Sem um time de fábrica no Mundial desde 2004, a Aprilia volta ao grid em parceria com a Gresini, que será a responsável por cuidar dos protótipos italianos pelos próximos quatro anos.
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| Sucesso no Mundial de Superbike antecipou retorno da Aprilia à MotoGP (Foto: Aprilia) |
Curta a fanpage do High Side no FacebookO acordo com o time de Fausto Gresini não chega a ser uma surpresa, já que os rumores sobre a possível parceria ganharam força na segunda metade deste ano.
Com problemas para encontrar o orçamento necessário para manter a RC213V em 2015, Fausto Gresini abriu mão da parceria com a Honda e vai encarar um desafio completamente italiano.
“Estou muito orgulhoso por a Aprilia ter visto a Gresini como uma parceira ideal para entrar no Mundial de MotoGP”, declarou o dono da Gresini. “Eu gostaria de agradecer ao Grupo Piaggio por me dar esta oportunidade fantástica, que é trabalhar perto de uma fábrica tão gloriosa. Uma marca italiana que se tornou sinônimo de paixão por corrida e bons resultados em todo o mundo”, agradeceu.
“O acordo de quarto anos entre a Gresini e a Aprilia abre um novo capítulo em nossa história: neste momento, sinto uma grande responsabilidade, mas a motivação de ser bem sucedido neste desafio empolgante e completamente italiano é ainda maior”, sublinhou Fausto. “O mundo dos GPs é parte da marca Aprilia e representá-la na classe rainha, no Mundial de MotoGP, é fonte de grande orgulho para todos nós. Uma incrível recompensa pelo trabalho feito em todos estes anos pela Gresini”, concluiu.
Presidente do Grupo Piaggio, dono da Aprilia, Roberto Colaninno explicou que a marca italiana decidiu antecipar seu retorno às pistas do Mundial de Motovelocidade por conta dos bons resultados obtidos no Mundial de Superbike.
“Nós decidimos fazer nossa estreia um ano antes do planejado, pois as habilidades técnicas e competitivas da Aprilia são absolutamente top de linha”, avaliou Colaninno. “O crescimento na Superbike foi um exemplo nesta direção, desde o nosso ano de estreia em 2009 até os cinco títulos que conquistamos até agora com a RSV4”, continuou.
“O Grupo Piaggio controla a Aprilia desde 2005 e, em menos de dez anos, A Aprilia conquistou 26 dos 52 títulos da história da marca”, mencionou. “Além disso, têm também outros quatro títulos: o Mundial de 250cc de Marco Simoncelli com a Gilera e os três títulos das 125cc conquistados com a Derbi, que também é parte do Grupo Piaggio, e que levou um muito jovem Marc Márquez ao seu primeiro Mundial”, completou.
O anúncio desta sexta, entretanto, não contempla a dupla de pilotos para o próximo ano. A expectativa é que Álvaro Bautista mantenha sua vaga na Gresini, com a Aprilia promovendo a volta de Marco Melandri à MotoGP. O piloto italiano faz parte do time da marca no Mundial de Superbike.
Com a confirmação da parceria entre Gresini e Aprilia, resta agora saber o que o futuro reserva para Scott Redding. O contrato do britânico com o time italiano previa um ano com a RCV1000R e um segundo já com a RC213V.
Scott já deixou claro que sua meta é chegar no time oficial da Honda para formar dupla com Marc Márquez, mas a mudança da Gresini deixou as coisas incertas para o vice-campeão de 2013 da Moto2.
Pelos rumores da imprensa internacional, Jack Miller, atual líder da Moto3, deve ser anunciado pela LCR para guiar uma versão de produção do protótipo da Honda. Assim, a fábrica nipônica poderia entregar sua moto satélite para a Aspar, que acolheria o piloto inglês no próximo ano.
A Marc VDS, entretanto, corre por fora. Não é de hoje que o time belga fala em chegar à elite do Mundial e o reestabelecimento da parceria com Redding seria um ótimo caminho para isso. Michael Bartholemy, chefe da escuderia, já debateu a questão com Marc van der Straten, o dono do time, que se mostrou interessado, mas deixou claro que não pode arcar com os custos sozinho.
Os próximos dias prometem ser agitados no Mundial...
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