 13º, 0s092 à frente do campeão de 2006, o 14º.

Piloto de testes da Suzuki, Randy de Puniet aparece na sequência. O francês aproveitou o dia para extrair mais velocidade de um novo motor e também mais estabilidade. O melhor registro de Randy foi 2min02s139.

Debutando na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, Scott Redding ficou em 17º, 2s613 atrás do líder. O britânico passou o dia ajustando a geometria do chassi da RCV1000R e trabalhando na estabilidade dos freios, e deve usar a sexta-feira para refinar a eletrônica da moto da Gresini.

A segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP termina nesta sexta-feira, com mais uma sessão no circuito de Sepang. Na sequência, os pilotos de Yamaha, Ducati e Honda seguem para Phillip Island, com os demais se encontrando em Losail para o teste final antes do início do Mundial.

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Laureus

Mais jovem campeão da história da MotoGP, Marc Márquez ganhou uma indicação ao Prêmio Laureus, conhecido como ‘Oscar do Esporte’, na categoria Revelação. A lista de indicados de 2014 foi divulgada nesta quarta-feira (26).

Entre os rivais de Márquez na disputa pelo título está o time de críquete do Afeganistão, que se classificou para a Copa do Mundo pela primeira vez em 2013. Além da equipe afegã, Marc também vai enfrentar o alemão Raphael Holzdeppe, que conquistou medalha de ouro no salto com vara no Mundial de Atletismo. O colombiano Nairo Quintana, primeiro novato a terminar o Tour de France no pódio desde 1996; o inglês Justin Rose, que venceu o US Open de Golfe aos 32 anos; e Adam Scott, primeiro australiano a vencer o US Masters, um dos quatro maiores campeonatos do golfe profissional, completam a lista de indicados na categoria.

Márquez vai concorrer ao Prêmio Laureus na categoria 'Revelação' (Foto: Repsol)
A lista de indicados nas sete categorias do Laureus tem nomes como Usain Bolt e Serena Williams, tricampeões na premiação; Sebastian Vettel, que chega à sua quinta indicação; e os bicampeões do prêmio Rafael Nadal e Yelena Isinbayeva, que concorrem em duas categorias.

“Nunca vi uma competição com potencial para ser tão equilibrada em tantas categorias”, disse Edwin Moses, diretor-executivo do prêmio. “Este será um ano clássico. Tem um equilíbrio maravilhoso entre alguns dos grandes nomes que dominaram o esporte durante muitos anos e alguns empolgantes novatos como Missy Franklin e Marc Márquez”, continuou.

O Brasil, aliás, também marca presença na lista de indicados. O atacante Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG, concorre como ‘Melhor Retorno do Ano”, enquanto a seleção brasileira de futebol entra na disputa como ‘Melhor Time’.

Bob Burnquist e Maya Gabeira concorrem na categoria de ‘Esportes Radicais’ e terão Mick Fanning, John John Florence e Shaun White como rivais.

Os vencedores serão revelados no próximo dia 26 de março, em um evento que será realizado na Malásia.

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Confira a lista de indicados ao Laureus 2014:

Atleta masculino do ano
Usain Bolt (Jamaica) – Atletismo
Mo Farah (Inglaterra) – Atletismo
LeBron James (Estados Unidos) – Basquete
Rafael Nadal (Espanha) – Tênis
Cristiano Ronaldo (Portugal) –Futebol
Sebastian Vettel (Alemanha) – F1

Atleta feminina do ano
Nadine Angerer (Alemanha) – Futebol
Missy Franklin (Estados Unidos) – Natação
Shelly-Ann Fraser-Pryce (Jamaica) – Atletismo
Yelena Isinbayeva (Rússia) – Atletismo
Tina Maze (Eslovênia) – Esqui
Serena Williams (Estados Unidos) –Tênis

Melhor time do ano
All Blacks (Nova Zelândia) – Rúgbi
Bayern de Munique (Alemanha) – Futebol
Seleção brasileira – Futebol
Bob e Mike Bryan (Estados Unidos) – Tênis
Miami Heat (Estados Unidos) – Basquete
Red Bull (Áustria) – F1

