terça-feira, 30 de setembro de 2014

Desculpa...

Marc Márquez e Dani Pedrosa não foram dos pilotos mais brilhantes no GP de Aragón de MotoGP, disputado no último domingo no MotorLand.

Restando 11 voltas para o fim da prova, os pilotos foram autorizados a entrar nos boxes para trocar de moto, uma vez que o clima tinha mudado consideravelmente. Ao contrário dos principais rivais, que entraram no pit-lane para pegar as motos reservas devidamente preparadas com pneus chuva a partir da 16ª volta, Márquez e Pedrosa permanecer na pista molhada com os slicks.

Pedrosa e Márquez caíram na parte final do GP de Aragón (Foto: Repsol)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Com quatro giros para o fim, Pedrosa errou na curva um e caiu. O piloto da moto #26 conseguiu voltar aos boxes para pegar a moto reserva, mas já sem qualquer chance de conquistar um bom resultado. Assim, recebeu a bandeirada em 14º, 1min24s526 depois de Jorge Lorenzo, o vencedor.

“Tomei a decisão errada em relação ao momento de entrar para mudar de moto e não fiz a troca de moto na volta que deveria”, reconheceu Dani. “Meus pneus não aguentavam mais e eu caí”, continuou.

“Felizmente, consegui voltar e somar dois pontos nesta corrida. Foi um pouco desapontador ter ido tão longe e não ter conquistado um bom resultado, mas essas experiências são úteis para aprender e ir mais forte para a próxima corrida”, completou.

Márquez, por sua vez, cometeu o mesmo erro e caiu uma volta mais tarde. Assim como o companheiro de Honda, o campeão de 2013 conseguiu pegar a RC213V #2 e voltar para a pista, recebendo a bandeirada em 13º, 1min15s227 atrás do espanhol da Yamaha.

“A corrida foi difícil porque eu, assim como muitos outros pilotos na MotoGP, nunca tinha experimentado condições assim antes”, disse Marc. “Tentei continuar, pois faltavam apenas algumas voltas, mas eu aprendi que em situações como esta, é melhor usar uma estratégia diferente”, concluiu.

Depois de reconhecer publicamente o erro, Márquez usou o Twitter para brincar com Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da HRC.

Suzuki

A Suzuki oficializou nesta terça-feira (30) seu retorno à MotoGP. Em uma coletiva de imprensa realizada na Intermot (Feira Internacional de Motocicletas, Scooters e E-bikes), em Colônia, a montadora nipônica apresentou a GSX-RR e confirmou que terá Aleix Espargaró e Maverick Viñales como titulares em 2015.

Alegando dificuldades financeiras por conta da crise econômica mundial, a Suzuki deixou o Mundial no fim da temporada 2011, mas se comprometeu a desenvolver um protótipo 1000cc e voltar ao grid em 2014.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Suzuki apresentou GSX-RR nesta terça-feira (Foto: Suzuki)
Durante 2013, a fábrica de Hamamatsu escalou Davide Brivio, ex-chefe da Yamaha, para assumir o comando do time de testes. Trabalhando na VR46 de Valentino Rossi na época, o italiano aceitou o desafio e passou a atuar ao lado de Randy de Puniet, convidado para o posto de piloto de desenvolvimento, em uma série de testes com a nova moto.

Em 2014, a marca fundada por Michio Suzuki confirmou que voltaria ao Mundial de Motovelocidade, mas adiou os planos para 2015. Mesmo protelando o retorno, a montadora não parou de trabalhar e intensificou o programa de testes, levando a nova moto para vários circuitos que fazem parte do calendário do Mundial, entre eles Termas de Río Hondo, Montmeló, Phillip Island e Austin.

Agora, no Salão de Colônia, a Suzuki apresentou a GSX-RR, um protótipo 1000cc, com motor quatro cilindros em linha, chassi twin-spar de alumínio, suspensão Öhlins e freios Brembo.

Além de apresentar a moto e anunciar a contratação de Espargaró e Viñales, a Suzuki também confirmou que a nova moto fará sua estreia nas pistas do Mundial ainda neste ano, com Randy de Puniet disputando o GP da Comunidade Valenciana como wild-card.

A contratação dos pilotos, aliás, não chega como nenhuma surpresa, já que a imprensa espanhola já dava como certo o acerto com Maverick e Aleix há alguns meses.

Com o anúncio da Suzuki, resta uma única vaga em times de fábrica da MotoGP para 2015: o posto de companheiro de equipe de Álvaro Bautista na Aprilia.

Confira o grid provisório da MotoGP para 2015:



1.    A Pramac segue em busca de um substituto para Andrea Iannone. Na segunda moto, Yonny Hernández ainda não está confirmado, mas a expectativa é que ele mantenha sua vaga.
2.    A Paul Bird vai deixar o Mundial e voltar para o Campeonato Britânico de Superbike.
3.    O futuro da Ioda no Mundial ainda não está definido.

Crash report

A Dainese divulgou os dados coletados pelos sensores instalados no macacão de Valentino Rossi na queda no último domingo (28). Na quarta volta do GP de Aragón, o piloto da Yamaha tentou ultrapassar Dani Pedrosa para assumir a terceira colocação, mas teve de sair da pista para evitar tocar a roda traseira da RC213V #26.

Naquele ponto da pista, a curva sete do MotorLand, existe um trecho de grama sintética, que estava molhada por conta da chuva que tinha caído pouco antes do início da corrida. O multicampeão acabou arremessado da moto e foi escorregando em direção ao muro.

Rossi sofreu uma forte queda no GP de Aragón (Foto: Yamaha)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Descontrolada, a YZR-M1 seguiu a mesma rota e, por pouco, não atingiu o piloto. Mesmo sem ter sido acertado pela moto, o italiano sofreu um forte impacto da cabeça, que bateu contra o chão.

De acordo com os dados coletados pelo traje do piloto, a queda de Valentino começou a uma velocidade de 98,5 km/h, com o italiano percorrendo uma distância total de 64,5 metros.

Os sensores instalados no macacão levaram 23 milissegundos para identificar a queda e 44 milissegundos para inflar o airbag. O tempo total da queda foi de 4s7.

Por conta do acidente, Rossi ficou desacordado por alguns segundos e, depois de ser avaliado pelos médicos da Clinica Mobile, a clínica móvel do Mundial de Motovelocidade, foi levado ao Hospital de Alcañiz, onde foi submetido a uma tomografia de crânio.

O exame não identificou nenhuma lesão e Rossi contrariou a orientação médica de permanecer no hospital em observação. Valentino preferiu descansar em seu motorhome no circuito, onde era constantemente avaliado pelos profissionais da Clinica Mobile. 

Na segunda-feira, a Yamaha emitiu um comunicado, explicando que Rossi foi novamente avaliado pelo Dr. Michele Zasa, diretor-médico da Clinica Mobile, e passava bem.

O próprio piloto deu uma declaração explicando que estava bem e apenas teve um pouco de dor de cabeça na noite de domingo.

“Eu estou bem, tudo está ok, e isso é a coisa mais importante. Eu não me machuquei muito, exceto por um grande galo na cabeça”, contou. “Na noite passada eu tive um pouco de dor de cabeça, mas hoje eu estou bem, estou 100%”, continuou.

“Foi uma grande pena, porque fizemos uma grande mudança antes da corrida que teria me ajudado bastante. A moto estava forte, eu estava indo bem, tinha descontado a diferença nas primeiras voltas e estava com os pilotos líderes”, recordou. “Me senti bem e tenho certeza que teria feito uma boa corrida, então foi uma grande pena cair. De certa forma, estou quase feliz, porque apesar de termos tido um fim de semana difícil, nós éramos competitivos no domingo e esta deveria ser uma pista que não é muito boa para nós”, concluiu.

http://high-side.blogspot.com.br/2013/11/a-obra-prima-de-valentino-rossi.html Livro com história de Rossi na Yamaha é lançado no Brasil

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Jorge Martín

Além de confirmar a saída temporária do Mundial de Moto2, a Aspar aproveitou a segunda-feira (29) para anunciar a contratação de Jorge Martín para a temporada 2015 da Moto3. O espanhol de 16 anos conquistou o título da Red Bull Rookies Cup no último fim de semana.

Com a assinatura de Martín, a Aspar terá uma dupla espanhola no próximo ano, já que Juanfran Guevara continuará vestindo o uniforme vermelho. Em 2015, a esquadra valenciana será o time oficial da fábrica indiana Mahindra.

Jorge Martín será piloto da Aspar em 2015 (Foto: Aspar)
No comunicado divulgado nesta segunda, a Aspar afirmou que, com a saída da Moto3, “o time espanhol não descarta um anúncio surpresa em um futuro próximo. Os esforços do time estarão completamente focados na próxima temporada da Moto3, com seu projeto na Moto2 temporariamente adiado”.

“Primeiramente, parabéns ao Jorge por vencer a Rookies Cup”, declarou Aspar. “O projeto todo com a Mahindra nos empolga bastante. Estou feliz com este novo desafio”, continuou.

“Sem dúvida, Jorge Martín é um piloto que ganhou o respeito de todos nós, ele está indo muito bem e merece uma chance, então vamos em frente”, avaliou. “Ele esta ansioso em fazer as coisas do jeito certo. Gosto dele, pois ele é um lutador que quer aprender e sempre tentar melhorar. Falei com ele e já mencionei alguns aspectos que gostaríamos de melhorar”, contou.

“Mais importante do que isso, no entanto, com ele sendo tão jovem, é continuar com a visão e o desejo de correr riscos e crescer”, defendeu. “Ele é jovem e agora é o momento perfeito para aproveitar tudo que acontece ao seu redor, tanto nos treinos, como nas corridas”, completou.

Campeão da Rookies Cup, Martín se mostrou empolgado com o salto para o Mundial de Motovelocidade e contou que está tendo dificuldade para dormir por conta da ansiedade de começar a trabalhar com a equipe de Valência.

“Estou vivendo uma experiência incrível, espero continuar curtindo e aprendendo muito com o meu salto ao Mundial. Ultimamente, ando com problemas para dormir por conta da empolgação, já que eu queria começar a trabalhar com a Aspar agora”, contou o piloto. “Estou convencido de que, quando chegar, vou encontrar uma equipe muito próxima. Para mim, eles são uma das referências do Mundial, sempre foi uma equipe de ponta, e espero estar a altura desta oportunidade”, seguiu.

“Jorge me disse que espera que eu aproveite cada momento e tente aprender o máximo que posso. O importante agora é continuar a crescer como piloto”, ponderou. “Olhando de fora, a Moto3 é uma categoria que parece ser muito dura, mas acho que sou um piloto forte e espero me adaptar o mais rápido possível. Eu me considero um piloto consistente e tento melhorar toda vez que vou para a pista. É isso que me faz ser rápido”, concluiu.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Temporariamente adiado

A Aspar confirmou nesta segunda-feira (29) que não terá uma equipe na Moto2 na temporada 2015 do Mundial de Motovelocidade. De acordo com um comunicado divulgado pela equipe de Jorge Martínez, o projeto na categoria intermediária está “temporariamente adiado”.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Aspar não vai disputar a Moto2 em 2015 (Foto: Aspar)
No último fim de semana, Gino Borsoi, diretor-esportivo da Aspar, havia admitido em uma entrevista durante a transmissão oficial dos treinos do Mundial que o time estava com dificuldades para encontrar os patrocinadores necessários para financiar o projeto na Moto2.

Na atual temporada, a Aspar não conseguiu grandes resultados na divisão intermediária. Restando quatro provas para o fim Mundial, Jordi Torres ocupa a 15ª colocação, com 40 pontos, 238 a menos que Tito Rabat, o líder. Nico Terol, por sua vez, vive uma situação muito pior e aparece apenas em 28º, tendo somado dois únicos pontos.

Kallio e Morbidelli

A Italtrans aproveitou a passagem do Mundial de Motovelocidade por Aragón para anunciar a contratação de Mika Kallio. Atualmente na Marc VDS, o piloto finlandês assinou um contrato de um ano, com a opção de renovar por mais um.

Com o acordo, Kallio será companheiro de Franco Morbidelli, que já estava garantido na equipe. Assim, Julián Simón é quem fica sem vaga para o próximo ano.

Vice-líder do Mundial, Kallio celebrou o acordo com a escuderia e avaliou que a combinação entre a paixão dos italianos e a calma dos finlandeses dará resultados positivos.

Mika Kallio vai vestir as cores da Italtrans na temporada 2015 da Moto2 (Foto: Italtrans)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

“Eu já os conheço um pouco, pois conheço algumas pessoas do time do passado”, comentou. “Finlandeses e italianos são diferentes, mas tenho certeza que a paixão e calma serão uma ótima combinação”, avaliou.