Revelação do ano
Afeganistão – Críquete
Marc Márquez (Espanha) – MotoGP
Raphael Holzdeppe (Alemanha) – Atletismo
Nairo Quintana (Colômbia) – Ciclismo
Justin Rose (Inglaterra) – Golfe
Adam Scott (Austrália) – Golfe

Retorno do ano
Yelena Isinbayeva (Rússia) – Atletismo
Rafael Nadal (Espanha) – Tênis
Oracle (Estados Unidos) – Vela
Tony Parker (França) – Basquete
Ronaldinho (Brasil) – Futebol
Tiger Woods (Estados Unidos) – Golfe

Atleta com deficiência física
Marie Bochet (França) – Esqui
Marcel Hug (Suíça) – Corrida em cadeira de rodas
Tatyana McFadden (Estados Unidos) – Corrida em cadeira de rodas
Sophie Pascoe (Nova Zelândia) – Natação
Sarah Louise Rung (Noruega) – Natação
Olga Sviderska (Ucrânia) – Natação

Esportes radicais
Jamie Bestwick (Inglaterra) – BMX
Bob Burnquist (Brasil) – Skate
Mick Fanning (Austrália) – Surfe
John John Florence (Estados Unidos) – Surfe
Maya Gabeira (Brasil) – Surfe
Shaun White (Estados Unidos) – Snowboard

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ausência confirmada

Marc Márquez passou por uma nova avaliação médica nesta quarta-feira (26) e teve sua participação nos testes de Phillip Island descartada. O atual campeão da MotoGP fraturou a fíbula da perna direita em um acidente durante uma sessão de dirt-track em Lleida, na região oeste de Barcelona.

O Dr. Xavier Mir, responsável pelo tratamento de Márquez, aconselhou o piloto a não participar dos exercícios em Phillip Island, que acontecem entre os dias 3 e 5 de março, para evitar o risco de uma nova lesão. Assim, o piloto só voltará às pistas para o GP do Catar, prova que abre a temporada 2014, marcado para o dia 23 de março.

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Honda tentou liberação para Márquez participar de teste no Catar (Foto: Repsol)
“Obviamente, estou desapontado de não estar em Sepang no momento e perder também Phillip Island é uma infelicidade, mas nós acreditamos que é a melhor decisão”, disse Marc. “Depois da minha consulta com o Dr. Mir hoje, apesar de ele ter ficado satisfeito com a condição geral da minha perna após apenas sete dias do acidente, ele me aconselhou a não correr riscos desnecessários. Então eu vou aproveitar este tempo para descansar e me colocar em forma como for possível para voltar no Catar na melhor forma possível para a primeira corrida”, concluiu.

Por conta da lesão de Márquez, a Honda pediu autorização à direção de prova para que o espanhol de 21 anos pudesse participar do exercício que será realizado no Catar entre os dias 7 e 9 de março, mas o pedido resultou em um conflito com Yamaha e Ducati.

Por conta dos problemas enfrentados em Phillip Island no ano passado, a Bridgestone solicitou que os times fizessem um teste na pista australiana e pediu que o exercício fosse realizado pelos pilotos oficiais. Mesmo perdendo o teste em Losail dias antes da abertura do Mundial, os times da MSMA concondaram e serão os únicos na Austrália na próxima semana.

Assim que souberam que o pedido da Honda tinha sido aceito pela direção de prova, Yamaha e Ducati reagiram. A casa de Iwata ameaçou tirar Jorge Lorenzo e Valentino Rossi do exercício australiano e levar a dupla direto para Losail. A fábrica de Borgo Panigale, por sua vez, afirmou que a opção de levá-lo ao teste no Catar é errada.

“Nós fizemos um acordo, aceitamos nos colocar à disposição do campeonato”, disse Paolo Ciabatti, diretor do projeto da Ducati na MotoGP em entrevista ao site italiano ‘GPOne’. “Nós sugerimos participar com nossos pilotos de testes, mas a Bridgestone pediu pelos oficiais e nós concordamos, mesmo que isso custasse sacrificar a vantagem de testar no Catar dez dias antes da corrida”, continuou.