“Este ano, pensando no meu futuro, eu tinha duas metas: MotoGP ou Moto2, mas não em qualquer time. Só no time certo”, contou. “A Italtrans é uma das melhores equipes da Moto2 e era a minha primeira prioridade na categoria. Além disso, eles correm com a Kalex e eu queria manter a mesma moto na próxima temporada”, justificou.

“O time é muito profissional e discutindo com eles, eles sempre disseram: ‘Nós queremos vencer’. E esta também é a minha meta o tempo todo. Ser o melhor na pista”, afirmou Mika. “Então, no fim, tendo decidido ficar na Moto2, foi bem fácil decidir pela Italtrans. Vamos ver o que podemos fazer juntos. Para mim, nós temos uma meta real na nossa mente. Claro, vou tentar vencer também o título deste ano. E repetir no próximo”, concluiu.

Atual titular da Italtrans, Morbidelli comemorou a chegada do finlandês e avaliou que poderá aprender muito com seu futuro companheiro de equipe.

“Estou muito feliz de ficar com a Italtrans na próxima temporada também. Significa que nós fizemos um bom trabalho nesta temporada e isso me deixa feliz”, começou. “Estou muito feliz em saber que Mika será meu companheiro de equipe: ele é um piloto top e eu posso aprender muito com ele. Ele será um grande trunfo para a equipe, tanto na pista como na garagem”, opinou.

“No que me diz respeito, serei mais experiente na próxima temporada, pois neste ano a maioria das coisas foi novidade”, considerou. “Não posso imaginar o que pode ser uma meta realista, mas certamente vou me empenhar o máximo possível e o tempo todo. Como sempre. O sonho continua”, completou.

Chefe do time, Luigi Pansera celebrou o line-up do time e avaliou que a parceria entre Kallio e Morbidelli é uma combinação de talento, experiência e culturas diferentes.

“Nós estamos felizes com o time que estamos construindo – é uma boa combinação de talento, experiência, habilidade e culturas diferentes. Nós estamos focados, comprometidos e com um grande desejo de acertar”, garantiu. “Como Mika disse, nós queremos vencer. Como Franco disse, é o nosso sonho”, finalizou.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Em chamas

Héctor Barberá foi o protagonista de uma cena assustadora nos treinos desta sexta-feira (26). Na primeira sessão livre para o GP de Aragón, o piloto da Avintia precisou agir rápido para se livrar das chamas que consumiam sua estreante Ducati.

Dias após a Avintia anunciar um acordo de dois anos com a Ducati, o piloto de Valência apresentou na quinta-feira no MotorLand a Desmosedici na configuração Open que utilizará pelo resto da temporada 2014. Horas mais tarde, Héctor assistiu sua única moto para o fim de semana arder em chamas.

Moto de Barberá pegou fogo no final do primeiro treino em Aragón (Foto: Reprodução)
Por conta de uma falha mecânica, a moto pegou fogo já na parte final do primeiro treino livre em Alcañiz. Barberá tratou de levar a moto para uma área de escape e então se jogou no chão para se livrar das chamas. Os comissários também agiram rápido e conseguiram evitar a destruição completa da GP14.

Pouco após o acidente, Agustín Escobar, chefe da Avintia, confirmou que o piloto sofreu uma queimadura de segundo grau no bíceps esquerdo. Héctor foi tratado pelos médicos do circuito e recebeu analgésicos por via intravenosa para suportar a dor na sessão seguinte.

Os mecânicos da Avitia, por sua vez, trabalharam rápido no reparo da moto e conseguiram devolvê-la para Barberá para os minutos finais do segundo treino do dia.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Calendário

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) divulgou nesta sexta-feira (26) o calendário provisório do Mundial de Motovelocidade. O programa do próximo ano não é muito diferente do atual e, como esperado, não traz o GP do Brasil.

A entidade máxima do esporte e a Dorna, promotora do Mundial, não escondem o interesse em voltar ao país, mas Brasil não conta com nenhuma pista em condições de atender aos exigentes — e necessários — padrões de segurança da motovelocidade.

Prova no Catar abre temporada 2015 no dia 20 de março (Foto: Bridgestone)
 No ano passado, a Dorna chegou a anunciar um acordo para levar o campeonato para Brasília, mas o governo do Distrito Federal não cumpriu sua parte no acordo e até hoje não iniciou a prometida reforma.

Nesse cenário, Goiânia aparecia como a opção mais viável. O governo de Goiás investiu cerca de R$ 30 milhões na reforma do Autódromo Internacional Ayrton Senna, mas ao que parece, a obra não foi feita já pensando nesses padrões de segurança.

Emissários da Dorna chegaram a vir ao Brasil para uma vistoria no circuito, mas concluíram que muitas mudanças devem ser feitas antes de Goiânia, que foi palco do GP do Brasil em 1987, 1988 e 1989, voltar ao calendário.

Dessa forma, o calendário segue com 18 etapas, a primeira agendada para 20 de março, em Losail, no Catar. Inicialmente, a prova de abertura da temporada, que acontece durante a noite, estava prevista para 22 de março — para não coincidir com a F1, que começa na Austrália no dia 15 —, mas foi alterada para não calhar com uma partida entre Barcelona e Real Madrid, que será realizada no Camp Nou.

Outra modificação dia respeito ao intervalo entre as etapas de Austin e Termas de Río Hondo. Neste ano, as provas não foram seguidas, mas isso muda em 2015 para facilitar a logística do Mundial. Assim, as provas acontecem em 12 e 19 de abril, respectivamente.

A última mudança diz respeito ao palco do GP da Grã-Bretanha. Enquanto aguarda a construção do Circuito de Gales, o Mundial será realizado em Donington Park e não em Silverstone como aconteceu até este ano.

Como tradicionalmente acontece, o circuito Ricardo Tormo será palco da etapa final da temporada, agendada para o dia 8 de novembro.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

¹ Prova noturna
² Prova no sábado

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Aprilia lá, Honda aqui

Dias após confirmar o fim de sua parceria com a Honda na MotoGP, a Gresini anunciou que vai disputar a temporada 2015 do Mundial de Moto3 com equipamento nipônico. Neste ano, a escuderia de Fausto Gresini utiliza motos da KTM.

Depois de dois anos de domínio da marca austríaca, os japoneses conseguiram dar a volta por cima e, com o bom desempenho da NSF250RW, estão brigando lado a lado pelo Mundial de Construtores na classe inicial do campeonato.

Bastianini seguirá com a Gresini em 2015 (Foto: Gold & Goose/KTM)
Além da mudança de equipamento, o anúncio desta quarta-feira (24) também contemplou a dupla de pilotos do time para 2015. Enea Bastianini vai seguir com a Gresini, enquanto Andrea Locatelli chega para compor um line-up completamente italiano.

“Estou feliz por ter definido nosso projeto de desenvolvimento de jovens pilotos para o próximo ano e em continuar na Moto3, que consideramos essencial para nutrir futuros campeões”, declarou Fausto Gresini, o dono do time. “Bastianini, grande revelação deste ano e nossa grande descoberta, estará conosco novamente”, anunciou.

“Com Enea, nós decidimos planejar um programa de longo prazo, por duas temporadas. Dependendo dos resultados, vamos escolher em qual categoria participar na temporada 2016”, explicou. “Andrea Locatelli é um piloto que nós já conhecemos do projeto Italia Honda Racing e que eu respeito muito. Nós vemos nele um bom potencial, então decidimos dar a ele essa importante oportunidade”, continuou.

“Por fim, nós decidimos junto com os pilotos escolher a Honda como parceiro técnico para 2015. Nós, obviamente, estamos confiantes e felizes em podermos contar com esta grande fábrica no nosso projeto de desenvolvimento de jovens pilotos”, concluiu.

Um dos destaques da temporada 2014, Bastianini celebrou a permanência no time e contou que, desde o início do ano, estava convencido de que deveria ampliar sua permanência na escuderia. De acordo com rumores da imprensa internacional, Enea recusou uma proposta do Team Sky VR46, de Valentino Rossi.

“Estou muito feliz em continuar correndo pela Gresini. Já no começo do ano eu me convenci de ficar aqui no futuro, pois me senti confortável imediatamente”, explicou. “Estou me divertindo e trabalho bem com meus técnicos e mecânicos. Este é também um fator que faz a diferença”, defendeu.

“Em 2015 estarei a bordo de uma Honda e correr por uma marca tão importante é, sem dúvida, empolgante. Além disso, as motos já estão se mostrando muito competitivas e temos todos os motivos para acharmos que serão ainda mais rápidas na próxima temporada”, ponderou. “Minha temporada de estreia no Mundial está indo particularmente bem, mais do que o esperado. Posso dizer que estou me acostumando a brigar na frente. Entretanto, mantemos os pés no chão. A meta para 2015 é, obviamente, continuar melhorando, apesar de que, de algumas formas, começamos do zero mais uma vez”, completou.

Nova aquisição do time, Locatelli se mostrou animado com a oportunidade na estrutura italiana e ressaltou que conquistou uma valiosa experiência em sua temporada de estreia no Mundial.

“Estou muito feliz em continuar minha experiência no Mundial de Moto3 com a Gresini. 2014 está representando um ano importante de aprendizado para mim e poder continuar meu caminho em um dos melhores times da categoria certamente vai me ajudar a da um passo à frente”, comentou. “Vou correr com uma Honda, uma moto muito competitiva, então temos todo o necessário para ir bem e, claro, vou dar meu melhor para ser bem sucedido”, garantiu.

“Este ano eu não conhecia a maioria das pistas e ganhei uma grande experiência que será valiosa para a campanha de 2015”, falou Andrea. “Entretanto, não quero dizer muito antes do primeiro teste, mas seria bom começar a próxima temporada com o pé direito”, concluiu.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Racing is my life

Nicky Hayden está de volta. Depois de quatro provas longe do Mundial de Motovelocidade, o norte-americano retorna à MotoGP neste fim de semana no MotorLand de Aragón.

O piloto do Kentucky foi operado em meados de junho para remover pequenos fragmentos de osso que estavam espalhados na região do punho, pressionando a articulação e, por consequência, causando dor e inflamação.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Hayden voltará à MotoGP neste fim de semana em Aragón (Foto: Aspar)
A lesão vinha incomodando o piloto da Aspar desde o início da temporada e Hayden chegou a ser submetido a uma cirurgia menor que não deu os resultados esperados. Depois de consultar vários médicos e conversar com pilotos que tiveram lesões similares, Nicky optou por um procedimento mais invasivo, que o afastou do trabalho desde então.

“Nas últimas duas corridas antes de decidirmos operar, eu sabia que alguma coisa não estava certa, eu não podia pilotar direito”, explicou Hayden. “A dor estava sempre lá, mas você se acostuma e aprende a viver com isso”, continuou.

“Mas aí eu comecei a ter problemas com a estabilidade da junta, porque os ossos estavam deslocados e não estavam funcionando juntos”, contou. “Quando eu fazia certos movimentos, podia sentir que alguma coisa não estava se movendo corretamente dentro do meu punho. Eu perdi mobilidade e força... tiveram vários fatores que me levaram a decidir pela cirurgia”, justificou.

Depois de um longo período de descanso, Hayden pouco a pouco foi voltando aos treinos, mas foi só na semana passada que o piloto voltou a subir em uma moto.

“Comecei a andar de moto novamente na semana passada, uma moto de dirt-track 125cc. A sensação não foi boa na primeira vez, era óbvio que eu precisava de mais tempo, mas eu pilotei mais algumas vezes durante a semana e o feeling foi muito melhor”, comentou. “Consegui pilotar sem pensar na minha mão, o que me deixou feliz. Obviamente, foi um período de preocupação e eu tive de lidar com essa lesão por muito tempo. Tiveram alguns momentos em que eu tive dúvidas”, confessou.

Indagado sobre como foi esse período longe das pistas, Hayden destacou o apoio da família, do time e dos fãs, mas admitiu que foi difícil ficar longe da RCV1000R.

“Ir para Indianápolis como espectador, ver as corridas pela televisão... foi difícil, mas eu não gastei energia em nenhuma outra coisa que não fosse a minha recuperação”, falou. “Trabalhei extremamente duro para garantir que a minha recuperação fosse tão rápida e favorável quanto possível. Agora é hora de voltar e eu não podia estar mais feliz com isso”, seguiu.

“Correr é a minha vida, a minha paixão, não apenas o meu trabalho. Estou muito feliz em poder colocar essa lesão para trás e começar a pensar em ver o time outra vez e pilotar a moto. Não vai ser fácil, mas eu estou pronto para correr outra vez”, assegurou.

Por fim, Hayden deixou claro que não tem nenhum objetivo específico para o GP de Aragón e ressaltou que sabe que terá dias difíceis pela frente.