Ciabatti ressaltou, entretanto, que a posição do time de Bolonha não é contra Márquez. “Pelo contrário, nós queremos vê-lo em forma o mais rápido possível, mas achamos que a solução do Catar seria incorreta. O diretor de prova deu sua autorização, provavelmente sem considerar tudo. Eles deveriam, ao menos, ter consultado todas as partes envolvidas”, ponderou.

“Infelizmente, acidentes com pilotos são uma parte deste negócio e se um piloto é forçado a perder um teste, como aconteceu muitas vezes no passado, ele tem de aceitar isso”, comentou Paolo. “Além disso, é um pouco estranho não poder pilotar na segunda-feira e fazer isso apenas três dias depois”, opinou.

“Nossa posição segue como foi decidido, como foi acordado: todos em Phillip Island. “Se Marc não pode vir, eles vão trazer um piloto de testes. Não queremos brechas sendo encontradas sempre que um problema surgir. Do contrário, a partir de agora, vamos pedir um acordo por escrito em qualquer situação”, concluiu.

Sepang 2.1

Álvaro Bautista abriu a segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP na ponta da tabela de tempos. O espanhol da Gresini anotou 2min00s848 em seu melhor giro nesta quarta-feira (26) e ficou com a liderança da sessão com 0s052 de vantagem para Aleix Espargaró, o segundo colocado. Completando a alegria da família catalã, Pol colocou a M1 da Tech3 no terceiro posto.

Ao contrário do que aconteceu no primeiro teste do ano, os pilotos tiveram de lidar com uma condição de pista desfavorável. Por conta de uma corrida de carros dias atrás e da atípica falta de chuvas, os competidores precisaram esperar por uma melhora no asfalto, que estava sujo, escorregadio e sem aderência.

Bautista passou o dia trabalhando na suspensão Showa e usou a penúltima de suas 61 voltas por Sepang nesta quarta para cravar 2min00s848, 1s3 mais lento do que o melhor registro feito pelo ausente Marc Márquez, o mais rápido na primeira sessão de testes de 2014.

Bautista foi o mais rápido em Sepang nesta quarta (Foto: Gresini)
“Foi um primeiro dia de testes muito positivo!”, avaliou Bautista. “Nós trabalhamos muito bem na traseira, uma área que nos deu trabalho antes, e conseguimos excelentes resultados: a Showa desenvolveu um novo amortecedor um pouco diferente do que usamos até então, o que se ajuda às nossas necessidades”, continuou.

“Além dos bons tempos de volta, apesar de a pista estar pior do que no primeiro teste, estou especialmente satisfeito, porque a minha sensação com os pneus Bridgestone melhorou muito e agora eu me sinto confortável pilotando”, contou. “Nós estamos no caminho certo: amanhã de manhã vamos continuar trabalhando duro, focando também na frente, enquanto que a tarde, se tivermos chance, gostaria de tentar o primeiro long-run”, completou.

Assim como aconteceu na primeira bateria em Sepang, Aleix Espargaró exibiu um ótimo ritmo, garantindo o segundo posto da folha de tempos. A bordo de FTR-Yamaha da Forward, o espanhol anotou 2min00s900, apenas 0s052 mais lento que Bautista.

Pelo novo regulamento, além de vantagens como maior tanque de combustível e mais motores disponíveis ao longo do ano, as motos que pertencem à categoria Open ainda contam com uma especificação de pneus mais macia que os times de fábrica.

Assim como no primeiro teste, Aleix exibiu um ótimo ritmo em Sepang (Foto: Forward)
“Estou feliz com o resultado de hoje”, resumiu Aleix. “Era importante trabalhar no acerto da segunda moto e nós fizemos isso. Durante a sessão desta manhã, fiz apenas algumas voltas, pois não podia forçar como gostaria. Nós também trabalhamos na eletrônica e as coisas melhoraram nesta tarde. Este foi apenas o primeiro dia, amanhã vamos continuar trabalhando na segunda moto”, explicou.