“Vai ser difícil para eu voltar ao ritmo depois de tanto tempo longe, mas estou pronto para trabalhar duro e encarar qualquer desafio que tenha pela frente”, garantiu. “Infelizmente, não tenho a minha moto da MotoGP em casa para treinar e ver como me sinto! Os freios, os pneus... não tem como reproduzir as exigências de guiar uma moto da MotoGP longe do circuito, então eu apenas estou ansioso em voltar para a minha Honda e ver o que acontece.”

“Não tem motivo para traçar objetivos, nós só temos que ir para Aragón e trabalhar duro, aí vamos ver”, defendeu. “Foi um período difícil, mas o apoio da minha família, time e fãs foi fundamental para me manter otimista e determinado”, concluiu o campeão de 2006 da MotoGP.

Curiosidade

O Mundial de Motovelocidade desembarca em Aragón neste fim de semana para a disputa da 14ª etapa da temporada 2014. Às vésperas da corrida, os responsáveis pelo MotorLand divulgaram alguns detalhes da organização da prova.

Neste fim de semana, cerca de 6 mil pessoas estarão envolvidas com a realização do evento. De acordo com os responsáveis pela pista, organização, funcionários das equipes e da Dorna, promotora do Mundial, somam 4 mil trabalhadores.

Cerca de 6 mil pessoas vão trabalhar no GP de Aragón deste fim de semana (Foto: Repsol)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Na pista, contando com pessoal de arquibancada e controle de acesso, assim como equipe de estacionamento, pessoal de segurança, equipe médica e bombeiros, são mais 500 pessoas. No total, serão 17 médicos no circuito.

A Junta de Segurança de Alcañiz também escalou 650 agentes da Guarda Civil, que serão responsáveis por segurança e controle de tráfego.

Na sala de imprensa, serão cerca de 500 jornalistas vindos de 124 países. Outras 350 pessoas estão distribuídas entre colaboradores, comissários, direção de prova, responsáveis pela sala de imprensa e centro de credenciamento.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

GP14.2

A Ducati anunciou que Andrea Dovizioso e Andrea Iannone irão estrear uma versão atualizada da Desmosedici GP14 neste fim de semana, durante o GP de Aragón. Batizada de GP14.2, a moto foi testada nesta terça-feira (23) na pista de Mugello.

Dovizioso terá uma versão atualizada na GP14 em Aragón (Foto: Ducati)
A fábrica de Borgo Panigale, entretanto, não confirmou quais são as modificações dessa nova moto. A expectativa é de que as alterações incluam o chassi e o motor.

A mudança na Desmosedici será a maior desde o início do ano e o primeiro passo rumo ao novo projeto de Gigi Dall’Igna, que prepara uma moto completamente nova para a próxima temporada. A GP15 deve estrear no teste coletivo de Sepang, em fevereiro.

A versão atualizada do atual projeto, porém, não será entregue a Cal Crutchlow, que vai deixar o time no fim deste ano para vestir as cores da LCR.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Preparado

O futuro de Maverick Viñales no Mundial de Motovelocidade ainda não foi anunciado oficialmente, mas o piloto espanhol é dado como certo na Suzuki em 2015. A marca nipônica volta à MotoGP no próximo ano e, além do atual titular da Pons, deve contar também com Aleix Espargaró.

Na última quinta-feira (18), durante um evento com a Stihl, patrocinadora da Pons, Sito Pons, chefe do time, deu mais um indício de que Viñales vai deixar a Moto2 no fim do ano e avaliou que os resultados do espanhol, que ocupa a terceira posição na classificação do Mundial, anteciparam sua saída da divisão intermediária.

Viñales afirmou que se sente pronto para a MotoGP (Foto: Pons)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

“Seus resultados aceleraram tudo”, comentou Sito. “Ao que parece, ele não vai continuar”, seguiu, justificando a opção por Álex Rins, que foi confirmado pelo time há alguns dias. “Espero o máximo dele. Teremos uma equipe que lutará pelo título”.

Maverick, por sua vez, não confirmou o acordo com a Suzuki, mas afirmou que se sente preparado para a divisão principal. “Não posso dizer nada”, declarou. “Sim, me sinto preparado para a MotoGP”, completou.

Só 20

Diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, Carmelo Ezpeleta não planeja colocar mais de 20 etapas no calendário do campeonato. Mesmo com alguns países se mostrando interessados em receber o certame, o dirigente segue firme em sua posição, defendendo que os pilotos também precisam descansar.

Participando da apresentação do GP de Aragón em um evento em Madri na última quinta-feira (18), Carmelo afirmou que não vê possibilidade de realizar mais de 20 provas por ano.

Pensando nos pilotos, Ezpeleta não quer mais de 20 corridas no calendário da MotoGP (Foto: LCR)
“Os pilotos precisam descansar. Imagina o esforço que fazem”, defendeu. “Apesar de, para nós, terminar em novembro e iniciar em março, eles começam antes e terminam depois”, ressaltou.

“Não acho possível que tenhamos mais de 20 GPs por ano”, concluiu.

Atualmente, o calendário conta com 18 etapas e não deve superar essa marca na próxima temporada. O programa provisório de 2015 será divulgado no próximo fim de semana, durante da passagem do Mundial de Motovelocidade pelo MotorLand, e, novamente, sem o GP do Brasil.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Curto prazo

Dias após a Marc VDS anunciar sua chegada à MotoGP, Sito Pons afirmou que não está nos planos de seu time subir para a classe rainha do Mundial de Motovelocidade. De acordo com o ex-piloto, a escuderia atualmente defendida por Maverick Viñales e Luis Salom só entrará na divisão principal se tiver chance de brigar pela vitória.

Participando de um evento da Stihl, uma das patrocinadoras da Pons, na última quinta-feira (18), Sito, diretor do time que leva seu sobrenome, descartou “em curto prazo” montar uma estrutura para levar seu time para a MotoGP.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Sem chance de brigar por vitória, Pons descartou subir para a MotoGP (Foto: Pons)
“Acreditamos que podemos ser uma equipe ponteira na Moto2 e enquanto não tivermos um projeto em que, a priori, tenhamos a possibilidade de sermos protagonistas, não vamos subir, pois corremos com um espírito vencedor e é assim que se mantém a força de nossa equipe”, justificou. “Quando essas circunstâncias existirem, nós gostaríamos, mas a MotoGP está se fechando cada vez mais”, ponderou.

“Tem mais fábricas e para as equipes privadas é complicado. Temos que ver como o regulamento vai evoluir, mas não nos preocupa”, comentou. “Estamos bem onde estamos. A adrenalina que você sente quando luta para ganhar não é a mesma que você sente quando luta para ser o 15º, e nós precisamos disso”, completou.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Husqvarna LaGlisse

A LaGlisse anunciou nesta sexta-feira (19) que será a equipe oficial da Husqvarna na temporada 2015 da Moto3. Além de anunciar a parceria com a marca de origem sueca, o time chefiado por Pablo Nieto também confirmou que Isaac Viñales seguirá defendendo a escuderia no próximo ano.

Em sua primeira temporada com a equipe espanhola, o primo de Maverick conquistou dois pódios e ocupa a sétima colocação no Mundial, 83 pontos atrás de Jack Miller o líder do campeonato.

Isaac Viñales seguirá na LaGlisse na temporada 2015 da Moto3 (Foto: LaGlisse)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Jaime Fernández Avilés, dono da LaGlisse, afirmou que o objetivo com Viñales para a próxima temporada é brigar pelo título e agradeceu a confiança do grupo KTM, que tornou a escuderia espanhola na esquadra de fábrica da Husqvarna.

“Quando Isaac entrou na equipe, nós mirávamos fazer um projeto de dois anos com ele”, contou. “No primeiro, tínhamos que levá-lo às posições da ponta e isso nós conseguimos. No segundo ano, é lutar para ganhar o Mundial, como fizemos na temporada passada com seu primo, Maverick, e acho que estamos preparados”, avaliou.

“Também tenho o prazer de confirmar que, em 2015, o grupo KTM depositou sua confiança em nossa estrutura como equipe de fábrica Husqvarna”, anunciou. “Estamos trabalhando juntos há duas temporadas e a relação é fantástica. Esperamos poder agradecer com grandes resultados”, concluiu.

Isaac, por sua vez, exaltou sua boa relação com a LaGlisse e contou que recusou propostas de outras equipes para poder permanecer dentro da estrutura comandada por Pablo Nieto.

“Estou muito contente de renovar com a LaGlisse, pois, depois de um ano em que trabalhamos muito bem juntos, está claro que o objetivo para a próxima temporada será lutar pelo Mundial e tentar conquistá-lo”, falou. “Me sinto muito cômodo com a equipe e, por isso, recusei ofertar de outras equipes de ponta, pois sei que contamos com muitas possibilidades de cumprir nossas metas e brigar para vencer em todas as corridas”, seguiu.

“Contar com o apoio da Husqvarna como fábrica também é muito importante”, ressaltou. “Agora temos que terminar o ano em alta para começar bem a pré-temporada”, encerrou.

Ainda, o time, que este ano é formado por Viñales, Jakub Kornfeil e Eric Granado, afirmou que está finalizando as negociações e anunciará seu segundo piloto nas próximas semanas. Por conta do excesso de inscrições para as classes menores do Mundial de Motovelocidade, os times ficaram de apresentar em Aragón suas listas para o próximo ano.

Embora esteja representando a LaGlisse, Granado não desfez completamente seus laços com a Aspar, por quem estreou na categoria de entrada do Mundial de Motovelocidade. Por conta de um conflito entre seus patrocinadores pessoais e os do time, Eric não pôde vestir o uniforme vermelho este ano.

Mesmo assim, ainda não está claro se Granado será reincorporado ao time de Jorge Martínez, que no próximo ano terá a MGP3O da Mahindra. A marca indiana vai encerrar suas atividades como time de fábrica e se concentrar no desenvolvimento da moto de 250cc.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Longe das ruas

Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, participou nesta quinta-feira (18) da apresentação do GP de Aragón, próxima etapa do campeonato. Durante o evento em Madri, o dirigente descartou realizar uma prova da MotoGP em um circuito de rua.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Ezpeleta ressaltou que segurança das motos é bem diferente dos carros (Foto: Bridgestone)
Questionado se existia a possibilidade de fazer uma prova do certame em um traçado urbano, Ezpeleta afastou completamente qualquer chance e lembrou que a segurança em provas de moto é muito mais complexa do que em competições automobilísticas.

“De maneira nenhuma teremos circuitos urbanos na MotoGP”, assegurou Ezpeleta. “A segurança é muito mais complicada do que aquela que se tem com os carros”, concluiu.

O evento desta quinta, aliás, marcou a apresentação da Telefónica, por meio da marca Movistar, como principal patrocinadora da etapa no MotorLand pelos próximos anos. Um dos patrocinadores mais ativos do Mundial entre 1997 e 2005, a Movistar ajudou a criar campeonatos de base que revelaram nomes como Dani Pedrosa, Casey Stoner e Álvaro Bautista.

Agora é KTM

Depois de Jack Miller ser anunciado pela LCR para a temporada 2015 da MotoGP, chegou a vez da Red Bull KTM Ajo revelar o substituto do australiano na Moto3. Confirmando as expectativas, o time de Aki Ajo verá a incorporação de Miguel Oliveira no próximo ano.

Miguel, de 19 anos, vai para sua quinta temporada no Mundial de Motovelocidade e soma quatro pódios na Moto3. Atual piloto da Mahindra, o português fechou com o time de Aki Ajo no último fim de semana, em Misano.

Miguel Oliveira vai defender time de Aki Ajo na Moto3 em 2015 (Foto: Ajo)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Satisfeito com a contratação, Ajo afirmou que Oliveira é um dos grandes talentos do paddock do Mundial e avaliou que o português tem o que é necessário para manter o nível da equipe, campeã em 2008, 2010 e 2012.

“Estou muito contente de poder começar a trabalhar a partir de 2015 com Miguel, porque já faz muito tempo que nos conhecemos e ele é um dos grandes talentos deste paddock”, exaltou Ajo. “Além disso, mesmo sendo jovem, ele já tem muita experiência, tanto nas 125cc como no mais alto nível da Moto3. Assim como fizemos nos últimos anos com Red Bull, KTM e o resto dos patrocinadores, vamos trabalhar para manter o mesmo nível e obter os melhores resultados. Com Miguel, temos potencial para fazer isso”, avaliou.

“Como é normal, temos que pensar no futuro e, por isso, incorporaremos Miguel, mas, neste momento da temporada, o mais importante é seguir concentrado neste Mundial de Moto3 de 2014”, defendeu Ajo. “Agora estamos em uma boa posição, mas está sendo um campeonato muito igualado, onde há muitos pilotos na ponta”, concluiu.