Irmão mais novo de Aleix, Pol também exibiu um bom ritmo nesta quarta em Sepang. Estreando na divisão principal, o atual campeão da Moto2 teve a chance de testar o novo câmbio seamless da Yamaha, que foi introduzido no ano passado apenas nas motos de Jorge Lorenzo e Valentino Rossi.

O mais novo do clã Espargaró registrou 2min00s999 na 53ª das 57 voltas que completou e foi 0s151 mais lento que o líder do exercício. Além do novo câmbio, Pol também trabalhou com a eletrônica e em outras partes do motor.

“Esta manhã a pista não estava em sua melhor condição, então nós não conseguimos começar imediatamente. Perto do fim do dia, a pista melhorou e nós conseguimos fazer um bom tempo”, relatou Pol. “Entretanto, nós não erramos, mas não acho que os times de fábrica tenham forçado até o limite e Marc também não estava aqui, mas ainda assim é bom finalizar o primeiro dia na terceira posição”, seguiu.

“Quero agradecer à Yamaha, já que hoje foi a primeira vez que usamos o novo câmbio seamless e o feeling é simplesmente incrível. Nós temos um pouco mais de potência em todas as marchas e isso ajuda em muitas diferentes áreas”, frisou. “No geral, foi um dia realmente bom e a sensação com a moto é simplesmente ótima”, finalizou.

Pol testou o câmbio seamless pela primeira vez nesta quarta (Foto: Tech3)
O quarto tempo nesta quarta ficou com Andrea Dovizioso. Dando sequência ao trabalho de desenvolvimento da GP14, o italiano seguiu trabalhando no acerto da Desmosedici e cravou seu melhor giro em 2min01s029, 0s181 mais lento que Bautista.

No primeiro dia de testes da segunda bateria de Sepang, a Ducati segue obedecendo ao regulamento da MSMA, já que ainda não decidiu se vai competir como Open ou não.

Lorenzo aparece na sequência, 0s310 atrás do titular da Gresini. Na garagem da Yamaha, o trabalho se concentrou nos pneus, já que a nova M1 não se adaptou ao novo composto introduzido pela Bridgestone em 2014. O bicampeão da MotoGP anotou 2min01s158 na melhor de suas 56 voltas.

Únido representante da Honda na Malásia, já que Marc Márquez ainda se recupera de uma fratura na perna, Dani Pedrosa teve uma atuação discreta nesta quarta. Por conta das condições ruins da pista, o espanhol demorou a sair dos boxes, mas quando o fez, logo tratou de escolher qual chassi vai usar em sua RC213V ao longo de 2014. O piloto da moto 26 garantiu a sexta posição, 0s312 atrás do líder.

Assim como o companheiro de Yamaha, Valentino Rossi também trabalhou para tentar se entender com os novos pneus de 2014 e melhorar o equilibrio da M1, especialmente dos freios. O italiano chegou a liderar o exercício malaio na primeira parte da sessão, mas fechou o dia com a sétima marca, 0s501 atrás do líder.

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Dupla da Yamaha reclamou dos novos pneus Bridgestone (Foto: Yamaha)
Com a ausência de Márquez, Stefan Bradl ganhou responsabilidade extra da HRC, assumindo o teste de alguns pequenos componentes. O germânico, que trabalhou na suspensão, na geometria e na eletrônica de sua RC213V, ficou com o oitavo tempo, com sua melhor volta em 2min01s491.

Andrea Iannone aparece na nona colocação, 0s796 mais lento que o líder. A bordo de uma RCV1000R, Nicky Hayden fez seu melhor registro em 2min02s227 e fecha a lista dos dez primeiros.

Assim como aconteceu na primeira bateria de testes na Malásia, a Suzuki colocou seu novo protótipo na pista para ser testado por Randy de Puniet e Nobuatsu Aoki. O francês completou 73 voltas e fez seu melhor registro em 2min03s341, 2s493 atrás do líder.