Empolgado com seu novo time, Oliveira contou que já tinha negociado com Aki Ajo no passado e avaliou que, dentro da Red Bull KTM Ajo, poderá brigar pelas primeiras posições no próximo ano.

“Estou muito contente de poder fazer parte de um novo grupo tão profissional como a Red Bull KTM Ajo e creio que isso me permitirá lutar pelas posições da ponta na próxima temporada”, avaliou. “No ano passado, Aki Ajo já tinha demonstrado seu interesse em trabalharmos juntos, apesar de nunca termos chegado a concretizar um acordo, então estou muito contente e satisfeito de poder pilotar nessa estrutura, para uma grande fábrica como a KTM e representar companhias tão importantes como a Red Bull e o resto dos patrocinadores. Para mim, é uma honra”, concluiu Miguel.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Queimando etapas

Depois de várias semanas de rumores, a LCR confirmou que Jack Miller dará o salto da Moto3 direto para a MotoGP na temporada 2015. O australiano de 19 anos é o atual líder da categoria menor do Mundial de Motovelocidade.

Em sua temporada de estreia na classe rainha do campeonato, Miller vai guiar uma RC213V-RS, uma versão do protótipo nipônico na configuração Open, que prevê o uso de software e hardware padrão fornecidos pela Magneti Marelli.

Miller será companheiro de Cal Crutchlow na MotoGP em 2015 (Foto: Gold & Goose/KTM)
Com seu futuro garantido, Miller destacou que o contrato com a HRC é a realização de um sonho, mas reconheceu que o salto da categoria menor para a rainha é bastante grande. Ainda assim, o australiano se disse empolgado e falou em aprender passo a passo.

“Estou muito feliz em dar o salto para a MotoGP no próximo ano, especialmente porque vou fazer isso ao lado da HRC”, começou Miller. “É um sonho que se torna realidade. Acho que todo piloto gostaria de correr no mais alto nível do Campeonato Mundial com a Honda”, opinou.

“É certamente um grande salto para Moto3 para a MotoGP, mas estou convencido de que nós estamos prontos e, passo a passo, aprendendo todo dia, poderemos fazer um bom trabalho”, avaliou. “É uma oportunidade fantástica e eu estou muito empolgado com este novo estágio da minha carreira com a HRC, a quem quero agradecer, junto com a LCR”, continuou.

“Estou ansioso para trabalhar com eles!”, frisou. “Enquanto isso, continuo completamente focado nesta temporada do Mundial de Moto3. Vou ter de evitar qualquer distração para poder lutar pelo título”, ponderou.

O anúncio de Miller como companheiro de Cal Crutchlow, aliás, também confirma a expansão da LCR. Desde a entrada na MotoGP, em 2006, o time de Lucio Cecchinello sempre contou com uma única moto, mas a estrutura pôde ser ampliada graças à chegada de um novo patrocinador, a CWM.

“Sem dúvida, este é um projeto muito empolgante e um desafio completamente novo para nós”, reconheceu Cecchinello. “Nós acreditamos que, no futuro, Jack terá uma performance forte na classe rainha por conta de seu talento inegável, motivação e vontade”, declarou.

“Junto com a Honda, vamos fazer nosso melhor para deixá-lo se familiarizar, passo a passo, com a MotoGP”, garantiu. “Claro que Jack vai precisar de tempo para aprender como guiar uma moto de 1000cc, mas não tem pressa, e o próximo será apenas uma temporada de aprendizado para ele na nova categoria. A Honda tem um plano de longo prazo para ele e nós acreditamos que, sem pressão, Jack poderá mostrar seu talento na MotoGP”, concluiu.

De acordo com a imprensa da Austrália, Miller tem um contrato de três anos com a HRC, com as duas primeiras temporadas sendo direcionadas ao aprendizado.

Um dos segredos mais mal guardados da temporada, a chegada de Miller à MotoGP, como insiste Cecchinello, é resultado de uma ligação direta com a HRC. A princípio, Jack é candidato ao time principal da marca nipônica em 2016, quando os atuais vínculos de Dani Pedrosa e Marc Márquez chegam ao fim.

A expectativa agora é que Miller seja reunido com Christian Gabbarini, que foi chefe do time de Casey Stoner e trabalhou com Márquez na temporada de estreia do espanhol na MotoGP.

Na semana passada, surgiram rumores na imprensa italiana de que Jeremy Burgess, antigo chefe do time de Valentino Rossi, voltaria ao Mundial para trabalhar com o novato, mas, ao que parece, são apenas boatos.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Curiosidade

No treino classificatório para o GP de San Marino, disputado em Misano no último fim de semana, Andrea Dovizioso registrou 287,4 km/h como maior velocidade na MotoGP. Com a RC213V, foi Stefan Bradl quem conseguiu a melhor marca: 286,6 km/h.

Hiroshi Aoyama, por sua vez, foi quem registrou a maior velocidade a bordo da RCV1000R, atual versão Open do protótipo da Honda. O piloto da Aspar alcançou 275,2 km/h.

Já no treino classificatório da Moto3, Éfren Vázquez foi quem registrou a maior velocidade. Equipado com a NSF250RW da Honda, o espanhol atingiu 206,2 km/h. Jack Miller, por sua vez, anotou 201,6 km/h como sua maior velocidade.

Em termos de peso, a diferença entre as duas classes também é grande. Hoje, um protótipo 1000cc da MotoGP pesa 160 kg, mas terá dois quilos a menos em 2015. Na categoria de entrada do Mundial de Motovelocidade, por outro lado, o conjunto moto e piloto tem como peso mínimo a marca de 148 kg.

Confira o grid provisório da MotoGP para 2015:


1.    A Suzuki ainda não anunciou oficialmente seus pilotos, mas o anúncio de Aleix Espargaró e Maverick Viñales é considerado iminente.
2.    A Pramac ainda busca um substituto para Andrea Iannone. Na segunda moto, Yonny Hernández ainda não está confirmado, mas a expectativa é que ele mantenha sua vaga.
3.    A Paul Bird vai deixar o Mundial e voltar para o Campeonato Britânico de Superbike.
4.    O futuro da Ioda no Mundial ainda não está definido.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Regras

A Comissão de GP do Mundial de Motovelocidade, que é composta por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, Ignacio Verneda, diretor-executivo da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Hervé Poncharal, da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida), e Takanao Tsubouchi, da MSMA (Associação das Fábricas), junto com Javier Alonso, da Dorna, e Mike Trimby, da IRTA, se reuniu no último dia 13, em Misano, para a aprovação de algumas mudanças no regulamento técnico da MotoGP.

Motos da MotoGP vão ficar mais magrinhas em 2015 (Foto: Bridgestone)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

No encontro em San Marino, os dirigentes do esporte aprovaram mudanças referentes ao peso das motos e ao desenvolvimento do software padrão que será utilizado a partir de 2016.

Depois de alguns anos acrescendo peso nos protótipos, o regulamento de 2015 vai ver uma redução de 2 kg nas máquinas 1000cc, que, portanto, vão passar dos atuais 160 kg para 158 kg. Além disso, também ficou acordado que a Comissão de GP vai avaliar a possibilidade de reduzir mais 2 kg para a temporada 2016.

No que diz respeito ao desenvolvimento do software padrão, ficou acordado que as atuais fabricantes poderão usar e desenvolver seu próprio software até 30 de junho de 2015. Depois disso, o desenvolvimento do software será congelado, exceto para problemas menores que possam afetar a segurança dos pilotos.

A partir de 1 de julho de 2015, as fábricas atuais vão transferir seu programa de desenvolvimento para o software padrão de 2016. O objetivo é que esse software seja grandemente baseado no atual software das motos Open.

As fábricas novas – Aprilia e Suzuki, no caso –, poderão continuar usando e desenvolvendo seu próprio software durante 2015, mas também poderão participar do desenvolvimento da unidade padrão.

Também foi aprovado o uso de sensores certificados e outros dispositivos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Calendário

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e a Dorna ainda não anunciaram o calendário da temporada 2015 do Mundial de Motovelocidade, mas os organizadores do GP da Argentina deram uma prévia do que vem por aí. Deste lado do Atlântico, é uma notícia boa e outra ruim.

GP da Argentina acontece na pista de Termas de Río Hondo (Foto: Juliana Tesser)
Começando pela boa: o GP da Argentina será realizado em abril, assim como foi neste ano. Os ingressos começam a ser vendidos em novembro.

A ruim: de acordo com os organizadores da prova vizinha, não foi desta vez que o Brasil recuperou seu espaço no calendário.

Brasília, como bem se sabe, não fez nada da prometida – e aparentemente eterna – reforma. A esperança era Goiânia. Representantes da Dorna vieram ao país dar uma olhadinha no circuito, mas, pelo visto, não foi desta vez que o acordo saiu.

 Curta a fanpage do High Side no Facebook

#Dica: o circuito da Argentina é lindo e vale muito a pena ir até lá. Termas de Río Hondo é uma cidade bem pequena, então, claro, não tem hotel para todo mundo. Dá para ficar nas cidades vizinhas e as rodoviárias locais são uma mão na roda e tanto.

O escolhido

Poucos dias após confirmar seu retorno à MotoGP na temporada 2015, a Aprilia anunciou nesta segunda-feira (15) que Álvaro Bautista foi escolhido para guiar um dos protótipos da marca na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Atual piloto da Gresini, Bautista assinou um acordo de dois anos, válido, portanto, até o fim da temporada 2016. O piloto de Talavera de la Reina, aliás, não é nenhum estranho para a Aprilia, já que foi campeão das 125cc em 2006 pela marca.

Bautista vai guiar pela Aprilia nos próximos dois anos (Foto: Gresini)
 Curta a fanpage do High Side no Facebook

Romano Albesiano, chefe da Aprilia, afirmou que Bautista é mais uma peça do mosaico que representa a volta do time ao Mundial.

“Isso represente outro passo na definição do time que vai levar as motos da Aprilia para a pista na próxima temporada da MotoGP”, disse Albesiano. “Na sexta-feira nós anunciamos nosso retorno ao campeonato com a Gresini. Hoje nós inserimos outra peça muito importante no mosaico ao anunciar a contratação de Bautista”, continuou.

“Estou particularmente satisfeito, pois Álvaro foi confirmado em um time que ele já conhece bem, criando as bases para que rapidamente encontre a máxima competitividade que nos levou a mudar nossos planos de voltar para a MotoGP”, concluiu.

Dono da Gresini, Fausto Gresini também celebrou a permanência de Bautista dentro da estrutura italiana e avaliou que o piloto será essencial no desenvolvimento dos projetos da Aprilia.

“Estou feliz em continuar trabalhando com Bautista”, começou. “Álvaro tem uma experiência significativa na MotoGP, então a contribuição dele certamente será essencial no desenvolvimento de novos projetos com a Aprilia”, considerou.

“Acredito muito nele e no potencial dele, e estou confiante de que ele será capaz de trazer para nós os resultados que estamos esperando”, disse. “Além disso, esse acordo de dois anos vai nos permitir manter a continuidade na relação entre Álvaro e Gresini, que foi formada em 2012 e fortalecida ao longo dos anos”, completou.

Bautista, por sua vez, classificou a oportunidade na Aprilia como uma “grande chance” e se mostrou animado por se reunir com a marca pela qual foi campeão.

“Estou muito feliz por ter assinado um acordo com a Aprilia para as próximas duas temporadas da MotoGP. Trabalhar em contato próximo com uma fábrica é o que eu queria para o meu futuro e a Aprilia me ofereceu uma grande chance”, ressaltou. “Também estou muito motivado em embarcar nessa nova aventura, pois estou voltando para uma marca que me trouxe grande satisfação no passado e com a qual eu compartilhei grandes momentos”, recordou.

“Acima de tudo, a cooperação entre a Aprilia e a Gresini vai me permitir ficar em um time em que estou correndo já há três anos e que se tornou como uma família para mim”, falou. “Eu trabalhei diretamente com uma fábrica no passado e eu realmente gostei de desenvolver um novo projeto. Saber que eu vou poder contar com o apoio de vários engenheiros e técnicos é empolgante e eu mal posso esperar para trabalhar com eles”, encerrou.

Confira o grid provisório da MotoGP para 2015:


1.    A Suzuki ainda não anunciou oficialmente seus pilotos, mas o anúncio de Aleix Espargaró e Maverick Viñales é considerado iminente.
2.    A Pramac ainda busca um substituto para Andrea Iannone. Na segunda moto, Yonny Hernández ainda não está confirmado, mas a expectativa é que ele mantenha sua vaga.
3.    Na LCR, os rumores indicam que o time vai aumentar sua estrutura e colocar Jack Miller a bordo de uma RCV1000R.
4.    A Paul Bird vai deixar o Mundial e voltar para o Campeonato Britânico de Superbike.
5.    O futuro da Ioda no Mundial ainda não está definido.