Estreando pela Ducati, Cal Crutchlow sofreu com problemas técnicos nesta quarta-feira e ficou apenas na 11ª posição. O britânico anotou sua melhor volta em 2min02s319, 1s471 atrás de Bautista.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Drive M7 Aspar

A Aspar aproveitou o circuito de Sepang, na Malásia, para apresentar nesta terça-feira (25) suas cores para a temporada 2014 da MotoGP. Com o patrocínio do energético malaio Drive M7, o time de Jorge Martínez vai colocar na pista duas RCV1000R nas cores prata e verde florescente, que serão pilotadas por Nicky Hayden e Hiroshi Aoyama.

A parceria com a empresa malaia já tinha sido anunciada dias atrás e faz parte da estratégia da Aspar de alcançar novos mercados internacionais. O acordo com a Drive M7, que pertence ao grupo Mutiara Motors, é de três anos.

Acordo da Aspar com a Drive M7 é de três anos (Foto: Aspar)
“Este evento é a confirmação de outra fase importante na história do nosso time”, disse Jorge Martínez. “Em termos do nosso projeto esportivo, nós trocamos de fabricante de Aprilia para Honda e assinamos com dois campeões mundiais – Nicky Hayden e Hiroshi Aoyama – para nos representarem na MotoGP”, seguiu.

“Nós todos estamos muito animados com este novo projeto e vamos encarar um grande desafio ao longo dos próximos três anos”, completou.

Recém-chegado a Aspar, Hayden se disse impressionado com o chefe do time e, mesmo admitindo a decepção com o resultado obtido na primeira bateria de testes da pré-temporada, ressaltou que confia na HRC para melhorar o desempenho da nova moto.

Hayden espera que Honda encontre mais potência na RCV1000R (Foto: Aspar)
“É uma nova temporada e um novo desafio para mim, mas estou saudável e muito animado”, comentou Nicky. “Estou muito impressionado com Sr. Aspar e seu profissionalismo – está claro que ele realmente quer resultado e apoia todo seu time”, frisou.

“O desafio de competir com uma moto Open e as novas regras serão interessantes para ver como tudo vai acontecer e se esse realmente será o futuro da MotoGP”, falou. “No primeiro teste nós não fomos competitivos como esperávamos, mas eu confio que a HRC vai nos ajudar logo e encontrar mais potência. Tenho que aproveitar ao máximo este teste para aprender a moto e o novo time, e estar pronto para a abertura da temporada no Catar. Tenho ótimos fãs e ótimos patrocinadores e espero deixá-los orgulhosos este ano”, concluiu Hayden.

Aoyama, por sua vez, também celebrou a chegada ao time e avaliou que, com o apoio direto da Honda, certamente terá um bom ano.

Aoyama vê categoria Open como futuro da MotoGP (Foto: Aspar)
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“Estou realmente feliz em me juntar a Aspar. É um time muito profissional, com um grupo altamente motivado que trabalha todo dia para conquistar o melhor resultado possível”, apontou. “Estou ansioso para começar a nova temporada com meu novo time e também com um novo e importante patrocinador com a Drive M7”, seguiu.

“Tomara que esta nova temporada que está prestes a começar possa ser proveitosa para cada uma das pessoas ligadas a este projeto”, torceu. “Nós temos um novo desafio nesta temporada com a categoria Open, que é o futuro da MotoGP. 2014 será uma temporada importante e interessante para nós. Tenho um grande time, uma grande moto e apoio direto da Honda, então estou certo de que será um grande ano”, encerrou.

Hayden e Aoyama voltam às pistas em Sepang já nesta quarta-feira, primeiro dia da segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP.

Haiyan

Às vésperas do início da segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP, Valentino Rossi foi até Manila, nas Filipinas, para apoiar uma iniciativa da Yamaha para ajudar as vítimas do supertufão Haiyan – também conhecido como Yolanda.

Dias após a passagem do supertufão, o braço filipino da Yamaha lançou uma campanha chamada ‘Lend a Hand’ para arrecadar donativos para as vítimas do Haiyan. Desta vez, o esforço contou com o apoio do multicampeão.

Rossi esteve nas Filipinas para apoiar projeto de ajuda às vítimas de supertufão (Foto: Yamaha)
Em uma iniciativa batizada de ‘Champions Rebuild Lives’, a marca nipônica colocou à venda uma edição limitada de seus produtos com preços mais acessíveis. Quem gastar P 500 (cerca de R$ 26) em produtos Yamaha, ganha um cupom para concorrer a uma jaqueta assinada por Valentino.

O supertufão Haiyan atingiu as Filipinas no início de novembro do ano passado e deixou mais de 4 mil mortos, 18 mil feridos e 1.602 desaparecidos. A província de Leyte, na região leste, foi a mais atingida, com mais de 3 mil mortos.

Com mais de 300 mil casas destruídas e mais de 9 milhões de desabrigados, o prejuízo estimado com a passagem do Haiyan é de cerca de US$ 280 milhões (aproximadamente R$ 650 milhões).

Com ventos de até 315 km/h, o Haiyan foi o supertufão mais forte registrado e o terceiro desastre natural mais mortal da história das Filipinas.

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vitória histórica

Não demorou para que a MV Agusta conquistasse seu primeiro triunfo no retorno aos campeonatos mundiais. No último domingo (24), Jules Cluzel quebrou um jejum que já durava 38 anos – desde a vitória de Giacomo Agostini em Nürburgring em 1976 – e colocou a F3 675 no topo do pódio do Mundial de Supersport, vencendo a etapa da Austrália, disputada em Phillip Island.

O triunfo de Cluzel, aliás, foi um daquelas para ninguém botar defeito. Largando na 14ª colocação do grid, Jules exibiu um ótimo ritmo desde o início e logo tratou de escalar o pelotão. Na oitava volta, a prova foi interrompida por conta de um problema com a moto de Jack Kennedy, que deixou óleo na pista.

Cluzel encerrou jejum de 38 anos sem vitórias da MV Agusta em campeonatos mundiais (Foto: Divulgação/WSBK)
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A prova foi reiniciada para a disputa de apenas cinco voltas, com Kenan Sofuoglu tomando a ponta logo na primeira curva de Phillip Island. Na segunda volta, entretanto, o tricampeão do Mundial de Supersport caiu, assim como Michael van Der Mark.

Com os favoritos fora, as últimas voltas viram uma disputa feroz entre os ponteiros, mas foi Cluzel que cruzou a linha de chegada na ponta, após bater Kev Coghlan na penúltima curva. Raffaele De Rosa ficou com o terceiro posto.

“Nós fomos terrivelmente azarados tanto durante os testes como no início do fim de semana. Nós completamos muito menos voltas do que deveríamos”, avaliou Cluzel. “Então, depois disso, vencer é simplesmente um sonho!”, comentou.

“Antes da largada eu disse aos meus mecânicos que daria o meu máximo: e foi exatamente isso que eu fiz, sem cometer um único erro”, contou. “É uma vitória merecida. Nós ainda temos um longo caminho pela frente, mas estamos convencidos de que a moto e o time têm um potencial enorme”, concluiu.

Presidente da MV, Giovanni Castiglioni dedicou o triunfo de Cluzel ao pai. “Uma vitória maravilhosa, uma emoção indescritível”, comentou. “Quero dedicar esta primeira vitória ao meu pai, cuja fé na MV e na possibilidade de um retorno bem sucedido às corridas sempre foi inabalável, e ao falecido pai de Brian Gillen, o diretor da nossa divisão de corridas”.

“Quero agradecer ao time Yaknich e a todos os envolvidos neste ambicioso projeto por seu comprometimento exemplar”, concluiu Castiglioni.

Calendário final

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) publicou nesta segunda-feira (24) a versão final do calendário do Mundial de Motovelocidade para 2014. Como já era esperado, o GP do Brasil ficou de fora da programação, com o GP de Aragón assumindo a data de 28 de setembro.

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Pessoal de Brasília errou feio na hora de calcular o tempo que precisaria para reformar o autódromo (Foto: Roberto Castro/GDF)
A realização da prova brasileira dependia de uma grande reforma no sucateado Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, mas o governo do Distrito Federal errou feio na hora de calcular o tempo que seria necessário para a execução de tal obra.

Em 27 de janeiro, o governo do DF admitiu que não teria tempo suficiente para concluir os trabalhos no autódromo e receber o Mundial já neste ano. Apesar de o GDF garantir que seguiria trabalhando para sediar a MotoGP em 2015, até o momento nenhuma licitação foi aberta para que as obras orçadas em mais de R$ 300 milhões possam, enfim, iniciar.

Com o cancelamento do GP do Brasil, a etapa de Aragón, que estava marcada para o dia 21 de setembro, foi adiada em uma semana, dando uma rápida folga aos pilotos após a disputa em San Marino.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Até no gelo

Pouco mais de um mês após o fim do Rali Dakar, a espanhola Laia Sanz aproveitou o sábado (22) e voltou às pistas para uma competição um pouco diferente.

Laia Sanz enfrentou Ingrid Rossell em uma pista de gelo (Foto: Pep Segalés)
Depois de encarar temperaturas de quase 50°C no Dakar, Laia foi até a pista de gelo de Pas de la Casa, em Andorra, para disputar um prova de carros na GSeries BPA. Ao lado a promessa local Ingrid Rossell, Sanz participou do ‘The Duelo – The Ice Girls’, uma competição onde as duas se enfrentaram em três assaltos.

Laia perdeu a primeira disputa para Rossell, mas conseguiu se recuperar e sai de Andorra com mais um triunfo em seu enorme currículo.

Laia venceu a disputa por um placar de 2 a 1 (Foto: Pep Segalés)
 “Foi uma corrida divertida”, disse Laia. “Eu adoro os carros e ir até Andorra para participar da GSeries é sempre uma boa desculpa. Além disso, eu gostei muito do formato da competição. Me diverti muito competindo com a Ingrid, que dificultou bastante”, comentou.

15 vezes campeã mundial nas motos (13 no Trial e duas no Enduro), Laia já iniciou a preparação para o Mundial de Enduro, que começa no próximo dia 5 de abril, em Solsona, em Lleida.

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Sanz já está se preparando para a temporada do Mundial de Endurance (Foto: Pep Segalés)
“Faz pouco tempo que voltei do Dakar, quase não tive tempo de descansar e já estou preparando a nova temporada”, contou. “Mesmo assim, não quis perder a GSeries, pois eu gosto muito dos carros, me diverti muito, e me serve para ganhar experiência em quatro rodas e desconectar um pouco de todo o resto”, completou.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Dar gas a las muletas

Marc Márquez fraturou a perna direita em um acidente durante um treino de dirt-track na última terça-feira (19) e não vai participar da segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da MotoGP, que acontece entre os dias 26 e 28 de fevereiro em Sepang, na Malásia.

Márquez agradeceu apoio dos fãs em um vídeo (Foto: Red Bull)
Se recuperando da lesão, o campeão da MotoGP postou um vídeo em seu canal no YouTube para agradecer o apoio que recebeu dos fãs desde o acidente em Lleida, na região oeste de Barcelona.

Além do teste malaio, é possível que Marc também fique de fora dos exercícios programados para Phillip Island nos dias 3, 4 e 5 de março. O Dr. Xavier Mir, responsável pelo tratamento do espanhol, explicou que o tempo necessário para curar a fratura é de cerca de “seis semanas para um mortal”, mas espera que Márquez esteja completamente recuperado em três ou quatro semanas.

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Moto3 – Jerez de la Frontera

A segunda bateria de testes da pré-temporada 2014 da Moto3 terminou nesta quinta-feira (20) com Jack Miller no comando das atividades. Estreando na Red Bull KTM Ajo neste ano, o australiano não teve trabalho para segurar os rivais e garantiu a liderança com 0s210 de folga para Jakub Kornfeil. Niccolò Antonelli ficou com o terceiro posto.

O último dia de testes em Jerez de la Frontera foi marcado pela neblina, mas, apesar dos 24°C, os pilotos conseguiram trabalhar com mais intensidade na parte da tarde. Na última bateria do dia, Miller estabeleceu um novo recorde para o circuito ao cravar 1min46s046 e garantiu a liderança no resultado combinado dos três dias de exercícios.

Miller registrou um novo recorde para Jerez (Foto: Red Bull KTM Ajo)
“Foram, definitivamente, três bons dias de testes”, avaliou Miller. “Foi muito produtivo, nós melhoramos muito e também encontramos muitas coisas negativas, o que nos ajuda em longo prazo. Nós conseguimos completar voltas consistentemente, o que era nossa meta principal”, ponderou.

“Me sinto muito confortável na moto, a KTM trouxe muitas coisas para testarmos e eu me diverti na moto, o que é o principal. Você não pode só testar, testar, testar – você tem que se divertir na moto também”, defendeu. “Eu ainda posso melhorar meus tempos de volta e tem algumas coisas pequenas que precisam ser melhoradas para sermos mais rápidos”, seguiu.

“Não esperava esse tempo de volta, mas esperava estar perto”, falou Jack. “Rodar abaixo do recorde, entretanto, é realmente bom”, completou.

O segundo tempo no resultado combinado ficou com Kornfeil, que cravou sua melhor marca em 1min46s256, liderando os esforços da LaGlisse. Líder dos primeiros exercícios, Niccolò Antonelli foi 0s406 mais lento. O piloto da Gresini conseguiu completar apenas 35 voltas neste último dia de testes, já que enfrentou problemas com sua KTM.

Interrompendo a sequência da fábrica austríaca o topo da tabela de tempos, Danny Kent colocou a estreante Husqvarna na quinta colocação, com seu melhor giro em 1min46s646.

Com uma das duas KTM do Team Sky VR46, Romano Fenati aparece na sexta colocação, à frente de Niklas Ajo. Também defendendo as cores do time de Valentino Rossi, Francesco Bagnaia ficou com o oitavo tempo, 0s628 mais lento que o líder.

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Granado não ficou satisfeito com o tempo que cravou em Jerez (Foto: LaGlisse)
Melhor Honda no resultado combinado da bateria de testes em Jerez, Álex Márquez aparece na nona colocação. O espanhol completou 49 voltas e fez a melhor delas em 1min46s882. Desta vez, o irmão de Marc não teve a companhia de Álex Rins, que foi submetido a uma cirurgia no punho e precisou ser substituído pelo francês Fábio Quartararo, dono do 14º tempo.

Agora, os dados coletados pela dupla serão analisados pela HRC, que vai continuar desenvolvendo a NSF250RW.

O décimo tempo ficou com Isaac Viñales, também da LaGlisse. Primo de Maverick, o espanhol cravou sua melhor marca em 1min46s899, 0s853 mais lento que o ponteiro.

Ainda em fase de ajustes com seu novo equipamento, Eric Granado garantiu o 18º tempo no resultado combinado desses três dias de testes em Jerez. O brasileiro anotou 1min47s639, 1s593 mais lento que Miller.

“A verdade é que foi complicado encontrar um bom acerto para a moto”, comentou Eric. “Além disso, nós tivemos um pequeno problema com o câmbio no primeiro dia e não conseguimos rodar tudo que gostaríamos. Mas nós logo conseguimos trabalhar bastante com o chassi para eu me sentir mais cômodo nas curvas rápidas”, continuou.

“Hoje nós seguimos na mesma linha e, trabalhando com o meu técnico, demos um passo à frente e creio que agora temos tudo no lugar”, considerou. “Não estou contente com o tempo que fizemos, pois temos mais potencial, mas o mais importante é que chegamos a um acerto que eu gosto. Estes dias eu vou me preparar no Brasil para voltar em forma”, completou.

Os pilotos da categoria inicial do Mundial de Motovelocidade voltam às pistas entre os dias 11 e 13 de março, quando se encontram em Jerez de la Frontera para a terceira e última bateria de testes da pré-temporada.